Blog POPLOAD

Arquivo : fevereiro 2013

Reflexão Popload: os headliners de festivais e as novas “grandes bandas” do rock
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos refletir, pessoal. Haha.


Uma das principais atrações do Coachella ano passado, o Black Keys é um dos headliners do Lolla Brasil

Quando começou o novo século, uma espécie de “nova ordem” se instalou na música. Novas bandas em profusão, diversos sucessos repentinos, nomes interessantes citados a todo momento como “salvação do rock” e crítica da velha guarda de grandes bandas dizendo que essa molecada da geração internet só quer saber de se divertir, sem se importar se irão se apresentar para 50 mil ou para 200 pessoas. Essa ideia de megabandas, parece, tinha ficado lá nos anos 90, década do Nirvana, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, Oasis e Radiohead. Tanto que as consideradas bandas grandes ainda na ativa sempre são convocadas para encabeçarem os principais festivais de música ao redor do mundo. Até que…

O ano de 2013 está só no começo, mas uma espécie de nova ideia começa a ser arquitetada em alguns dos principais festivais do mundo. Eventos consolidados ou que estão caminhando para isso, ao que tudo indica, estão querendo dar uma renovada no quesito “headliner” de seus eventos, tentando fugir um pouco do usual. Fugir do Radiohead, do Pearl Jam e do Red Hot Chili Peppers, por exemplo.

Começando pelo Brasil, onde teremos já no mês que vem o gigante Lollapalooza em sua segunda edição verde e amarela, é até meio engraçado pensar que o Black Keys, duo de Ohio que até bem pouco tempo atrás seria ótima atração para o tamanho do Cine Joia, será o headliner do sábado, para um público esperado de 50 mil pessoas ou mais, e que nomes que alcançaram certo sucesso antes deles, como Queens of the Stone Age e Franz Ferdinand, toquem mais cedo.

O hipongo Mumford & Sons, que eu vi tocando em um bar de Londres em 2006  tem feito barulho com seu indie-folk “libertador”. O papo de que eles eram até ontem uma tradicional banda de bar não é exagero, já que vi esse show deles na capital inglesa após uma balada-show do Bonde do Rolê (!), tipo fim de noite mesmo. Eles no palco 2 desse bar, porque na “sala principal” estava tendo show do nosso Bonde. Com o disco “Babel” no topo das paradas, vendendo meio milhão de cópias logo em semana de estreia nos Estados Unidos, é fichinha saber que eles foram apresentados hoje como uma das principais atrações do incrível Sasquatch Festival, deixando bem ofuscados nomes fortes como o Arctic Monkeys, para citar um.


O sumidão Phoenix vai voltar aos palcos como headliner do Coachella e do Primavera Sound de Barcelona

Nessa linha de raciocínio, creio que não exista melhor exemplo que o Phoenix. A boa banda francesa, liderada pelo Thomas Mars e que infectou o mundo com a música “Lisztomania” há apenas três ou quatro anos, prepara o lançamento de “Bankrupt!”, seu novo disco, para abril. Junto com o lançamento, o Phoenix, sumido estrategicamente há uns dois anos, vai ser headliner “só” do seminal Coachella e do cada vez mais gigante Primavera Sound de Barcelona.

Para não deixar passar batido, o tradicional Reading Festival inglês tem soltado aos poucos suas atrações da edição 2013. O evento, que tradicionalmente é puxado por headliners pesados como o Metallica, anunciou que uma de suas principais atrações deste ano será o Biffly Clyro, comentado aqui na Popload ontem, que aparece no mercado agora embalado pelo seu sexto disco “Opposites”, atual #1 nas paradas inglesas. Além do Reading, o grupo escocês – o mais veterano das bandas até pouco tempo atrás “pequenas” citadas neste post – finalmente fará turnês em grandes arenas pelo Reino Unido e Estados Unidos nos próximos meses.


O tatuado e descamisado grupo escocês Biffly Clyro é um dos grandes nomes do Reading deste ano

Como último exemplo dessa nossa “tese”, tem a velha Stone Roses, banda gigantesca (ainda) na Inglaterra, mas que nunca gozou de representatividade nos EUA. Grupo que teve auge na virada dos 80 para os 90, quando chacoalhou a música britânica e pautou a “revolução britpop”, para depois cair em desgraça pessoal e sumir total, os Stone Roses voltaram pelo nome no ano passado, com certo barulho. Barulho na Inglaterra e Europa, menos nos EUA. Daí que há poucas semanas foram apresentados como headliner do Coachella Festival, um dos principais festivais do planeta hoje, se não for o principal.

