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Kraftwerk versão “não Kraftwerk”, direto de 1970
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Lúcio Ribeiro

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Uma relíquia de mais de 40 anos apareceu na internet graças ao Rockpalast, tradicionalíssimo programa de TV da Alemanha (que existe até hoje), responsável por agitos musicais naquele país nas últimas décadas. Uma session de quase 50 minutos feita pelo importante grupo local Kraftwerk, no ano de 1970, está disponível limpinha e na íntegra para deleite dos fãs de música de vanguarda.

Expoente máximo da música eletrônica em todos os tempos, o Kraftwerk versão 1970 é um tanto diferente da banda eletrônica-robótica que ficou famosa mundialmente anos mais tarde. Na época, o grupo explorava mais o experimentalismo e a psicodelia, com elementos eletrônicos em sonoridade pouco lapidada. Algo mais próximo do krautrock que se fazia no país naquele tempo, com outras bandas tipo o Can. Mesmo assim mais “hippie”.

No programa, o Kraftwerk tocou as faixas “Stratovarius”, “Ruckzuck”, “Heavy Metal Kids” e “Improvisation 1”.

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Kraftwerk, oito shows, dois por dia, um disco por vez. Em Los Angeles
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Lúcio Ribeiro

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* A gente não tem do que reclamar (muito). O Brasil virou “rota dos shows internacionais” e viver em São Paulo até “cansa” às vezes. Por exemplo, hoje tem Chromatics ao vivo no centro, amanhã tem festa com discotecagem de um dos caras do Justice mais o DVNO em Pinheiros, sexta tem o Bonde do Rolê na Lapa (com Aldo e Inky).

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E um dia talvez chegaremos numa fase como Los Angeles, quando uma banda como a alemã anciã Kraftwerk anuncia OITO shows em quatro dias na cidade, dois por dia, cada um deles tocando um álbum diferente na íntegra, experimentando novas visualizações em 3D de seu tradicional espetáculo visual robótico retrô. Acontecerão em março do ano que vem e respeitarão a ordem de lançamentos dos discos.

A revisitação ao vivo da obra do Kraftwerk será no espetacular Walt Disney Concert Hall, no centro de LA, prédio de aço para concertos sinfônicos desenhado pelo arquiteto Frank Gehry. Acompanhe a agendinha do Kraftwerk em LA:

18 de março – (early show) performing Autobahn
18 de março – (late show) performing Radio-Activity
19/3 – (early show) performing Trans Europe Express
19/3 – (late show) performing The Man-Machine
20/3 – (early show) performing Computer World
20/3 – (late show) performing Techno Pop
21/3 – (early show) performing The Mix
21/3 – (late show) performing Tour de France

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Tags : kraftwerk


Os Melhores de 2012 da Popload – Shows no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Sei que já devia ter deixado 2012 em 2012, mas faltou o ranking das melhores apresentações ao vivo do ano passado.

* Num espetacular ano para shows gringos no Brasil, ainda que dois mil e doze tenha acabado meio sinistro, com uma certa crise de “ajustes de mercado” misturada a um já movimentadíssimo calendário para 2013, a gente viu tanta coisa ao vivo em solo tupi que eu nem lembro de tudo direito.

2012 teve o nascimento de dois outros megafestivais (Lollapalooza, Sónar), um outro “dando um tempo” (SWU), um outro querido evento indie acabando “as we know it” (Planeta T…). Uma pancada de shows pequenos acontecendo seja em casas novas (Cine Joia, cof cof), seja em porta de cemitério. Teve a maturação das festas com DJs gringos bons nas tardes, teve o Franz Ferdinand causando tumulto no Ipiranga, o Horrors tocando em loja de azulejo em Sorocaba, banda francesa tocando em navio, banda do Texas se apresentando 7 da manhã no meio da rua do Centrão, teve o Carl Barat excursionando e cantando Libertines com banda brasileira “de fundo” e um beatle fazendo concerto no Nordeste, no mangue.
Não vou nem me alongar muito dizendo que 2012 foi o ano mais movimentado do Popload Gig.

