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Arquivo : abril 2014

Muse cancela show solo em SP e bota apresentação no Lolla BR em risco
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Lúcio Ribeiro

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* A banda britânica Muse cancelou o show que faria no Grand Metrópole hoje, em São Paulo, dentro das Lolla Parties, por motivos de doença de um de seus integrantes, sem especificar o que aconteceu e com quem. O trio, que já está em São Paulo, afirmou ainda que ESPERA que o “descanso extra” com o cancelamento da apresentação solo seja o suficiente para salvar o concerto dentro do festival Lollapalooza, no sábado.

O anúncio apareceu nesta madrugada, no site oficial da banda, o Muse.mu.

O Muse tocou no Brasil no ano passado (Rock in Rio) e no Lollapalooza latino só tocaria no Brasil. A produção do Lollapalooza deve se manifestar nesta manhã. Aguardemos novidades.

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Aquele dia em que a MADONNA abriu para os SMITHS…
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Lúcio Ribeiro

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Eu não lembrava dessa. Ou nunca soube, sei lá.

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Quem conta é o próprio Johnny Marr, no vídeo abaixo. Na véspera do Ano Novo de 1983-84, os Smiths chegaram em Nova York para o “show da virada” (hehe). Ainda meio zonzos do vôo, não prestaram muita atenção na atração de abertura, uma cantora novinha. Aliás, acharam que ela “pode até ter mandado bem”, mas não ficaram nada impressionados. A cantora, viemos a saber, era a Madonna. Apenas. Pensa nesse “show da virada” (hehe), no comecinho dos anos 80, em uma “boate” de ferveção com quatro andares em Nova York, a lendária e bombada DANCETERIA, berço da New Wave americana, com Madonna abrindo para Morrissey? Sei nem o que dizer e também, sei nem como esse vídeo está rolando desde 2009 no YouTube e não tinha visto.

Fui até checar a minha Mozipedia e nada, nem uma mençãozinha sequer a ela, para o bem ou para o mal. Lembrando que o Morrissey o-dei-a a Madonna, achei melhor checar a biografia dos Smiths, o tijolo laranja “A Light That Never Goes Out — The Enduring Saga Of The Smiths”, escrita pelo Tony Fletcher.

Pois bem, lááá na página 290, Fletcher conta sobre a SIRE RECORDS, gravadora americana fundada em 1966 por Seymour Stein e Richard Gottehrer. Além de ser “A” casa de novos artistas punk nos anos 70, como Ramones, Talking Heads, Blondie, Television e Patti Smith, a Sire também ficou conhecida por ter lançado Madonna, ainda nesse mesmo comecinho dos anos 80 de que estamos falando.

Essa passagem na biografia não fala nada sobre a Madonna ter sido a “banda de abertura” dos Smiths, mas os fatos e as datas batem. Alguns trechos interessantes dessa primeira viagem dos Smiths aos EUA, tiradas do livro em tradução livre:

* A SIRE RECORDS, de olho na “invasão britânica”, começou a assinar com quase todas as bandas da Rough Trade. “Roubaram” o Depeche Mode, The Assembly e The Undertones. Também conseguiram tirar da Warner Bros britânica o Echo & The Bunnymen e o Pretenders. E ainda passaram a mão no Soft Cell, que era da Polygram. E também Tin Tin e Modern English, fazendo com que todas essas novas contratações chegassem nas paradas americanas. Nessa mesma época, início dos anos 80, “Seymour Stein também assinou com uma cantora e dançarina que morava em Nova York e que fazia parte da cena clubber de electro-hip-hop da cidade. Ela era chamada apenas de Madonna”.

* Foi a primeira viagem transatlântica dos Smiths (tirando o Morrissey). Sabendo que o Brian Jones, dos Rolling Stones, havia levado uma guitarra de presente de Stein, Johnny Marr já chegou perguntando se ele também ganharia uma caso os Smiths assinassem com eles. Ganhou.

* Percebendo que a cena americana (na verdade, as pistas dos clubes americanos) estava tomada pela mistura de hip-hop, electro, funk e New Wave, Geoff Travis, fundador da Rough Trade, lançou um disquinho 12” com duas versões estendidas de “This Charming Man”. A ideia era manter a música na parada britânica por mais tempo e entrar nas pistas americanas. Todos os artistas da Sire, na época, incluindo Echo & The Bunnymen e Elvis Costello, fizeram o mesmo. O remix, feito pelo renomado DJ Fraçois Kevorkian, agradou a todos, menos, claro, ao Morrissey e aos fãs “mais puristas”.