Há alguns anos, o figura Noel Gallagher contou em uma rádio americana que foi certa vez a uma festa em Las Vegas. Numa certa hora, ele botando o som, colocou para tocar o hino “I Am the Resurrection”, dos Stone Roses. Na hora ligou para o amigo Mani, na Inglaterra, para zoar porque tinha botado a música lá, mas ninguém conhecia.

Assim que saiu os nomes dos esperadaços headliners do Coachella e constava dele os Stone Roses, surgiu um Tumblr americano na linha “Who the Fuck Are Stone Roses”, de alguém coletando nas redes sociais a bronca da galera que não tava entendendo porque esse tal de Stone Roses, que eles nem sabem quem é, surge logo no topo do festival.

Eles tipo começaram a banda em 2012. Galera americana pergunta quem é Stone Roses, veterana banda inglesa que reformou no ano passado e neste é um dos headliners do colossal Coachella Festival

* Palpite meu: Tame Impala vai ser headliner do Lollapalooza Brasil no ano que vem.

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Anos 80 e divertido: começam a sair as primeiras impressões sobre o disco novo dos Strokes
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Lúcio Ribeiro

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Agora que todos estamos recuperando os sentidos depois de termos sido atropelados pelo axé novo dos Strokes, começa a expectativa pelo resto das músicas novas do próximo álbum deles, “Comedown Machine”, que sai dia 25 de março e, ao que parece, deve vazar a qualquer momento.

Especialmente porque já estão rolando em algumas redações as famosas cópias promocionais do disco, cheias de proteções contra pirataria, mas que no final das contas sempre são burladas por um ou outro “espertinho”, digamos.

Depois da avalanche (tropical) de opiniões que vão do “horrível” ao “genial” para a tecnobrega “One Way Trigger”, o status atual se resume à espera pelo lançamento do primeiro single de verdade do disco. “All The Time” deve pintar nas rádios nesta ou no mais tardar na próxima semana. Dizem que esta será a canção que vai pautar a linha sonora do álbum, mas também não disseram se ela é muito diferente de “One Way Trigger”.

Algumas publicações e alguns jornalistas têm se manifestado a partir das tais cópias promo, antes mesmo de divulgarem suas reviews finais. A revista inglesa Fly postou em seu twitter na manhã de hoje que nem bem haviam terminado de ouvir o disco e já queriam ouvir de novo. Niall Doherty, editor de reviews da gigante Q Magazine, disse que o novo álbum é muito bom, “muito anos 80”, e que a vibe indica que a banda “está se divertindo”.

Já Jimi Famurewa, ex-Guardian e atualmente na Shortlist Magazine, talvez tenha dado a versão mais excêntrica sobre “Comedown Machine” até agora. “Not saying this new Strokes album sounds a bit 80s but a beach volleyball montage just broke out in the office”, tuitou ele. Haha.

Vai, Brasil.


Com licença. Nick Cave vai cantar!
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Lúcio Ribeiro

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* Acima do bem e do mal, o dândi Nick Cave, um dos caras mais cool na música não importa o que faça e uma das mais distintas vozes do rock, está botando para funcionar suas duas bandas em 2013. A Nick Cave & The Bad Seeds e a Grinderman. Ambas atrações de pompa no próximo Coachella Festival, o que já faz valer o ticket para o deserto, e nomes certos, pelo menos a primeira, dos grandes festivais deste ano pelo planeta.

Pois bem. Acabou de ser revelado um vídeo novo para o single “Jubilee Street”, música fresquinha que estará no próximo álbum do Nick Cave & The Bad Seeds, o disco “Push the Sky Away”, que sai agora em fevereiro, dia 18. O vídeo foi primeiramente veiculado dentro do Nosey, projeto internéctico altas tendências da revista “Vice”.

Desnecessário dizer, “Jubilee Street” é linda de morrer. E o vídeo, cool as fuck.

Nos próximos dias vamos trazer mais Nick Cave por aqui, já que o cantor australiano vai começar uma série de shows únicos lotados por Londres, Paris, Berlin e Los Angeles. Acompanhado de cordas, coral e o escambau. O primeiro é na capital inglesa, agora no dia 10. No dia seguinte é na França.

