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Arquivo : janeiro 2014

Arcade Fire anuncia show no Rio de Janeiro. Já preparou sua fantasia?
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Lúcio Ribeiro

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Uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil deste ano, o grupo canadense Arcade Fire anunciou um “show solo” para o Rio de Janeiro.

A trupe de Win Butler toca na Cidade Maravilhosa dia 4 de abril, antes do festival em São Paulo. O show será no Citibank Hall. A pré-venda tem início no próximo dia 20, segunda-feira. A venda geral começa em 29 de janeiro, como informa o comunicado liberado pela banda.

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O show no Rio de Janeiro já era esperado inclusive pela banda, que quer muito tocar na cidade. Além do show em si, agora fica a expectativa se a galera vai aderir à “sugestão” dos canadenses de ir ao show fantasiados ou vestindo trajes formais. Desde setembro, quando o grupo começou a divulgar o discão “Reflektor”, era mostrado um aviso para quem quisesse comprar ingressos para os concorridos shows. “Atenção: na noite do show, por favor, use traje formal ou fantasia”. O aviso vinha logo no processo da compra de ingressos para as apresentações do grupo não só em pequenas casas, mas também para a turnê deste ano, quando a banda vai se apresentar em diversos estádios, arenas grandes e festivais ao redor do mundo, tipo o Big Day Out Australiano a partir de amanhã.

A tal ideia do Arcade Fire rendeu polêmica e tem dividido os fãs. “Reflektor” nasceu a partir das experiências do casal Win e Régine em carnavais tradicionais do Haiti e acabou virando a grande inspiração para o álbum. O carnaval brasileiro também foi lembrado, tanto que a banda andou brincando com o filme “Orfeu” e cenas rodadas no Rio de Janeiro em seus vídeos de divulgação.

Desde os shows que começaram em setembro, o AF se apresentou especialmente sob o nome “The Reflektors”, vestindo trajes formais, fantasias e máscaras. Amigos da banda também entraram na brincadeira, da Florence Welch ao Chris Martin.

O Citibank Hall carioca comporta pouco mais de 8 mil pessoas e não deixa de ser uma apresentação “intimista”, voltada “para os fãs”, o que indica que a noite poderá ser bem especial.

Os detalhes sobre preços de ingressos serão divulgados nas próximas horas.

Tags : arcade fire


Peter Doherty ao vivo, hoje, direto da Bélgica
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Lúcio Ribeiro

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Seguindo a linha “quem é vivo sempre aparece”, temos uma boa oportunidade de vermos hoje como anda Peter Doherty (ou o que sobrou dele). Ele, espécie de gênio auto-destrutivo que chamou a atenção do mundo indie no início da década passada com o explosivo Libertines, um dos maiores suspiros da rica música inglesa dos últimos tempos, tem tentado recuperar território nos últimos meses com seu Babyshambles, após um período sabático vivendo longe dos holofotes em Paris.

Depois de seis anos sem lançar um disco cheio, o grupo soltou “Sequel to the Prequel” em setembro do ano passado. Desde então, a banda tem excursionado por diversos países.

A parada de hoje é na cidade de Bruxelas e o show terá transmissão ao vivo pela plataforma de streaming Deezer. A apresentação está marcada para ter início às 18h de Brasília. Para assistir, basta acessar este link.

Não nos decepcione, Peter.

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Diga sim ao amor: conheça a banda… Perfect Pussy
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Lúcio Ribeiro

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Espécie de filhos bastardos do Japandroids, uma nova banda de Syracuse, terra do Tom Cruise, está causando certo burburinho no indie norte-americano. A começar pelo nome, a Perfect Pussy se mostrou uma banda um tanto diferente em 2013. Independente, soltaram seu primeiro trabalho físico em fitas cassete. Chamaram tanto a atenção que ganharam uma gravadora para lançar de verdade seu disco de estreia.

