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Arquivo : março 2014

Não mexa com a Brody Dalle. Mais capa do disco, duas inéditas e entrevista
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Lúcio Ribeiro

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* Lá vem a Brody.

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Eis a capa do disco da roqueira australiana Brody Dalle, ex-diva punk do Distillers, hoje californiana, mão de família, casada com o líder do Queens of the Stone Age. Mas que ainda solta seus berros e solta a mão na guitarra. Dalle lança seu álbum “Diploid Love” dia 28 de abril. Dele a gente já conhece as faixas “Meet the Foetus / On the Joy” e “Parties for Prostitutes”.

Brody Dalle atualmente está experimentando ao vivo seu novo trabalho, que a tirou de casa depois de alguns anos cuidando da gravidez e dos filhos. Ela excursiona por seu país tocando na abertura da tour conjunta do Nine Inch Nails e Queens of the Stone Age. Pelo fuso horário, à medida que eu escrevo este post ela deve estar em performance no palco do Perth Arena, na cidade de Perth, terra do Tame Impala.

Sábado passado ela tocou na cidade australiana de Newcastle, de onde sacamos este vídeo abaixo de Brody Dalle mostrando ao vivo a faixa que abre seu disco, “Rat Race”. Mais para baixo tem uma entrevista que ela deu ontem para o Zane Lowe, DJ da Radio One inglesa, falando dos horários que acordava para ir para o estúdio, levar as crianças para a escola, voltar para o estúdio, pegar as crianças, voltar para o estúdio… E as pílulas de dormir que precisava tomar. E o Josh longe, excursionando com o QOTSA. Rocker mom.

Para terminar, uma outra ótima música nova do disco, que acaba de ser liberada. “Don’t Mess with Me”. Ouve isso:

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As Warpaint e a cabeça do Conan
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Lúcio Ribeiro

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* As meninas da banda californiana Warpaint, algo entre o indie e o dream pop, foram levar sua viagem sonora ontem à noite no programa do Conan O’Brien, na TV americana. A foto acima é genial. No “Conan”, as moças cantaram o adorável single “Love Is to Die”, do adorável segundo álbum, “Warpaint”, lançado em janeiro, já um dos discos do ano. Elas estão cada vez mais bonitas, não? E a baterista de camisa branca? Que performance incrível, dá uma olhada, enquanto vemos na TV daqui a propaganda “bacana” da volta do Programa do Jô.

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Outkast mexe com Jimi Hendrix, A-ha, A$AP Rocky e Phantogram ao mesmo tempo
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Lúcio Ribeiro

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* Uma das grandes notícias musicais nos EUA, neste ano, é a volta do Outkast, dupla de hip hop experimentalista e de sucesso H-U-G-E que vai estrelar o Coachella 2014 mês que vem na Califórnia, entre vários outros festivais. O duo formado por André 3000 e Big Boi (foto acima), desaparecido há algum tempo, vem testando sua popularidade atualmente, depois de ter parado de fazer disco juntos lá por 2005, 2006.

André 3000 no momento anda ocupado sendo o lendário guitarrista canhoto Jimi Hendrix no filme “All Is by My Side”, que vai passar nesta semana no SOUTH BY SOUTHWEST, no Texas.

Já o velho conhecido Big Boi, enquanto espera o amigo voltar do cinema, se ocupa em juntar o rapper encrenca ASAP, as viagens eletrônica do duo Phantogram e… A-ha, para fazer um vídeo doido assim.

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Popload Gig traz ao Brasil em junho o histórico grupo YO LA TENGO
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Lúcio Ribeiro

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* Em mais um gol do Popload Gig em época de Copa do Mundo, o pocket-festival deste blog-quase-site tem o prazer de anunciar a vinda ao Brasil de uma das mais distintas bandas do rock americano, o YO LA TENGO, patrimônio da música independente feita nos EUA. O clássico grupo de Ira Kaplan, 30 anos e 13 discos, conhecida como “a banda preferida dos críticos de música” ou “a banda das outras bandas”, se apresenta no dia 3 de junho no Cine Joia, em São Paulo.

