Blog POPLOAD

Arquivo : maio 2012

Metido em mil projetos nos últimos anos, Diplo se expressa em causa própria
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Lúcio Ribeiro

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Um dos DJ’s e produtores mais onipresentes do hip hop e electro-indie, o americano Diplo prepara o lançamento de “Express Yourself”, seu primeiro projeto solo desde “Florida”, lançado em 2004 (!!!).

Nome constante em todo tipo de álbuns, músicas, remixes e mixtapes lançadas nos últimos anos, Diplo ficou conhecido por ser uma das metades do ótimo Major Lazer, por ser um dos caras que reverbera ritmos esquisitos fora do eixo EUA-Inglaterra (funk carioca incluído), e por botar a mão em canções e álbuns de gente variada desde o pop Chris Brown às inrotuláveis Santigold e Azealia Banks.

Bem ligado à cena brasileira, fã de Caetano Veloso, Diplo recentemente fez uma ponta no vídeo de “Kilo”, do Bonde do Rolê, vestido de cowboy.

“Express Yourself” deve seguir a linha dancehall jamaicano baticum, tem seis canções e será lançado no próximo dia 12 de junho, via Mad Decent, selo próprio do Diplo. Ouça “Set It Off”, com participação do duo Lazerdisk Party Sex.

* “Express Yourself”, o tracklist
1. Express Yourself feat. Nicky Da B
2. Barely Standing feat. Datsik & Sabi
3. No Problem feat. Flinch & My Name Is Kay
4. Move Around feat. Elephant Man & GTA
5. Butters Theme feat. Billy The Gent & Long Jawns
6. Set It off feat. Lazerdisk Party Sex


“O Diplo é lindo”, aponta Caê


Regina Spektor de vestidinho na TV. Veja a apresentação dela no Letterman
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Lúcio Ribeiro

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* Haha

Regina Spektor prepara o lançamento de “What We Saw From The Cheap Seats”, seu sexto álbum de estúdio, para o dia 29 de maio.

A ótima “All The Rowboats” – primeiro single do álbum e um dos melhores vídeos do ano até agora – foi apresentada por ela, ao piano, no programa de David Letterman ontem.

A música tem todo um climão tenso.

* Ainda no Letterman de ontem, estiveram presentes o John Mayer tocando na banda de apoio do programa e o entrevistado foi outro apresentador, Conan O’Brien.


17 de maio de 2000. Nascia a Popload
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Lúcio Ribeiro

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* Nesta data, 17 de maio, mas em 2000, como o mundo não tinha acabado mesmo e a “Folha de S.Paulo” achou que era hora de entrar nesse mundo novo da internet e criar o braço virtual “Folha Online”, me convidaram a fazer uns textos na seção “Pensata”, para botar textos inéditos ou “sobras de entrevistas e outras coisas que você não consegue colocar no jornal por causa da falta de espaço”. Eu trabalhava na “Ilustrada”.

Aceitei e logo na estreia, exatamente 12 anos atrás, resolvi escrever como primeiro texto algo sobre… dois atores de cinema. Hahaha. Tudo bem que na escrita eu disse que o ator Russell Crowe (estava estreando “Gladiador” naquela semana) de “ator rock’n’roll”, mas ainda assim.

Isso foi o embrião do que é este blog hoje, que começou sem nome na “Folha Online”, ganhou correspondência numa seção musical do jornal-papel chamada “Download”, que viraria a semanal Popload na página dois da Ilustrada (debaixo da coluna social da Monica Bergamo), sairia da “Folha” para virar blog, iria pegar forma no portal iG, era sobre textos longos e confusos quase diários, entraria na onda dos posts (mais ou menos) curtos e iria se estabelecer lindo e loiro no UOL, hoje, fortalecendo seus tentáculos de festival e outras ações.

A história do início da Popload, lá em 2000, é a própria história (ou a própria MINHA história) de como a internet mudou a música e o jornalismo. Ou de como eu vi a internet mudar as duas coisas que me formaram como profissional.

Agora, por ocasião do aniversário, foi um exercício no mínimo engraçado ver o que foi feito a partir daquele post besta sobre dois atores pelos quais eu nem estou aí hoje em dia.

É mais engraçado ver/saber/lembrar que muita gente que me escrevia, participava, ajudava de alguma forma, mandava emails láááá em 2000 acabou virando jornalista de música hoje. Uns eu acho até bem melhores que eu, muitos hoje me odeiam (mas não deixam de ler, hahaha), vários viraram amigos pessoais.

(A resposta ao blog, então coluna, lá em 2000, era direta, por email. Era a medida da época, pensa. Não era “curtir”, não era comentar. Falei no fim de 2000, na Pensata “retrospectiva”, que meu primeiro texto, o dos atores, me fez receber 70 emails na semana. No final do ano, tinha uma média de 90 emails. Por dia. E eu só escrevia às sextas.)

