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Primavera Sound, Barcelona. Dia 1
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Lúcio Ribeiro

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A Popload está de olho no Primavera Sound, um dos principais festivais do verão europeu, que nos últimos anos se tornou “evento imperdível” no calendário de quem respira música boa.

O festival, que acontece na cidade de Barcelona, começou para valer ontem. A fila de shows incríveis foi puxada por nomes como Franz Ferdinand, Wilco, A$AP Rocky e The xx, além das voltas do Afghan Whigs e do Refused (estes dois últimos tiveram seus shows transmitidos via internet).

O Primavera Sound 2012 possui 8 palcos e uma média de 50 shows por dia. Pelo que deu para perceber aqui e ali, o “sonic youth” Lee Ranaldo fez apresentação coesa, mais pesada e menos viajada. Ele trabalha a turnê de seu recente álbum solo – “Between the times and the tides” – lançado no começo do ano.

O indie-gigante Wilco, uma das atrações mais esperadas do festival, foi o primeiro grande nome da transmissão online. Acompanhei pouco, mas deu para ver que a pegada da banda continua a mesma e que o dândi Nels Cline continua incrível com sua guitarra em mãos. O Wilco desfilou hit atrás de hit. Já passou da hora do Brasil ver este show.

O som pesado do Refused foi bom, também. O vocalista Dennis Lyxzén anda com o gás em dia. No mesmo momento, o The xx mostrava seu som soturno em outro palco. Contraste legal, se você não se importasse e levasse a sério a ideia de perder um dos dois.

Após (mais uma) passagem histórica pelo Brasil, o Franz Ferdinand iniciou sua série de apresentações em festivais europeus em Barcelona, também. A exemplo do show de São Paulo, a turma do Alex Kapranos mesclou seus hinos indies com canções que estarão em seu próximo álbum, entre elas “Right Thoughts e “Brief Encounters”. Mas “This Fire” e “Take Me Out” estavam lá. Não tem como não ser bom.

A noitada só acabou com o Spiritualized, com seu show que varou a madrugada. O grupo de Jason Pierce também mesclou seu set com coisas novas – como “Hey Jane”, dona de um melhores vídeos do ano até agora – e clássicas da carreira, especialmente do épico 90’s “Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space”. Experiência ótima para uma madrugada de verão em Barcelona.

Alguns amigos da Popload estão acompanhando in loco o festival espanhol. Abaixo algumas impressões deles, com fotos do Mac Costa.

Lee Ranaldo

 

Wilco

 

Afhgan Whigs

 

Spiritualized

 

Franz Ferdinand

 
*****

@rlevino (Folha de S. Paulo)
– 12 anos desde a primeira vez que ouvi Afghan Whigs. 12 anos de espera. Greg Dulli, hoje, fez valer cada dia.
– Wilco: lindo. Uma lágrima por ‘Impossible Germany’.
– Spiritualized: impressionante. Jason Pierce não é frontman, é sacerdote.

@diegomaia (MSN)
– O vocalista do Iceage deve ter metade da minha idade e mais álcool no sangue do que todas as cervejas que já consumi na vida
– (E The xx tá ~isso aqui~ de virar o Depeche Mode)
– Soul on Fire, Ladies & Gentlemen, Mary e Come Together em sequência. Eu na grade. Spiritualized me fez virar gelatina.
– Setlist mala, hein, @wilco?

*****

* Pela Popload, hoje você pode acompanhar em vídeo alguns dos shows imperdíveis do festival. Tem o clássico The Cure, os ótimos Wavves e Drums, e um dos melhores shows da Terra hoje: The Rapture.

* Confira a agenda de transmissões, com horário de Brasília:
13:00 Bigott
13:50 The Chameleons
14:50 Rufus Wainwright and his Band
16:00 Afrocubism
17:10 The Cure
18:15 Wavves
19:50 The Drums
21:00 The Rapture

* With a little help from my friends:
Rodrigo Levino e Rodrigo Salem – (Folha de SP)
Marcelo Costa – (Scream & Yell)
Diego Maia – (MSN)
Paulo Terron – (Rolling Stone)


Você foi ao parque? As fotos da “bombástica” balada do Franz Ferdinand no domingo
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos ficar devendo fotos de bombas.

