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Arquivo : maio 2013

O esquenta do Breeders em Barcelona
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Lúcio Ribeiro

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* Vai, Neymar.

Um dos grandes expoentes dos anos áureos do rock alternativo americano na década de 90, o Breeders, das irmãs Kim e Kelley Deal, está na estrada com um dos shows mais legais do mundo hoje. A banda tem pautado seus shows com o tributo aos 20 anos do discaço “Last Splash”, que recebe neste ano uma reedição em box especial com o título “LSXX”. A turnê, dizem, está incrível. Bem que o Brasil podia entrar nessa rota…

O Breeders é uma das atrações do Primavera Sound. O show da banda está marcado para sexta-feira, 24. Na noite de ontem, o grupo fez uma apresentação surpresa na Sala Apolo, em Barcelona, em evento oficial do festival.

A clássica “Cannonball”, claro, está no setlist.


Primavera Sound no sofá. Festival de Barcelona terá transmissão ao vivo
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Lúcio Ribeiro

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De São Paulo para Barcelona: o Vaccines foi uma das atrações de abertura do Primavera Sound, ontem

Começou ontem e vai até domingo o cada vez mais procurado Primavera Sound, evento musical que mais cresce na Europa, de conceito incrível, visual charmoso e line up poderoso em sua edição 2013.

O festival eletro-indie-rock vai botar para tocar em Barcelona – nova casa do Neymar – nas próximas horas/dias nomes como Tame Impala, Grizzly Bear, Blur, Nick Cave, Jesus And Mary Chain, My Bloody Valentine, Dinosaur Jr., Fiona Apple, Phoenix, The Knife, Animal Collective e Crystal Castles. Fora outra leva de nomes bons.

Os shows acontecem no charmoso Parc Del Fórum da cidade e boa parte dos shows terá transmissão ao vivo. Hoje, por exemplo, já tem Tame Impala, Phoenix e Grizzly Bear, entre outros ótimos. Vai ser comum você ler popices sobre o festival aqui na Popload nos próximos dias. Não é pelo motivo que troquei o Primavera Sound pelo Sasquatch que…

* A programação é a seguinte, já com horários de Brasília.

Quinta, 23 de maio
12:40 El Inquilino Comunista
13:25 Wild Nothing
14:20 Delorean (gravado)
15:30 Tame Impala
16:45 Dinosaur Jr.
17:55 The Postal Service
18:15 Grizzly Bear
19:40 Phoenix
22:10 Animal Collective

Sexta, 24 de maio
12:50 Pony Bravo
13:40 Nick Waterhouse
14:30 Peace
15:30 The Bots (gravado)
16:35 Manel (gravado)
17:45 The Jesus and Mary Chain
19:15 James Blake
20:20 Swans

Sábado, 25 de maio
12:00 Guadalupe Plata
12:50 Extraperlo
13:35 Adam Green and Binki Shapiro
15:00 Poolside (gravado)
16:00 Dead Can Dance
17:20 Wu-Tang Clan
18:45 Orchestre Poly Rythmo De Cotonou (gravado)
20:05 Los Planetas
21:30 Simian Mobile Disco (gravado)
22:50 Hot Chip


Quer saber? O Arctic Monkeys voltou com música nova
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Lúcio Ribeiro

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Alex Turner, ontem, na Califórnia

Uma das atrações do bombado Sasquatch, festival que a Popload acompanha in loco a partir de amanhã na região de Quincy, estado de Washington, o Arctic Monkeys fez uma espécie de show warm up na noite de ontem em Ventura, Califórnia, o primeiro no ano de 2013, nessa nova fase chamada “AM5 – The New Era”.

Logo de cara, Alex Turner & Co. mandaram uma música inédita na abertura da apresentação. A climática “Do I Wanna Know?” cairia bem no disco novo do Queens of the Stone Age, achei.

O Arctic Monkeys toca no Sasquatch amanhã. Mês que vem eles iniciam um giro por festivais europeus, incluindo o gigante Glastonbury, no qual serão headliners.