Falando em Popload Gig, peco desculpas por votar nos shows que eu mesmo provoco, na casa em que eu faço parte. Faz parte. Um perdão ainda especial a Jarvis Cocker, Morrissey e Noel Gallagher. Vocês me entendem…

Então, o Tame Impala levou essa, nem vou explicar muito. Tocaram duas vezes no Cine Joia, em dias seguidos. O primeiro, numa festa fechada em que 80% dos presentes nem aí para quem estava no palco. E já foi muito bom. Na noite seguinte, público todo dela, a banda ainda só “experimentou” tocar ao vivo duas músicas do fantástico disco novo. Foi mágico.

O Arctic Monkeys foi gigante no gigantesco Lollapalooza. Nossos meninos de Sheffield agora são banda de homens. Visual de motoqueiro, baterista fantástico, mais à vontade em tocar as músicas que não são hits. Monsters of rock. Os srs. do Kraftwerk fizeram seu “musical” no estreante (agora para valer) Sonar SP. Show de interpretação de um tempo em que as máquinas nos davam medo. Parece filme antigo daqueles que nunca cansamos de ver.

Na cara de pau, fazer o quê, outro do Popload Gig: o Rapture. Comecinho do ano, o som do Cine Joia ainda zoado, o ar-condicionado do Cine Joia ainda zoado, o grupo nova-iorquino despejou dance-punk de uma maneira tão tocante e intenso que a adversidade jogou a favor. O que o Mogwai fez no teatrinho escondido do Anhembi foi avassalador. O Suede, no PT, ocupou um lugar de destaque no ranking que eu daria facilmente a algum herói veterano tipo Morrissey, tipo Noel. Mas o grupo do Brett Anderson conseguiu ser genial, atual.

Bom, como pincelada geral rápida, é mais ou menos isso. Os nomes desta particular lista de melhores falam por si só. E ela acabou assim:

1. Tame Impala, Popload Gig / Cine Joia

2. Arctic Monkeys, Lollapalooza Br

3. Kraftwerk, Sonar SP

4. Rapture, Popload Gig / Cine Joia

5. Mogwai, Sonar SP

6. Suede, Planeta Terra

7. Howler, Beco

8. Foo Fighters, Lollapalooza

9. Totally Enormous Distinct Dinosaurs, Sonar SP

10. Skrillex, Lollapalooza Br

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O Melhor do Twitter: Edição “#sussa ou #mtoloco?”
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Lúcio Ribeiro

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* A semana começou com a galera acordando do Sónar profundo. E logo veio um caso de polícia no Twitter. FREE EMICIDA, gritou o Brasil. Aí botaram o Criolo na história, do nada. Aí teve jogo importante da Copa do Brasil e da Libertadores. Aí, tudo muito sussa, DOIS TRENS DO METRÔ BATERAM. E a Soninha foi lá e deu seu depoimento para o caso… Para ajudar essa semaninha #mtoloca, a Dona Summer morreu. E imediatamente uma galera começou a lembrar “I Will Survive”. Twitter, nóis te amamos.

(*imagens da Soninha comentando desastres famosos são do R7)

@MickJagger Had my first rehearsal with the @FooFighters, went through a few songs. Tune in to see what we play! #SNL

@_fransuel MULHER ELOGIANDO OUTRA MULHER PRO NAMORADO É SEMPRE UMA PROVA DE FOGO: VOCE TEM QUE CONCORDAR MAS NAO COM MUITA CONVICÇÃO

@karencunsolo Dica: balança da farmácia da Ferreira de Araújo, em frente ao centro britânico . Obtive ótimo peso, o melhor da região

@neozeitgeist Eu simplesmente adoro as notícias cariocas RT @JornalOGlobo: Arco-íris parece brotar do mar de Ipanema. migre.me/96IfC

@raqcozer Foto histórica via @veramagalhaes http://bit.ly/K82Lpk. Eu só poria os presidentes na ordem, porque tenho TOC antes de entender o protocolo

@hectorlima Imagina: sua banda excursionando pelos EUA. vc pára a van pra dar carona a um tiozinho, que vem a ser o John Waters goo.gl/snPoz

@sicknsour Aí o médico te atende mexendo no celular e pergunta teu nome duas vezes. Agora sei como minha mãe se sente quando a encontro

@r_stimpy Ontem aprendi que todas as Suelens do Brasil vem da Sue Ellen de Dallas dos anos 80. Foi nessa época que perdemos o bonde da evolução.

@faabio Não existe metrô em sp.

@diegomaia Vai, Soninha, tuita sobre o primeiro choque de trens da história do metrô de SP, por favooooooooooooor

@SoninhaFrancine Metro caótico, é? Nao fosse p TV e Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco.

