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Arquivo : abril 2014

O niilismo punk do GATO do Parquet Courts
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Lúcio Ribeiro

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* Banda mais veloz do indie mundial, os nova-iorquinos (com sabor texano) do Parquet Courts lançam disco novo no sábado agora dentro do mágico Record Store Day (cerca de 500 lançamentos especiais em vários formatos no mesmo dia). O grupo, prediletíssimo da casa, solta em vinil a música mais punk de 2014, a um-dois-três-quatro “Sunbathing Animal”, que sai em 7 polegadas em edição limitada. Depois, em junho, a música volta como faixa do álbum de mesmo nome, que o Parquet Courts leva às lojas em 3 de junho.

Hoje, já antecipando o lançamento do disquinho, o Parkay Quarts faz rodar o vídeo de “Sunbathing Animal”. A história é mais ou menos o seguinte: música pauleira rolando e gatinho vendo o dia passar na janela e encanando com uma mancha no sofá. Tem uma surpresa no final. Simples assim.

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Chet Faker lança vídeo classudo para música mais classuda ainda
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Lúcio Ribeiro

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* O produtor eletro-soul-brother Chet Faker, que pode aparecer no Brasil neste ano (ou não!) dado o desejo ardente da galera da vanguarda sonora de São Paulo, segue trabalhando o seu disco de estreia, o lindão “Built on Glass”, que acabou de sair. O álbum foi lançado ontem nos EUA e anteontem na Inglaterra. Tinha vazado havia alguns dias. Neste final de semana ele começa uma razoável tour europeia e americana.

Chet Faker é Nicholas James Murphy, tem 25 anos, é da incrível Melbourne e, segundo o “Guardian” inglês, possui um incrível senso para saber o que vai ser bom para ouvir às 3 da manhã. Sente o quanto consideram o cara?

Para jogar mais agito neste “momento lançamento”, ele acaba de soltar o vídeo-ilustração para a deliciosa “1998”, uma das grandes faixas de “Built on Glass”, o segundo single do disco cheio.

Quando a gente aqui falou do álbum, escolhemos exatamente “1998” para deixar rolando no blog, para quem quisesse ouvir. Agora, com uma ajuda de Faker, temos “1998” também para ver. Musicão, videozaço.

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O real estado do Real Estate
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Lúcio Ribeiro

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O grupo Real Estate, indie colorido mezzo dream pop, quase um Best Coast sem a voz feminina da Bethany Cosentino, continua na função divulgando seu mais recente álbum, o bom “Atlas”, lançado no início de março. Este é o terceiro registro de estúdio deles e desponta como um dos álbuns legais de 2014.

A banda está dando um rolê por programas de TV e de rádios pelos Estados Unidos. A mais recente parada foi na rádio indie WFVU, de Nova York. Por lá, a banda de Nova Jersey tocou a ótima “Crime”, um dos pontos altos desse disco novo.

Vale o clique.

* Mês que vem, o Real Estate embarca para uma turnê pela Europa, incluindo participação no bombado Primavera Sound Festival, na Espanha. Em junho, retornam para a América do Norte em extensa turnê que vai até agosto, incluindo shows nos festivais Bonnaroo e Pitchfork.

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Tags : real estate


Homem-Aranha reúne Pharrell Williams e Johnny Marr
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Lúcio Ribeiro

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Será lançada na próxima semana, dia 22, a trilha sonora de “O Espetacular Homem-Aranha 2”, novo filme da famosa franquia, que chega aos cinemas brasileiros em 1º de maio, um dia ANTES da estreia nos Estados Unidos. Toma essa, Obama.

Dois dos envolvidos na trilha sonora são o onipresente-faz-tudo Pharrell Williams e o guitarrista, compositor e cada vez mais cantor Johnny Marr.

O primeiro single é uma parceria entre Alicia Keys e Kendrick Lamar, chamado “It’s On Again”. Pharrell participa, claro.

Outra faixa divulgada é “Here”, balada meio folk das antigas que reúne a improvável dupla Pharrell e Marr. Hans Zimmer, cultuado produtor vencedor do Oscar, também assina seu nome na obra.

As duas faixas podem ser conferidas abaixo.

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Vinte anos depois, filha de Noel Gallagher presta homenagem ao pai
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Lúcio Ribeiro

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Ah, 1994… O talvez último ano mágico na história da música pop, graças aos mil discos bons lançados naquele ano, de fato reservou suas boas lembranças para o futuro. Está rolando em Londres até o próximo dia 22 uma exposição com diversas peças raras do Oasis, que lançou seu incrível álbum de estreia “Definitely Maybe” em 1994, consolidando o início do movimento Britpop, as brigas com o Blur, as manchetes inesquecíveis nos jornais e a ascensão da banda como uma das maiores do mundo.