“C’mon let’s get hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiigh”. Franz Ferdinand no Parque da Independência, domingo

Ainda o parque. Ainda o domingo. Abaixo as fotos do Festival da Cultura Inglesa, que aconteceu na tarde/noite de anteontem no Parque da Independência, no Ipiranga, São Paulo. Todas as imagens são de Fabricio Vianna, fotógrafo oficial da Popload.

O Franz Ferdinand foi a atração principal do evento e trouxe algumas poucas músicas novas e seu caminhão de hits a SP

Pouca gente, tudo tranquilo domingo para ver a banda escocesa… Ops

We Half Band. A banda inglesa We Have Band iniciou a “parte gringa” do Festival da CI

A outra “half” do We Have Band. O pequeno hit “Oh!” fez a galera dançar no final de tarde

Foto de galera. A bela…

…E a fera

Momento Faris. Show da banda The Horrors foi lindão

Tarde brazuca ensolarada não fez o Faris tirar a jaqueta de couro e alterar o visual. Mas ele não estava todo de preto, porém

Faris Badwan e sua banda de horrorosos tocam domingo em Sorocaba. Vamos?

Moçada esperando o Franz desde as primeiras horas da tarde. Parece que teve gente que acampou lá no sábado. O indie endoidou?

Alex Kapranos comandando show único do Franz Ferdinand na América Latina: “We love Brazil more and more”

O guitarrista Nick McCarthy foi visto numa festa de cumbia no Centro, depois do show do FF no Ipiranga

O baterista Paul Thomson, inclusive, foi estrela dessa balada em que o Nick estava, pós-show

Mais galera: à direita, um espião de bandas americanas no festival da Cultura Inglesa

O fã-clube feminino do Kapranos

“But last night was wild…”. Kapranos incorporou domingo versos de “Ulysses”

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Bomb this city. Franz Ferdinand causa tumulto e emoção em SP
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Lúcio Ribeiro

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* Franz cheio de hits, parque cheio de filas, bandas bombando, PM bombando a galera com pimenta. Teve muito agito ontem o delicioso festival da Cultura Inglesa, delicioso “domingo no parque” para as cerca de 20 mil pessoas que conseguiram entrar no Parque da Independência ontem, em SP, para ver Franz Ferdinand, The Horrors, We Have Band, Garotas Suecas fazendo Stones, Banda Uó DESFAZENDO Smiths. Cerca de 8 mil pessoas não puderam entrar no parque, devido à lotação. Filas quilométricas se formaram ao redor do Independência por causa da rigorosa (portanto morosa) revista policial desde umas 15h. Horrors fazendo um lindo e viajante show de um gênero próprio de indie-trip, haha. We Have band promovendo uma apresentação dançante que ia de um Ting Tings com mais peso ao dance-punk americano do começo de 2000. E o Franz Ferdinand despejando seus clássicos na versão “parque”, menos ligeiros, mais suingados, com algumas músicas novas. Definitivamente não foi um domingo qualquer.

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São Paulo Party People. Hoje tem balada de agora até 0h. Estrelando Franz Ferdinand e The Horrors
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Lúcio Ribeiro

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Franz Ferdinand, atração de hoje, passando o som ontem no palco do Ipiranga

* Hoje não vai ser fácil. Dentro de instantes o principal nome indie brasileiro hoje, a “improvável” Banda Uó, entra em cena neste palco acima, num parque, de graça, para fazer “interpretações” do seminal grupo inglês você-sabe-quem The Smiths. Morrissey ia pegar um avião para ver, se soubesse da dimensão da coisa.