O Yo La Tengo vem ao país com a turnê do incrível disco “Fade”, lançado no ano passado. Os ingressos custam R$ 80 a meia e R$ 160 a inteira e JÁ ESTÃO À VENDA no site do Cine Joia (cinejoia.tv/ingressos).

O trio de New Jersey engrossa uma lista de shows futuros da empresa de entretenimentos legais Popload Inc., que já tem anunciado o seguinte:

* Popload Gig com Omar Souleyman: 23 de março, Beco SP
* Popload Gig com Jagwar Ma: 27 de março, Audio Club
* Popload Gig com Yo La Tengo: 3 de junho, Cine Joia
* POPLOAD FESTIVAL 2014: Metronomy é uma das atrações. 29 de novembro, Audio Club

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O Yo La Tengo anda em uma curta turnê na Austrália nesta semana. Na quinta, eles tocam na absurda Sydney Opera House Concert Hall, em Sydney.

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O incrível Father John Misty e o final de “True Detective”
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem foi o encerramento da primeira temporada da ótima série metafísica “True Detective”, que mistura poesia torta, literatura cool, satanismo, “Twin Peaks”, Woody Harrelson, Matthew McConaughey, garotas lindas “do mal” e música muito boa. Tudo isso sob o clima sinistro da Lousiana, terra de gente muito esquisita.

(SHHHHHHHH!! Ainda não vi)

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Essa parte de “música muito boa” teve no seu season finale um grand… finale. A série usou ontem de trilha principal a música
“The Angry River”, feita pelo músico T Bone Burnett, responsável contratado pela seleção da música em “True Detective”. A voz do grande Father John Misty, um dos meus cantores americanos prediletos, é ouvida na cavernosamente triste canção é ouvida, mas os créditos indicam que pertencem a uma banda chamada The Hat (?) e tem ainda a participação de S.I. Istwa (??).

Ela, descrita como “deep dark disturbingly beautiful”, é assim:

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Filho da p**a do car**ho. O histórico show do Ratos de Porão no Cine Joia
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Lúcio Ribeiro

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* This is hardcore!

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Uma das mais internacionais bandas já armadas no Brasil, o grupo punk hardcore Ratos de Porão vomitou um incrível show de 30 anos de seu primeiro disco ontem no Cine Joia, em São Paulo. Com formação original de 1984 (João Gordo + Jão + Mingau + Jabá), o quarteto executou todo o álbum de estreia “Crucificados pelo Sistema” mais “clássicos”, raridades e demos dos anos 80 do grupo.

“Crucificados pelo Sistema” é o “Sobrevivendo no Inferno” (Racionais) da geração punk podre e periférica paulistana. Saiu no desgraçado e sinistro ano de 1984 (desemprego, política destroçada, Palmeiras na fila, dureza…) pela saudosa Punk Rock Discos. Com distribuição nos EUA e Europa, foi o primeiro disco inteiro (não coletânea) de uma banda latina de punk e hardcore a chegar nesses mercados gringos. É o disco mais punk e menos hardcore do Ratos.

Esta formação que se apresentou ontem no Cine Joia abarrotado e cheio de mulher bonita (!!!), só durou mesmo, na verdade, durante o ano de 1983 (quando João Gordo entrou) e um pouco de 1984. Quando o “Crucificados pelo Sistema” saiu, tudo começou a mudar no Ratos, ou o Ratos já estava mudado. A banda já era outra, indo mais para o caminho do metal.

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O Ratos de Porão faz outro show comemorativo dos 30 anos de seu primeiro disco no Rio de Janeiro, sábado que vem, dia 15, no Circo Voador.

A banda prepara o lançamento para maio agora de seu 15º álbum, “Século Sinistro”. Da formação de 84 continuam apenas João e Jão. Boka e Juninho completam o grupo atual.

Ontem, no Cine Jóia, outra importante banda do hardocore brasileiro, os Dead Fish, fez as honras de abertura para o Ratos. O grupo de Vitória, Espírito Santo, fez um show baseado no importante “Zero e Um”, disco que deu projeção nacional aos caras e emplacou de vez o Dead Fish no meio da galera MTV. O “Zero e Um” foi lançado em 2004. Portanto era outro disco a ter seu aniversário (no caso 10 anos) festejado na celebração hardcore de ontem na Liberdade.

