Blog POPLOAD

Arquivo : março 2013

Popload na Jordânia, vendo o que Moisés viu, mas não vendo a Jane Birkin. E achando estranho a história dos “beijinhos árabes”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload na Jordânia, Oriente Médio. Obama está na área também. A Jane Birkin também. Onde Moisés esteve, há “alguns” anos atrás, avistando a Terra Prometida.

* Galera aqui se cumprimenta com beijinho também. Homens inclusive. Mas tem um detalhe. Dois detalhes. Parece que alguns personalizam os beijinhos por turmas. Tipo “minha turma tem um jeito próprio de falar oi”. Ontem, num restaurante-balada a que fomos aqui em Amã, tinha um grupo de meninas que se dava um beijinho de um lado do rosto e dois seguidos no outro. Entendeu? Perguntei para um local e ele disse que, além disso, você cumprimenta um amigo/amiga com mais ou menos beijo de acordo com seu nível de amizade com a pessoa. Então, se o cara/mina for “brother”, ele/ela pode sair com quatro, cinco beijinhos. Se for apenas um “conhecido” de passagem, ou estar sendo visto pela primeira vez, apresentado na hora, um ou dois. Isso talvez de confusão. Pensa você chegando a uma roda com umas quatro pessoas em que tem amigos próximos e outros não tão próximos, mas pensam que são próximos. Você dar quatro beijinhos em uma delas e dois ou um em outra já deixa claro no círculo o seu nível de amizade. O outro pode se sentir preterido. Vou apurar melhor essa história…

* Caraca. A Jane Birkin fez um show aqui em Amã na terça-feira e eu só soube agora. Amã na rota dos shows internacionais, tipo o Brasil, haha. A apresentação aconteceu no Al Hussein Cultural Centre, perto do hotel onde eu estou. A atriz inglesa, mãe da Charlotte Gainsbourg, no passado uma das mulheres mais lindas da história e famosa entre várias coisas por ser mulher e lolita do mitológico cantor francês tarado Serge Gainsbourg e pelo dueto na escandalooooosa canção “Je t’Aime… Moi Non Plus” nos anos 60, está em turnê mundial com o show “Serge Gainsbourg and Jane via Japan”. Birkin cantando músicas de Gainsbourg e acompanhada por músicos japoneses. Não achei vídeo no Youtube da apresentação. Talvez se eu procurasse escrevendo árabe… Mas encontrei uma foto, do “The Jordan Times”, jornal local escrito em inglês. Aos 66 anos, Birkin ainda dá um caldo. Com todo o respeito, Serge! Foto acima de Muath Freij.

* A Popload está na Jordânia, Oriente Médio, a convite do Jordan Tourism Board.

>>


Atenção, atenção! Popload Gig anuncia o incrível Beach House para agosto
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Uma boa notícia: as organizações Popload não param. Uma outra boa notícia: o distinto Popload Gig, aquele festival, anuncia mais uma importante atração em sua não menos importante caminhada. O duo americano BEACH HOUSE se apresenta dia 28 de agosto, no Cine Joia.

Comandado pela tecladista e vocalista francesa Victoria Legrand e pelo guitarrista americano Alex Scally, o Beach House faz do seu formato teclado/guitarra/bateria um dream-pop minimalista e sofisticado. A voz rouca de Legrand, presente também em colaborações com artistas como Air e Grizzly Bear, é inconfundível e marca o clima sombrio e delicado das músicas do grupo. Isso fica ainda mais evidente no elogiadíssimo álbum “Bloom”, o quarto em oito anos de estrada.

Gravado no meio de um deserto no Texas, “Bloom” (2012) fez o Beach House atingir a perfeição e despertar para além do mundo indie, sendo considerado um dos melhores discos do ano passado. O site Pitchfork talvez tenha a definição perfeita da viagem sonora do Beach House: “são músicas que começam como uma faísca, e terminam como uma explosão de fogos de artifício em câmera lenta”.

Os ingressos serão colocados à venda dia 25/03 no site e na bilheteria do Cine Joia (segunda à sexta, das 14h às 18h) e os preços variam de R$ 90 (meia) a R$ 180 (inteira).


O Wavves paranoico e a obsessão pela morte
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Chupa, Glasvegas. Não são só vocês que…

Tem tanta coisa acontecendo aqui, aí e por aí que estou para falar desde o início da semana que o esperto grupo garage-lo-fi Wavves, que um dia fez a música com título mais cool de seu tempo – “I Wanna Meet Dave Grohl” – que foi lançada em um EP também de nome bacana, “Life Sux”, botou seu disco novo para audição no site da rede americana de rádios NPR. Semana passada eles fizeram SETE shows no South by Southwest, em Austin.