@fcorazza A Sonsinha vai dizer que os trens do metrô não batem, eles fazem amor

@alexpopst Relatórios preliminares sobre a colisão no metro em São Paulo revelam que Thor Batista conduzia um dos trens.

@ricapancita A GENTE PEGA O METRO SEM SABER SE VOLTA PRA CASA VIVO TALVEZ NUM VOLTA NEM MORTO POR CAUSA DO TRANSITO CAÓTI

‏@Hupsel Soninha Marchiori MT @SoninhaFrancine: Helloooo, metro zoadaço mas estava normal qdo peguei. Q eu posso fazer?”

@elgroucho Fascinado com a estratégia eleitoral da candidata soninha francines

@_fransuel AINDA BEM Q O METRÔ NAO TAVA TRAZENDO MEU ALMOÇO NE SENAO AI SIM EU IA FICAR CABREIRO

@DuploGG Soninha na Segunda Guerra: “Hitler invadiu a Polônia, é? Eu passei por Varsóvia e tava sussa #mtoloco

@igornatusch Como bem disse o chapa @pedrojansen: falta psicotécnico para redes sociais.

@folha_com Estudante protesta na estação Sé contra metrô “sussa” em SP. folha.com.br/no1091528

‏@rosana Soninha = sussa! ahahaha – r7.com/rQHA?s=t

@raqcozer O importante é que tudo na vida pode se dividir entre #sussa e #mtoloco. Tipo: Beatles é #sussa, Stones é #mtoloco

@alechandracomix LIFEHACK evite metro onibus bike carro sao paulo e a melhor cidade do mundo pra andar a pe enquanto tem calçada caso suma a calçada retorne

@Leuzito Colisao no metro antes n tinha agora Trem

@graveheart Nada mais diz sobre como a humanidade errou do que falar sobre CAOS do acidente mas postar foto com filtro do instagram bit.ly/IXZyHD

@graveheart Tipo “milhões estão morrendo, preciso documentar isso, só não sei se uso o filtro Kelvin ou 1977”

@jampa Leo Batista gênio da era paleozóica.

@seufelipe Os cara chamam o everton costa de “avatar” (por causa das trancinha) olha as referencia da tchurma

@oimperador TÁ MAIS FÁCIL QUE APONTAR FALHAS DA @SONINHAFRANCINECORINTHIANS!

‏@aldera30 O gramado de São Januário já esta pronto para a Copa

@ivoneuman O gramado de São Januário é a altitude do Vasco.

@alexpopst Time do Fluminense claramente abalado pela morte da Donna Summer.

@marvio Bateu… Mouche.

‏@faabio Diria a soninha: #moucheloco

@fabianotatu “Se eu soubesse que para o City ser campeão bastaria acabar com o Oasis, já teria feito isso há 15 anos”. Noel de Almeida Gallagher

@gravz 400 torcedores do Bilbao se confundem e, em vez de Bucareste, vão pra final em BUDAPESTE http://on.fb.me/L3WBLZ

@ju_stella Gostaria de saber quem acorda cedo no domingo pra ver o Mundialito de Futebol de Areia. Dava uma reportagem em 3 partes pro Globo Reporter.

@spiceee Fiz estoque de sopa Campbell’s de tomate – o quanto passei da minha cota semanal de hipster (não fui no Sónar)

@yadayadayada Inacreditável esse texto sobre o Kraftwerk no Sónar: bit.ly/KZve5w

@neozeitgeist “Nada de braços para cima clamando por animação, de malabarismos ou de sorrisos para a platéia” -sobre o Kraftwerk musica.terra.com.br/noticias/0,,OI… rsss

‏@diegomaia Facilitando pro Kraftwerk da próxima vez que eles vierem: Nehmen Sie den Fuß vom Boden ab = TIRA O PÉ DO CHÃO bit.ly/KVuNUq

@yadayadayada kraftwerk_-_ai_se_eu_te_pego_na_autobahn_(feat._michel_telo).mp3

@mrguavaman Trans-Bahia Express (Kraftwerk ft. Bell Marques)

@flaviadurante Nossa, um Justice sorriu! O da direita kkkkk

@bimahead Achei massa que a mina do little dragon trouxe o kit de maquiagem gigante dela pro palco”

@diegomaia Tá lá o hipster estirado no chão (dormindo no show do Mogwai!!!!!) instagr.am/p/KjRtlQFKRU/

@fabriciovianna Emicida faz rap e Criolo quer ser o novo Caetano Veloso, é isso?