A Banda Uó é só o começo de uma programação forte que vai fazer um “domingão no parque”, o da Independência, no Ipiranga, jornada de bandas, sol e árvores promovida pelo Festival da Cultura Inglesa, que terá como ápice o esperadíssimo show único do Franz Ferdinand na América Latina, um dos raros do mundo nesta altura pré-disco novo da banda escocesa, às 18h30. A maravilhosa viagem dark espacial do grupo inglês The Horrors entra antes, às 17h. Antes ainda, o ótimo We Have Band, imagine só a parte indie do Hot Chip, assume o palcão ainda, espera-se, com o sol ardeeeendo. Programão.

A Popload faz parte da curadoria do festival, junto com o “bro” Alexandre Matias, do Sujos. Não precisa agradecer.

Já à noite, ouvi dizer, vai rolar uma “balada secreta”, perto de uma balada não-secreta, esta divulgável, que se chama Selvagem, que vai estar acontecendo no Paribar (pça Dom José Gaspar, centro), terá discotecagem de cúmbia do DJ Twitch (do duo escocês bagunceiro Optimo), do fera Andy Blake, também do UK, e “sabe se lá” de quem mais. O chapa Trepanado comanda.

E la nave dominical paulistana va.

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Última chamada: Wild Beasts, hoje, no Beco
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Lúcio Ribeiro

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Existe amor em São Paulo, mas não está fácil viver (a noite) dessa cidade. A semana de shows imperdíveis, que começou com a apresentação intensa do Band of Horses, continua hoje no Beco SP com mais uma edição do Popload Gig.

Os ingleses do Wild Beasts trazem ao país seu dream-pop de luxo para apresentar canções do ótimo “Smother”, álbum mais recente deles, lançado ano passado.

Não bastasse a atração gringa imperdível, a noite também contará com o show da banda paulistana Some Community (22h) e discotecagem indie-disco linda do DJ Fiervo fechando a noite. O Wild Beasts sobe ao palco do Beco às 23h.

Ainda restam ingressos para a noitada. Eles estão á venda no site da TicketJam. Os preços variam entre R$ 60 (meia) a R$ 120 (inteira).

Adoro essa session que eles gravaram ano passado para um canal de TV da França. Nela, eles apresentam em versão acústica as boas “Reach A Bit Further”, “Bed Of Nails” e “Deeper”, faixas do álbum “Smother”, que provavelmente estarão no setlist (elétrico) de logo mais.

* O Popload Gig é um bom aperitivo para o final de semana da capital, quando acontecerá mais uma edição do festival da Cultura Inglesa. Entre as inúmeras atrações voltadas para a cultura pop, estão na programação shows das bandas Franz Ferdinand, The Horrors e We Have Band.

Vamos?


Banda Uó, ontem em São Paulo
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Lúcio Ribeiro

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* Foi sábado, mas tecnicamente era domingo.
No clube Beco 203 (r. Augusta) lotadão, a escrachada banda de electrobrega fez show fervido em São Paulo. Galerinha empolgada, cantando tudo etc. Teve música nova, que estará no primeiro disco do trio, a ser lançado em breve. Mas teve “a clássica” “O Gosto Amargo do Perfume”, canção construída em cima de hit do grupo inglês Two Door Cinema Club. Coisa fina.

* No final de maio, a Banda Uó encarna os Smiths (!?) e se junta ao Franz Ferdinand e The Horrors, entre outros, para brilhar no Festival da Cultura Inglesa, em São Paulo.

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Franz Ferdinand, NME e tUnE-yArDs no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Para o caso de você ter estado atrapalhado com o Lollapalooza nos últimos dias, a gente andou soltando umas histórias por aqui que consistem no seguinte:

1. O adorado grupo escocés FRANZ FERDINAND, há um tempinho longe do palco, prepara uma triunfal volta à cena pop mundial com um show DE GRAÇA em São Paulo, no parque da Independência, Ipiranga, dentro do FESTIVAL DA CULTURA INGLESA. O FF toca no evento com os espertos grupos The Horrors (êêê) e We Have Band. O Franz sai de SP direto para os festivais europeus, com show novo que terá músicas do próximo disco, a sair ainda este ano. A banda não aceitou tocar no Rio, Chile, Argentina porque quer fazer “one-off” no Brasil para se prepararem para a carga européia. Devem atá ensaiar em estúdio, aqui em São Paulo.