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A música em “Girls”
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Lúcio Ribeiro

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* Seu spoiler musical semanal já chega contando o final. O episódio de ontem da modernosa série “Girls”, quatro meninas losers no reino hipster do Brooklyn, acaba com Oasis. Pensa.

“Girls” desta semana foi tenso. Ninguém escapou de derrotismo, constrangimento, frustrações diversas e conversas sobre heroína e plug anal à mesa do jantar. Daí que no final vem “Wonderwall”, o maior hino do Oasis, que ninguém mais aguenta escutar, mas que no episódio foi colocado interferindo em uma cena (Hannah cantou a música), embalando um banho de banheira de duas garotas e ainda nos créditos finais de uma forma tão cool que, vou dizer, arrepiou. Haha.

“There are many things that I / Would like to say to you but I don’t know hooooooooow”.

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Sexy back: Justin Timberlake versão “gente grande” volta com show mais sério e mostra duas inéditas
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grandes nomes do pop está definitivamente de volta. Preparando seu primeiro disco de estúdio em seis anos, Justin Timberlake tem tudo para ser um dos artistas mais falados neste ano. “The 20/20 Experience”, esse álbum novo, chega ao mercado dia 19 de março. O primeiro sopro sonoro, “Suit & Tie”, tem feito sucesso. A volta de Timberlake começou a ganhar forma no último sábado, quando ele fez seu primeiro show em quase cinco anos.

A apresentação foi em Nova Orleans em um evento fechado ligado ao Super Bowl, chamado “Super Saturday Night”. Durante pouco mais de uma hora, Justin apareceu com uma imagem um pouco diferente daquele garoto que um dia fez parte de uma boy band, com um show cheio de coreografias. Com um approach mais sério, o cantor foi acompanhado por uma banda composta por 13 integrantes. Tanto que a nova fase do cantor e produtor vem com o nome “JT & The Tennessee Kids”.

No palco, menos dança e mais música, com uma pegada mais soul. Além de alguns sucessos de sua carreira, como “Sexy Back” (com Timbaland), “My Love”, “Señorita” e “Cry Me A River” (esta, com direito a um “bitch” indireto para Britney Spears), Justin tocou três canções que estarão em “The 20/20 Experience”. O novo e já conhecido single “Suit & Tie”, que contou com a participação do bamba Jay-Z, funcionou bem ao vivo. Ele mostrou também as inéditas “That Girl” e “Push It Love Girl”. Ainda no repertório, Justin mandou duas covers de Michael Jackson (“Shake Your Body” e “Let’s Dance, Let’s Shout”) e uma bela versão de “Need You Tonight”, clássico do INXS.

Nos próximos dias, Justin deve começar a aparecer em premiações e em programas de TV. Uma de suas primeiras aparições confirmadas é no Brit Awards, que acontece daqui duas semanas, em Londres.

Abaixo alguns dos principais momentos da volta de Timberlake aos palcos.


Popload Gig 2013: e o Grizzly Bear, ontem, foi lindo assim
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Lúcio Ribeiro

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* Banda delicada do incrível bairro nova-iorquino do Brooklyn carregado de bandas delicadas, o Grizzly Bear levou ontem ao Cine Joia, em São Paulo, cerca de 1.100 pessoas e uma dose forte de lirismo indie, que vai da viagem indie-nerd ao pop sublime “à lá Arcade Fire” em questões de segundos. Ou de canções. Tudo em seu lugar.

O Grizzly Bear, no Brasil até amanhã, quando toca no Circo Voador (Rio), foi a primeira atração de 2013 do festival Popload Gig, que se o desenho do ano se confirmar vai ser um dos mais movimentados da curta história do evento realizatório deste blog, que já teve umas 15 edições desde 2009.

A banda de Ed Droste, em seu maior momento na música independente e atração bem colocada em festivais como Coachella (Califórnia) e Primavera Sound (Barcelona), foi comovente em certos momentos. Em uma música no bis, “All We Ask” em versão acústica, que encerrou a apresentação, o Grizzly Bear chegou a fazer o Cine Joia todo ficar bem quietinho, só reagindo com gritinhos e palmas para acompanhar a canção.

