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Popload entrevista: Michael Angelakos, do Passion Pit
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Lúcio Ribeiro

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* Um dos grandes nomes do indie nos últimos anos, o ótimo Passion Pit volta ao país para se apresentar no big festival Lollapalooza, que começa amanhã em São Paulo e deve levar cerca de 180 mil pessoas ao Jockey Club da cidade até domingo. Bombando a turnê do disco “Gossamer”, lançado ano passado, o Passion Pit promete o show cheio de energia de sempre, o show que lotou o tradicional Madison Square Garden mês passado. A Popload bateu um papo esperto com o dândi Michael Angelakos, que falou um pouco sobre o show, o disco novo e também sobre seus problemas de saúde, entre eles o de distúrbio bipolar. A matéria com o Angelakos saiu editada hoje na Ilustrada, da “Folha de S. Paulo”, e é reproduzida abaixo na íntegra. O Passion Pit se apresenta no LollaBR nesta sexta, 29.

É contra a vontade dos médicos que a banda americana Passion Pit vem ao Brasil no final do mês para se apresentar no megafestival Lollapalooza, com o mesmo show que no mês passado lotou o gigante Madison Square Garden, em Nova York, em noite de tempestade de neve. Uma façanha para um grupo indie de apenas dois discos, tanto lotar a enorme arena de Nova York quanto ser atração de festival grande em São Paulo pela segunda vez em menos de três anos.

O desobediente da história é o cantor e tecladista Michael Angelakos, líder do quinteto da região de Boston, que nos últimos anos vem enfrentando seguidas crises de depressão e foi diagnosticado tempos atrás como portador de distúrbio bipolar. Os médicos pediram para Angelakos parar de excursionar com a banda, para não correr o risco de entrar em crise longe de casa. Mas ele afirma que vai seguir em frente com a música, “enquanto tiver público para ouvir as músicas do Passion Pit”.

“Minha condição é difícil como a de qualquer pessoa com problema de saúde. Causa dor, é chata de viver com ela, não desejo ela para meu pior inimigo. Mas o processo criativo das minhas músicas jamais foi afetado porque eu sou bipolar, em nenhum sentido”, disse Angelakos em entrevista à Popload, fugindo um pouco do foco da questão, mas discorrendo sobre o transtorno que o persegue.

“Eu já era bipolar antes de escrever canções para o Passion Pit. Acho que o primeiro disco é mais sombrio e confuso. E este segundo agora é direto e confessional. E não acho que nenhum tenha a ver com minha bipolaridade.
O Passion Pit vem ao Brasil com a turnê do álbum “Gossamer”, segundo trabalho do grupo, lançado no meio do ano passado. A banda, que toca ainda no Rio no dia 30, um dia após a apresentação no Lollapalooza, estreou em disco com “Manners”, de 2009, que fez muito barulho na cena independente e trouxe o grupo para o Planeta Terra Festival de 2010.

“Foi maravilhoso tocar no Brasil naquela vez e nos divertimos bastante, mesmo que tenha sido tudo muito rápido. A maioria do tempo passamos confinados no quarto do hotel e só saímos para tocar. Espero que tenhamos tempo desta vez para dar umas voltas por aí”, falou o vocalista.
Dos corredores da faculdade de Boston até Nova York botando quase 20 mil pessoas no Madison Square Garden em uma noite gelada, foram menos de cinco anos. O Passion Pit apareceu quando Angelakos gravou umas canções para a namorada no Valentine’s Day de 2008 e ela espalhou pela universidade. De lá para cá nunca mais pararam de crescer.

