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Chvrches faz versão “menina” de Arctic Monkeys
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Lúcio Ribeiro

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Alex Tur…, ou melhor, Lauren Mayberry também não quer nem saber e fez uma cover de Arctic Monkeys

* Estamos fazendo a festa ultimamente com sessions e quetais feitas pela emissora australiana Triple J, uma das rádios indies mais cool do mundo, não por nada. O país sediou nas últimas semanas dois grandes festivais recheados de bandas boas que, veja você, vão fácil ao QG da Triple J fazer showzinhos exclusivos, sessions acústicas, arriscar umas covers, etc.

O ano australiano começou com os importantes eventos de música Big Day Out e Laneway Festival, amplamente falados aqui na Popload, que teve a chance de estar nos dois, thankyouverymuch.

Desta vez o “produto” indie bacana que vem da Triple J é uma cover que a banda escocesa Chvrches fez para a distinta “Do I Wanna Know?”, faixa do último álbum do igualmente distinto Arctic Monkeys.

Mais nos teclados que nas guitarras, mais dramática que algo cafajeste, a música na voz da boneca Lauren Mayberry custa para engrenar, mas termina bem, quase triunfal.

Gaste uns minutos com isto:

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Savages fazendo Suicide: vamos ouvir isso
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Lúcio Ribeiro

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Ainda no gás com o ótimo disco “Silence Yourself”, a banda dark de meninas Savages vai lançar um novo EP em breve. Quem entregou foi a vocalista Jehnny Beth em entrevista para a rádio australiana Triple J. Diz a Jehnny que a faixa “Fuckers”, que o grupo toca ao vivo na turnê, estará incluída, assim como uma releitura de “Dream Baby Dream”, do duo norte-americano Suicide.

A gravação de “Fuckers” foi feita em um show na cidade de Londres. Ela não citou a data de lançamento, mas não duvido que seja algo para o Record Store Day, em 19 de abril.
As Savages estão entre as atrações do Lollapalooza Brasil, que acontece dias 5 e 6 de abril em São Paulo.

* No fim de 2013, o grande Bruce Springsteen também fez sua versão para a mesma faixa do Suicide que o Savages vai lançar. Ficou classe.

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Lorde vs. mainstream. Estrela teen faz cover de James Blake
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Lúcio Ribeiro

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* A gente sabe que a teenager-sensação neozelandesa LORDE, vamos dizer, moves in mysterious ways. Mas é bonito ver como ela, aos 17 anos, tenta se manter longe do mainstream, por mais que esteja enfiado cada vez mais nele. Tipo ganhar o Grammy. “Vocês realmente acham isso uma grande coisa?”, disse ela em entrevista para a rádio australiana Triple J. Tanto emissora e cantora foram companheiras da Popload nesta última trip pelo outro lado do mundo. E com nosso olhos vimos Lorde fazer um ótimo show no Laneway Festival, numa posição da programação bem modesta para uma artista que era quase ninguém quando montaram o festival e virou a maior estrela da música pop mundial quando este mesmo festival chegou, enfim, ao seu dia de realização. Ma tocou sem chiar, posição intermediária, sol na cara.

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Nesse caminho antimainstream da inevitável mainstream Lorde, a garota faz o que pode. No próximo dia 19, em outra atuação rumo à fama, ela se apresenta no Brit Awards, em Londres. Mas, para aliviar a presep… a aparição no maior prêmio da música britânica, ela alinhavou uma performance conjunta com o extraordinário duo electropop Disclosure.

E agora, para continuar sua saga pelo bom gosto, gravou uma session para a Triple J australiana fazendo uma cover de James Blake, o delicado artista inglês, botando seu toque teen sensitivo e seus movimentos esquisitos na também delicada “Retrograde”, uma das músicas mais bonitas do ano passado. Foi dentro do quadro “Like a Version”, uma espécie de Popload Session down-under, dos mais famosos da emissora.

Oh, Lorde!

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Arcade Fire enquanto maior banda do mundo na Austrália
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Lúcio Ribeiro

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Incrível como a Triple J, maior rádio da Austrália e arredores, consegue ainda carregar o conceito “rádio” mesmo em tempos que a internet oferece mil plataformas para a gente ouvir música do nosso jeito, com o nosso gosto, com faixas selecionadas e segmentadas por nós mesmos, enfim.