Em fotos de Fabricio Vianna, repórter fotográfico da Popload que disputava espaço com fotógrafos do “New York Times”, e alguns vídeos do público, dá para contar um pouco como foi o show do Grizzly Bear ontem no Brasil.

* O setlist não programava o bis que teve “Knife”, “On a Neck, On a Spit” e “All We Ask” acústica.

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Socorro, Obama! Saiu o disco novo do My Bloody Valentine
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Lúcio Ribeiro

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* Mais ou menos alheio ao que acontecia no planeta musical, eu voltava a São Paulo de uma discotecagem em Sorocaba na madrugada de sábado para domingo, quando na estrada vaziaça e escura estava ouvindo a rádio americana SiriusXM U, me achando em alguma estrada na Califórnia.

Foi quando o DJ da U contou depois de uma sequência musical qualquer que o disco novo do grupo irlandês My Bloody Valentine (vou repetir: o disco novo do My Bloody Valentine) tinha aparecido finalmente e que ele estava puto com o servidor do site porque ficou algumas horas tentando baixar o álbum e não conseguiu. O DJ disse que queria tocar alguma das músicas novas no programa, pedia DESCULPAS aos ouvintes, mas não ia rolar, por causa da “maldita internet”.

E a cada intervalo de música o DJ falava do disco do MBV e amaldiçoava a queda do servidor.

Cheguei em casa e antes de desmaiar de sono resolvi ver rapidinho se alguém estava falando nas redes sobre o tal disco (como o DJ da rádio indie da Sirius). Tem um certo exagerinho no que eu vou dizer, mas o MUNDO TODO estava comentando a volta ao disco do My Bloody Valentine. O “mundo”, quero dizer, toda a cena musical britânica, americana e a brasileira, as quais tenho certo alcance, estava esperta com a notícia, naquela madrugada. Estava uma verdadeira comoção indie nas horas iniciais do domingo. No Reino Unido, quando o zunzunzum do disco apareceu, era altíssima madrugada. E, bom, fui dormir horas bem depois do planejado, não sem antes ter o disco baixado.

O grande My Bloody Valentine, banda indie-indie-indie britânica de seminal importância na virada dos anos 80-90, supercultuada nos meandros underground da época, resolveu soltar seu primeiro álbum DESDE 1991 no sabadão à noite, assim, sem gravadora, sem lançamento físico, no seu site. Botou à venda, a notícia alastrou, o servidor caiu.

O bololô virtual foi tamanho que o grupo resolveu colocar o disco para streaming em seu canal do Youtube, paralelo às tentativas de venda do site, que chegou a ficar duas horas sem dar uma respostinha a quem quer que seja, fora do ar. A ponto de a frustração ser tão grande que rolou uma petição no SITE DA CASA BRANCA pedindo para o governo consertar a internet do Kevin Shields. Acontecia de uma pessoa conseguir baixar uma faixa e botar no YouTube ou Tumblr. Logo, disco montado, estava inteiro nos sites de torrents.

A galera, brava, chegou a zoar a página do disco no Wikipedia. Para toda a info, botava um “Forbidden. Access is denied”. Veja:

“m b v”, o disco novo, do grupo comandado pelo excêntrico Kevin Shields, rei das viagens de microfonias que pautaram 70% da música independente da época e pauta até hoje, veio à luz. A rapaziada shoegazer está emocionada. As meninas que saiam para show de babydoll como vestido e botas Doc Martens também.

Shields já tinha avisado. Semana passada, na primeira reaparição ao vivo da banda desde 2009, o guitarrista tocou música nova e disse que o álbum novo ia “surgir em dois ou três dias”. Sem dizer como e onde. Sem detalhes. Para quem esperava algo novo do MBV, isso foi um choque. Ainda mais porque, sabe-se, esse “m b v”, sucessor do importante Loveless (1991), segundo Shields estava sendo composto HAVIA 20 anos.

A notícia dessa volta “abrupta” do My Bloody Valentine e todas as confusões virtuais de sábado à noite são traduzidas, por exemplo, com um twitter de um escritor pop britânico famoso, jornalista do grande “The Guardian” e colaborador da revista “GQ”, o Alexis Petridis:

A gente ainda vai falar bastante desse disco novo do My Bloody Valentine. Na primeira avaliação ele é lindo, inteiro, confuso como tem que ser, contundente como tem que ser. Mas a questão primeira é tentar inserir um novo disco do My Bloody Valentine no contexto atual. Para isso, é preciso deixar o álbum maturando um pouco na cabeça. Levará dias.
Se é que dá para recomendar algo, a Popload sugere, principalmente para os leitores da nova geração, para começar a ouvir o álbum pela faixa “Nothing Is”, perto do fim, um bate-estaca de guitarra contínuo e repetitivo ad-eternum que martela o ouvido sem dó e só “muda” um pouquinho quando o volume aumenta na faixa. Isso é My Bloody Valentine.

