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Arquivo : janeiro 2013

O “mistério” por trás do nome AlunaGeorge
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Lúcio Ribeiro

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* Eletropop para ouvir em fone de ouvido quando em visita a alguma galeria de arte de Londres, o duo inglês AlunaGeorge acabou 2012 sendo a banda mais falada e tocada nos meandros da BBC, seja na Radio One, no 6Music, a internet. Tanto que eu fui olhar, antes de prestar atenção de ouvinte atento nas músicas, o que a famosa “imprensa inglesa” tava falando dessa banda, cuja o fator atrativo inicial é o nome primeiro esquisito, depois só feio.

AlunaGeorge, apenas a junção dos nomes da dupla, a cantora Aluna e o produtor George, é bobo, mas não dá para dizer que não seja um batismo efetivo, direto e reto. O “Guardian” já cravou em seus artiguinhos de “Ones to Watch in 2013” que o duo lembra os bons tempos quando as bandas não tinham medo de tentar coisas “estranhas” na música. A “New Musical Express” já decretou que o AlunaGeorge tem a suavidade musical que vai enfeitiçar muita gente neste ano novo. Então tá.

O som da dupla é realmente classudo, para dar um descanso às orelhas depois de ouvir um disco como o novo do Queens of the Stone Age, por exemplo.

O AlunaGeorge ganhou a Inglaterra depois de um badalado EP lançado no meio do ano passado. E corre para soltar logo na praça seu primeiro álbum, “Body Music”, título tudo-a-ver, em março, tipo o Bowie, tipo o Black Rebel Motorcycle Club.

Para isso, já soltaram um novo single para o disco cheio, da música “Diver”. Em uma palavra: “sedutora”.

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Filme do ano?
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Lúcio Ribeiro

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* Talvez o South by Southwest deste ano no Texas, sorry Dave Grohl e Bill Gates, valha pela avant-premiere do novo filme do Harmony Korine: “SPRING BREAKERS“.

Estrelando James Franco, Vanessa Hudgens, Selena Gomez, Ashley Benson, Rachel Korine.

A história: quatro amigas da “facul” querem apenas se divertir no Spring Break, mas estão sem grana. Então decidem roubar um restaurante para financiar a folia. Um “amigo” meio barra pesada vai pagar a fiança das garotas, mas vai querer algo em troca.

Na trilha: Skrillex. E as quatro amigas cantando “…Babe One More Time”, da Britney Spears.

Sem mais.

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O que aconteceu com o meu Black Rebel Motorcycle Club?
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Lúcio Ribeiro

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* A última vez que eu vi o Black Rebel Motorcycle Club, veja você, foi abrindo um show para o Killers, em 2007 (“perdi” o show deles no SWU). Isso deve levar qualquer banda a pensar: “Precisamos dar um tempo”. De 2007 para cá a banda veio errando, errando e parou. Agora, três anos depois do último álbum de estúdio, a banda da Califórnia de nome mais cool entre as bandas prepara o lançamento de disco novo para março, tipo o David Bowie.

Depois do Killers, do fraco “Beat the Devil’s Tattoo” (2010), de uns poucos shows irregulares e da morte do pai do guitarrista Robert Levon Been no backstage de uma apresentação deles na Bélgica, o BRMC quer que seu sétimo álbum, “Specter at the Feast”, a sair dia 18/3, traga novos bons fluidos garageiros para o grupo, de San Francisco.

Falam que o álbum vai mesmo dar uma “reformada” no som da banda, o que quer que isso queira dizer. Uma das poucas declarações de alguém da banda sobre o disco é que ele “doeu” para ser composto. Muitos fantasmas para enfrentar. Demônios para afugentar.

Algumas rádios bacanas de rock dos EUA vem tocando o velho material do Black Rebel Motorcycle Club nas últimas semanas, meio que tratando da ansiedade de ver um bom disco novo da banda. Ontem, na SiriusXM U, ouvi o clássico “Whatever Happened to My Rocknroll”, que é a pergunta que guia o BRMC de uns anos para cá.

“Specter at the Feast” vai ter a seguinte lista de músicas
La lista de temas de “Specter At The Feast” es la siguiente:
1. Fire Walker
2. Let The Day Begin
3. Returning
4. Lullaby
5. Hate The Taste
6. Rival
7. Teenage Disease
8. Some Kind of Ghost
9. Sometimes The Light
10. Funny Games
11. Sell It
12. Lose Yourself

O BRMC anda soltando uma série de teasers para aquecer para o novo disco. São em seis vídeos. Eu vi pelo menos dois, não sei se já soltaram mais.

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Christopher Owens faz o Yo La Tengo e também disponibiliza novo disco para audição
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Lúcio Ribeiro

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Se você observou bem nos assuntos abordados por aqui nas últimas semanas, 15 de janeiro é a primeira “grande data” em termos de lançamento de discos em 2013. Além do (já citado hoje) disco do Yo La Tengo, A$AP Rocky e Christopher Owens também colocarão suas obras no mercado.

