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Black Sabbath psicodélico nas mãos do Darkside e o Ozzy bonitão em 1974
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Lúcio Ribeiro

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A lendária banda Black Sabbath, de recente reunião de sucesso após décadas, é conhecida especialmente por suas canções pesadas, com riffs estridentes se misturando com a voz rasgada e marcante do grande Mr. Ozzy Osbourne. Em meio ao peso absurdo e dark das faixas, o Black Sabbath também tem suas viagens psicodélicas que, por vezes, ficam até meio esquecidas.

Uma destas faixas é “Planet Caravan”, lançada no discão “Paranoid”, em 1970. Total contramão do Black Sabbath “que a gente conhece”, a canção é bem lenta, quebrada, psicodélica do primeiro ao último segundo. Acontece que dia desses o duo de electroindie Darkside, projeto cool que reúne o bombado DJ e produtor Nicolas Jarr e seu parceiro Dave Harrington, resolveu relembrar o som de mais de quatro décadas da veterana banda inglesa em uma session para a BBC Radio 1.

A “Planet Caravan”, já psicodélica em seu estado original, ganhou vocais algo distantes, batidas eletrônicas suaves e soou total moderna. Ouve só.

* E por falar em Ozzy… – abriu ontem em São Paulo uma exposição no MIS – Museu da Imagem e do Som – do fotógrafo Mick Rock, um bamba da fotografia dos anos 70, amigo do Syd Barrett e do David Bowie. Mick é famoso por registrar grandes momentos da cena inglesa toda dos anos 70, além de outros nomes como Iggy Pop, Lou Reed e posteriormente Madonna, quando estes visitavam a cidade londrina, geralmente indo a seu estúdio na capital inglesa. É dele também as imagens que ilustram capas históricas de discos de uma das épocas áureas e mais doidas do rock, como a do “Transformer” do Lou Reed, a do álbum “Queen II” do Queen, Ramones, Joan Jett, o “Raw Power”, do Iggy Pop and the Stooges, sem contar seus trabalhos com vídeos e cinema.

Um dos 24 registros feitos pelo fotógrafo inglês é este do Ozzy, de 1974, com barba rala e cabelo cool.

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* “It’s Rock”, a exposição, é gratuita e fica aberta do meio-dia às 21h.

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Para Lennon, com carinho. Nicolas Jaar paga tributo ao ex-beatle
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Lúcio Ribeiro

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O festejado DJ e produtor chileno-americano Nicolas Jaar, conhecido por seu som experimental e sofisticado, também parte do projeto de blues eletrônico chamado Darkside, resolveu celebrar o aniversário de morte do ex-beatle John Lennon, por mais que o termo soe estranho.

Neste domingo, 8 de dezembro, completaram-se 33 anos de uma das mortes mais chocantes da história da cultura pop. Aí o Nicolas Jaar resolveu traduzir o momento em forma de música, através da mixtape “OUR WORLD”, em homenagem ao gênio inglês.

A viagem experimental com sons e fragmentos aleatórios de filmes a partir de uma orientação de batidas eletrônicas dura mais ou menos uma hora. Dá para baixar gratuitamente, inclusive.

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Harmonizando shows com vinho branco. Popload no Pitchfork Festival Paris
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Lúcio Ribeiro

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* Rolou neste final de semana na capital francesa o bonito Pitchfork Festival Paris. O Disclosure, o Knife e o Blood Orange estavam lá para tocar. A Talita Alves estava lá pela Popload para contar um pouco como foi. Só alegria no crossover hipster Pitchfork e Paris.

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* Pitchfork Festival: 3 dias, 33 atrações e alguns clichês. Por Talita Alves

Nos mesmos moldes da versão americana, o festival por aqui acontece num parque, só que eles reservam uma área coberta e dividem as atrações em dois palcos. Como cenário: o Grande Halle de la Villette, um lugar clássico, que já foi um matadouro e hoje é praticamente uma cidade dentro de Paris. Nos Estados Unidos, o Pitchfork rola durante o verão e faz muito calor. Na versão francesa é outono e o parque fica cheio de francesinhas com chapéus e boys embigodados e hipsters que roubaram o guarda-roupa dos avós.

Parece que o Pitchfork é a caixa de pandora do final do ano, por isso mesmo vem gente de tudo quanto é canto para cá. A média de público fica entre 10-15 mil pessoas. Fica tranquilo transitar de um show para outro, as pessoas são educadas até demais. O soundsystem do evento é impecável, de qualquer canto você consegue ver e ouvir a banda que está tocando. Todo o festival demonstra ter sido pensado para funcionar na França, a começar pelos comes e bebes: cerveja e vinho, quiche lorraine e ostras. Très chic.

