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A incrível série “True Detective” e sua trilha do mal
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Lúcio Ribeiro

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* Uma das novas séries mais bacanas das últimas temporadas, a cavernosa “True Detective” capricha ainda na trilha sonora bem especial, digamos.

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O seriado estreou em janeiro nos EUA e está no quarto episódio. Passa no Brasil, já, via HBO, às segundas. Tem um título-apêndice: “O Homem Pode Ser Muito Cruel”.

A trama é zoada e bem construída, com um mistério sobre uma morte de uma garota já de cara, na linha “Twin Peaks”, só que menos “suave”. Dois detetives investigam o assassinato com requintes de ritual satânico de uma loira jovem que vem a ser uma ex-prostituta. Logo no começo do primeiro episódio ela aparece, APENAS, com um símbolo esquisito pintado nas costas, usando uma coroa de chifres, com os olhos vendados e colocada em pose de reza amarrada a uma árvore no meio de uma floresta. E cheios de objetos esquisitos feitos com gravetos. Imagine o cenário sendo essa floresta num rincão da Louisiana, no sulzão dos Estados Unidos, com referência a lugares, pessoas, sotaques, estilo de vida.

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A história é contada tipo a novela nova da Globo, com mudança temporal. Só que no seriado ela FAZ SENTIDO, haha. Começa com os detetives prestando depoimentos um sobre o outro e sobre o caso punk do assassinato, no presente (na série, em 2012). Porque alguma coisa deu errada e eles não são mais parceiros. Não se falam tem anos. Esses depoimentos a outros detetives são intercalados com uma volta ao passado, mais exatamente a 1995, quando o crime do início da série aconteceu.

Tudo porque, agora, 17 anos depois (lembre-se, estamos em 2012), uma outra jovem foi encontrada morta em circunstâncias parecidas. Só que os detetives, a gente acaba deduzindo pelos depoimentos, pegaram o assassino de 1995. Então…

E, levando em consideração que o duo de investigadores amigos pero-no-mucho é formada por Woody Harrelson e Matthew McConaughey, já bote esse seriado como um dos grandes destaques da TV no ano.

Mas tudo isso SÓ para falar que a trilha sonora de encerramento é demais. Só psicodelia de malditos. Bem, estou dizendo baseado nos primeiros episódios. Trilha cool tipo “Girls”. Só que “pra macho”.

O primeiro episódio desenterrou sob os créditos finais a música “Young Men Dead”, dos incríveis Black Angels, do Texas. Nos outros até agora teve 13th Floor Elevators, veteranos da psicodelia clássica texana, também de Austin como os Black Angels; e Grinderman, grupo criado por Nick Cave em Londres.

A tema oficial de abertura de “True Detective”, outra viagem sonora, é do grupo The Handsome Family, indie country de Chicago. Uma série boa para ver e ouvir.

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“Boardwalk Empire” ganha volume 2 de sua trilha sonora indie-clássica
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Lúcio Ribeiro

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Sai na próxima semana o “volume 2” da trilha sonora de “Boardwalk Empire”, um dos grandes sucessos do canal de TV HBO, que venceu até um Grammy com o “volume 1”. A série se passa na década de 1920 e aborda o período de recessão nos Estados Unidos. Inspirada no livro de Nelson Johnson de mesmo título, foi escrita por Terence Winter, conhecido produtor e roteirista de “Os Sopranos”.

A música tema da trilha é “Straight Up and Down”, da banda alternativa The Brian Jonestown Massacre. O EP01 da série foi dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese.

Outras duas boas curiosidades sobre a série são sua música tema, é “Straight Up and Down” de grande The Brian Jonestown Massacre, e a direção do primeiro episódio, que tem a assinatura de Martin Scorsese.

Essa nova trilha, a ser lançada na semana que vem, tem gente do calibre de Patti Smith, St. Vincent, Elvis Costello, Neko Case e Matt Berninger, do National. O álbum já está disponível para audição na íntegra, cortesia da revista americana Billboard.


O indie em 1920: ouça faixas do volume 2 da trilha de “Boardwalk Empire”
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grandes sucessos do canal de TV HBO, “Boardwalk Empire” vai ganhar um “volume 2” de sua trilha sonora, vencedora de um Grammy com o “volume 1”. A série, que se passa na década de 1920 e aborda o período de recessão nos Estados Unidos, é uma adaptação do livro de Nelson Johnson de mesmo título e foi escrita por Terence Winter, aclamado produtor e roteirista de “Os Sopranos”.

Outras duas boas curiosidades sobre a série são sua música tema, é “Straight Up and Down” de grande The Brian Jonestown Massacre, e a direção do primeiro episódio, que tem a assinatura de Martin Scorsese.

“Boardwalk Empire Volume 2” conta com um time de peso cantando músicas dos anos 20. Algumas figurinhas carimbadas da “nossa” música fazem parte do projeto, entre elas Patti Smith, Annie Clark-St. Vincent, Elvis Costello e Matt Berninger, do National.

A trilha será lançada dia 3 de setembro, mas já dá para ouvir algumas versões, tipo as da Annie Clark e do Matt National Berninger, abaixo.