Do rapper encrenqueiro a gente ainda não tem sinal, mas o ex-líder do Girls seguiu o exemplo do YLT e liberou seu disco solo de estreia, “Lysandre”, para audição na íntegra.

“Lysandre” tem 11 faixas e é o nome de uma garota que o Chris conheceu na França. O disco vem em forma de narrativa, inspirado em acontecimentos ocorridos durante a primeira turnê do próprio Girls, em 2008. “Nunca vi algo parecido com esse disco antes”, avisou o Chris em recentes entrevistas.

Hora de reparar se ele está certo ou não.


Django e a música para morrer
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Lúcio Ribeiro

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* Estou engraçadinho nos títulos, hoje.

* O Django aqui não é desta vez o Django Django, a banda. É o “Unchained”, ou, no Brasil, o “Livre”, irregular e delicioso filme do sempre ótimo Quentin Tarantino, que estreia no Brasil semana que vem, se não estou errado. Vi o filme de quase três horas duas vezes, uma delas no cinemão, com som bom. Então foi fácil ver, ou melhor, ouvir, como Tarantino sabe costurar a música pop em seus filmes, uma de suas grandes qualidades.

Além do bom mashup de James Brown com Tupac Shakur, resgatados do além e praticamente as estrelas da trilha sonora do filme, entre outras coisas Tarantino desencavou um grande sucesso folk dos anos 70, “I Got a Name”, e a botou numa cena marcante de “Django”. “I Got a Name” foi música famosa de Jim Croce, um folkeiro acostumado a frequentar os primeiros lugares da “Billboard” no fim dos anos 60 e começo dos 70.

A canção é bem bonita. E ficou com fama de maldita. Croce recebeu a música de dois autores e pirou na letra, porque caberia certinha como uma homenagem para seu pai, que sempre sonhou que o filho faria sucesso e morreu dias antes de o primeiro single do cantar entrar forte nas paradas. A música fala de se sentir honrado pelo nome de família e tal.

Acontece que, exatamente no dia em que o single “I Got a Name” foi lançado, em setembro de 1973, Croce fez um show na Louisiana e de lá pegou um avião fretado para o Texas, onde teria um show em Austin no dia seguinte. O avião não conseguiu altura na decolagem, ficou planando baixo e bateu numa grande árvore que estava no caminho, matando o cantor e o resto dos passageiros e tripulação. Uma hora depois de deixar o palco.

Além da menção da honra familiar, a letra é bizarramente um elogio à vida. O narrador diz que quer viver a vida intensamente. “Não vou deixar minha vida passar batida”, canta Croce, no refrão.

Daí que, dia destes, vendo TV nos EUA, numa propaganda de imobiliária eu ouvi “I Got a Name”. Fui pesquisar mais sobre a música e vi que uma famosa banda country americana, a Annie Moses Band, de músicos razoavelmente jovens, botou uma cover gospel de “I Got a Name” em seu novo álbum, lançado em 2012.

“I Got a Name”, a linda música maldita, está bombando de repente.

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Fica. Saiu o disco novo do Yo La Tengo
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Lúcio Ribeiro

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Banda mais indie da história, talvez, o importante Yo La Tengo está oficialmente de volta. Depois de soltar duas ótimas faixas no final do ano, a veterana banda de New Jersey joga na praça, semana que vem, o aguardado disco novo “Fade”. Isso naquele formato antigão conhecido como CD.

Décimo terceiro trabalho de estúdio da trupe de Ira Kaplan, “Fade” já pode ser ouvido na íntegra graças à bíblia indie Pitchfork. Composto por 10 faixas, o álbum parece ser bom até na escolha da capa, uma árvore localizada no Overlook Park, na cidade de Portland, inspirada em “A Day in the Life of a Tree”, música dos Beach Boys.

Yo La Tengo, indie do indie.


Django Django e a música para dormir
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Lúcio Ribeiro

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* No bom sentido.

* Um dos grandes álbuns do ano passado foi o da banda escocesa (de Edimburgo) Django Django, que solta agora em 2013 mais um single, ilustrado por um novo vídeo tipo psicodélico, o termo da hora no indie. A música é “Hand of Man” e o vídeo sofre até uma “interrupção” no meio, porque na cadência da baladinha acústica, galera tocando num sofá, um dos caras que estão com violão dá uma dormida… para sonhar.

Muito por causa da ótima “Default”, o Django Django frequentou, com seu disco de estreia homônimo, muitas das listas de melhores do ano, a de 2012. O álbum entrou no Top 10 da “New Musical Express”, no Top 5 da “Les Inrockuptibles” francesa e no número 26 dos 50 melhores discos do ano da “Rolling Stone” americana.

Do jeito que andavam conversas para lá e para cá em 2012, duvido o Django Django não aparecer no Brasil para fazer show neste ano.

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Morrissey e o futebol
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Lúcio Ribeiro

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* Haha. Não vamos fazer hoje virar o “Dia Morrissey” na Popload, mas já que começamos a falar do cara, toma outra.

