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Coachella: parte 2, dia 3 (o último) – A bagunça do Hives. A nova música do Gotye virou hino, mesmo. O mundo será dominado pelos hologramas: o Tupac visto de perto dá medo
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Indio, Califórnia. Acabou o Coachella total, finais de semana um e dois. Agora só em 2013. Acabou a insolação também. Quero uma temporada de inverno, agora. E acabou a música, com essa história de novo da performance do Tupac Shakur, morto em 1996, mas vivíssimo ontem no Coachella. Eu precisava ter visto isso com meus olhos.

* A cobertura da Popload no Coachella 2012 aparece aqui e no site Vírgula, tudo a mesma coisa, mas tudo bem diferente.

* O Coachella 2012, o último dia do último final de semana de realizações do festival do deserto da Califórnia, que botou 95 mil pessoas por dia circulando seis dias atrás de 140 atrações, acabou de novo em magia.

Os destaques são muitos (menos que nos outros dias, porém), mas vamos focar em dois impressionantes.
Falar do calor, agora, já não precisa mais, né? De novo os termômetros apontando que 40ºC (tava mais fresquinho!!) rachavam o coco no começo do dia, enquanto astros indies como o britânico Metronomy e a americana Santigold faziam shows incríveis ao sol.

Já no final de tarde, a banda indie punk sueca The Hives fez o show mais bagunceiro do festival. Rodas de pogo apareceram de novo no Coachella. À noite, aconteceram ainda os “iluminados” shows do duo eletrônico Justice e da indie-ópera Florence & The Machine (esse não vi).

Mas o Coachella do domingo vai ser lembrado para sempre mesmo por causa de dois momentos.
O primeiro foi numa das tendas, abarrotada e com muita gente para fora, tudo para ver o show da banda do cantor belga-australiano Gotye, que até o ano passado não era ninguém, mas virou gente grande da música hoje por causa da combustão espontânea que causou um vídeo seu no Youtube, aquele dos 175 milhões de views.

E lá estava a multidão (meninas principalmente) para cantar junto o hit de Gotye, “Somebody That I Used to Know”. No final de semana passada, na primeira parte do Coachella, o cantor recebeu no palco a participação de Kimbra, cantora neozelandesa que faz a “parte feminina” do vídeo famoso. Ontem, Kimbra, em turnê própria, não pode vir, mas sem problemas. A tenda inteira (estimo que umas 6 mil pessoas) cantaram a parte de Kimbra para acompanhar Gotye. Impressionou.

No final de tudo, veio o melhor de tudo. Não contando o show do Radiohead, porque Radiohead não conta, o grande espetáculo foi o apoteótico show de rap protagonizado pela dupla de peso pesados Dr. Dre e Snoop Dogg. Tipo muito bom, tipo incrível.

Grandes sucessos recentes do hip hop dos dois, músicas famosas de outros rappers, convidados especiais aos montes (Eminem, 50 Cent, Wiz Khalifa), Snoop Dogg fumando toras de maconha no palco sem parar (e cantando com voz “amarrada” por causa disso) e, claro, o já famoso holograma de Tupac Shakur participando de uma música e dançando com Snoop Dogg.

Foi assustador e ao mesmo tempo inacreditável. Deram vida mesmo ao rapper assassinado em 1996 em uma emboscada treta, no auge de sua carreira (vendeu 75 milhões de discos).

Graças a efeitos de computação gráfica de última geração, Tupac Shakur “apareceu” no palco e nos telões, saudando o Coachella, cantando e interagindo com Snoop Dogg.

Esse show deve escrever uma nova fase na história da música. Dizem que Tupac Shakur vai sair em turnê americana com Dre e Dogg. Abriram o precedente. Já falam que o Michael Jackson em holograma já está sendo preparado, para um desses “shows do além”. Do jeito que vai, Kurt Cobain (morto em 1994) e seu Nirvana serão a atração principal do Coachella em 2013. Alguém duvida daquele fantasmagórico line-up do Coachella 2013 que apareceu na internet nesta semana?

Eu não duvido.

Alguns vídeos do domingo. No final, o “olhar fashion” dos espectadores.


Tupac Shakur ressuscitado no Coachella. Confira a íntegra do show de Dr. Dre & Snoop Dogg
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Lúcio Ribeiro

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Noel Gallagher concedeu uma entrevista interessante para a revista Rolling Stone no backstage do Coachella, festival no qual o seu finado Oasis foi atração principal em 2002. O irmão do Liam foi bem claro ao comentar a ascensão meteórica do festival da Califórnia: “quando tocamos aqui, dez anos atrás, era apenas um palco no meio de um campo de pólo. As pessoas nem imaginavam que existiam festivais na América”.

Dez anos mais tarde, quando as pessoas imaginam que o Coachella não possui mais cartas na manga para surpreender, aparece a dobradinha Dr. Dre & Snopp Dogg, dois pesos pesadíssimos da história musical daquele país, para um show que contaria com convidados especiais que não estiveram necessariamente presentes.

50 Cent, Wiz Khalifa e Eminem apareceram. Mas foi o finado Tupac Shakur a principal atração do domingo no Coachella. Assassinado em 1996 em um crime rodeado de mistérios, Tupac tem sido o nome mais comentado hoje. Através de uma avançada técnica holográfica, Tupac estava vivinho no palco do festival em Indio, interagindo com a galera e com seus parceiros Dre e Dogg. Do além, ele cantou “2 of Americaz Most Wanted” e “Hail Mary”.

Momento histórico na história do Coachella, que pode ser conferido na íntegra abaixo.


Dr. Dre & Snoop Dogg (Live at Coachella, 2012)… por coachellasets


Dr. Dre & Snoop Dogg (Live at Coachella, 2012)… por coachellasets

* O Tyler the Creator falou que está com medo e dormindo só com a luz acesa. Haha.


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