Popload em Seattle. Sabe o Sasquatch? Não o monstro, o festival…
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Lúcio Ribeiro

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* Here I am, now. Entertain me, Kurt.

Estátua de Jimi Hendrix, filho de Seattle, em rua do bairro hippie Capitol Hill, na cidade do grunge

A Popload resolveu dar um “pulinho” na terra que mudou a história da música dos anos 90 para acompanhar o festival que está mudando a história dos festivais dos anos 10. Sabe o Coachella? Sabe o Lollapalooza Chicago? Então…
A partir de sexta, por quatro dias, acontece o Sasquatch Festival, na região de Quincy, estado de Washington, entre duas e três horas de Seattle e um pouco mais de Portland, já no Oregon.

Realizado “perto” de duas das cenas roqueiras mais legais nos EUA, o Sasquatch tem o considerado, não só por mim, melhor line-up de festival americano no ano. O melhor visual (Ok, Califórnia?). A melhor vibe (dizem. É minha primeira vez). E, pela primeira vez, esgotou seus ingressos em absurdos 80 minutos.
Nada mal para um festival que começou besta com Jack Johnson e Ben Harper em 2002 e foi crescendo, crescendo…

Vamos falar bastante do Sasquatch e suas “peculiaridades” em posts que virão. O line-up deste ano traz Ariel Pink, Matthew Dear, Red Fang, Death Grips, Macklemore & Ryan Lewis, o “nosso” The XX, Postal Service, Sigur Rós, Vampire Weekend, Elvis Costello, Arctic Monkeys, Andrew Bird, Tame Impala, Father John Misty, Built to Spill, Black Rebel Motorcycle Club, Grimes, Bloc Party, Devendra Banhart, Peace, Mumford & Sons, Lumineers, Solange, Divine Fits, Dirty Projectors, Totally Enormous Distinct Dinosaurs, Cake, Primus, Imagine Dragons, DIIV, Presets, Empire of the Sun, Alt-J, Youth Lagoon, Japandroids e mais uns outros 50 nomes.

* Bom, estou chegando. Depois tem mais.

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Dá um abraço, Chan <3
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Lúcio Ribeiro

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* Cat Power, ou Chan Marshall para os íntimos, fez (mais) um show “polêmico” ontem, no Cine Joia, em São Paulo. Coloquei “polêmico” entre aspas porque não concordo nem um pouco, mas senti, conversando com amigos e lendo tweets e desabafos no Facebook, que ninguém curtiu “mais ou menos”. Foi amor ou ódio da primeira à última música. Quem odiou está no limite de pedir um reembolso. Quem amou saiu emocionado, amando ainda mais a pobre Chan. Desde o Flaming Lips no Lolla Br eu não via opiniões tão fortes (e opostas) sobre um mesmo show (hehe).

De novo, como falamos no próprio Lolla quando a patrulha da opinião veio reclamar, participar de um show é uma experiência única e intransferível. Não mencionando a parte técnica, por enquanto, gostar ou não gostar de um show depende muito também do quanto você gosta de determinado artista. E do quanto você está preparado e disposto a relevar, em alguns casos.

Também sem entrar no mérito da estética (o que foram essas “reclamações” falando do cabelo feio e do corpo mal cuidado? Sério mesmo?) porque uma vez Cat Power sempre Cat Power. A cantora mostrou sim algumas limitações. Aparentemente bêbada (dizem que ela não dormia desde o show do Rio de Janeiro), gripada, cambaleando, com muita tosse e rouca, fez versões quase que irreconhecíveis de suas próprias músicas.

Eu não sei vocês, mas tirando a tosse, eu esperava exatamente isso: uma Cat Power doidona e rouca, desconstruindo qualquer hit até você perceber, dois minutos depois, que ela começou pelo refrão, pulou a segunda estrofe e ainda trocou todo o arranjo da sua música preferida.

Não seria Chan Marshall se isso não tivesse acontecido. OK: nem todos os arranjos foram bem-sucedidos e talvez eu nunca a perdoe pela massa sonora disforme que foi a “versão” de “Sea of Love”, que abriu o show. Com mais de uma hora de atraso, a (ótima) banda passou looongos cinco minutos repetindo os mesmos acordes, até ela finalmente aparecer balbuciando e errando a letra da música.

