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Arquivo : maio 2012

Hot Chip, o vídeo novo e a consagração do novo rei do pop: Reggie Watts
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Lúcio Ribeiro

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* Jogo minha coleção de singles em vinil da Lana Del Rey fora se no final do ano, quando a “New Musical Express” soltar a lista das pessoas mais cool da música em 2012, não estiver nela muito bem colocado o figuraça Reggie Watts, alemão black power cuja mãe é francesa, o pai é descendente de africanos e mora em Seattle desde pequeno. Comediante e músico, o cara está em todas. Hoje mesmo botou sua cara marcante e seu cabelo imenso no vídeo da música nova do Hot Chip, a deliciosa “Night & Day”, uma das mais gostosas do ano. O vídeo começou a circular hoje.

Watts, que circula por TVs e palcos americanos, ingleses e franceses já tem uns dois anos, é comediante, à primeira vista. E, além de tudo, é uma das vozes mais legais da nova música, tanto para cantar como para fazer barulhos, batidas e improvisos sonoros com sua boca. Sua voz é absurda de boa. É o melhor uso de improviso, voz maravilhosa e pedais para looping da música hoje.
Faz uns dois anos que Watts anda circulando por todos os lugares, mas agora está demais. Ele tem um chapante vídeo do Conan O’Brian no ano passado. Na época que O’Brien estava fora da TV, sob protesto, e saiu fazendo shows pelos EUA, Reggie Watts abria suas apresentações. Vi o cara no Sxsw deste ano, circulando pelo Coachella, no filme do LCD Soundsystem (ele cantou no show de despedida), participando do disco da Regina Spektor e agora no vídeo do Hot Chip.

Reggie Watts acaba de lançar um CD/DVD de uma performance sua recente no Central Park, Nova York. O álbum chama “Reggie Watts, a Live at Central Park” e, antes de chegar às lojas na semana passada, foi mostrado na íntegra no Comedy Central. O disco é aberto com a canção “Having Sex”, cuja letra é mais ou menos assim, num hip hop profundo e iniciada pelo seu famoso beatbox: “Yo, if you fuckin’, then you probably fuckin’/ If you fuckin’ then you probably havin’ sex.”

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Franz Ferdinand fazendo a Donna Summer. Banda toca em SP no domingo
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Lúcio Ribeiro

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* We feel love. Franz Ferdinand faz show único em São Paulo, domingo, no festival da Cultura Inglesa. De graça.

* A amada banda Franz Ferdinand fez uma homenagem à cantora Donna Summer, rainha da disco que morreu semana passada. Tocaram o hino “I Feel Love”, num FFstyle, durante show neste final de semana na Irlanda.

O grupo escocês, de Alex Kapranos, saiu da toca e veio ao vivo experimentar as músicas do próximo disco, o quarto da banda, que está em fase de finalização e sai ainda em 2012. Os novos concertos, em um dos quais o Brasil vai ser cobaia nesta semana, aconteceram pequenos na Irlanda, neste final de semana. São os primeiros shows em dois anos.

Além da homenagem à Donna Summer, acima, peguei também no Blog da Fra Durante duas prováveis músicas que vão estar no novo disco do Franz Ferdinand, gravado por um amigo dela.

Setlist do show de sábado, em Limerick, República da Irlanda.

Cheating on You
Do You Want To
Tell Her Tonight
Right Thoughts
No You Girls
The Dark of the Matinée
Brief Encounters
Fresh Strawberries
WTICSFIFL? Midnight!
Take Me Out
Ulysses
Trees & Animals
40′
Outsiders
Jacqueline

Bis:
Michael
This Fire

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Hangout Festival na areia. Jack White não largando o White Stripes, Skrillex bagunçando na praia e todo o show do Wilco
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Lúcio Ribeiro

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* Neste final de semana que passou o Alabama sediou mais uma edição, a terceira, daquele Hangout Music Festival, evento realizado na praia e que contou com 35 mil pessoas na areia, o que quadruplicou a população do golfo no período. O Hangout Festival 2012 teve sexta, sábado e domingo atrações como Jack White, Wilco, Flaming Lips, Edward Sharpe and the Magnetic Zeros, Skrillex, Red Hot Chili Peppers, Chris Cornell, M. Ward, entre muitos outros, e foi transmitido ao vivo pelo MySpace.