“Não é que ela fosse popular, mas a gente tinha alguns amigos, que tinham outros amigos e minha música foi passando de mão em mão. Coisa comum hoje. Naquela época o MySpace tinha importância e ajudou. Isso nos ajudou a gravar o primeiro disco rapidamente”, lembrou Angelakos.
“Sobre o show do Madison Square Garden, foi um momento que nunca pensamos alcançar e nos deixou orgulhosos da nossa carreira. Trabalhamos tanto e tão duramente, com vários percalços no caminho, que acho que merecemos tanta gente enfrentando neve para nos ver.“

Mesmo em meio a essas questões médicas que devem formar os tais “percalços no caminho”, Michael Angelakos vê um terceiro disco do Passion Pit pela frente, mas não agora.
“Neste momento ainda estamos todos focados em fazer o ‘Gossamer’ ser tratado com o respeito que a gente acha que ele merece, o que significa que ainda temos um bom caminho promovendo ele. Levei anos trabalhando nele, ele merece anos de shows e vídeos. Só então vamos sentar e fazer o disco três.”

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Feliz Dia dos Namorados, com o Passion Pit
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Lúcio Ribeiro

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* Atração cool do Lollapalooza Brasil em março, com direito a show-off em clube de São Paulo, a banda indie americana Passion Pit, de Michael Angelakos, soltou esperto vídeo novo, para comemorar a data romântica. É para a música “Carried Away”, canção bacaninha do último disco deles, “Gossamer”, o segundo, lançado no ano passado, e material básico da turnê que visita o Brasil no ano que vem. O vídeo é estrelado pelo Angelakos himself e traz a adorável Sophia Bush (da série “One Tree Hill” no papel de namorada doida. Altas confusões românticas sob música indie-dance contagiante, cantada em falsete. Que beleza!

Semana passada, em Nova York, o Passion Pit protagonizou uma daquelas façanhas indies impensáveis capaz de deixar o Brooklyn todo às lágrimas. Eles lotaram o Madison Square Garden, a arena gigante de Manhattan, tipo 20 mil pessoas de capacidade, em um dia de nevasca brava em Nova York. A apresentação no MSG, que teve Matt & Kim (Popload Gig 1, 2009) e Icona Pop como atrações de abertura e vendeu bons 18 mil ingressos para a ocasião, encerrou uma longa turnê americana do segundo álbum. Para quem até pouco tempo lotava no máximo o Webster Hall, foi bonito de se ver.

E emocionante. Angelakos tem sérios problemas de bipolaridade e depressão. Recentemente, foi aconselhado por médicos a deixar de excursionar, para evitar crises mentais na estrada. Ou excursionar menos.
“Seven months ago they told me I could never tour again. And now we’re here on stage at Madison Square Garden … And I’m going to keep doing it. I don’t know what to say. You think these things over about what to say and when you’re in this position there’s nothing to say. So thank you. We’ll keep doing this as long as you keep coming”, disse antes de começar o show, emocionado. E tocar “I’ll Be Alright”.

Aqui, trecho do Passion Pit heróico no Madison Square Garden, mandando a maravilhosa “Sleepyhead” debaixo de chuva de papel picado, na mesma proporção da neve que caia do lado de fora deixando Nova York branca.

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As conversinhas loucas do Passion Pit
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Lúcio Ribeiro

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Depois do ótimo vídeo da bolinha azul, o Passion Pit lançou mais um recorte visual de “Gossamer”, álbum lançado pelo grupo na semana passada.

“Constant Conversations” mostra o diretor de cinema Peter Bogdanovich, um dos nomes da chamada “Nova Hollywood”, famoso especialmente pelo filme “The Last Picture Show”. No vídeo, ele aparece em uma festa bombada de verão da alta sociedade conversando com o vocalista Michael Angelakos. A música é bem calminha para os padrões Passion Pit, mas é boa.

* Recentemente, o Passion Pit precisou cancelar datas de sua turnê de divulgação para o “Gossamer” por causa da “saúde mental” de Angelakos. Todos os shows da segunda quinzena de julho foram cancelados. A banda deve voltar aos palcos amanhã, na House Of Blues de Chicago, na Lolla Party. No dia seguinte eles tocam no Lollapalooza.

* Escutei algumas vezes o “Gossamer” e não consegui até agora saber se eu gostei um pouco do disco ou se achei ele bem chato. Alguém me ajuda nessa fraqueza de opinião, haha?

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