Sai pela Captured Tracks (do Brooklyn), dia 18 de março, o disco “Say Yes To Love”, pontapé inicial “oficial” para a banda de noise-rock barulhenta, de vocal feminino distorcido, batidas descompassadas, muro de guitarras sujo e de levada punk. Seria a resposta radical norte-americana ao Savages?

Para dar um gostinho de curiosidade no que está por vir, o grupo soltou o intenso e agressivo single “Driver”. O álbum terá 12 faixas, quatro delas ao vivo, que vêm na versão bônus para quem adquirir pelo iTunes.

* “Say Yes to Love”, tracklist
1 Driver
2 Bells
3 Big Stars
4 Work
5 Interference Fits
6 Dig
7 Advance Upon the Real
8 Vii
9 Bells (live)
10 Iii (live)
11 Advance Upon the Real (live)
12 I (live)

* A fita cassete que eles lançaram ano passado tinha o seguinte trabalho visual:

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* E a faixa que puxa o registro em cassete tem nome ótimo: “I Have Lost All Desire For Feeling”


Festival em NYC marca volta dos Strokes e estreia de Damon Albarn solo
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Lúcio Ribeiro

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Depois de quase dois anos e meio longe dos palcos e certa ameaça de não voltar a tocar tão cedo, o grupo The Strokes já tem marcado seu retorno “live”. A banda norte-americana é uma das principais atrações do Governors Ball, festival que acontecerá na Randall’s Island, em Nova York, entre os dias 6 e 8 de junho.

Após lançar seu contestado “Comedown Machine” ano passado, os Strokes se juntam a fortes nomes como Jack White (também voltando aos palcos), Outkast (em status de “reunion”), Vampire Weekend, James Blake, Phoenix, TV on the Radio, Disclosure, Grimes, Tyler the Creator, The Kills, Spoon e outros.

O evento também marcará a primeira apresentação solo de Damon Albarn, líder do Blur. Julian Casablancas, além do show com sua banda, toca sozinho também. Tem ainda o imperdível show do Lucius, bom acrescentar. Melhor festival do ano?

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O vídeo violento do Aldo
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Lúcio Ribeiro

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A banda paulistana Aldo, dos irmãos Faria, responsável pelo melhor disco de 2013 (“Is Love”) de acordo com a Popload, soltou seu primeiro vídeo profissa. A faixa escolhida é “The City Is Waiting” e o vídeo é um tanto violento e… sexy. A direção é de Brenno Castro, da Paranoid.

O duo, que foi atração do Popload Festival ano passado, promove uma balada hoje no Bar Secreto para lançar esse novo vídeo. Tem ALDO, Eat Beat Repeat e outros convidados comandando a noite.

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Tags : aldo


Popload na Austrália: festivais Big Day Out e Laneway estão no programa
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos começar logo este 2014!

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* Em um “rolezinho” legalizado e “down under”, a Popload passa a fazer já neste final de semana posts diários direto da Austrália, terra dos cangurus, do Tame Impala, do Jagwar Ma e da Courtney Barnett.
A Popload Tour Australia 2014 passará pelas cidades de Melbourne e Sydney, tudo a convite do Tourism Australia, agência do governo responsável por promover o país para o mundo.

Em Melbourne, entre outras coisas, assistirei à etapa local do gigante Big Day Out, o maior festival australiano (e além), que nesta edição de janeiro escalará Pearl Jam e Arcade Fire como atrações principais, mas terá também as presenças de nomes como Snoop Dogg, Beady Eye, Major Lazer, Tame Impala, Naked and Famous, Mudhoney, Deftones, Primus, Toro Y Moi, 1975 e… CSS, entre outros.