2. A ideia está cada vez mais forte. Deve rolar ainda este ano a versão brasileira do site da “NEW MUSICAL EXPRESS“, a bíblia indie britânica. Em português, mesmo. Com produção de notícias e coberturas locais. O que dá espaço para a chegada ao Brasil das “NME Tours”, é o planejado, com esporádicos shows gringos de bandas indies. Vamos acompanhar o andamento do NME.com.br.

3. A banda TUNE-YARDS, projeto lo-fi pop da americana Merrill Garbus, toca em festa FECHADA em São Paulo, no Cine Joia, no dia 2 de maio.


Gonna burn this city. Festival confirma Franz Ferdinand confirmado para maio. De graça
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Lúcio Ribeiro

* Não era o Foster the Feople, nem o Foo Fighters, nem o Fiery Furnaces, o Friendly Fires e o Fleet Foxes. A banda que o Festival Feliz da Cultura Inglesa vai realizar no dia 27 de maio em São Paulo Faltava Falar, foi divulgado hoje e o manager deles (o mesmo do MGMT) andou soltando nos bastidores das festas do Lollapalooza, é o adorado grupo escocês FRANZ FERDINAND.

A banda de Alex Kapranos é o principal nome da 16ª edição do Cultura Inglesa Festival, que ainda trará os grupos The Horrors e We Have Band para tocarem de graça no Parque da Independência, no Ipiranga.A Banda Uó e o Garotas Suecas também estão na escalação, incorporando grupos clássicos do rock inglês. A UÓ fará os Smiths, os Suecas tocarão Stones.

Para vir a São Paulo, em show único na América Latina neste ano, o Franz Ferdinand deu uma pausa nas gravações do disco novo, o quarto. Músicas novas indie-dançantes serão testadas em cobaias brasileiras.

Muito mais detalhes do Cultura Inglesa Festival, cheio de movimentações em clubes, cinema, teatro, serão divulgadas em breve. O festival tem a curadoria da Popload e do Trabalho Sujo, blogs pilotados, respectivamente, por este escriba rocker virtual e pelo bróder Alexandre Matias. O evento se espalhará também pelo interior paulista. O We Have Band e Banda Uó se apresentam juntas dia 02/06 em Campinas e 03/06 em Santos. Já a dobradinha The Horrors e Garotas Suecas acontecerá dia 02/06 em São José dos Campos e, no dia seguinte, em Sorocaba.

* Vem, Kapranos!

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Popload UK Tour. Entrevista com o Howler sobre garotas brasileiras, essa coisa de “novos Strokes” e sobre ficar pelado em São Paulo
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Lúcio Ribeiro

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* Popload de volta a Londres, mas ainda se livrando do material acumulado em Glasgow.

* Este texto abaixo saiu em versão reduzida na capa de hoje do caderno Ilustrada, da “Folha de S.Paulo”. Aqui no blog está “bigger, longer and uncut”. Entrevista com o vocalista Jordan Gatesmith e o baixista France Camp, da incrível banda nova Howler, que chega ao Brasil em poucos dias para shows em São Paulo e Porto Alegre. A conversa aconteceu poucas horas antes de a banda subir ao palco do King Tut’s, em Glasgow, Escócia, no sábado passado.

Maldição para a nova safra de bandas de rock desde 2001, mas também um belo impulso para atrair a atenção da cena, o rótulo de os “Novos Strokes” está grudado no pequeno grupo americano Howler, uma das mais incensadas formações da música jovem atual.
Não do Brooklyn (NYC) nem de Los Angeles, mas sim egressos de Minneapolis para o mundo, o Howler é um quinteto de garagem que lançou seu primeiro álbum agora no fim de janeiro, “America Give Up” (no Brasil em março), e que se encontra no meio de uma longa turnê de shows cheios por Europa, Japão e EUA.
E, graças aos já fãs brasileiros da banda, o Howler se apresenta em São Paulo e Porto Alegre agora em fevereiro, respectivamente dias 24 e 25, ambos os shows no Beco 203 das duas cidades.
Os “Novos Strokes” da vez, pecha que já serviu a Franz Ferdinand, Libertines, Arctic Monkeys e Vaccines, entre alguns outros, tocam no Brasil graças a uma ação dessas de “crowdfunding” (o público financia o show) armado pela produtora PlayBook.