A banda Alabama Shakes toca durante o final de semana no Hangout Festival, evento na praia no… Alabama. Imagem da “Spin”

A gente traz agora um pouco do Jack White, tocando com as meninas (Peacocks) as whitestripianas “We’re Going to Be Friends” e “Hotel Yorba”, ambas acountryzadas. O Skrillex bombando no d.u.b.s.t.e.p. O Chili Peppers (no Brasil, “Rrédi Rróti”) mandando “Blood Sugar Sex Magik”. E o creme: o show todo do Wilco.


“Saturday Night Live” histórico: Mick Jagger com Arcade Fire e Foo Fighters
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Lúcio Ribeiro

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* E aí? Muito ansioso pela estreia do “Saturday Night Live” do Rafinha Bastos?

Um outro “SNL”, esse um pouco mais famoso e com convidados um pouco mais… digamos… especiais, terminou sua temporada no último sábado. À noite. Ao vivo. Foi histórico.
O “Saturday Night Live” original, o de Nova York, teve no fim de sua season 37, como mestre-de-cerimônias, ninguém menos que Mick Jagger, dos Stones. Jagger não ia no “SNL” havia 34 anos. E se apresentou no programa “só” com Arcade Fire, Foo Fighters e o guitarrista Jeff Beck.

Alguns dos momentos incríveis do programa de anteontem foi o Jagger e o Arcade Fire fazendo “The Last Time”, música de 1965 dos Rolling Stones, há muito não tocada por Jagger.

Incrível ainda foi, no finalzinho mesmo, o momento de despedida da grande Kristen Wiig do “Saturday Night Live”. Ela está deixando o programa. Jagger rege uma homenagem a ela, com o Arcade Fire tocando e cantando “She’s a Rainbow” e “Ruby Tuesday”, outros dois clássicos dos Stones, na hora arranca-lágrimas do programa.

A parte do Foo Fighters com o Jagger foi espetacular, também. Com Dave Grohl e galera como “bandinha de apoio”, Jagger cantou “19th Nervous Breakdown”, genial, e depois diminuiram o ritmo para a grande “It’s Only Rock’n’Roll (But I Like It)”. Os vídeos ainda não foram liberados pela NBC e eu não consegui decupá-lo do “SNL” que eu baixei. Depois colocamos aqui.

Mais dois momentos gloriosos do “SNL” final de temporada. Jagger e Jeff Beck fazendo juntos “The Presidential Election Blues Song, um número especial que o stone criou para o programa.

E, por fim, o hip hop gênio que o maluco Andy Samberg fez com o parceiro Chris Parnell chamada “Lazy Sunday 2”, a continuação do primeiro “digital short” palhaçada deles como virais do “Saturday Night Live” na internet. Tudo num estilo-homenagem dos Beastie Boys. E com um momento especial, atenção: DUBSTEP. Demais.

Ufa. What a show!

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Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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>> SHOWS & FESTIVAIS:

* SÓNAR SP: os “WIN”, os “FAIL” e o resumão do festival
* SÓNAR SP: saiba como foi o primeiro dia de festival
* SÓNAR SP: os vídeos da galera
* SÓNAR SP: valeu Bjork pelo show do KRAFTWERK! \o/
* SÓNAR SP: saiba como foi o segundo dia de festival.
* POPLOAD GIG: WILD BEASTS em São Paulo, na semana que vem! Compre ingressos aqui.
* O massacre do MOGWAI no Rio de Janeiro
* SILVA ao vivo no SESC, em São Paulo.
* COACHELLA 2013: isso mesmo. Ingressos já estão à venda.

>> POPLOAD 12 ANOS

* 17 de Maio de 2000: nascia a POPLOAD, Brasil-il! Tchanaaam!
* Lá em 2001, os dez anos de NEVERMIND.

>> Tem Que Ver Isso Aqui:

* A grande pequena volta do… xx! \o/
* O vídeo velho novo do THE KILLS, liberado pela Domino Records.
* NATALIE LUNGLEY, a inglesinha fofa e reinventora de hits
* Futebol é Pop: torcida do Manchester canta Beatles e Oasis.
* E o dia em que o NOEL GALLAGHER chorou como um bebê.
* HOMENAGEM: “Sabotage” em versão-mirim. Óóón.
* O lado “orgânico” do HOT CHIP na TV inglesa.
* Já ouviu a nova do WALKMEN?
* O seriado GIRLS e sua trilha incrível
* Vídeo novo da semana: TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS, com “American Dream Part II”.
* Mais um: o vídeo com gente esquisita e legal da FEIST.
* Desculpa gente, mas também tem mais um vídeo novo da Florence & The Machine.
* ANTHONY LEE: o incrível coreógrafo (!!!) que coloca o indie pra dançar!
* Bethany Cosentino de vestidinho no Letterman. Uou.
* Enquanto isso, no Letterman, REGINA SPEKTOR de vestidinho. Oh Wait…
* DIPLO militando em causa própria: EXPRESS YOURSELF.
* Por favor: um pouco de KINDNESS
* LANA DEL REY da semana: fumando & causando & música nova surgindo. Em Cannes.
* POPLOAD SESSION apresenta…: SIN AYUDA
* O Melhor do Twitter: Edição #sussa ou #mtoloco?


POPLOAD 12 ANOS – Em 2001, os dez anos do “Nevermind”
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Lúcio Ribeiro

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Como falamos aqui ontem, a Popload completa nesta semana 12 anos de existência. O espaço, que começou sem nome em 2000 na seção “Pensata” da “Folha de S.Paulo”, com conteúdo no impresso e um pouco maior online, ao longo dos anos se tornou coluna-semanal-gigante na Ilustrada no site da Folha, virou blog no iG e agora está pimpão aqui no UOL.

Por estes dias, vamos relembrar alguns textos marcantes, pataquadas e fatos históricos envolvendo a Popload. Até porque olhar para 2000/2001, por conta de tudo que mudou na música, no jornalismo, nas nossas vidas, parece que estamos falando de 1961.

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Um texto que chamou a atenção do crew da Popload foi o que fiz sobre o Nirvana, em 2001, na semana seguinte dos ataques terroristas nos Estados Unidos. Na época eu falava de outro petardo, o “Nevermind”, disco pontual da carreira do Nirvana e da história do rock, que estava por completar 10 anos.

Na época, falei não só dos 10 anos do álbum, mas também dos 10 anos da apresentação histórica da banda de Seattle no Reading Festival, quando o Nirvana dominou o mundo de vez.

O conteúdo também tinha uma entrevista com Everett True, o jornalista da “Melody Maker” que foi um dos grandes responsáveis em contar para o mundo que Seattle passava a ser a cidade mais cool do planeta quando o assunto era música, na virada da década de 80 para os anos 90.

Confira.

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NEVERMIND, 10 ANOS

É o seguinte. O Nirvana foi o meu Beatles. É a banda que eu mais gosto, gostei e (acho) vou gostar desde o momento em que eu comecei a ouvir música a “sério” (quando meus primos metaleiros me forçavam a ouvir Deep Purple e Led Zeppelin) até hoje de manhã (quando eu escutei o mais recente álbum do ótimo White Stripes).

Pois então. Com o Nirvana eu vi nascer, acompanhei o fenômeno e profissionalmente cobri a morte de Kurt Cobain, quando o roqueiro mais honesto que já passou por este planeta achou de dar um tiro nos miolos.

Não podia deixar, por isso, de compartilhar aqui umas histórias deste grupo, aproveitando a importantíssima data de aniversário de 10 anos do “Nevermind”, o disco que, não sou (só) eu que digo, mudou a história da música pop.

A comparação é meio estúpida e soa inoportuna, mas quem estava com os ouvidos funcionando no começo dos anos 90 sabe que o “Nevermind” esteve para a cultura pop assim como aqueles dois infelizes aviões da American Airlines estiveram para o World Trade Center, apenas para dar uma idéia do impacto que tal disco causaria nas rádios, nas lojas de discos, nas paradas, nas revistas, jornais, no comportamento jovem, na MTV etc. Tanto que atualmente no mundo inteiro tem-se publicado e produzido e programado “especiais” para lembrar o “Nevermind” (talvez não muito no Brasil, mas você sabe como as coisas funcionam por aqui). Em recente edição, a “New Musical Express” dedicou páginas ao aniversário do disco, produzindo uma ótima matéria intitulada “Os meninos de Kurt”, reportagem que registrava em fotos as inúmeras camisetas do Nirvana que circularam nos festivais ingleses deste ano.

Voltando, o “Nevermind” foi lançado no dia 23 de setembro de 1991 na Inglaterra, uma segunda-feira, mas sua data oficial é no dia 24, uma vez que o disco foi lançado na terça nos EUA, o dia em que os discos americanos novos aparecem nas lojas de lá.