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Em Sydney, no comecinho de fevereiro, é a vez de estar no incrível Laneway Festival, evento musical indie que tem sede em seis cidades australianas, Singapura e Detroit (EUA). A parte que cabe a Sydney receberá a visita de bandas que comporão o line-up de festival mais bacana que eu vi em tempos recentes: Jagwar Ma, Haim, Parquet Courts, King Krule, Lorde, Chvrches, Four Tet, Drenge, Daughter, Jamie XX, Kurt Vile, Warpaint, Savages, Mount Kimbie, entre outros.

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Futebol é pop: o Neymar, o Messi e o Depeche Mode
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Lúcio Ribeiro

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* Neymar e Martin Gore em uma mesma foto. Vivemos para ver isso.

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Como sempre costumo dizer: futebol é pop. E geralmente está se misturando com o mundo da música, para o bem e para o mal. Ontem, integrantes do veterano grupo britânico Depeche Mode visitaram o centro de treinamentos do Barcelona e acompanharam de perto os passos do Neymar, Messi, Xavi e alguns outros craques.

A banda faz show hoje na cidade, reiniciando a turnê Delta Machine, que ano passado visitou 30 países e atraiu mais de 2 milhões de espectadores. Um dos nomes cotados para o Lollapalooza Brasil deste ano, o Depeche Mode “caiu” de última hora, mas ainda há uma pequena expectativa que o grupo visite a região neste ano. Vamos ver.

O Dave Gahan, sempre na dele e meio esquisito, não foi ao Barça. Vai ver ele curte o Real Madrid.

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Dead Weather solta outra nova do seu single duplo
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Lúcio Ribeiro

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Um dos mil projetos de Jack White, o Dead Weather soltou a outra metade do seu primeiro single duplo de uma série que promete continuar por todo o ano, até culminar em 2015, quando sai o disco cheio da banda que tem também a fofura indie Alison Mosshart, Dean Fertita e Jack Lawrence.

“Rough Detective” forma o tal single duplo com “Open Up (That’s Enough)”, lançada no fim do ano passado. Essas primeiras duas faixas fazem parte do pacote #18 da série The Vault, plataforma de conteúdo e produtos exclusivos do selo Third Man Records – gravadora de White – formada só por assinantes, que inclui ainda o disco ao vivo do Racounteurs gravado no Ryman Auditorium, em Nashville (2011) e o vinil do mesmo show.

“Rough Detective” tem uma vibe um pouco mais viajada em relação ao material anterior lançado pelo Dead Weather.

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O Grammy sendo bom, a volta dos Beatles e o show do Daft Punk. Ok…
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Lúcio Ribeiro

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* Parece tudo mentira, mas a história é essa. O irrelevante prêmio Grammy de repente promete ser o primeiro grande momento da música em 2014, se rolar o que falam que vai rolar. A festa de sua premiação, que será transmitida ao planeta dia 9 de fevereiro, direto de Los Angeles, pode juntar no mesmo palco os Beatles vivos Paul McCartney e Ringo Starr. E a Taylor Swift na fase “madura”. E o Macklemore and Ryan Lewis cantando “Thrift Shop”. Metallica tocando com o pianista pop star chinês Lang Lang. É a primeira vez em 23 anos que o Metallica volta ao Grammy. O bamba Pharrell Williams vai tocar. A Lorde e a Katy Perry também. E o Daft Punk, essa eu duvido, vai se apresentar com o Stevie Wonder e mandar “Get Lucky” e “Lose Yourself to Dance” com a “formação original” (o citado Pharell e o guitarrista Nile Rodgers). Vai ter o Kendrick Lamar tocando com o chato Imagine Dragons também, mas não sei exatamente o que é isso.
Ah, e vai ter a reunião do Eurythmics, na primeira performance desde 2005, para tocar… Beatles, numa noite em que o Grammy vai comemorar a primeira vez que os Beatles apareceram na TV americana, há exatos 50 anos, no programa do Ed Sullivan.
Que noite!