“Afraid of Heights” chega ao mercado na próxima segunda-feira, 26, junto com os novos trabalhos do Depeche Mode e dos Strokes, por exemplo. Este é o quarto registro de estúdio do duo de San Diego e vem para suceder “King of the Beach”, lançado três anos atrás.

O disco com “temática deprê” tem 13 faixas, foi produzido por John Mill (Santigold, M.I.A.), e fala especialmente sobre estar obcecado pela morte, de acordo com o vocalista Nathan Williams, que em recente entrevista também disse ter “questionado tudo em uma narrativa quase esquizofrênica” nas letras, não por ser um cara curioso, mas sim paranoico. Tenso.

* “Afraid of Heights”, o tracklist
01. Sail to the Sun
02. Demon to Lean On
03. Mystic
04. Lunge Forward
05. Dog
06. Afraid of Heights
07. Paranoid
08. Cop
09. Beat Me Up
10. Everyhting Is My Fault
11. That’s On Me
12. Gimme a Knife
13. I Can’t Dream
14. Hippies Is Punks (Bonus Track iTunes)


Daft Punk e os números, outra vez: 10 horas DE 15 segundos do teaser novo. Entendeu?
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

No início deste mês, o famoso duo francês Daft Punk “apareceu” no intervalo do também famoso “Saturday Night Live”, um dos programas de maior audiência da TV americana, mostrando 15 segundos do que vem a ser uma de suas músicas novas, de seu aguardado disco novo, que vai sair esse ano, não se sabe ao certo quando. A inserção comercial com apenas esses 15 segundos vinha com uma trilha “chic”, espécie de funk bem groovie com guitarras que remetem a um Prince animado, enquanto aparecia a logo do duo brilhando.

Daí que, só fui ver agora, um gênio postou esse recorte sonoro no Youtube, mixado eternamente, em um vídeo que tem duração de 10 HORAS. Ou seja: um vídeo com 10 horas de duração com um mesmo trecho de música que tem só 15 segundos, sacou? Se eu fiz a conta certa, o que sei lá se é muito provável, o trechinho toca quatro vezes por minuto, 240 vezes por hora, 2400 vezes ao todo. É isso? Daft Punk 2400 vezes. E não ficou ruim. Só um pouco repetitivo, talvez. Hihi.

Acho que durante a viagem de volta da Jordânia para o Brasil vou ouvir só esse loop eterno em homenagem aos heróis Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo.


Glasvegas bota toda a tristeza do mundo na música com título mais legal do ano
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Se há por aí uma onda negativa, sorumbática e depressiva dentro do universo pop (seja ele rock, eletrônico, rap e todas as intersecções), boa parte da culpa pode ser depositada na conta da banda escocesa Glasvegas, que em 2007 e 2008 surgiu na cena britânica explicitando em letras coisas como morte, suicídio, crimes com faca, sequestro, pai ausente. Tudo embalado por um som pop desgraçado e soturno de fazer músicas de bandas como Joy Division parecer trilha sonora de aniversário de crianças felizes.

Tudo bem bandas fazerem som desse tipo, mas daí o disco de estréia do Glasvegas chegou ao número 2 da parada de álbuns, shows tiveram ingressos esgotados rapidamente e canções suas tipo “Geraldine” tocaram nas rádios como se fossem do Justin Timberlake.

Daí veio o segundo disco, o tempo passou e voltou o Glasvegas com o sugestivo nome (assim) “EUPHORIC /// HEARTBREAK \\\” dando o título para o álbum, que tinha como faixa de abertura a esquisita “Pain Pain, Never Again”, que traz a MÃE do vocalista fazendo um spoken word sinistro, em cima de guitarras em reverberação. O disco foi fracasso de vendas e a banda meio que sumiu.

Aí você pensa: esses caras, se não mataram muita gente, já devem ter “morrido” pelo caminho. Pois eles voltam agora com o terceiro disco, falando que preferiam morrer do que ficar com você. Ou mais ou menos isso. Os escoceses lançam no meio do ano “Later…When The TV Turns To Static”, terceiro registro da carreira deles. O primeiro single saiu agora e tem um título ótimo, mesmo a música sendo triste de doer: “I’d Rather Be Dead (Than Be With You)”. Haha. Melhor: não basta ter sonoridade e letra deprês, tem que ter trechos falados pelo vocalista James Allan ainda.

Esquisito viu. Mas curti.

Tags : glasvegas


Alison Mosshart, diva do Kills, enquanto DJ da BBC e substituta do Jarvis Cocker
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Continuando esse papo sobre rádios legais, a grande BBC Radio 6, a mais “classic” das estações de rádio da rede de comunicação britânica, tem em sua vasta e ótima programação, aos domingos, o polêmico e super ouvido programa do Jarvis Cocker, também conhecido como líder do Pulp, aquela banda.