**** ALGUNS DOS MOMENTOS DO PRIMEIRO ANO DA POPLOAD, QUE AINDA ESTAVA LONGE DE TER ESSE NOME

>> Era Medieval da Internet, pré-podcast, pré-twitcam, pré-soundcloud:

“Meu amigo, você tem a Internet na mão. Se a programação inspirada da 3wk está passando na sua linha de telefone e você está perdendo, não diga que não foi avisado.
Mas o papo é outro. A tal revolução. Agora, aí da cadeira de onde lê esta coluna, você pode criar sua própria rádio, virar DJ e se fazer ouvir mundo afora.
Vá até o site da Live365.com, a maior comunidade de transmissão de rádios da Internet, que ultrapassou na semana passada a marca das 100 mil “broadcastings” simultâneos.
A dica é entrar no site por um atalho, no endereço www.live365.com/home/index.html e começar clicando no “sign up”.
Inscreva-se, siga os procedimentos.
Tudo o que você vai precisar é ter as músicas em MP3. Você monta sua própria rádio e transmite suas canções de graça, pela rede.” 07.06.00 (http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/luri_20000607.htm)”

>> A época do Napster:

“O Napster foi o brinquedinho mais legal de todas as crianças de idade entre 12 e 50 anos. A comunidade virtual de arquivos de MP3 foi duramente combatida pela malévola indústria musical. O melhor da história é que a indústria chiou, chiou e… nada.”

>> Ouça musica por TELEFONE. E PAGANDO:

“Os mais recentes discos do Primal Scream (“Exterminator”) e Asian Dub Foundation (“Community Music”), ambos sendo lançados no Brasil (ouça “Real Great Britain”, do ADF, pelo Folha Informações no telefone 0/xx/11/ 3794-0146 – opção 1 rock contemporâneo, pagando só o custo da ligação)”

>> Quando eu ainda achava que fazer show no Brasil era moleza e não uma baita encrenca:

“Por que o DJ americano Moby está com show marcado para a Argentina e nem vai dar as caras aqui no Brasil?”

>> Era pré-skype, pré-Viber:

“O amigo Thiago Ney, esbaforido, ligou para este colunista e botou o telefone direto em uma rádio inglesa. “Ouve isso”, disse ele. Estava tocando a novíssima “Shining Light”, da banda punk pop irlandesa Ash.”

>> E pré-Apple-TV e YouTube e tal:

“O Sérgio Dávila, também, poderá ser lembrado pelo cara que NÃO GRAVOU para mim o histórico “Dawson’s Creek” do despertar da Joey, que passou horas antes de minha chegada a Nova York.”

>> A primeira vez que contei a história do OASIS x SEU TÊNIS, que se repetiria nos 12 anos seguintes:

“O meu tênis encardido. Um tênis Adidas futebol de salão, fuleiro, que eu levei exatamente para ralar no festival. Penso até em jogá-lo fora quando tudo acabar. Falávamos do show no Rock in Rio (2001) e o cara só olhando no meu pé. Aí ele interrompeu o papo para perguntar onde eu tinha descolado o calçado.”

Liam Gallagher em uma das fotos do episódio do tênis, na piscina de um hotel no Rio, na época do Rock in Rio 2001. Vendi essa foto para a “New Musical Express” por 125 libras. Virou até pôster na revista, depois

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* Quando der, vamos falar mais aqui sobre os 12 anos da Popload. 🙂


TOTALLY ENORMOUS EXTINCT DINOSAURS – o vídeo novo
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Lúcio Ribeiro

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* A gritaria aí do título é para o vídeo do incrível grupo-projeto do Orlando Higginbottom, ou TEED para os mais familiarizados com o dance do rapaz que foi sensação do Sónar SP e lança seu primeiro disco no próximo dia 11. Ele se veste de seres bizarros (ok, índio não é bizarro, mas dinossauro intergaláctico é). Parece uma fantasia de escola de samba indie. O vídeo é da música “American Dream Part II”, que vai estar em “Trouble”, o álbum de junho, que obviamente a gente já tem faz vários dias. Delícia de vídeo. Parece até o TEED na festa Party Íntima.

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Somebody That I Used to… Dance
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Lúcio Ribeiro

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* Tem a loirinha inglesa que reinterpreta os hits indies com seu sotaque delicioso, tem o coreógrafo japonês (ou chinês, ou coreano) de Los Angeles que dança eles. Anthony Lee assina vídeos bacaníssimos com uma galera dançarina (todos orientais, pelo que eu entendi) de sua escola de dança para novatos Offspring Culture Shock, da Califórnia. Dá uma olhada no que ele fez com o Gotye e o megaestelar hit atual “Somebody That I Used to Know”. E com a La Roux. E com o Calvin Harris. O SBTRKT…

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Começou a corrida ao Coachella 2013: ingressos a venda e pôster-fake já rolando
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Lúcio Ribeiro

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* Haha. Adoro esses pôsteres batidos. O de hoje está demais.

* Mas, antes, avisando que já tem amigos meus na fila da primeira carga de ingressos, que foi colocada a venda hoje pela internet, menos de um mês depois do fim da edição 2012. Nenhuma atração anunciada, nem sequer tem prenúncio de atração. Mas a gente sabe que essa carga vai acabar logo. E, que quando for anunciado tudo, os ingressos já vão estar esgotados.