A cena me lembrou o show do Daniel Johnston, no mês passado. É tanta fragilidade e doação no palco, que não dá para não se comover e simplesmente reclamar que ela tropeçou ou que o cabelo moicano não lhe caiu bem. Duas músicas depois, já mais à vontade e com o público mais bem-humorado, ela se soltou e ganhou o show. Foram momentos de entrega total da cantora (“Metal Heart” foi de chorar), abafando a vaia inicial que ela também fez questão de compensar com longas paradas para autógrafos.

Comparado aos shows anteriores dela no Brasil, esse não foi o melhor, mas o mais “bipolar”. No bom sentido. O novo disco, “Sun”, que pretende mostrar o lado mais “colorido” e leve (nas melodias, porque nas letras…) de Marshall, funciona muito bem no palco. Um dos melhores discos de 2012, na minha opinião (claro), é cheio de hits e quebram o peso das baladas pesadas do setlist. Essas duas fases, a teoricamente mais “animada” vs. a mais triste, entravam em choque no palco e deixavam bem claro qual o rumo que ela pretende tomar agora. E aí sim podemos falar da mudança estética Blonde Power porque ela faz parte do pacote “bola pra frente”. Pelo menos na visão dela.

Era a Cat Power que eu queria ver. A que começou com um “Sea of Love” destroçado e terminou com um “Ruin” animadíssimo. Até nisso ela quer ser do contra.

>> Vídeos

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>> SETLIST

Sea of Love (cover de Phil Phillips)
The Greatest
Cherokee
Silent Machine
Manhattan
Human Being
King Rides By
Angelitos Negros (cover de Pedro Infante)
Always On My Own
3,6,9
Nothin But Time
I Don’t Blame You
Metal Heart
Oh! Sweet Nuthin´/ Shivers (cover de Rowland S. Howard, com versos de Velvet Und.)
Do Ya (cover de Move)
Peace and Love
Ruin

Cobertura Popload: Ana Bean, enviada especial ao Cine Joia.

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The XX promove rave indie e soturna em seu próprio festival
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Lúcio Ribeiro

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Rolou no último sábado em Berlim mais uma edição do Night+Day Festival, ou melhor conhecido como o “festival do The XX”. O cultuado trio britânico promoveu uma espécie de show-festival com Jessie Ware, Chromatics, Mount Kimbie, Kindness e Mykki Blanco como convidados, em uma tarde-noite linda no meio de um parque alemão. Imagina a vibe.

O The XX, na estrada com shows concorridos no mundo todo, fechou o evento, claro, e promoveu uma parceria inusitada no palco. Em certo momento do show, o bamba Jamie XX convidou a cantora Jessie Ware, aquela, que a Popload disse ano passado ser a “resposta britânica” para a Lana Del Rey.

Jessie Ware, uma moça de Brixton, é dona de uma voz doce que lembra a Sade, voz essa que um dia lhe rendeu o cargo de backing vocal do SBTRKT. Jessie bomba nas rádios da Europa, especialmente, com seu disco de estreia, “Devotion”, lançado ano passado.

No palco, junto ao The XX, ela mandou um mix de sucessos de “pista” das duas décadas passadas: “Lady”, do Modjo, e “Music Sounds Better With You”, do projeto francês Stardust. As batidas descompassadas foram editadas pelo Jamie. Claro, não tinha como não ficar boa essa rave-indie-dark.

O The XX inicia hoje sua nova turnê pela América do Norte, com show em Edmonton, no Canadá. Algumas datas em junho terão a dobradinha linda The XX + Grizzly Bear. No sábado, o trio é uma das principais atrações do bombado Sasquatch Festival, mas sobre isso a gente fala melhor depois.


Oh no! Outra música nova do… Daft Punk
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Lúcio Ribeiro

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Quando você imagina que os assuntos em torno de “Random Access Memories”, novo disco do Daft Punk, estão esgotados, aparece uma música inédita.