* O tracklist completo.
1. David Johansen – Strut Miss Lizzie
2. Stephen DeRosa – Old King Tut
3. Elvis Costello – It Had To Be You
4. Vince Giordano & the Nighthawks – Everybody Loves My Baby
5. Liza Minnelli – You’ve Got To See Mama Ev’ry Night (Or You Can’t See Mama At All)
6. Leon Redbone – Baby Won’t You Please Come Home
7. St. Vincent – Make Believe
8. Pokey LaFarge – Lovesick Blues
9. Neko Case – Nobody Knows You When You’re Down And Out
10. Karen Elson – Who’s Sorry Now
11. Stephan DeRosa – You’d Be Surprised
12. Margot Bingham – I’m Going South
13. Vince Giordano & the Nighthawks – Sugarfoot Stomp
14. Rufus Wainwright – Jimbo Jambo
15. Kathy Brier – There’ll Be Some Changes Made
16. Margot Bingham – Somebody Loves Me
17. Chaim Tannenbaum – All Alone
18. Loudon Wainwright III – The Prisoner’s Song
19. Patti Smith – I Ain’t Got Nobody
20. Matt Berninger – I’ll See You In My Dreams


O novo episódio de “Girls”. O pop ofuscou o indie na terra do indie
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Lúcio Ribeiro

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O logo de abertura de “Girls” foi alterado no episódio, para dar o caráter pop de balada

* Continuamos avidamente vendo o seriado e ouvindo as músicas de “Girls”, ótima série de TV da HBO ainda inédita no Brasil e que conta as agruras do dia-a-dia de quatro amigas do Brooklyn, em Nova York. Muitas músicas e/ou referências musicais passam por “Girls”. No episódio desta semana, o sétimo desta primera temporada, as garotas vão a uma festa “secreta” num armazém abandonado de Bushwick. O lugar é um distrito dentro do hypado Brooklyn e funciona assim: Williamsburg é indie. Bushwick é indie do indie. Entende, haha?
Episódio agitado, festa esquisita e música, enfim, de balada. No seriado rolou Ghostface Killah, Jennifer Lopez, Britney Spears, Mark Ronson, Oh Land e algum ou outro hip hop que não reconheci. A dinamarquesa electropop Oh Land foi usada na famosa sequência musical final de “Girls”. O episódio 7 começa com as meninas procurando o lugar da festa e termina indo embora dela. No meio disso tudo tem banda indie tocando na festa, garota ingênua fumando crack sem saber e outros bafos.

Vamos seguir “Girls” e seu jeito de lidar com a música nos próximos episódios. A gente não falou do episódio 6 por aqui porque, como disse o “New York Times”, o capítulo foi “unwatchable”, haha.

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A imperdível “Girls”, nova série de TV, joga a favor do indie
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Lúcio Ribeiro

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* Primeiro porque dá para, grosso modo, definir a série como uma “Sex and the City” indie. Sendo que é superindie e nada parecida com “Sex and the City”. O grupo de amigas, mais jovens e com bem menos, hum, “glamour”, e os personagens-satélites da série, moram no Brooklyn, em Nova York. Um deles tem até banda. Nos diálogos, citam grupos e clubes de rock. E sua premiere aconteceu onde? No festival South by Southwest, do Texas, claro.

* O seriado, já com quatro episódios e mostrado aos domingos na HBO americana, é incrível. Aqui no Brasil vai passar na emissora local, mas ainda sem data de estreia. A história mostra quatro amigas de 20 poucos anos, todas bem diferentes entre si, tentando ser felizes no trabalho/carreira em plena crise atual de emprego americana. E, principalmente, tentando ser felizes no amor, colecionando só fracassos em relacionamentos. “Girls”, que mantém uma média de quase 4 milhões de telespectadores por episódio, revela a garota Lena Dunham, que criou, dirige, escreve, é uma das produtoras e ainda por cima a atriz pessoal. A menina é gênia. Os diálogos e situações que ela consegue transformar em cenas são absurdos de bom e tem um ritmo delicioso.

* O personagem de Dunham, Hanna, se acha gorda e mais feia que as amigas gatas. Numa cena em que ela está chapada de ópio conversando com duas delas, Hanna fala: “Vocês duas são deusas. Quando eu olho para vocês, uma canção do Coldplay toca no meu coração”. Em uma discussão sobre o cara que não dá atenção para Hanna, a polêmica é que ele nunca respondeu o SMS que ela enviou, o que leva as amigas a dizerem para Hanna: “Esquece”. Depois fazem o ranking dos jeitos mais baixos de comunicação para chamar alguém para sair, conquistar, enfim, em escala de eficiência. Pela ordem: DM de Facebook, o chat do Gmail, o SMS, ligar no celular e por fim ao vivo.

* “Girls” sempre toca uma música inteira em seu final, na hora dos créditos. Às vezes, as músicas interagem com a cena derradeira. Já tocou a fofa The Echo Friendly (Brooklyn), a sueca Robyn, White Sea (garota que canta no/com o M83) e Harper Simon, o filho indie do Paul Simon.

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