O Coachella 2013 vai ser realizado em abril, também em dois finais de semana seguidos.

Errata. O festival já tem escalação, sim. Esta aí embaixo.

Believe me. É o mais bem selecionado pôster do Coachella que eu já vi. Melhor que o do holograma deste ano. Em algum momento, para quem já foi ao Coachella principalmente mais de uma vez, você JÁ VIU essas atraçoes.
Minhas atrações prediletas são:
* Vodka in a Water Bottom
* Can’t Find Your Friends
* Lineup Conflits
* Sunburns
* Female Vocalist with Ambient Noises
* Your Favorite Band from 2002
* Two Dudes Standing by a Laptop
* Ironic T-Shirts
* Breakfast at Burger King
* Ecstasy
* Hot Girls
* Bad Hologram Jokes on Twitter
* No Cell Service
* Being Broke for the Rest of April
* Dubstep at Noon
* Hipsters
* Dirty Hippies
* Dirty Hippy Hipsters

* Haha.

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Bethany Cosentino de vestidinho na TV. Veja o Best Coast no Letterman
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Lúcio Ribeiro

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O agora duo Best Coast, muito bem representado pela voz (e imagem) da fofa Bethany Cosentino, esteve ontem no programa de David Letterman para apresentar a ótima “The Only Place”, música carro chefe do álbum de mesmo nome, lançado na última terça-feira (15).

Sempre costumo dizer que o Best Coast ao vivo segue na categoria “Brooklyn tosco”, mesmo. Surf music de vocal feminino e barulheira lo-fi ao extremo na base, que costuma funcionar.

Ontem funcionou bem. Veja.


A grande pequena volta do XX
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Lúcio Ribeiro

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* A cultuadíííssima banda inglesa de indie-slow The XX, ou The xx, finalmente está saindo da toca, depois de fugir um tempão dos holofotes por causa da bombação em torno de seu disco de estreia, de 2009. Tanto que recusou pelo menos três propostas milionárias para vir ao Brasil, desde o ano passado até há bem pouco tempo.

A banda armou sua volta ontem em Londres, na Inglaterra, onde tocou para uma plateia de 200 pessoas sortudas, que foram escolhidos por sorteio no site da banda.

Foi tudo novo, segundo os “reports”. Músicas novas que vão estar no segundo disco, que sai em algum dia de 2012, e canções antigas remodeladas, tipo “Crystalised”, em versão “slower” como li na “NME”, ainda que o hit do XX não é necessariamente ou inteiramente “veloz”.

Foram seis músicas novas tocadas no show. Uma dessas, ainda sem nome, um minutinho de canção, está aqui embaixo.

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Tags : the xx xx


Silva, ontem, em São Paulo: “Cativante”
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Lúcio Ribeiro

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* E de repente temos um James Blake. Destaque do Sónar SP em horário ingrato, destaque ontem à noite no Sesc Pompeia em “show solo”, o garoto Silva, extensão bem brasileira de um nome bonito (Lucio), é o novo destaque da música brasileira em poucos dias. Silva é capixaba, morou um tempo na Irlanda do Norte e faz algo entre o indie, a MPB, a eletrônica lowcore e a música clássica. Como disse o Lauro Lisboa Garcia no “Estadão”, o som de Silva é “como juntar Schumann, Nelson Cavaquinho, Ernesto Nazareth, Depeche Mode, Guilherme Arantes e James Blake, com sutileza e pulsação”. Meu amigo Augusto Mariotti, diretor do site fashion “FFW”, conta que o show do Sesc, ontem, foi bem legal. “Som melhor que no Sónar, plateia bem cheia para uma terça-feira fria e chuvosa e para ver um artista brasileiro tão novo (umas 200 pessoas), muitas delas já cantando as músicas do EP”.
Silva tocou mais cinco músicas novas, segundo Mariotti, que devem estar no disco de estreia que, parece, sai ainda este ano pela Som Livre.
“Como no Sónar, ele tocou acompanhado de um baterista (um moleque de 18 anos) que disparava as bases pré-gravadas. O menino promete! No mínimo ele sai do lugar comum dos artistas da nova MPB brasileira, apesar de uma certa influência, nas letras, de Marcelo Camelo aqui e ali.”

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Mogwai, ontem, no Rio de Janeiro: “Massacre”
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Lúcio Ribeiro

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* Mogwai no Circo Voador é sacanagem. E, pelo que vi o Bruno GRITANDO no URBe dele, o show da banda escocesa que passou pelo Sónar SP no fim de semana foi, lá no Rio, tipo “UMA EXPERIÊNCIA TRANSCENDENTAL, UMA ELEVAÇÃO ESPIRITUAL CAUSADA PELA ENTREGA AOS TRANSES PROPOSTOS PELOS ESCOCESES. OS QUE PRESENCIARAM O MASSACRE ESTÃO ASSIM HOJE, FALANDO ALTO A BEÇA, COM OS OUVIDOS AINDA ZUNINDO DE ONTEM”.

Foto de Flickr: jocavidal

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