* Nessa história de ele aparecer no Letterman e recomeçar hoje uma turnê gigante nos EUA, na verdade uma continuação da do ano passado, me deparei com uma entrevista do ex-líder dos Smiths para o blog da… ESPN, o canal de TV e revista de esportes, muito voltado ao futebol americano e ao basquete. Enfim.

A ESPN na internet tem uma seção chamada Sounds, onde eles procuram aproximar alguém da música em alguma relação esportiva. E, desta vez, lá está o nosso Morrissey, em publicação de hoje. Falando de “soccer”.

A imagem que ilustra a página é de Moz usando num show a camisa do West Ham, time pequeno de Londres. Morrissey diz na conversa que era uma pessoa “bastante atlética” quando jovem e que jogava futebol “acidentalmente”. E que via os dramas que envolvem torcedores e o esporte em si com o “olhar de um poeta”.

A revista até arrisca numa comparação bizarra que a habilidade de Morrissey com as palavras é parecida com a que Pelé usava com os pés para rasgar as defesas adversárias. Até que tem a ver, na verdade. Haha.

A ESPN lembrou discos e músicas em que Morrissey citou boxe e automobilismo. Mas elencou referências ao futebol, como “Frankly Mr. Shankly”, dos Smiths, faz menção ao lendário técnico Bill Shankly, do Liverpool. E que “Roy’s Keen”, single solo de 1997, é uma brincadeira com o nome de Roy Keane, irlandês ex-craque do Manchester United que um dia fez um gol no… Esquece isso.

Morrissey disse que ainda acompanha futebol inglês, porém de um modo preguiçoso. E lembrou uma história engraçada. “Uma vez conheci um assistente do técnico do Millwall [outro time pequeno do sul de Londres, rival do West Ham]. É claro que a próxima coisa que eu li na imprensa inglesa foi que eu tinha comprado o clube.”

Eu me lembro de ter lido essa história, haha.

Morrissey batendo uma bolinha num parque inglês

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Tags : Morrissey


Morrissey é o meu nome do meio
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Lúcio Ribeiro

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* Prazer.

Não terminou nem a primeira quinzena do ano e o pop está bombando, recheado com músicas novas. Ontem, dia em que David Bowie “voltou”, outra lenda da música apareceu com som inédito.

Maior britânico vivo, Morrissey visitou o programa de David Letterman na noite de ontem para divulgar as datas de sua huuuuge tour pela América do Norte, que começa hoje em Greenvale, passa pelo Brooklyn no final de semana e vai terminar só com um show no México em meados de março. Nesse meio tempo, Moz fará quase 40 shows em terras norte-americanas, incluindo o aguardado show com a Patti Smith, em Los Angeles, dia 1º de março.

Para bombar essa tour imperdível, Morrissey mostrou ontem a inédita e boa “Action Is My Middle Name”.


Capas…
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Lúcio Ribeiro

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* Três capas aleatórias de revistas legais que saíram no final de dezembro, começo de janeiro.

Número duplo da espertíssima revista francesa Les Inrockuptibles, uma das revistas pop mais cool do mundo, traz o Best of 2012 indicando que o ano passado foi marcado pela “fúria feminina”, com duas garotas francesas do movimento Pussy Riot. O melhor filme de 2012 para a “Les Inrock” foi o Batman. Com eles não tem essas, haha. Os cinco melhores discos do ano deles são, pela ordem, os da banda Alt-J, Tame Impala, Liars, Frank Ocean e Django Django e Grizzly Bear. D’accord? Lana Del Rey pegou o 7º lugar, tadinha. Atrás do Hot Chip. A gênial “Homeland” foi a melhor série de TV para eles. A música “This Head”, do duo californiano Electric Guest, foi a melhor do ano segundo a revista. Pulp no Olympia foi o melhor de 2012.

A “Esquire” inglesa de janeiro é um “Music Issue” com nosso amigo Jack White com o texto “A construção de um guitar hero moderno”. Tem entrevista com Keith Richards e Mick Jagger sobre o que eles consideram o “renascimento dos Stones”, talvez a grande atração do Coachella 2013. E “ensina” como ganhar dinheiro com música em 2013. Com a regra número 1: não tem nada a ver com música. Haha.

A “New Musical Express” desta semana, que começa a circular pelo Reino Unido logo mais, traz os principais discos que 2013 vai receber. A capa é o marrento Liam Gallagher, dizendo que o novo disco do seu irregular Beady Eye, a ser lançado neste ano, é o álbum que o Oasis teria que ter lançado na sequência de “Morning Glory”. Vamos ver. A “NME” pergunta se esse novo álbum pode salvar sua reputação. Como diz Liam: “Fucking Oasis, fucking Noel Gallagher”. Traz reportagens de infiltrados em estúdios onde bandas como Queens of the Stone Age estão gravando ou finalizando seus discos novos. E isso é só a “parte 1”.

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