@TiagoOliveira Criolo é o Bon Jovi do rap

@rafaelcapanema As fotos de shows estão péssimas, parem

@revistaclaudio Estranho é que #LiberdadeEmicida rima com #DedoNaFerida, o cara é um gênio do improviso memo.

@guiaoquadrado Nunca me aprofundei no som do EMICIDA mas agora SOMOS TODOS EMICIDA

@arnaldobranco Agora o emicida vai fazer 50 músicas sobre as três horas que passou na delegacia, parabéns polícia

@joeyzinhu A única coisa que eu tenho pra te dizer é que não vou te falar nada e digo mais: não vou repetir

@LuMicheletti Meu telefone corrige “adoro” pra “Adorno”. Acho que ele fez Faap.

@GabrieLouback Rico igual ao zuckerberg, nunca que eu andaria só de calça jeans e moletom. andaria inteiro de moletom.

@nytimes NYT NEWS ALERT: Donna Summer, Disco’s Sultry Queen, Dies at 63, A.P. Reports

‏@dgdgd #RIP Donna Summer. Virou disco globe no grande dancefloor do céu.

@priscilajolie O tmz tem setorista de iml e 911?

@fichanocaixa ESTOU CHORANDO MONANGE #ripdonnasummer

@Serjones I WILL SURVIVE É DA GLORIA GAYNOR, CACETA! NÃO É DA DONNA SUMMER! http://t.co/Hf6Pm3jI
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Sónar SP reinventa o xarope Anhembi. Mais: os “win”, os “fail”, os vídeos
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Lúcio Ribeiro

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* Você pode nem ser “da eletrônica”, amar hip hop ou necessariamente gostar das bandas que o Sónar SP botou no festival. Mas o bem que o evento trouxe para a cidade de São Paulo foi digno de palmas.
Primeiro que o malfadado Anhembi, graças ao mostrado pelo Sónar SP, tem solução sim como espaço (um dos únicos) para grandes eventos musicais na capital, com algumas correções de logística em sua organização. Isso é um avanço para a música na cidade.
Concentrado em um lugar só (a primeira edição, de 2004, aconteceu dividido entre Instituto Tomie Ohtake e Credicard Hall) e com cerca de 15 mil pessoas circulando por noite, o Sónar reinventou com êxito o Anhembi para shows. Esqueceu o problemático (e feio) (e insolúvel acusticamente) (e chato de chegar e sair) Sambódromo, vendido como “Arena Anhembi”, fez do galpão de eventos seu palco principal (palco SonarClub), redescobriu o auditório Elis Regina (que nos anos 80 foi o local de épicos shows de Echo & The Bunnymen e Siouxsie and the Banshees, entre outros) para atrações mais intimista (palco SonarHall).
Virou interno, “indoor”. Virou bom.