A Folha cruzou com o Howler em turnê pelo Reino Unido e conversou com o vocalista Jordan Gatesmith e o baixista France Camp, ambos 20 anos de idade em uma banda formada há pouco mais de um ano.
“Para nós é um elogio ser comparados com os Strokes. Gostamos da banda e isso não nos incomoda, embora eu não veja tanto assim, tirando que somos rapazes tocando músicas baseadas em guitarras”, disse Gatesmith, absorvendo bem a comparação ao grupo de Julian Casablancas, “responsabilizado” por devolver uma certa graça ao rock no começo da década passada, graças a um punhado de ótimas canções e uma atitude tão explosiva na música quanto blasé na atitude.
“Já falaram que parecemos os Ramones, o Jesus & Mary Chain. Ficamos lisonjeados, todas bandas ótimas, eu amo os Ramones, mas estamos longe ainda de ser herdeiros de qualquer um desses”, desconversou o líder do grupo de Minneapolis.

Falando em Ramones, disse a Gatesmith achar que a voz dele lembra mais Joey Ramone, às vezes, que propriamente a do Julian Casablancas, se é para continuar na onda das semelhanças e comparações que sempre aparecem quando uma banda nova aparece com destaque.
“Algumas pessoas dizem mesmo isso. Para mim é demais. Outra coisa que só me serve de elogio, mesmo não concordando tanto, mas respeito porque você não é o primeiro que me diz isso.”

Como é Minneapolis para o rock?
“Não é ruim”, disse o vocalista. “Embora não seja o melhor lugar do mundo para uma banda começar, tem uma cena underground muito intensa acontecendo lá. Precisa ‘cavar’ Minneapolis para descobrir isso”, falou Gatesmith
“Não concordo muito”, retrucou Camp. Acho sim que tem muitas bandas, mas a maioria é freak. Apenas algumas ali importam mesmo e poderiam sair dos subterrâneos de Minneapolis para serem ouvidas em outros lugares.”

Ainda sobre Minneapolis.
“Nem acho que ainda dá para dizer que moramos lá. Já não somos mais de Minneapolis faz tempo. A gente agora, com os shows, não somos de lugar nenhum. Ou somos de todos os lugares. Moramos em hotéis Travelodge”, resumiu Camp.

O que garotos de banda de Minneapolis, com média de 20 anos de idade, escutam hoje em dia, perguntei. “O que a gente escuta no rock? Não sou muito parâmetro para isso, porque não escuto essas bandas dos anos 2000 que meus amigos de mesma idade escutam”, contou Gatesmith. “Me interesso mais por coisas bem lá de trás, tipo anos 50 e 60, Elvis e Buddy Holly. E um pouco de punk dos anos 70.”

Nem bem lançou o primeiro disco e o Howler já estava fechado para duas apresentações no Brasil. Mas, sobre o país, o vocalista Gatesmith tem a dizer que não tem nada a dizer. “Estamos muito animados por tocar no Brasil. Para nós, que mais ou menos vivemos a mesma rotina faz tempo, se apresentar em lugares tipo lá ainda dá uma energia extra para a banda. Não vou falar para você que amamos o país e que conhecemos música brasileira porque não é verdade. Não tenho idéia do que esperar do Brasil”, falou Gatesmith. “Mas, é sério, queremos aprender TUDO de Brasil nos cinco dias que vamos passar lá.”