Abaixo, o Ratos destruindo com “Destruição” (demo de 1982) e desencabando das trevas a música “Aqueles Que Querem nos Governar”, de coletânea punk de 1983. Pensa!

“Tomar no c*, poooooorraaaaa”, declarou João Gordo, sobre o show de ontem.

* A foto que abre o post é do Instagram de Anderson Boscari (@_risada).

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Soulwax reinventa o Metronomy
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Lúcio Ribeiro

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* Sai hoje na Inglaterra o aguardado disco da banda britânica cool Metronomy. “Love Letters” é o quarto álbum da bonita carreira do grupo indie-eletrônico que já veio ao Brasil para a Popload Gig em 2011 e volta ao Brasil no final do ano para o Popload Festival. Nosso tipo de banda.

A gente já andou botando para tocar por aqui algumas das músicas desse novo trabalho do Metronomy, incluindo “Love Letters”, single que dá nome ao álbum e tem um vídeo cool dirigido pelo Michel Gondry.

“Love Letters”, a canção, ganhou um remix inacreditável dos irmãos David e Stephen Dewaele, os caras da banda Soulwax e que têm a magia dos remixes na versão alterego 2ManyDJs.

Esse para o single do Metronomy eles assinam como “Soulwax Remix”, como sempre quando eles botam a mão no trabalho dos outros para uma track oficial, geralmente melhorando ainda mais as músicas sempre boas que escolhem para um remis. Aquela coisa.

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SXSW e as novas revoluções. Neil Young tem um plano para mudar a música
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Lúcio Ribeiro

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* Keep on rockin’ in the free and digital world.

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A semana promete ser agitada graças ao insano South By Southwest, o descomunal festival que é a maior vitrine mundial da música nova ou de novidades da velha música, tudo junto e misturado. Um verdadeiro formigueiro humano de bandas, artistas solo, jornalistas, produtores, publicitários, empresários da música e, até, fãs de música, transformam Austin no principal centro cultural do mundo até o próximo dia 17. A Popload vai falar muito sobre o que rola no Texas nos próximos dias, claro.
Cabe dizer que o Sxsw são três festivais dentro de um. É o de música que tem suas centenas de shows, mas o cada vez mais importante festival de Cinema e o incrível festival de Interatividade.

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E é esta parte “interativa” do Sxsw que deve pautar a cultura pop nos próximos dias, a não ser que o Daft Punk apareça para fazer um show surpresa sem capacetes. Mais precisamente nesta terça, 11 de março, os olhos atentos de quem ouve, trabalha com e consume música estarão voltados para o lendário cantor, guitarrista e compositor canadense Neil Young. Ele dará uma palestra na qual vai oficializar o lançamento de um novo produto que ele ajudou a idealizar e que tem tudo para revolucionar o jeito de se ouvir música, estão falando. O negócio em questão é o PONO, dispositivo que promete entregar ao ouvinte músicas em sua qualidade que beiram a perfeição das gravações originais registradas nas fitas masters em estúdio.

De acordo com entrevistas que Neil Young deu abordando o assunto nos últimos meses, a música digital atual, especialmente o formato MP3, não preserva 10% da qualidade original de uma faixa gravada no estúdio e esta seria uma das razões para o declínio dos lucros da indústria. O guitarrista informou que a ideia do PONO é fazer com que o ouvinte recupere o desejo de se ouvir música em seu estado mais puro como era antigamente, mas de uma forma bem prática, rápida e objetiva como “exige” a tecnologia e a correria nos dias de hoje. Basicamente, o PONO – player portátil de forma triangular e touchscreen – trará essas faixas sem a compressão e perda de qualidade dos arquivos digitais atuais.