Minha missão em prestar um tributo ao segundo disco do Nirvana já está bem cumprida. O nobre Folhateen, da Folha, publicou vasto material de minha autoria nesta última segunda-feira. Para quem não é assinante do serviço de Internet da Folha, reproduzo um depoimento meu sobre histórico show do Nirvana no Reading Festival de 1991, um mês antes de a banda lançar o “Nevermind”, além de alguns trechos da entrevista que fiz com Everett True, jornalista britânico descobridor da cena de Seattle. Everett True era jornalista do semanário inglês de música “Melody Maker” e atendeu em 1989 a um convite da então desconhecida gravadora Sub Pop, de Seattle, que à beira da falência, mas sabedora de que tinha grandes bandas na mão, resolveu convidar alguns jornalistas britânicos para visitar suas instalações, conhecer seus artistas, uma vez que a imprensa musical americana não se coçava. O resto da história, sobre o que aconteceu depois com a Sub Pop e com o grunge e com o Nirvana e com o rock, é desnecessário dizer, acredito.

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23 DE AGOSTO DE 1991 – O QUE FOI AQUILO?

A banda Nirvana se apresenta no Reading Festival inglês, em 1991; Kurt canta, os cabelos de Novoselic, com camiseta do Dinosaur Jr., balançam ao vento e um punk moicano, convidado para dançar no palco durante o show, dá as costas ao público; Dave Grohl está sumido atrás da bateria; daria tudo para lembrar qual canção era tocada na hora desta foto

Naquele 23 de agosto de 1991, todos os caminhos pop levavam à cidadezinha de Reading, leste de Londres, onde centenas de bandas de rock disputam anualmente a atenção de público, imprensa e gravadoras naquele que é considerado o principal festival de música pop do mundo.

O primeiro dos três dias de evento teve atrações como Iggy Pop, Sonic Youth e Pop Will It Itself, mas o aviso foi dado: “Chegue cedo para ver esse Nirvana”.

Para mim, não precisou falar duas vezes. Morava no Reino Unido na época e já ouvia sem parar o primeiro disco do grupo, “Bleach” (1989), graças a uma fita cassete de um amigo.

Junte-se a isso a curiosidade sobre “Nevermind”, que chegaria às lojas em um mês, e pronto: lá estava eu cedinho para ver o Nirvana.

Da hora em que Cobain ligou seu instrumento até o pulo descabido de guitarra e tudo sobre a bateria, no final, deu cravados 32 minutos. Durante esse tempo, quatro “músicas novas”: “Drain You”, “Smells Like Teen Spirit” (o que foi aquilo?), “Come As You Are” e “Breed”.

Em meio a isso, Grohl tirando de gozação, na bateria, o começo de “Sunday Bloody Sunday” (hino do U2); Cobain “surfando” na platéia em pleno solo de guitarra; cantando “The End”, dos Doors, com voz fúnebre, para anunciar a chegada da última música do show; Novoselic arremessando de longe seu baixo em Grohl.

O show acabou. A estática platéia viu Cobain, já sozinho no palco, levantar em meio ao que sobrou da bateria. Como se nada tivesse acontecido na última meia-hora, ele se abaixou para pegar uma garrafa de cerveja do chão e saiu andando.

Por mais imprevisível que fosse o estouro da banda, era difícil não acreditar que o rock depois daqueles 32 minutos seria diferente

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O CARA QUE DESCOBRIU SEATTLE

Com a palavra agora Everett True, o jornalista da “Melody Maker” que revelou que tinha alguma coisa de especial naquela cidade de caras com camisa de flanela e cabelos longos e descuidados. Meses após a visita de True a Seattle, em 1989, saia no semanário a reportagem “Seattle Rock City”. E depois. Everett respondeu, por e-mail, a perguntas sobre os 10 anos do “Nevermind” e ainda sobre seu recém-lançado livro, “Living Through This”, que conta a história de toda a cena.