O álbum, que foi lançado ontem no mundo todo, tem em sua versão japonesa uma faixa bônus, a climática “Horizon”. Batidinha cool, meio balada, lentinha, com cara de fim de festa às 5h da manhã. Niiiice!


Giorgio Moroder na terra dos hipsters: ouça aqui
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Lúcio Ribeiro

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* Olha ele aí outra vez…

A Popload destacou ontem o concorrido DJ set do lendário produtor Giorgio Moroder, pai da disco music, na região de Williamsburg, reduto hipster em Nova York, naquela que foi a primeira apresentação dele na cidade.

A aparição de Moroder foi na segunda-feira, no clubinho Output, com ingressos esgotados. E, obrigado internet, o DJ set foi disponibilizado no site da Red Bull Music Academy Radio. A marca de energético foi a patrocinadora do show.

Para ouvir os 75 minutos de aula musical, é só clicar aqui.


O Foals e a melhor música deste ano (lançada ano passado)
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Lúcio Ribeiro

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* Entendeu?

Provavelmente melhor música do ano – indiscutivelmente uma das – “My Number”, do Foals, só fica melhor a cada vez que a banda bombada de Oxford a toca em shows, programas de TV ou sessions em rádios. Tudo bem que ela foi lançada no final de 2012.

A última versão que apareceu da faixa, que está no discaço “Holy Fire” foi a feita pela banda ontem, na The Current, um dos canais da rede pública de rádios de Minnesota, nos Estados Unidos.

Tiraram todo o “funky” da versão de estúdio e fizeram uma “My Number” bem intimista, acústica. Tocaram também “Stepson” e “Moon”. O Foals está em turnê pelo país desde o mês passado.

Curti foi a descrição da rádio para tentar descrever o complexo som do Foals. “Oxford-based quintet Foals make willfully out-there and original indie-rock that varies from spastic dance-rock to angular post-punk sounds to intricate experimental passages”. Tá?

O vídeo de “My Number” vem abaixo. A session completa e a entrevista podem ser ouvidas aqui.


Giorgio Moroder, 73, toca pela primeira vez em Nova York
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Lúcio Ribeiro

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Considerado o pai da disco music, precursor da dance music e de tudo o que viria a ser empacotado no termo “música eletrônica” nas décadas seguintes aos anos 60, o produtor italiano Giorgio Moroder é reconhecido como um dos profissionais mais cultuados e sérios da história do pop.

Responsável por lançar a diva Donna Summer e assinar trilhas de filmes como “Flashdance”, “Scarface” e “Top Gun”, Moroder tem no currículo envolvimento com artistas do calibre de David Bowie, Freddie Mercury, Elton John, Information Society e, por último, Daft Punk.

Giorgio é homenageado na faixa 3 de “Random Access Memories”, disco lançado hoje. O som, simplesmente intitulado “Giorgio by Moroder”, é uma viagem no tempo de quase 10 minutos, mixando batidas insanas com depoimentos do próprio produtor, que disse sempre ter sonhado em se tornar um músico no final dos anos 60, mesmo o sonho sendo “muito grande”, mas que queria se envolver com a música de alguma forma para a vida toda. Comovente, até.

Essa colaboração com o Daft Punk fez Giorgio Moroder sair de sua zona de conforto. Além da música no álbum do duo francês, recentemente ele lançou a faixa “Racer”, tema de um novo joguinho do navegador Chrome, do Google, só com sons do aplicativo.

Na virada da meia-noite de ontem para hoje, coincidentemente o dia que o disco novo do Daft Punk chega às lojas, Giorgio Moroder fez um DJ set raro em Williamsburg, reduto hipster da cidade de Nova York, onde o conceituado artista se apresentou pela primeira vez na vida, fato inusitado, já que ele está com 73 anos de idade.

Durante quase duas horas, Moroder mostrou porque é uma das principais referências da música eletrônica se apresentando no clube Output com ingressos esgotados desde a semana passada, ao lado do DJ Chris Cox.

Classy!!!