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Especial Popload “1994”: Kid Vinil conta o que aconteceu há 20 anos
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Lúcio Ribeiro

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* Kid Vinil, um dos maiores estudiosos e entendedores dos caminhos sonoros deste país, mostra sua visão do que foi 1994 para a música jovem. Kid é testemunha ocular do que aconteceu naqueles primeiros anos dos 90. Fora que, em música, foi empresário, teve banda, produziu, foi apresentador de TV, radialista, é DJ, coleciona vinil, trabalhou em gravadora, escreveu para jornais e revistas. Ele sabe bem do que está falando. E é assim que viu 1994:

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“Em 1994 eu era DJ de uma rádio em São Paulo chamada 97FM e tinha um programa noturno que tocava as novidades da época. Este ano representou muito para o rock, inclusive por ser o da morte da figura icônica de Kurt Cobain. A geração grunge havia aberto olhos e ouvidos dos responsáveis pelas grandes gravadoras com o estouro do Nirvana e Pearl Jam e tudo ainda estava muito quente em 1994, que viu surgir também com razoável sucesso uma sequência de subprodutos do grunge e bandinhas pré-fabricadas como Stone Temple Pilots e “Nirvana wannabees” como os australianos do Silverchair, que viria a estourar no ano seguinte, assim como os genéricos britânicos Bush, que atormentaram nossas orelhas neste ano com seu disco de estreia.

“Um grupo que me chamou atenção logo no primeiro videoclipe, por incrível que pareça, foi o neopunk do Green Day. Contrário aos genéricos do grunge, eu sentia no Green Day uma pegada punk 77 mais autêntica e menos forçada. “Dookie” é um grande álbum de estreia. Eu não era tão chegado a Offspring e Blink 182.

“As grandes gravadoras estavam desesperadas por um novo movimento de rock que agitasse como foi o grunge. O modelo independente de gravadoras e selos, como o Sub Pop de Seattle no final dos 80 e inicio dos 90, animaram as grandes corporações musicais a sair à luta em busca de novos artistas na cena mais alternativa. A Warner, por exemplo, além do Green Day, descobriu o Weezer e emplacou de cara seu disco de estreia.

“Ainda assim selos independentes como a Matador seguiam “incomodando” as grandes gravadoras com bandas como Pavement, Guided By Voices, Pizzicato Five e Yo La Tengo. O que antes era desprezado pelas majors naquele momento parecia ser a salvação da lavoura.

“Beck foi outro exemplo de artista que saiu da cena alternativa e estourou numa grande gravadora. O indie rock começava a impor respeito, principalmente no mercado americano. O Sonic Youth não era mais visto como outsider e passou a gravar numa major como a Geffen Records.

“O rap e o hip hop deixavam de ser apenas um estilo popular de música negra para se impor como uma das mais fortes culturas de todos os tempos, graças a Beastie Boys e Public Enemy, que pavimentaram o percurso de rappers como Nas, Wu Tang Clan e Notorious B.I.G.

“A cena britânica sempre me entusiasmou e o britpop foi minha grande aposta nos programas de rádio. Lembro quando o “New Musical Express” colocou o Oasis pela primeira vez na capa como banda revelação. Eu mostrei para o diretor da rádio e disse: “Esses caras vão estourar”. Dito e feito!

“Indiferentes à cena americana, os ingleses em 94 exploravam uma tendência muito mais pop influenciada pelo punk e pelos grupos dos anos 60 (Kinks, Who, Beatles). O Britpop foi uma resposta dos ingleses ao grunge, tanto que Oasis e Blur só aconteceram na Améria de 1995 para frente.

“Um turbilhão de ideias pipocavam nas mentes brilhantes da geração indie britânica. 1994 marcou o surgimento de estilos como trip hop, assim como tendencias eletrônicas mais apuradas como Orbital e Future Sound of London.

“Eu diria que 1994 foi um ano sui generis para o rock e tremendamente influente para os dias de hoje. Para uma geração que tanto se espelha nos anos 90, vale a pena voltar atrás e descobrir os grandes álbuns lançados naquele ano.”

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