“Voltei a falar de Nirvana simplesmente porque fiquei de saco cheio de ver muita gente falar sobre a cena de Seattle e ver que o que dizem não tem nenhuma relação com aquilo que eu vi e vivi. Com esse meu livro, quis passar um pouco do que realmente aconteceu para esses jornalistas que nem gostavam de Nirvana quando a banda ainda existia, para esses fãs de ocasião ou para os punks de biblioteca, que escrevem ou falam muita besteira sobre a era do Nirvana. Eu ouço mais música hoje em dia do que ouvia antes. E até gosto mais do som que é feito agora, mas claramente o pop atual não tem a mesma influência sobre a minha vida. O ‘Nevermind’ é um disco de grandes canções, mas com uma droga de produção. Ele soa como uma obra do Motley Crue. Eu prefiro o “In Utero”, embora tenha um comprometimento bem maior com o “Nevermind”. Sobre o novo rock americano, não posso dizer muito, na verdade, porque não ouvi a maioria dessas novas bandas. Escutei White Stripes pela primeira vez hoje (segunda-feira retrasada) e me lembrou Pussy Galore. Lift to Experience não é uma boa banda ao vivo. Trail of Dead e The Pattern são muito bons. Nunca ouvi Strokes.”

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Popload Session apresenta… SIN AYUDA
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Lúcio Ribeiro

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* Olha quem voltou. Popload Session na área, trazendo dois vídeos em performances exclusivas da banda SIN AYUDA, de Taubaté, SP.

A Popload Session é um espaço para produções próprias em vídeo da nova cena nacional e internacional. Nova cena ou velha cena com músicas novas. Já estiveram em session na Popload bandas como Teenage Fanclub, The Cribs, Me & The Plant, Jair Naves, Glass & Glue, Inky, 3VOL, Inky, Quarto Negro, Bidê ou Balde e grande elenco.

O Sin Ayuda acabou de lançar o EP “Boat”, gravado ao em um sítio da região de Taubaté, no interior de São Paulo. O lançamento é dos selos Popfuzz Records & Transfusão Noise.

A banda sai em turnê paulista agora em junho. As datas ainda estão sendo montadas. Mas duas delas podem já ser oficialmente divulgadas:

16/06 – Festival ZeroZero, Taubaté
17/06 – Castelo Fora do Eixo, Sorocaba

Vamos à session, então. Começamos pelo cover de Band of Horses e depois vem “Trucks & Tricks”, do “Boat EP”.

Ladies & Gentlemen… SIN AYUDA!

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Lana Del Rey fumando. E, até, lançando música nova. Em Cannes, porque ela não é fraca
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Lúcio Ribeiro

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Cannes urgente. Nas últimas 48 horas, o que tem de notícias pipocando sobre a dondoca Lana Del Rey por lá não é brincadeira. “Lana Del Rey na festa de P. Diddy”, “Lana Del Rey comparece em festa da joalheira Chopard”, “Lana Del Rey fuma na sacada do hotel”. Don’t believe the hype.

Enquanto faz sucesso com a imprensa em Cannes, vazou uma nova (ou velha) música dela. “Never Let Me Go” apareceu do nada em alguns fóruns de fãs da cantora, que ainda não sabem a procedência. Pode ser música nova, pode ser sobra do disco, pode ser música da época em que ela nem era Lana Del Rey.

Enfim, ouve a Lana.


O Melhor do Twitter: Edição “#sussa ou #mtoloco?”
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Lúcio Ribeiro

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* A semana começou com a galera acordando do Sónar profundo. E logo veio um caso de polícia no Twitter. FREE EMICIDA, gritou o Brasil. Aí botaram o Criolo na história, do nada. Aí teve jogo importante da Copa do Brasil e da Libertadores. Aí, tudo muito sussa, DOIS TRENS DO METRÔ BATERAM. E a Soninha foi lá e deu seu depoimento para o caso… Para ajudar essa semaninha #mtoloca, a Dona Summer morreu. E imediatamente uma galera começou a lembrar “I Will Survive”. Twitter, nóis te amamos.

(*imagens da Soninha comentando desastres famosos são do R7)

@MickJagger Had my first rehearsal with the @FooFighters, went through a few songs. Tune in to see what we play! #SNL

@_fransuel MULHER ELOGIANDO OUTRA MULHER PRO NAMORADO É SEMPRE UMA PROVA DE FOGO: VOCE TEM QUE CONCORDAR MAS NAO COM MUITA CONVICÇÃO

@karencunsolo Dica: balança da farmácia da Ferreira de Araújo, em frente ao centro britânico . Obtive ótimo peso, o melhor da região

@neozeitgeist Eu simplesmente adoro as notícias cariocas RT @JornalOGlobo: Arco-íris parece brotar do mar de Ipanema. migre.me/96IfC