O “Jarvis Cocker’s Sunday Service” vai ao ar sempre às 16h (de lá) e tem, além de música boa, muito papo e especialmente opiniões do Jarvis sobre o cotidiano britânico. Ele comenta cultura pop, política, futebol e às vezes fala mal até da própria rádio.

Durante este mês, Cocker está de férias e quem assumiu seu lugar nos últimos três domingos foi nada menos que a Alison Mosshart, diva indie, líder cool do ultra-cool The Kills, que um dia também fez parte de uma banda do Jack White.

Alison não tem a língua afiada do Jarvis para dar opiniões, mas se mostrou uma ótima DJ. Tocou quase só velharia. De Johnny Cash a Nick Cave, passando por Neil Young e Primal Scream. Acho que as coisas mais novas que ela botou na programação foram Bat for Lashes e Queens of the Stone Age, para se ter uma ideia.

Mesmo assim, vale a audição. O programa do último domingo, norteado pelo tema “Outlaws and Highways”, fica no ar por mais quatro dias. Vejamos qual é a da Alison DJ Mosshart.

* Tracklist
1) Bo Didley – Cops & Robers
2) Johnny Cash – Desperado
3) John Lee Hooker – I’m Bad Like Jesse James
4) Nick Cave & Warren Ellis – What Must Be Done
5) Woody Guthrie – Billy The Kid
6) Mississippi John Hurt – Stack O’ Lee
7) Soggy Bottom Boys – I’m A Man Of Constant Sorrow
8) Howlin’ Wolf – I Ain’t Superstitious
9) Royal Tryx – Esso Dame
10) The J.B. Pickers – Freedom Of Expression
11) Primal Scream – Kowalski
12) Chuck Berry – You Can’t Catch Me
13) The Velvet Underground – Run Run Run
14) The Modern Lovers – Roadrunner
15) The Cramps – Route 66
16) Townes Van Zandt – White Freight Liner Blues
17) Jeff Buckley – Lost Highway
18) Laura Marling – Blues Run The Game
19) Waylon Jennings – I’ve Always Been Crazy
20) Neil Young – Unknown Legend
21) Canned Heat – On The Road Again
22) Fiji – Song for Charles Manson
23) Shocking Blue – Harley Davidson
24) Bob Dylan – Highway 61 Revisited
25) Queens Of The Stone Age – Outlaw Blues
26) The Doors – My Wild Love
27) R.L. Burnside – Let My Baby Ride
28) Creedence Clearwater Revival – Up Around The Bend
29) Dean Martin – My Rifle, My Pony and Me
30) Tom Waits – Ol’ 55


Popload no Oriente Médio. Ouvindo Jadal
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Jerash, na Jordânia, Oriente Médio.

* Se empanturrando de homus e falafel.

* Armas químicas bombando a Síria aqui ao Norte, bombas e tiros sacudindo o Iraque aqui do lado direito, eu interagindo com Jesus Cristo em lugares sagrados e o Obama vindo visitar a Jordânia bem quando eu estou aqui na região, deixando a galera nervosa. Daora a vida.

* Fui numa loja de camisetas modernas, que vendia pranchas de skate e CDs do rock contemporâneo árabe. Uma espécie de Colette (Paris) no coração de Amã, na Jordânia, chamada JoBedu (no caminho para Abdoun, perto da suntuosa embaixada americana). Perguntei a um dos vendedores hipsters (de um modo muçulmano) qual o disco novo mais legal que eles tinham e o rapaz me disse que eu precisava ouvir Jadal.

Jadal é uma banda de rock árabe aqui de Amã, explicou o moço, liderada por um figurinha chamado Mahmoud Radaideh que toca guitarra, canta, compõe, produz os discos. Ele falou que é o som que mais se aproxima da cultura ocidental, porque tem outros rocks típicos locais feitos com um monte de instrumento “deles” que o cara da loja citou e eu não entendi nada.

Jadal toca direto na Play 99.6, rádio de nova música da Jordânia, que mistura rock local, Rihanna e Tame Impala. Dá para ouvir a Play 99.6 aqui. Não sei você, mas eu adoro essas coisas de rádios “modernas” de lugares “diferentes”. A “new music” deles junta também Mackelmore e Justin Timberlake. Muito bom, haha. E os DJs, pelos momentos que eu ouvi, são na linha FM do tipo “Aê, galeraaaaaaaaaa”. Deixa os caras. E as propagandas ora em inglês, ora em árabe, são legais de ouvir.