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#1 dia – sexta

O grupo/cara americano Blood Orange abriu o festival. O músico-produtor Dev Hynes aproveitou P4k Paris para dividir o palco com a namorada Samantha Urbani (vocalista do Friends) e também para mostrar músicas do seu próximo álbum, que “um dia em breve sai”. Savages veio na sequência. Ao contrário do calor que as meninas passaram no Pitchfork em Chicago, o visual dark delas combinou demais com o friozinho que está fazendo em Paris nestes dias. Ao vivo, constatado, o som delas é muito mais denso que o já bastante denso disco de estreia: consigo ouvir a bateirista e os gritos da Jehnny Beth na minha cabeça até agora, horas depois de a performance delas ter acabado.

Antes da última atração, um dos nomes que eu mais queria ver neste dia: Darkside, projeto electro-humano do badalado DJ e produtor Nicolas Jaar com o guitarrista Dave Harrington. O som da dupla foi um senhor preview para o show do The Knife, que ia fechar a noite. A tão-esperada apresentação do “complicado” duo sueco parece roteiro dos filmes do David Lynch, cheio de loucuras e performances. Mais de dez pessoas fazendo coreografias absurdas no palco enquanto a Karin Andersson e o Olof Dreijer (abaixo) ficaram escondidos todo o tempo.

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#2 dia – sábado

O segundo dia, de dia, foi bem mais sossego: Jagwar Ma, Warpaint, Junip e Ariel Pink. Agora à noite o cenário virou outro. Depois do rapper Danny Brown, tivemos o Disclosure. Em menos de dois anos, os caras apareceram demaaaaaais. Uma das melhores novidades da música neste ano e, exatamente por causa disso, isso teve um peso gigante no Pitchfork. O palco principal do festival pareceu ter diminuído de tamanho quando eles entraram. E o clima electroindie cool do festival sumiu, para evocar um espírito “tenda dance lotada do Coachella”. O Disclosure não está fácil.

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#3 dia domingo

Depois de dois dias seguidos, aparece um cansaço misturado com a ansiedade de ir ao último jornada de festival. O domingo foi um dos mais bacanas da programação e meio que uma despedida desses dias de Pitchfork, então beleza. Não estava nem aí para os meus joelhos. Shows lindos do genial Hot Chip, da loirinha de cabelos pretos Sky Ferreira, Glass Candy, Yo La Tengo e principalmente a dupla canadense Majical Cloudz (abaixo o produtor Matthew Otto. Poupamos você de ver o vocalista intenso e careca Devon Welsh), apresentação dramática e cheia de silêncios perturbadores. Todo mundo ficou quieto para vê-los. Só umas palmas, às vezes. Aqui as pessoas fazem realmente silêncio em show assim. Foi lindo. Ainda mais harmonizando o show com vinho branco oui, oui! Já a babe indie Sky Ferreira nem estava louca em seu show. Só entrou fazendo cosplay de mia wallace com uma peruca preta e uns óculos estilo willy wonka. Ela tocou só musicas do album novo e por incrivel que pareca está bem rock.

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*** A foto que abre o post e a do Majical Cloudz é do site The Line of Best Fit. As outras imagens são arrancadas do Instagram da poploader Talita Alves.

**** Vídeos de galera, tirando o do show todo das Waipaint:

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Darkside sendo incrível e sombrio na Radio One
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Lúcio Ribeiro

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O duo de electroindie Darkside, projeto que reúne o bombado Nicolas Jaar e seu parça Dave Harrington, fez uma parada no sempre bacanudo Residency da BBC Radio One.

Eles foram ao programa para divulgar “Psychic”, novo álbum deles. Não faz muito tempo, a dupla recriou todo o disco “Random Access Memories”, do também duo Daft Punk.

Na Radio One, mandaram a envolvente e sombria “Freak, Go Home”.

* A session completa pode ser ouvida abaixo.


Sai o disco novo do Daft Punk. Feito pelo Nicolas Jaar
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Lúcio Ribeiro

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Bem isso. “Random Access Memories”, o bombado disco novo do Daft Punk, tem sido homenageado com milhares de remixes e versões absurdas que vão do folk ao heavy metal. O próprio duo francês informou que tem planos de gravar uma versão oficial do disco remixado.

Mas, antes dos robôs, o bamba Nicolas Jaar resolveu remixar o álbum do Daft Punk na íntegra. O projeto, com o título de “Daftside”, foi feito por Jaar ao lado de Dave Harrington. Juntos, eles formam o duo Darkside.

Eles cortaram boa parte dos vocais das faixas e recriaram o disco com uma atmosfera mais lounge. Ficou classe.


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