@raqcozer Foto histórica via @veramagalhaes http://bit.ly/K82Lpk. Eu só poria os presidentes na ordem, porque tenho TOC antes de entender o protocolo

@hectorlima Imagina: sua banda excursionando pelos EUA. vc pára a van pra dar carona a um tiozinho, que vem a ser o John Waters goo.gl/snPoz

@sicknsour Aí o médico te atende mexendo no celular e pergunta teu nome duas vezes. Agora sei como minha mãe se sente quando a encontro

@r_stimpy Ontem aprendi que todas as Suelens do Brasil vem da Sue Ellen de Dallas dos anos 80. Foi nessa época que perdemos o bonde da evolução.

@faabio Não existe metrô em sp.

@diegomaia Vai, Soninha, tuita sobre o primeiro choque de trens da história do metrô de SP, por favooooooooooooor

@SoninhaFrancine Metro caótico, é? Nao fosse p TV e Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco.

@fcorazza A Sonsinha vai dizer que os trens do metrô não batem, eles fazem amor

@alexpopst Relatórios preliminares sobre a colisão no metro em São Paulo revelam que Thor Batista conduzia um dos trens.

@ricapancita A GENTE PEGA O METRO SEM SABER SE VOLTA PRA CASA VIVO TALVEZ NUM VOLTA NEM MORTO POR CAUSA DO TRANSITO CAÓTI

‏@Hupsel Soninha Marchiori MT @SoninhaFrancine: Helloooo, metro zoadaço mas estava normal qdo peguei. Q eu posso fazer?”

@elgroucho Fascinado com a estratégia eleitoral da candidata soninha francines

@_fransuel AINDA BEM Q O METRÔ NAO TAVA TRAZENDO MEU ALMOÇO NE SENAO AI SIM EU IA FICAR CABREIRO

@DuploGG Soninha na Segunda Guerra: “Hitler invadiu a Polônia, é? Eu passei por Varsóvia e tava sussa #mtoloco

@igornatusch Como bem disse o chapa @pedrojansen: falta psicotécnico para redes sociais.

@folha_com Estudante protesta na estação Sé contra metrô “sussa” em SP. folha.com.br/no1091528

‏@rosana Soninha = sussa! ahahaha – r7.com/rQHA?s=t

@raqcozer O importante é que tudo na vida pode se dividir entre #sussa e #mtoloco. Tipo: Beatles é #sussa, Stones é #mtoloco

@alechandracomix LIFEHACK evite metro onibus bike carro sao paulo e a melhor cidade do mundo pra andar a pe enquanto tem calçada caso suma a calçada retorne

@Leuzito Colisao no metro antes n tinha agora Trem

@graveheart Nada mais diz sobre como a humanidade errou do que falar sobre CAOS do acidente mas postar foto com filtro do instagram bit.ly/IXZyHD

@graveheart Tipo “milhões estão morrendo, preciso documentar isso, só não sei se uso o filtro Kelvin ou 1977”

@jampa Leo Batista gênio da era paleozóica.

@seufelipe Os cara chamam o everton costa de “avatar” (por causa das trancinha) olha as referencia da tchurma

@oimperador TÁ MAIS FÁCIL QUE APONTAR FALHAS DA @SONINHAFRANCINECORINTHIANS!

‏@aldera30 O gramado de São Januário já esta pronto para a Copa

@ivoneuman O gramado de São Januário é a altitude do Vasco.

@alexpopst Time do Fluminense claramente abalado pela morte da Donna Summer.

@marvio Bateu… Mouche.

‏@faabio Diria a soninha: #moucheloco

@fabianotatu “Se eu soubesse que para o City ser campeão bastaria acabar com o Oasis, já teria feito isso há 15 anos”. Noel de Almeida Gallagher

@gravz 400 torcedores do Bilbao se confundem e, em vez de Bucareste, vão pra final em BUDAPESTE http://on.fb.me/L3WBLZ

@ju_stella Gostaria de saber quem acorda cedo no domingo pra ver o Mundialito de Futebol de Areia. Dava uma reportagem em 3 partes pro Globo Reporter.

