Os Melhores do Ano na Popload – “Discos Internacionais”
Lúcio Ribeiro
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* Popload em Miami, Flórida. Este post está começando a ser escrito de dentro de uma Target.
* Chegou a vez da lista de melhores do ano, quesito “Disco Internacional”. Essa aqui deu briga até no QG da Popload, imagina fora. Já vou logo avisando: “Coexist”, segundo do XX, ficou de fora. Pode chiar.
* Disco do ano aqui é o “disco do ano” em vários outros lugares. Pooooonto para o Tame Impala. Kevin Parker e amigos brilharam absurdo com o segundo álbum, “Lonerism”. O mundo precisava de mais psicodelia, acho. E psicodelia australiana, ainda por cima. Esse disco do Tame Impala é papo velho com cara de novo. Não se trata de copiar o que foi feito “lá atrás”. É a onda, que volta. Até as músicas lados-B deles são boas. As faixas que ficaram fora do disco são boas. Os vários remixes eletrônicos para os rockão do Tame Impala são bons. Crianças cantando faixa de “Lonerism” ficaram demais. Os shows deles mostrando as novas canções elevaram a alma. Não teve jeito.
E olha que por teeeempos fiquei achando que o disco de estreia de Lana Del Rey, que teve dois lançamentos no ano, ia levar essa de “melhor de 2012”. Ok, teve algumas músicas pouco descartáveis no álbum. Mas, na média, é sensacional. Primeiro porque Lana é bem polêmica por motivos extra-música e muita gente não gosta de seu som. Isso é sinal de que ela é realmente boa, às vezes. Mas, tal qual o Tame Impala, remete ao passado mas super tem a cara do “hoje”. É um som visual. As letras de Lana del Rey são sensacionais, linha a linha. Bem “encaixadas”, são espertas nas revelações de espírito de uma garota pós-adolescente comum, à procura do amor ideal que quase sempre não está perto, nem existe. Ela mesmo encontra a razão, talvez, quando canta “Você é tipo punk rock e eu cresci no hip hop”. Entende a Lana? Sua voz é foda, cheia de personalidade. Lana é… Bom, chega.
O disco do Father John Misty talvez seja a “novidade” do topo da lista. Mas o novo dândi desajeitado do pós-folk é muito melhor apresentando suas canções ao vivo, incrementando com sua ótima performance e entrega. Mas chega alto na lista porque seu disco realmente é um punhado de música linda, que nem o “esmero” coxa de estúdio estragou. De resto tem o magnânimo Jack White com o disco de duas bandas, o trio indie-indie americano Grizzly Bear, Dirty Projectors e Beach House, com obras-primas lindas, cada uma no seu ritmo e representando ou o Brooklyn (NYC) ou pelo menos um certo lado dos EUA musical.
Para não falar que a gente não deu bola para os ingleses, tem o disco de estreia do Howler. Que é americano, haha (risos contidos). Os caras de Minneapolis são muito “brit” na sonoridade. Sim, tem o Hot Chip inglês para salvar os ingleses e a dance music cool. E, se tem o frescor do Howler, tem o frescor também do Leonard Cohen.
Bom, vamos logo à lista antes que eu troque o Tame Impala de lugar com a Lana Del Rey. Aí sim a galera ia chiar…
**** MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS
1 – “Lonerism” – Tame Impala
2 – “Born to Die” – Lana Del Rey
3 – “Fear Fun” – Father John Misty
4 – “Shields” – Grizzly Bear
5 – “Blunderbuss” – Jack White
6 – “Old Ideas” – Leonard Cohen
7 – “Bloom” – Beach House
8 – “Swing Lo Magellan” – Dirty Projectors
9 – “America Give Up” – Howler
10 – “In Our Heads” – Hot Chip
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