***** WINS E FAILS DO SÓNAR SP

– Valeu, Sónar
1. Escalação caprichada, moderna, que olha para a frente. Line-up mistureba só com coisa fina, com o melhor de todos os estilos.
2. Para outros festivais, fica a lição: uma escalação com pequenos grandes nomes às vezes vale mais que um festival com grandes headliners, mas sem nada de muito interessante tocando antes deles.
3. Organizado: filas ágeis, vários pontos de venda, homens-bar pela pista, praça de alimentação tranquila, Doritos sendo distribuídos… Banheiros com pouca fila também.
4. Kraftwerk: ir ao show do Kraftwerk é passar pelo menos uma hora ouvindo piadinhas do tipo “os caras estão no ________*” (*inserir: MSN, Facebook, Twitter, Angry Birds, Skype, etc). Piadinhas desse tipo com o Kraftwerk são tipo as do tio do pavê-pra-comê no Natal: não falham. Ralf Hütter está velho? Só tem um integrante original? Ultrapassados? São Windows 95? 3D anos 80? Não se mexem, está tudo programado? Mas,… quem liga? A parte mais incrível de um show do Kraftwerk é que nada disso é escondido. Você pagou pra ver robôs dos anos 70 tocarem com projeções de 3D. É exatamente isso que você recebe. Com a grande vantagem de que esses robôs ainda fazem música que soa atual nos 2000. E, além de ser nostálgico, é sempre emocionante. OBRIGADO, BJORK.
5. A ressurreição do Justice. Depois de uma certa estagnada, um show fraco no Brasil e um disco novo mais fraco ainda, ninguém (eu) esperava muito da dupla de jaqueta de couro. Heavy metal da eletrônica. Cafonices à parte, foi um espetáculo de hits e de dança. Acho que foi o show mais animado do festival (principalmente pra quem saiu dele e foi pro James Blake. Choque de estilos, o que é bom, também)
6. Ver o povo tentando dançar dubstep. Parecia o casting do Walking Dead, sem o Dead. Dubstep inaugurou a dança do zumbi. Requebra ali, entorta o joelho, quebra o pescoço pro outro lado, ensaia uma convulsão de leve e se arrasta.
7. Mogwai: comparada ao resto da programação, o Mogwai era praticamente um Motorhead no meio de um festival de MPB. Dez anos depois do primeiro show no Brasil, a banda não precisou nem arrancar o público gigante da tenda do Flying Lotus. Quem foi para ver Mogwai, pouco se preocupou com o que rolava fora do auditório. Nem conseguiria mesmo: a parede de três guitarras ensurdecedoras com projeções em uma tela widescreen era hipnotizante. Se não me engano, foram dez músicas ao todo. Lembrando que, para o rock instrumental do Mogwai isso é muito. As músicas foram “encurtadas” para caberem no horário previsto. Mesmo assim, a banda passou, propositadamente, alguns minutos do horário de encerramento e causou um certo mal estar nos bastidores. Pelo twitter, o baterista chegou a dizer que foi “ameaçado” pelo organizador de palco. o_O
8. Flying Lotus/Totally Enormous Extinct Dinosaurs/Hudson Mohawke – Tirando tudo o que teve de bom, tirando tudo o que foi digno de nota, sem falar no Doom, o Hudson Mohawke, o James Blake, tiveram essas duas apresentações em particular. O Lotus trouxe o underground de Los Angeles para cá. De novo. Uma hora de batidas quebradas, experimentalismos e baixos gordos bons de dançar. Tudo costurado por samples de Radiohead, bateria de escola de samba e Beastie Boys, que bela homenagem. Coraçãozinho com as mãos pra finalizar o set. Fofo. O Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o nome mais legal da música hoje (até porque você olha o menino com a voz do Tiga, a sonoridade única dentro de tudo conhecido que ele carrega), foi incrível, mesmo tocando/cantando em cima de base pré-gravada. É dono do melhor disco da dance music em 2012. Isso porque o disco nem saiu. As roupas. A galera que foi com penacho de índio na cabeça para vê-lo no Sónar. Coube ao Totally Enormous Extinct Dinosaurs fechar a conta do festival, lá pelas quatro da manhã. Pista ainda cheia de gente, meninas com a cara pintada de tinta neon, malucos com cocar na cabeça. O “Enormes Dinossauros Extintos” é na verdade um menino inglês franzino que faz house e electro com indie e pop e até dubstep (inglês) na medida certa. O live foi um mix das faixas que estarão em seu primeiro álbum, que chega em junho. Delícia de dançar.

– Não rolou, Sónar
1. a fila gigantesca no primeiro dia, para a retirada de ingressos. Faltando alguns minutos para o Kraftwerk, povo desesperado, informações desencontradas, resolveram liberar tudo. E bastava mostrar o papel impresso da internet para entrar…
2. Os atrasos. Em festival, um pequeno atraso gera um efeito cascata no festival todo. E aquela programação com horários na mão da galera fica sem serventia.
3. Não havia indicação clara de palco, nem do artista tocando em cada um deles. Com os atrasos, vi gente se requebrando no Zumbi-Dance do Rustie, achando que estava na apresentação do Flying Lotus (!!!)
4. O som do auditório estava perfeito no show do Mogwai, mesmo com todas as guitarras na potência máxima, mas no do James Blake, justamente no mais delicado deles, reverberava demais!
5. O cheiro de Doritos em todo o festival. A gente sabe, a gente sabe…

* COBERTURA POPLOAD – Lúcio Ribeiro, Ana Carolina Bean Monteiro, Fiervo. Fotos: Fabrício Vianna

***** ALGUNS VÍDEOS DO SÓNAR SP

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Sónar SP: E o Kraftwerk, hein?
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Lúcio Ribeiro

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* Andei lendo por aí que o Kraftwerk fez um show mecânico e parado, no Sónar, na sexta pro sábado. Mas achei umas coisinhas além.