* Coincidentemente, o remix chegou nas picapes americanas no MESMO dia em que foi anunciado o primeiro show dos Smiths no país. Esse show aí, da Madonna (hehe). Segundo o livro, Johnny Marr era fã da nova cena “dance” de New York e se sentiu lisonjeado por sua banda ter sido remixada por Kevorkian, mas decidiu ficar do lado Morrissey ao perceber a reação negativa dos fãs.

* A birra de Moz chegou a tempo de impedir que o remix inundasse as paradas britânicas. Mas, chegou tarde demais para as pistas “alternativas” americanas, que receberam o “novo hit” muito bem.

* A banda foi recebida no aeroporto JFK, em NY, pela promoter e booker Ruth Polsky em uma limousine. Polsky fez questão de convidar sua assistente Amanda Malone, “uma gordinha esquisita que tinha 18 anos e sotaque britânico”. Malone e Morrissey viraram ~BFFs~, ele se apaixonou pela voz e pelo estilo dela e chegou a fazer com que ela se mudasse para Londres mais tarde, meio a contragosto do resto da banda, para gravar com eles. Anos depois, Polsky viria a ser a empresária dos Smiths (ela morreu atropelada 2 anos depois e foi homenageada na contracapa de “Shoplifters of the World Unite”). Malone, no fim, era uma péssima cantora, o single nunca pôde ser lançado e ela acabou virando “Amanda Hallay”, guru de moda em Paris.

* A partir daí, tudo é história e digamos que desse show, a única lembrança dos presentes é a de que Morrissey ficou “bêbado de vinho e despencou do palco assim que entrou, voltando logo em seguida”. Mesmo assim, Geoff Travis recebeu uma ligação da mãe do cantor no dia seguinte, reclamando do descuido da Rough Trade e da “falta de segurança e de cuidados médicos apropriados” para seu filho. Awwwn. Ah! O baterista Mike Joyce acabou pegando catapora (dizem que foi herpes, na verdade) e o próximo show, que seria em Boston, teve que ser cancelado.

* Acredite se quiser, achamos o vídeo dessa “world premiere” da Madonna, abrindo para os Smiths. Mas sem os Smiths (se alguém achar, grita!). Percebam o jeito que ela é apresentada pelo “host-MC”:

Ufa. Que noite, que ano, que festa de que ninguém se lembra… Alguém pergunta sobre isso para o Johnny Marr neste final de semana, por favor!

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Aldo e o frescor da música eletrônica brasileira. Volume quatro
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Lúcio Ribeiro

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* Foi lançada hoje na internet, com reverações em veículos gringos, mais uma coletânea da série que está tentando mapear a nova música eletrônica brasileira. Arquitetada pelo agitador de vanguarda Chico Dub, a “Hy Brazil Vol 4: Fresh Electronic Music From Brazil 2014” pode ser comprada, compartilhada e embedada aqui.

Entre os produtores eletrônicos que emergem da nova geração brasuca está o grupo paulistano Aldo, capitaneado pelos irmãos Faria. É deles a foto que estampa a página virtual que a revista americana “Spin” dedicou à coletânea brasileira. Eles dizem que o Aldo “é a prova de que o espírito do LCD Soundsystem está vivo e passa bem em São Paulo”.

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No meio da nova música avançada da coletânea idealizada por Chico Dub (curador do festival Novas Frequências), que traz exemplos ótimos de
artistas como Ney Faustini e Carrott Green, entre vários outros, o Aldo emplacou uma música inédita, feita especialmente para a compilação: a ótima “Bluffing”, que você pode ouvir aqui embaixo e fazer o download lá no site da Hy Brazil.

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Incrível: Janelle Monáe mistura David Bowie com funk e dance das antigas
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Lúcio Ribeiro

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A estilosa popstar cantora de R&B Janelle Monáe, umas das meninas mais competentes da nova geração de cantoras pop, foi escolhida a “voz” para uma campanha publicitária da Pepsi que rodará nos Estados Unidos durante a Copa do Mundo. A música escolhida para a trilha é “Heroes”, de um tal David Bowie.

Janelle, que tem sua musicalidade mais ligada a nomes como James Brown, Prince e Michael Jackson, disse que David Bowie também está em seu DNA musical e que tentou manter elementos da “Heroes” original mesclados com características de sua veia artística, bem ligada ao R&B, funk e dance de vanguarda.