Dentro dessa exposição, que tem especialmente fotos nunca antes vistas, um dos grandes baratos é um stand que remonta o cenário do apartamento da capa do “Definitely Maybe”. Quem visita a expô pode tirar onda de Liam e recriar a foto deitando no chão.

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Além dos próprios ex-integrantes do Oasis que já visitaram a mostra, tipo o Liam, a filha mais velha de Noel Gallagher, Anais (14 anos), foi ao evento e recriou essa tal foto da capa do álbum de estreia ao lado das amigas.

Óbvio, para não apanhar em casa, ela se posicionou como o pai na foto de contra-capa, na simbólica tomada dele Noel “com o mundo em suas mãos”.

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Kate Bush “baixa” na Solange no deserto da Califórnia
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Lúcio Ribeiro

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A babe Solange, filha mais cool da família Knowles, é uma das dezenas de atrações do festival Coachella, que teve sua primeira rodada no fim de semana passado e repete a dose de sexta à domingo próximos. Solange, que tem em seu currículo festivais incríveis como o Popload Gig (cóf cóf), fez um dos shows mais comentados (1) pelo seu talento que a gente conhece e (2) pela aparição surpresa de sua irmã superstar Beyoncé no palco, para uma dancinha em família.

Outro ponto alto do show da Solange foi uma cover que ela fez da Kate Bush. A Kate, você sabe, anunciou seu retorno aos palcos após 35 anos e esgotou ingressos de 22 shows em Londres no segundo semestre em poucos minutos. Solange é só mais uma das cantoras da nova geração que tem Bush como uma das principais referências. Ela cantou a clássica “Clodubusting”, faixa lançada por Kate em 1985.

E ficou bem legal. Só esperando por uma gravação mais decente.

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Disco de Courtney Barnett sai hoje nos EUA. E ela propõe fundar um clube
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Lúcio Ribeiro

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* Olha a Courtney aí outra vez. Não a Love. A Barnett, predileta da Popload.

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A gente falou sobre o passeio da incrível cantora e guitarrista australiana ontem, aqui no blog, no Coachella e em sessions ao redor do festival. “Courtney Barnett com problemas para respirar na Califórnia” era o título.

Hoje apareceram duas notícias grandes sobre ela vinda dos EUA:

1. Os dois EPs que juntaram para fazer um álbum foram lançados hoje como tal nos EUA. “The Double EP: A Sea of Split Peas” chega ao mercado americano com a fama de “critically acclaimed”, está nos dois releases que eu recebi nesta terça. A minha loja de disco predileta em Los Angeles, a Origami Vinyl (já que a Amoeba Records não é exatamente uma loja de discos e sim um supermercado), vai fazer uma festa de lançamento do disco hoje, com presença de Barnett. Quem comprar o álbum de Courtney Barnett nos EUA ganha um fanzine ilustrado por ela, com desenhos da janela de onde ela tem se hospedado para tocar, “across the world”. O fanzine chama “A View to a Gig”. Barnett, uma das mais legais contadora de histórias em músicas hoje na cena independente, toca de novo no Coachella no final de semana, na parte 2 do festival.

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2. Hoje, para comemorar o lançamento do disco nos EUA, o poderoso jornal “The New York Times” — APENAS o “NYT” –, lançou em seu site o vídeo para a absurda canção “Anonymous Club”, o segundo single do disco, depois da “música do ano”, a “Avant Gardener”. O “NYT” também traz uma entrevista com a australiana.

“Anonymous Club”, o vídeo, é incrível com a música por baixo (ou por cima). Parece uma animação na linha “Where the Wild Things Are”, mas feita com a mão em papel, não em computador. E de um jeito, digamos, australiano.

“Anonymous Club”, a música, é bem lindinha. Tem um backing vocal masculino nela, mas a delicadeza perturbada da voz de Courtney Barnett brilha sozinha, quando ela propõe fazer um clube dos anônimos. Ou um clube anônimo, pode ser. Escola Lorde da não-ostentação. Onde os membros ficam trocando suas roupas e tomando vinho a noite toda.

“Turn your phone off friend, you’re amongst friends and we don’t need no interruptions.
Leave your shoes at the door, along with your troubles”

A música acaba assim:
“Thank you for cooking for me, I had a really nice evening, just you and me”.
Com as duas vozes repetindo “you and me”, primeiro. Depois só a Barnett.

Escrevendo assim, preto no branco, parece simples e comum (e é). Mas essa letra colocada sob uma canção da australiana fica de chorar de bonita.

Essa Courtney Barnett é especial, não?
Ela é a verdadeira Courtney “Love”, eu acho.