Depois de ter tocado no Brasil pela quarta vez, sem o choque da novidade da primeira (1998), sem o Radiohead para “atrapalhar” na última (eles abriram para o grupo inglês em 2009), o veteraníssimo Kraftwerk mostrou sexta-feira no festival Sónar SP que a experiência de vê-los ao vivo entrega cada vez mais a ideia de que eles não são uma banda fazendo show, e sim quatro atores em um musical.

Quatro senhores parados de pé diante de uma mesa “estação de trabalho”, como atores fazendo o papel ora de homem, ora de máquina operando uma usina nuclear em Dusseldorf, com um espetáculo visual no telão imenso atrás e uma lista de canções que são tocadas (umas delas há uns 40 anos) incrivelmente sem que pareçam velhas, em que pese as versões mais modernizadas (remixadas, pesadas) de algumas. É assim constituído o “Musical Kraftwerk”.

O quarteto comandado por Ralf Hutter, hoje a caminho dos 70 anos, foi tão revolucionário para a música eletrônica em
particular e para a música pop no geral que uma das brincadeiras imaginárias para fazer enquanto está imerso na performance audio-visual do grupo alemão é ficar identificando nuances sonoras utilizadas por artistas e canções em suas músicas nos últimos 20, 30 anos. “The Robots”, “Metropolis”, “Computer World”, “Autobahn”, “Tour de France”, “Radioactivity”, “Boing Boom Tschak”, “Music Non Stop”. Eles tocam e você viaja nas imagens e nas referências.

Imagens essas desta vez em 3D, um artifício modernizatório dos anciões da eletrônica, com a plateia toda vestida por 15 mil óculos, se tornando homogênea e portanto forçosamente integrante dentro daquele espetáculo produzido por “robôs homogêneos”, vendo números saltarem do telão, braços dos homens-máquinas se estenderem a ponto de abraçar-nos, satélites em rota de colisão com nossas cabeças. Um recorte brasileiro dos shows que o grupo protagonizou em série recentemente no MoMA, em Nova York.

O Kraftwerk em si é um museu de arte moderna.

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Music. Non Stop. O primeiro dia do Sónar SP, com algum papo e muita foto
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Lúcio Ribeiro

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* Com um caminhão de problemas estruturais e de som, mas ao mesmo tempo delicioso em seu clima e com o bem-sucedido mérito de reinventar o malfadado Anhembi em novos ambientes, o festival Sónar SP despejou o novo e o velho em doses generosas na edição que começou ontem, atravessa a noite deste sábado e vai só terminar no domingo de manhã, com nosso amigo dinossauro moderno. Seja de passagem, sejam duas músicas vistas/ouvidas, seja vendo o show-viagem inteiro do Kraftwerk, seja o que o amigo viu e contou, foi muita informação sonora entregue pela filial brasileira do festivalzaço de vanguarda espanhol. De DOOM a Little Dragons, do Chromeo ao Austra, do Hudson Mohawke ao Emicida, do Cut Chemist até a razão de um festival como o Sónar existir, o grupo alemão ancião Kraftwerk e seu show 3D.

Até segunda-feira a gente vai falar bastante do Sónar, em muitos aspectos, de alguns ângulos, texto, foto, vídeo.
Vamos começar com fotos. A de cima é de Eduardo Anizelli, da Folhapress. Todo o resto é de Fabricio Vianna, da Popload.

Hoje tem mais. Hoje deve estar melhor.

O grooveiro Mauricio Fleury, do Bexiga 70, abrindo o Sónar SP com sua versão DJ

A dupla de Barcelona Za!, que também deu o pontapé inicial no Sónar com seu circo sonoro

O mitológico ser eletrônico alemão Ralph Hutter, que mantém o Kraftwerk, 42 anos, muito vivo

Então…

O britânico James Blake como DJ, mostrando um “dubstep delicado”. Hoje é seu show “live” autoral. Faça silêncio

Galera moderna

Mais galera

Galera do futebol também foi

O Dave 1, do Chromeo

Mais Kraftwerk

A japa-sueca no simpaticaço show da banda indie escandinava Little Dragons, no auditório

Adivinha o show que ele estava

A Katie Austra brigou com o som e as luzes acesas para arranjar clima para sua electro-ópera indie

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O Melhor do Twitter: Giving No F*cks Edition
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Lúcio Ribeiro

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* POPLOAD em São Paulo. E o Twitter é meu pastor. Nenhum link faltará.
Assuntos da semana? O Guardiola, claro. As sábias palavras da Soninha, a sábia decisão da Bjork e o sábio holograma do Tupac, ainda causando. E quem se importa? Todas as imagens de hoje são desse post: Gente Que Não Se Importa. Ou, #GivingNoFucks

@_fransuel SIM, THIAGO LEIFERT É O FIUK RT @ibere: Globo Esporte virou a Malhação do jornalismo da Globo?