No fim das contas, a “Heroes” repaginada na voz da Janelle renasceu revigorada, linda e potente.

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Lolla no sofá: os horários da transmissão ao vivo pela TV e internet
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Lúcio Ribeiro

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O Autódromo de Interlagos receberá milhares de pessoas no próximo fim de semana para a terceira edição do Lollapalooza Brasil, quando a cidade de São Paulo será palco de shows do Arcade Fire, Lorde, Muse, Disclosure, Nine Inch Nails, Johnny Marr e uns outros mais de quarenta bons nomes da velha e nova música.

Para quem pretende ficar em casa durante o festival, o canal pago Multishow fará uma cobertura turbinada na TV e em seus canais oficiais na internet. Além da programação no próprio Multishow, para atender e cobrir os shows simultâneos serão feitas transmissões ao vivo também no canal BIS, um dos braços televisivos da emissora.

Os palcos “alternativos” ganham destaque no site do Multishow e também do BIS.

Abaixo a programação detalhada com os horários e canais que exibirão os shows.

SÁBADO – 05 DE ABRIL
14:00 – Capital Cities (MSW / WEB) e Lucas Santtana (BIS / WEB)
14:15 – Digitaria (WEB)
15:05 – Cage The Elephant (MSW / WEB)
15:30 – Café Tacvba (BIS / WEB) e Perry/Etty vs. Joaquim Garraud (WEB)
16:10 – Julian Casablancas (MSW / WEB)
16:45 – Flume (WEB)
17:00 – Portugal. The Man (BIS / WEB)
17:30 – Imagine Dragons (MSW / WEB)
18:00 – Flux Pavilion (BIS / WEB)
18:30 – Lorde (MSW / WEB)
18:35 – Phoenix (BIS / WEB)
19:45 – Wolfgang Gartner (WEB)
19:55 – Nine Inch Nails (MSW / WEB)
20:00 – Nação Zumbi (BIS / WEB)
21:30 – Muse (MSW / WEB), Disclosure (BIS / WEB) e Kid Cudi (WEB)

DOMINGO – 06 DE ABRIL
14:00 – Início da transmissão e melhores momentos de sábado (MSW / BIS / WEB)
14:20 – Johnny Marr (MSW / WEB)
14:45 – Vespas Mandarinas (WEB)
15:00 – Cone Crew Diretoria (BIS / WEB)
15:25 – Ellie Goulding (MSW / WEB)
16:00 – Savages (BIS / WEB)
16:15 – Baauer (WEB)
16:30 – Vampire Weekend (MSW / WEB)
17:30 – Pixies (MSW / WEB), AFI (BIS / WEB) e Krewella (WEB)
18:55 – Soundgarden (MSW / WEB)
19:00 – Jake Bugg (BIS /WEB) e The Bloody Bedroots (WEB)
20:30 – Arcade Fire (MSW / WEB) e New Order (BIS / WEB)
20:45 – Axwell (WEB)

MULTISHOW
NET: canais 42 e 542 // SKY: canais 42 e 242
Claro TV: canais 42 e 542 // Viacabo: canais 42 e 442
GVT: canal 42 // Vivo TV: canais 42 e 342
Oi TV: canais 42 e 542 // CTBC: canal 342

BIS
NET: canais 120 e 620 // SKY: canais 88 e 288
Claro TV: canais 44 e 544 // Viacabo: canais 81 e 481
GVT: canal 35 // Vivo TV: canais 43 e 343
Oi TV: canais 98 e 598 // CTBC: canal 334

WEB
Palcos Principais 1 e 2 e cobertura em tempo real
Palco Interlagos e melhores momentos do festival
Palco do Perry

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E o Cut Copy não para de fazer música boa, Brasil
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Lúcio Ribeiro

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A incrível banda indie-dance australiana Cut Copy, que lançou no fim do ano passado o bem bom álbum “Free Your Mind”, não vai ficar fora da bagunça boa do Record Store Day, dia 19 de abril. Eles vão lançar um single duplo com faixas inéditas. São elas “In These Arms Of Love” e “Like Any Other Day”. A primeira foi divulgada hoje, tem toda uma vibe synthpop anos 80 com certa batida que lembra o Animal Collective.