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Para além das 120 bandas: uma seleção das… Coachella Babes!
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Lúcio Ribeiro

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* Todo ano é a mesma coisa, aqui na Popload. Vem o furação Coachella, um dos mais importantes festivais do mundo, e a gente dá atenção grande ao evento do deserto em si, como um todo. O Coachella não é APENAS 120 shows. Falamos deles t.a.m.b.é.m., claro. Mas somos obrigados a mostrar as paisagens paradisíacas, os robôs e as esculturas, comentar sobre o enxame de convidados especiais que sempre aparecem, revelar as surpresas, abrir espaço às sessions paralelas que orbitam o festival. Daí que sempre tem um último gás na hora de dedicar um bom espaço para elas, as COACHELLA BABES, uma das grandes instituições do festival californiano.

Bom, chegou a hora delas!!!

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* Todas as fotos, com exceção da primeira e da última deste post, pertencem ao Instagram “Coachellaweekend”. A primeira e a última é do site da Noisey.

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Django Django vai lançar um disco que não é deles, mas tem eles cantando
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Lúcio Ribeiro

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Haha. Ou o papo é gozado mesmo ou não entendi direito. A banda afropop-folktronic escocesa (como falaram uma vez) Django Django, grupo que apareceu no cenário indie em 2012 com o ótimo disco de estreia de mesmo nome, vai soltar mês que vem uma espécie de mixtape com músicas de outros artistas escolhidas por eles.

“Late Night Tales” reúne faixas de Beach Boys, Primal Scream, OutKast e Massive Attack, por exemplo. Ao todo, são 21 músicas. Entre elas tem “Porpoise Song”, clássico do grupo The Monkees dos anos 60, interpretado pelo próprio Django Django. É a única música “deles” no projeto.

Essa versão de “Porpoise Song” será lançada como single em vinil 7″ no Record Store Day, neste sábado, 19 de abril. Os escoceses liberaram a releitura que eles fizeram. E ficou bom.

* Tracklist
1. Leo Kottke – The Tennessee Toad
2. Gulp – Game Love
3. Bob James – Nautilus
4. James Last – Inner City Blues
5. Map Of Africa – Bone
6. Seals & Crofts – Get Closer
7. Philip Glass – Floe
8. The Millennium – To Claudia On Thursday
9. The Beach Boys – Surf’s Up
10. Primal Scream – Carry Me Home
11. Massive Attack – Man Next Door
12. TNGHT – Bugg’n
13. Outkast – Slum Beautiful
14. Timmy Thomas – Why Can’t We Live Together
15. Roy Davis Jnr – Gabriel
16 Harry Nilsson – Coconut
17. Canned Heat – Poor Moon
18. Ramadanman – Bass Drums
19. Rick Miller – Future Directions
20. Django Django – Porpoise Song (Exclusive Monkees Cover Version)
21. Benedict Cumberbatch – Flat Of Angles Part 4

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Arcade Fire elogia São Paulo: “O melhor público para uma banda tocar”
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Lúcio Ribeiro

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* Na verdade, para o Richard Parry, guitarrista e faz-tudo da banda canadense. Em entrevista em Índio, ao vivo, horas antes de seu arrebatador show no Coachella 2014, domingo passado, o membro do Arcade Fire falou à “mundialmente famosa” rádio KROQ, de Los Angeles, sobre o momento e a carreira toda do grupo. O baterista Jeremy Gara estava junto na conversa.

O papo, de 10 minutos, rolou sobre várias coisas: fazer xixi na Espanha, James Murphy, se os integrantes brigam etc. Perto do fim, a garota entrevistadora pede para eles escolherem um instante mágico ao vivo da carreira de 11 anos tocando pelo mundo. Uma experiência única, um “WOW moment”, um “I-can’t-believe-this-is-real thing”.

Os dois do Arcade Fire pensam, pensam e Richard vem com estas frases, reproduzidas aqui em livre tradução: “Estivemos dia destes tocando na América do Sul e nos apresentamos em São Paulo, onde tem o melhor público no Brasil. São Paulo tem o mais ‘musical’ público para qual uma banda pode tocar. Você sabe, tocamos em muitos festivais por aí e a audiência sempre canta junto, berram os refrões e coisa do tipo. Mas em São Paulo todo mundo canta não só refrão mas cada palavra, cada um dos versos de todas as músicas. Eles cantam até os riffs de guitarra (E começa a imitar como se canta riff de guitarra e até bateria). São tipo 30 mil pessoas fazendo isso”. Jeremy ri, concordando.

A entrevistadora fala algo assim, para completar a rasgação de seda a São Paulo: “Eu já bebi, tive conversas com essas pessoas (essa gente de São Paulo, haha) e eles não falam inglês mas entendem cada palavra do que você está dizendo”. Os integrantes do grupo canadense aprovaram o que ela disse.

A entrevista de 10 minutos dos dois Arcade Fire para a KROQ está aqui abaixo. O “momento São Paulo” chega ali no fim, por volta do minuto 8:30. Dá uma ouvida.

Video –

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