@oclebermachado Guardiola no Corinthians pode dar certo ou errado. Difícil algo diferente.

@jjuvencio Parem com essa bobagem de Guardiola no Corinthians. Ele nem sabe o que é isso.

@sensacionalista Guardiola recusa convite do Fla: “Eu falei novos desafios e não missão impossível” migre.me/8RfxK

@fcorazza Sobre Guardiola: sério que ninguém vai levantar a lebre de que a Espanha tá quebrando e efetivar o estagiário sai mais barato?

@escuerzo Josep Guardiola não trabalha mais na empresa FC Barcelona. Bojan Krkic e Zlatan Ibrahimovic curtiram isso.

@nananeri Quem é Guardiola, ele vai tocar em qual festival?

@renato_gaucho Aguardando um telefonema importante da Espanha. Bom dia a todos

@saraluz Até em 0D o Kraftwerk supera a Bjork.

@RMotti Dancei como um robô com a confirmação do Kraftwerk no lugar da Bjork.

@rodrigosalem Melhor atração do Sónar: ausência da Bjork.#agoraeuvou

@gaiapassarelli Kraftwerk > que tudo essas coisa aê.

@sulfurica Olha, eu gosto da Björk e tals, mas SANTO NÓDULO NAS CORDAS VOCAIS, BATMAN #kraftwerknosonar

@euamotubaina Deviam ter anunciado assim: RT @sonarsp No lugar de Bjork, colocamos a metade do Kraftwerk!

@faabio Camilla, a galinha de borracha >>>> Marcos Pontes, o astronauta brasileiro. tinyurl.com/6rc8g2j

@manubarem O NEMO E A DORY E ELES SÃO AMIGOS MESMO E EXISTEM DE VERDADE NUM AQUARIOOOWW instagr.am/p/JsfJRoJwIu/

@SoninhaFrancine Nem sei por que as pessoas gostam tanto e querem mais metro, se ele é uma b.

@r0cc0 Se eu sou amigo da @Soninhafrancine eu puxava o cabo do computador da parede

@elgroucho Essa estratégia da soninha xingar geral eleitorado no twitter pra depois pedir voto deve ser algum tipo de psicologia eleitoral reversa acho

@Hupsel Cara a soninha é a melhor propaganda sobre os efeitos da maconha no cérebro. Reagan perdeu esta! #justsayno

@andersonScampos Quem se encaixa melhor como Vice do Serra? ( ) o ditador da USP; ( ) Soninha (x) Carminha

@dlima “Foto de jogador Adriano foi usada para embalagem de crack em favela do Rio” g1.globo.com/rio-de-janeiro… O Dollyinho do crack

@GuyFranco Só não frequento mais botecos porque tenho medo de pegar comunismo.

@michadeoliveira “O apartamento dele é típico de publicitário: colorido e sem livros”, diz amigo.

@ferrrr Essa chuva é São Pedro mandando a gente parar de comprar sapato novo pq ele não vai deixar a gente usar

@nananeri Show de holograma faz venda de discos de Tupac disparar http://bit.ly/JFzsOj ~a necrofilia da arte~

@MatadorPress STEPHEN MALKMUS high-school paper article about his sports and punk activities: pic.twitter.com/IbFdvIXl

@cesarmarcio Vi uma camiseta da banda wombats cara nem a mãe das pessoas nessa banda wobats tem camisetas da banda wombats

@sodaindie Poucos sabem mas todas as cantoras de indie pop do uk são a florence welch usando perucas lindissimas

@tiposdebiscat Biscat que não sabe usar o literalmente: “TÔ CAGADA. LI-TE-RAL-MEN-TE”

@athosampaio Cê se acha o artistão do Instagram, mas é tudo natureza morna

@oraporra Meu objetivo na vida é mandar benzaçø

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