E o disco inteiro, direto do canal do Youtube do MBV, pode ser ouvido aqui:

Obama, ajuda o povo a ter logo esse My Bloody Valentine novo.

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E o Biffy Clyro finalmente fica grandão
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Lúcio Ribeiro

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* Taí. Se tem uma banda “rock’n’roll” da qual eu gosto, essa é a escocesa Biffy Clyro. O Dave Grohl também gosta bastante, tanto que botou os caras para abrirem a grande turnê de arenas do Foo Fighters pelo Reino Unido, uns anos atrás. Enfim, o fato é que o Biffy Clyro comemora hoje, com seu sexto álbum lançado na semana passada, a primeira vez em que a banda chega ao primeiro lugar das paradas britânicas. O disco é “Opposites” e vendeu nos sete dias iniciais a marca de 75 mil cópias.

Um monte de caras tatuados tocando sem camisa que fazem um rock sincero, entre o indie e o metal, cheio de canções “românticas” tocantes, o Biffy Clyro também vai ter seu momento “shows de arena” para os ingleses (e escoceses e irlandeses) em março e abril, com apresentações para tipo 20 mil, 30 mil pessoas. O Biffy Clyro, depois de seis álbuns, ficou realmente “big”.

Aqui tem “Black Chandelier”, o primeiro single lindão de “Opposites”, lançado no finalzinho de 2012.

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Indies chocados: Flaming Lips na propaganda milionária de carro
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Lúcio Ribeiro

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* A velha polêmica indie voltou ontem, em pleno jogo do Super Bowl, a decisão da temporada do futebol americano e o momento mais visto no ano na TV. A velha banda psicodélica The Flaming Lips, herói de uma certa psicodelia doida que sai em forma de música da cabeça do líder, cantor e falador Wayne Coyne, ilustrou ontem um dos famosos comerciais trilionários que passa no intervalo da partida, o espaço mais caro da TV mundial.

O Flaming Lips mostrou sua música nova, a delícia “Sun Blows Up Today”, canção alto-astral e veloz, num comercial de um minuto da marca de carros coreana Hyundai, onde Coyne aparece na mesa do café da família-personagem do reclame e a banda toca no telhado da casa, onde o Hyundai está na garagem, entre outros pequenos momentos de intersecção do indie com o mainstream, para milhões de americanos verem e ouvirem. Até a enorme bolha de plástico, marca registrada dos shows dos Lábios Flamejantes de Oklahoma, esteve presente.

Assim que o comercial passou no Super Bowl, a comunidade indie foi às redes sociais elogiar ou reclamar da participação “vendida” ou “bizarra para o bem” do Flaming Lips, no momento mais marketeiro do planeta. Para alguns indies, foi um “sacrilégio”. No Twitter, um fã disse que nada define tão bem os EUA hoje em dia do que o Flaming Lips participar de uma propaganda de carro na TV.

Para além das imagens da banda no comercial milionário, a Hyundai promove a entrega de 100 mil downloads gratuitos de “Sun Blows Up Today” no site Epic PlayDate, a SUV que é o objeto da propaganda. A marca coreana afirmou ter escolhido os Flaming Lips pela identificação da banda com a Hyundai no sentido de “eles serem especiais, lado-B e estão na estrada há muitos anos e estão sempre reinventando eles mesmos”.

Veja como é a propaganda.

“Sun Blows Up Today”, cujo áudio escapou semana passada, vai estar no álbum “The Terror”, o 13º disco do Flaming Lips, a ser lançado no começo de abril, poucos dias depois da participação da banda no festival Lollapalooza, em São Paulo.

Outra atração musical que estrelou os comerciais do Super Bowl foi o megaastro coreano Psy, que dançou Gangnam Style com um pistache. E os Rolling Stones emprestam sua épica “Sympathy for the Devil” para uma propaganda de um novo Mercedes Benz.

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