A Triple J, como falamos em post anterior, é capaz de reunir tipo 1,5 milhão de pessoas em torno de uma pesquisa “besta” de melhores do ano. É ela que agita os principais eventos musicais na região, seja um show para 600 pessoas do Grouplove ou para 60 mil dos Rolling Stones.

Além de toda sua programação tendência, que tem até horários segmentados por gênero – toca tipo uma hora seguida de metal em “horário nobre” – que vai do indie ao rock clássico, passando por umas eletronices doidas, a Triple J costuma receber artistas em seu estúdio para sessions ótimas.

Quem esteve lá nesta semana foi nada menos que o Arcade Fire, pensa. Uma das maiores e mais caras bandas do mundo hoje, com shows marcadas para Rio e São Paulo em abril, os canadenses estão aqui na Austrália junto com a Popload já faz um tempinho. Eles encabeçam o gigante festival itinerante Big Day Out, que acontece em cidades daqui e da Nova Zelândia, com mesmo line up, durante umas três semanas. “Big Day Off”, como diz o Liam Gallagher. Ainda faltam duas edições: Adelaide, amanhã, e Perth no próximo sábado.

Na Triple J, além do Win Butler dar uma geral no momento atual da banda, eles tocaram três faixas ao vivo no estúdio: “Normal Person” e “Joan Of Arc” do disco novo (“Reflektor”) e a classuda “My Body Is A Cage”. Incrível como as canções soam ainda melhores em um sistema “studio live”. Abaixo tem dois vídeos e o programa completo com eles, em áudio.

* A Popload está em Sydney a convite do Tourism Australia.

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Austrália urgente: Lana Del Rey hardcore, Vance Joy e tubarões que twittam
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Sydney, Austrália. Bom dia, boa noite.

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* A gente mencionou aqui em post recente, a rádio australiana Triple J, que a gente gosta bastante, e que fez um especial domingo passado mostrando o Triple J Hottest 100, o ranking das 100 músicas mais importantes de 2013 votadas por 1,5 milhão de pessoas, incluindo povo da música, ouvintes e jornalistas. Transformaram isso num megaevento, fazendo 100 festas da rádio em diferentes lugares na Austrália, onde se ouvia a transmissão do Top 100 da emissora em clubes, pubs, praças, parques. E, claro, foi criado um suspense gigante em torno dos dez primeiros lugares. Foi o evento do ano promovido por uma rádio da região, falam. No fim, o que deu foi o seguinte:

1. Vance Joy — “Riptide”
2. Lorde – “Royals”
3. Daft Punk – “Get Lucky (Ft. Pharrell Williams & Nile Rodgers)”
4. Arctic Monkeys – “Do I Wanna Know?”
5. Flume & Chet Faker – “Drop The Game”
6. Arctic Monkeys – “Why’d You Only Call Me When You’re High?”
7. Lana Del Rey – “Young And Beautiful”
8. Matt Corby – “Resolution”
9. The Preatures – “Is This How You Feel?”
10. London Grammar – “Strong”

Em partes: a cantora vizinha Lorde, da Nova Zelândia, tem três músicas no Top 20. O grupo inglês Arctic Monkeys também. Em primeiro lugar está um artista local, Vance Joy, músico de 25 anos de Melbourne, que surpreendeu a lista, embora sua música tenha mesmo tocado sem parar em 2013. “Riptide” é canção romântica e Vance Joy toca ukelele como instrumento principal. Ela é bem bonita, mesmo. Outra coisa que surpreendeu pelo seu primeiro lugar é que a música nem é de álbum. Joy só tem um EP. O que ajudou foi que a canção foi tema de um famoso (aqui) comercial de um banco. E o cara desde agosto já ganhou um contrato com uma major nos EUA, a que tem como “clientes” o Bruno Mars e o Skrillex, por exemplo. Ouça (e veja) “Riptide” no vídeo oficial e ao vivo, com Vance Joy.