@spiceee Fiz estoque de sopa Campbell’s de tomate – o quanto passei da minha cota semanal de hipster (não fui no Sónar)

@yadayadayada Inacreditável esse texto sobre o Kraftwerk no Sónar: bit.ly/KZve5w

@neozeitgeist “Nada de braços para cima clamando por animação, de malabarismos ou de sorrisos para a platéia” -sobre o Kraftwerk musica.terra.com.br/noticias/0,,OI… rsss

‏@diegomaia Facilitando pro Kraftwerk da próxima vez que eles vierem: Nehmen Sie den Fuß vom Boden ab = TIRA O PÉ DO CHÃO bit.ly/KVuNUq

@yadayadayada kraftwerk_-_ai_se_eu_te_pego_na_autobahn_(feat._michel_telo).mp3

@mrguavaman Trans-Bahia Express (Kraftwerk ft. Bell Marques)

@flaviadurante Nossa, um Justice sorriu! O da direita kkkkk

@bimahead Achei massa que a mina do little dragon trouxe o kit de maquiagem gigante dela pro palco”

@diegomaia Tá lá o hipster estirado no chão (dormindo no show do Mogwai!!!!!) instagr.am/p/KjRtlQFKRU/

@fabriciovianna Emicida faz rap e Criolo quer ser o novo Caetano Veloso, é isso?

@TiagoOliveira Criolo é o Bon Jovi do rap

@rafaelcapanema As fotos de shows estão péssimas, parem

@revistaclaudio Estranho é que #LiberdadeEmicida rima com #DedoNaFerida, o cara é um gênio do improviso memo.

@guiaoquadrado Nunca me aprofundei no som do EMICIDA mas agora SOMOS TODOS EMICIDA

@arnaldobranco Agora o emicida vai fazer 50 músicas sobre as três horas que passou na delegacia, parabéns polícia

@joeyzinhu A única coisa que eu tenho pra te dizer é que não vou te falar nada e digo mais: não vou repetir

@LuMicheletti Meu telefone corrige “adoro” pra “Adorno”. Acho que ele fez Faap.

@GabrieLouback Rico igual ao zuckerberg, nunca que eu andaria só de calça jeans e moletom. andaria inteiro de moletom.

@nytimes NYT NEWS ALERT: Donna Summer, Disco’s Sultry Queen, Dies at 63, A.P. Reports

‏@dgdgd #RIP Donna Summer. Virou disco globe no grande dancefloor do céu.

@priscilajolie O tmz tem setorista de iml e 911?

@fichanocaixa ESTOU CHORANDO MONANGE #ripdonnasummer

@Serjones I WILL SURVIVE É DA GLORIA GAYNOR, CACETA! NÃO É DA DONNA SUMMER! http://t.co/Hf6Pm3jI
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Um pouco de Kindness, por favor
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Lúcio Ribeiro

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* Tem três bandas de um cara só, três projetos solitários escondidos atrás de nomes legais que indicariam uma formação cheia, que estão enchendo a indie-dance atual de fofurice. Um mais eletrônico que o outro, um mais “rocky” que o outro, um mais disco que o outro. São eles o Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o Blood Orange e o Kindness.

Esperei hoje para falar do KINDNESS, projeto do cabeludo Adam Bainbridge, porque achei que ia aparecer vídeos do show dele de ontem, em Nova York, sua estreia na cidade. Por enquanto, nada. Mas vamos com ele mesmo assim.
Adam, inglês que morava em Berlim e parece ter fixado residência agora no Brooklyn, tem seu som levado a sério cada vez mais, embora já esteja pedindo atenção à cena há um tempinho.

O Kindness lançou no final de março agora, finalmente, o seu primeiro disco, o lindão “World, You Need a Change of Mind”, álbum-representante máximo dessa galera que quer que a música pare para um novo recomeço, mais calmo, mais suave. Segura o indie-soft. Com uma apresentação no South by Southwest deste ano e um “apadrinhamento” do jornalzão inglês “The Guardian”, lá vem o Kindness bombando soft, haha.

Com o disco debaixo do braço, o Kindness se apresentou ontem em NYC, toca hoje na Filadélfia e se manda para Austrália, Japão e os festivais de verão da Europa.

Nesta semana, para os shows americanos, o Kindness soltou um vídeo com depoimentos dele sobre o estado atual da música pop, sobre seu envolvimento pessoal com a coisa toda e como 95% da música feita hoje são um lixo, mas 5% são tão excitante e significante que justifica todo o esforço. E dá um exemplo de uma música sua, a lindinha “House”. Adam ensina um garoto de 8 anos a tocá-la com ele.

Veja o vídeo da aula de “House” e, depois, a música em si.

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