Além de ser bom no que faz, o Cut Copy tem se notabilizado por ser uma banda marqueteira em um caminho bom. Ano passado, eles liberaram a audição do então single “Free Your Mind” para fãs que tivessem iPhone ou aparelhos com o sistema Android. Até aí, tudo normal. Mas, para ouvir, os fãs tinham que se aproximar de seis outdoors espalhados pelo mundo e acessar o site do Cut Copy na frente deles. As peças foram montadas na Cidade do México, Santiago, Detroit, no Deserto da Califórnia, Inglaterra e Austrália. Todos eles com coordenadas geográficas.

Eles também fizeram uma ação diferenciada no Pitchfork Festival de Chicago ano passado, quando montaram uma tenda para divulgar outra faixa, “Let Me Show You”. Na época, eles liberavam cerca de 40 vinis por dia, prensados na hora, numerados e personalizados para quem comprasse. Eu tava lá e, claro, fiquei com preguiça de enfrentar a fila. Depois que descobri que eram personalizados e quase morri de arrependimento. Acontece.

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Tags : Cut Copy


Mais Arcade Fire no Lolla Argentina: o show completo, no caso
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Lúcio Ribeiro

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Já está disponível o show do Arcade Fire realizado no Lollapalooza Argentina, ontem, em Buenos Aires. A banda tocou por mais de uma hora e meia e mesclou canções do mais recente disco “Reflektor” com hits antigos. O setlist dá uma boa noção do que veremos em Interlagos no domingo, no “nosso” Lolla. Antes, a banda canadense se apresenta na sexta-feira, dia 4, no Citibank Hall do Rio de Janeiro.

O Lolla Argentina atraiu mais de 55 mil pessoas na noite de ontem, segundo a imprensa local.

* Setlist
Intro “Rebellion (Lies)” com Julian Casablancas & The Reflektors
01 Normal Person
02 Rebellion (Lies)
03 Reflektor
04 Flashbulb Eyes
05 Neighborhood #3 (Power Out)
06 The Suburbs
07 The Suburbs (Continued)
08 Ready to Start
09 Neighborhood #1 (Tunnels)
10 No Cars Go
11 We Exist
12 Afterlife*
13 It’s Never Over (Oh Orpheus)**
14 Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
15 Keep the Car Running
16 Here Comes the Night Time
17 Wake Up

* Foto: Teleshow

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Julian Casablancas com a cabeça do Arcade Fire no Lolla Argentina
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Lúcio Ribeiro

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* A palhaçada cool é a de sempre. O Arcade Fire é anunciado para subir no palco, entra a banda fake com os cabeções de papel machê, começa a tocar o clássico “Rebellion (Lies)” de modo gozado, galera vai ao delírio. Daí entra o Win Butler real gritando “What the fuck is this?”, expulsa os fakes, o Arcade Fire verdadeiro assume os instrumentos e eles mandam “Normal Person”, do disco novo, “Reflektor”.

Foi assim ontem, na Argentina, no primeiro dia do Lollapalooza em Buenos Aires.

Acontece que, no meio da banda fake, ontem, quem usava a cabeça de Win Butler era o… Julian Strokes Casablancas.

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Veja o vídeo de “Normal Person” com o Arcade Fire real e o começo de “Rebellion (Lies)” com o Arcade Fire falso. E o Julian Casablancas no meio disso.

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A festa “anos 60 do futuro” do Icona Pop
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Lúcio Ribeiro

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Cada vez maior e mais falado, o duo indie dance bobagem Icona Pop, respiro musical moderno da música sueca, andou se aventurando em caminhos bem pop na música pop. Sacou? Elas, Aino Jawo e Caroline Hjelt, que tocaram de cabo a rabo em rádios no mundo todo (Europa especialmente) com o super hit “I Love It”, lançaram o álbum de estreia mundial “This Is… Icona Pop” também em 2013.

Em 2014, andam mostrando seu eurodance adocicado ao público da cantora louquinha Miley Cyrus em atual turnê pela América do Norte. Em maio, caem na estrada com outra cantora pop, Katy Perry, no Reino Unido.

Talvez fisgadas pela vibe pop da Miley, as meninas do Icona Pop soltaram uma nova música algo diferente do que estão acostumadas a fazer. Ou a que acostumamos a ouvir delas. “It’s My Party” tem suas batidas eletrônicas mais quebradas e lentas, participação do rapper norte-americano Ty Dolla $ign e é inspirada na canção de mesmo nome lançada por Lesley Gore, em 1963.

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