* BICHOS –
Que a Austrália é o lugar com os bichos mais bizarros e perversos do planeta, todo mundo sabe. Está aí abaixo o Diabo da Tasmânia que não me deixa mentir, a famosa fofurinha carniceira que é um urso de um tamanho de um cãozinho e tem a mordida mais forte entre os mamíferos (pelo que li) e não pode nem viver com outro de sua espécie pois acabam lutando até a morte por um pedaço de carniça. Enfim.

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Mas o negócio é que aqui na Austrália a coisa animal não fica restrita às matas, ao interior, às florestas do país. O país é um Animal Planet 24 horas por dia mesmo dentro das cidades. O convívio urbano das pessoas com os animais estranhésimos e “corriqueiros”, o equivalente para nós de cães, gatos, pombas, é assustadoramente bonito. Haha.
Você está sentado num banco qualquer dos lindos parques de Sydney e pousa do seu lado uns pássaros com os bicos mais esquisitos da espécie. Daí você resolve ir embora e, ao passar por uma árvore, fica se perguntando que frutos pretos enormes são aqueles. Aí percebe que são morcegos, aqui chamados de “Flying Foxes”. O nome, “raposas que voam”, diz muita coisa do tamanho deles. Esses morcegos de asas abertas são capazes de nos abraçar, acho. Mesmo pelas ruas, à noite, dá para ver uns vultos voadores passando. São eles.

O simples fato de você ter um jardim em casa pede para você nunca andar descalço nele ou o faz criar um hábito muito comum por aqui. Bater o sapato de manhã todos os dias antes de calçá-lo. Porque pode ter um aranhinha preta de costas vermelhas, bem comum por aqui e que, dizem, pode matar em um dia. Ela é tão normal mesmo em grandes cidades como Sydney ou Melbourne que seu antídoto vende comercialmente em farmácia. Dizem que em supermercado também, mas acho que é exagero. Ou não.
Então sem sustos. Se você começar a passar mal forte e se contorcer de dor, foi só uma picada da aranha. E você tem um dia inteiro para tomar o antídoto, que daí sobrevive. Tranquilo.
Só sei que até o carpete do meu quarto no hotel me deixa cismado. O Brasil, parece, tem as aranhas mais perigosas do mundo. Mas tipo lááá no meio da Floresta Amazônica ou coisa do tipo. Uma dessas assim frequentando o quintal de casa é meio demais.
Não vou nem entrar no mérito da existência aqui dos coalas. Coisas mais lindas, mas que dormem até 18 horas por dia. Nas que estão acordados, comem e fazem cocô. E depois dormem.

* Bom. Aqui na Austrália os tubarões twittam. A guarda-costeira botou em 338 tubarões um sensor que, quando eles estão a um quilômetro de distância, dispara uma onda de rádio que automaticamente twitta sua localização na conta da SLSWA (Surf Life Saving Western Australia), avisando os surfistas. (Ainda) É proibido na Austrália sair matando tubarão, então os cientistas foram atrás dos “sujeitos” que mais se aproximam da costa, para identificá-los com esse sensor. A briga com ambientalistas é ferrenha. Dizem que isso do Twitter não funciona, ou não é efetivo. Porque um número muito maior de tubarões brancos chega perto da costa. De 2012 para cá foram registrados 14 ataques de tubarões brancos a banhistas/surfistas. Seis mortes. Um tubarão, usando a conta da SLSWA, twitta assim:

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* LANA DEL REY DO METALCORE –
Toca até que bastante por aqui aqui uma cover de “Born to Die”, da boneca Lana Del Rey, executada pela banda de metalcore australiana Amity Affliction. É muito boa de tão bizarra. Tem duas vozes substituindo a Lana. Uma gutural dos infernos e uma calma, mas masculina. Não sei nem como descrever. Só ouvindo. Pensando na “estética metal”, ficou bem resolvida. Haha.

* Ontem, no clube Hi-Fi, aqui em Sydney, a deliciosa banda americana Toro y Moi fez um showzinho solo. Abertura do Portugal The Man. As duas bandas estão percorrendo a região como atrações do festival Big Day Out e deram uma “escapada” para um clube, que estava lotado (calculo tipo um Joia cheio). Peguei em vídeo o Toro y Moi mandando a “Rose Quartz”, faixa do disco fofo deles do ano passado, o “Anything em Return”.

** A Popload está em Sydney a convite do Tourism Australia.

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