Enfim, o Jadal. Saí da loja trendy com o último disco da banda, “El Makina”, lançado no dia 29 de dezembro do ano passado. Que dia mais estranho para lançar um disco… Talvez não para os árabes. De todo modo, curti bem o disco. Tem para vender na Amazon. Pelo que entendi, é o segundo álbum do Jadal. Curti bem a faixa “Yum el Jum’A Dayman Ashwab” e a “I’m in Love with Wala Bint”, haha. É sério.

Achei um vídeo novo do disco \o/. É do single “Ana Bakhaf Min el Commitment”. Olha que cool. É a história do Mahmoud largando a namorada sozinha na mesa do restaurante, saindo em disparada pelas ruas de Amã, chegando em casa e ligando para ela. Acho que é isso.

Parece que o que pega mesmo entre a galerinha jordaniana é música eletrônica com sonoridade árabe. Bem cool. Vou procurar saber mais sobre isso. Meninas de lenços cool tampando a cabeça e indo em festa e rave eletrônica.

* A Popload está na Jordânia a convite do Jordan Tourism Board.

>>


Os argentinos invadiram nosso BBB, têm o Messi e o Papa, mas vão ficar sem o Macca
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Don’t cry for me…

Bang! Notícia ruim para os fãs do mega astro Paul McCartney. Os fãs argentinos, digo. A turnê que o ex-beatle estava para fazer no país, parece, não vai rolar. Paul tem passagem pela América do Sul para o período entre final de abril e início de maio. As negociações argentinas inclinavam para shows nas cidades de La Plata e Córdoba, mas as informações mais recentes que vêm dos hermanos é que por lá ele não passa desta vez.

A notícia boa, apesar da natural tensão que o fato pode acarretar, é que a turnê pelo Brasil não será atingida e Paul McCartney deverá sim se apresentar em três cidades brasileiras. Possivelmente dia 3 de maio em BH, 5 em Goiânia e 9 em Fortaleza.

Em Minas Gerais estão sendo feitos os últimos levantamentos logísticos no estádio do Mineirão para definir todos os detalhes da apresentação dele por lá, o que deve ser finalizado ainda nesta semana. Aliás, a capital mineira deve ser palco da abertura da turnê mundial de Paul, que hoje anunciou oficialmente shows em Varsóvia e Viena, em junho.


Então, que diferença isso faz? Gravação rara e antiga dos Smiths cai na net
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload responde: faz toda a diferença.

Vai dizer que, às vezes, o universo indie não conspira lindamente à favor? Ontem a Popload resolveu externar toda sua preocupação em torno do maior britânico vivo Morrissey, que, passando por problemas constantes de saúde, precisou cancelar mais de vinte shows de sua atual turnê, não vai remarcá-los e sabe Deus quando ele volta aos palcos.

Eis que um dia depois aparece uma notícia boa que tem relação com o famoso cantor. Não é ainda a notícia que a gente espera – Moz livre de todo o mal, amém – mas não deixa de ser de bom tom. Apareceu uma nova gravação de demos do seminal The Smiths, datada de 1983.

“The Pablo Cuckoo Tape” foi gravada em formato K7 durante uma session em Manchester, de acordo com o baterista Mike Joyce. No tracklist, 8 faixas, entre elas as clássicas “What Difference Does It Make?” e “Miserable Lie”.

Vamos ouvir essa relíquia. Vamos melhorar, Moz. Vamos reunir a banda, Johnny.

* “The Pablo Cuckoo Tape” tracklist
01. You’ve Got Everything Now
02. Accept Yourself
03. What Difference Does It Make?
04. Reel Around The Fountain
04. These Things Take Time
05. I Don’t Owe You Anything
06. Hand In Glove
07. Handsome Devil
08. Miserable Lie


Bem-vindo aos 90’s. Nine Inch Nails solta documentário NSFW com Marilyn Manson e David Bowie
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Ah, os anos 90.

Espécie de Messias do chamado rock industrial, antenado em tudo o que se passa ao seu redor, o esperto Trent Reznor recentemente anunciou o retorno de seu grande Nine Inch Nails, banda ícone dos anos 90, que volta com nova formação no segundo semestre e já tem na agenda shows em festivais importantes como o japonês Fuji Rock e a dobradinha britânica Reading & Leeds.

Para homenagear o retorno de seu filho favorito, Reznor publicou uma relíquia registrada em VHS, da época do lançamento do disco “The Downward Spiral”. A coletânea de imagens, que dura cerca de 75 minutos, mostra cenas de bastidores e de shows da banda em turnê entre 1994 e 1996. Tem muito material NSFW, tem o Marilyn Manson bizarro na época que apareceu para o mundo. E tem o David Bowie. Parte do vídeo fez parte de um documentário lançado em 1997. Agora ele aparece sem cortes.