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O PONO virá abastecido e suportado por uma biblioteca virtual de músicas. A primeira major a fechar acordo com o projeto foi a Warner Music. Outras gravadoras como Sony e Universal também estão (ou estavam) negociando. Se alguma delas fechou parceria com o PONO, Neil deve noticiar em sua palestra em Austin. O assunto foi abordado pelo músico em sua aclamada biografia lançada há dois anos. Neil inclusive cita que em diversas conversas com amigos, era abordado o tipo de reação que a Apple, por exemplo, poderá ter com o lançamento do PONO, já que o iTunes é uma das principais referências em termos de comércio de música digital no mundo.

A verdade é que o PONO deve agitar e muito o mercado, já que seu modelo com memória de 128GB deve ser lançado a $399, mesmo preço do iPod com a metade da memória (64GB). No próximo dia 15 de março, o PONO sai em pré-venda com desconto no Kickstarter. E uma tal nova era (ou guerra) musical deve se iniciar.

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Lena Dunham leva o National para o Saturday Night Live
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Lúcio Ribeiro

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* No último sábado, a distinta banda americana The National tocou duas de suas belas músicas no programa humorístico-sério nova-iorquino “Saturday Night Live”. O “SNL” de anteontem teve como anfitriã da semana a multitarefas Lena Dunham, o geniozinho que atua, escreve, produz e dirige a muito boa série de TV “Girls”, superamiga da música independente esperta.

Lena e os caras do National até ensaiaram uma selfie à la Oscar (foto acima). Mas ninguém tinha levado a câmera ou um Samsung branco.

As performances da banda do dramático Matt Berninger no programa foram para as músicas “Graceless” e “I Need My Girl”, ambas do disco “Trouble Will Find Me”, do ano passado.

Have a look!


[HD] The National – Graceless – SNL 3-8-14 por IdolxMuzic


[HD] The National – I Need My Girl – SNL 3-8-14 por IdolxMuzic

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Win Butler não tira o Prince da cabeça e Arcade Fire canta “Controversy”
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Lúcio Ribeiro

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Começou no gás a turnê mundial do Arcade Fire nos EUA. Este espaço comentou sobre o pontapé inicial da trupe canadense em Louisville, semana passada. E, ao que tudo indica, algumas das grandes atrações da nova turnê da banda serão as covers que Win Butler & Co. vão apresentar em seus carnavais por aí.

No show de Louisville, a expectativa era que a banda tocasse a faixa “Controversy”, do Prince, lançada por ele em 1981. De última hora, preferiram tocar “The Last Time”, dos Rolling Stones. Acontece que, no último sábado, o Arcade Fire se apresentou em Minneapolis, terra do popular e algo esquisito cantor e instrumentista norte-americano que mistura como ninguém o funk, o R&B, o soul, o rock e mil outros estilos. E aí rolou.

Win Butler apareceu no palco com uma caixa que reproduzia imagens de Prince e Michele Bachmann em sua cabeça e mandou uma versão classuda de “Controversy”. Sério. Em outros momentos do show, o grupo canadense incluiu trechos de “Do What U Want” (Lady Gaga) e “I Gotta Feeling” (Black Eyed Peas) em “Rococo” e “Sweet Child O’Mine” (Guns N’ Roses) e “I Don’t Want To Miss A Thing” (Aerosmith) na faixa “Normal Person”.

* Em algumas semanas, o Arcade Fire faz dois shows no Brasil, dia 4 de abril no Rio e dois dias depois no encerramento do Lollapalooza em São Paulo. Já não duvido de uma possível aparição do Olodum no meio disso tudo.

* Arcade Fire em Minneapolis (08/03/14), setlist
My Body Is a Cage (stripped down)
Reflektor
Flashbulb Eyes
Neighborhood #3 (Power Out)
Rebellion (Lies)
Joan of Arc
Rococo (c/ Lady Gaga “Do What U Want” e Black Eyes Peas “I Gotta Feeling”)
The Suburbs
The Suburbs (Continued)
Ready to Start
Neighborhood #1 (Tunnels)
We Exist
Normal Person (c/ Guns N’ Roses “Sweet Child O’ Mine” e Aerosmiths “I Don’t Want To Miss A Thing”)
No Cars Go
Haïti
Afterlife
It’s Never Over (Oh Orpheus)
Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)

Controversy (Prince cover)
Here Comes the Night Time
Wake Up

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