“Tem uma coisa engraçada em relação ao Brasil”, disse Camp. “Teve um show em Nova York cheio de garotas brasileiras bem animadas”, falou. Cheio quanto, perguntei. “Um monte, o suficiente para falarmos no camarim, entre a gente: ‘Por qual motivo tinha tantas meninas brasileiras na platéia hoje?’ “, explicou o baixista.
“Garotas fucking lindas”, completou Gatesmith. “Ficaram dizendo que tínhamos que ir ao Brasil. Ok, nós vamos”, riu.

“Está calor lá agora?”, perguntou Gatesmith.
“Posso levar meu short?”, emendou Camp. “Posso ficar pelado lá, tipo o baixista do Queens of the Stone Age?”

* OS “NOVOS-STROKES” DESDE OS STROKES: uma listinha de bandas que carregaram, pós-2001, o rótulo de seguidores do grupo de Nova York na honrosa e às vezes inglória missão de “salvar o rock”.

– The Vines: chegaram à cena meses depois dos Strokes, foram logo capa da “Rolling Stone” americana (são australianos) na linha “Rock is back” e racharam a crítica já no primeiro disco. No segundo, no entanto, alcançaram a unanimidade: a banda já tinha perdido o gás.
– The Killers: se os Strokes bebiam da fonte local, nova-iorquina, o Killers trazia a new wave inglesa para o deserto de Las Vegas. Já no primeiro disco ficaram maiores que os Strokes, embora isso não reflita necessariamente em qualidade maior. Hoje estão no calcanhar do Coldplay, tocam na Jovem Pan e se levam a sério (demais).
– Interpol: conterrâneos e contemporâneos, foram a imediata “next-big-thing” da grande maçã, com menos curtição e mais reflexão. O apelo das roupas pretas não sobreviveu a dois verões, contudo.
– Libertines: decidiram levar a banda a sério depois de ver um show dos strokes. Foi a “resposta inglesa” à banda de NYC.
– Franz Ferdinand: surgiram na Escócia na bagunça causada pelos Strokes no novo rock e logo viraram “darling” da cena. Se vestiam melhor e dançavam mais ao vivo, porém.
– Arctic Monkeys: não sabiam tocar nada quando montaram a banda. Nos primeiros ensaios, Alex Turner disse que ficavam “treinando” fazendo cover de strokes. Hoje são a principal banda indie do planeta.
– Tame Impala: australianos, compartilham a saudade dos anos 60, mas indo mais para o Hendrix e o Cream do que para o wild side do Lou Reed. Têm o som mais encorpado e mais hippie. Mais viagem, menos garagem. Ou seja, nada a ver com os Strokes.
– Vaccines: ingleses, são os últimos “novos Strokes” antes do Howler. Até gravaram uma música com um dos Strokes. Tocam em São Paulo em abril.

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Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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>>ENTÃO É NATAL…
– Thom Yorke, Lady Gaga, Justin Bieber, Kanye West e M.I.A cantam com o Michael Bublé no Natal do “Saturday Night Live”. É sério.
– O “Feliz Natal” da Popload Inc. (Popload, Popload Gig, Cine Joia, Beltrano Musical) aos queridos leitores.
– Canções natalinas do Subburbia (nossa banda indie fav…) e do Kills. Por quem os sinos indies dobram?
– O indie em 10x sem juros no Natal das Casas Bahia. E baixe o app Meu Bahianinho.

>>O MELHOR DE 2011…
– A música do ano, o show do ano, o disco do ano, a banda do ano, segundo a Popload.
– O Melhor de 1991 em 2011, pela “Spin”.

>>Vem, TWENTY-TWELVE!
– 2012: Mogway no Sonar Brasil. The Naked and Famous e Atari Teenage Riot em SP
– Indie ao mar, indie ao mar. Em março, o CRUZEIRO INDIE BRASILEIRO. Banda francesa de bonecas punks Plastiscines está confirmada.
– O Feliz 2012 da Popload Inc. O mesmo do “Feliz Natal” lá em cima, mas agora para enxergar o post com os “olhos de 2012”. 🙂

>>MOMENTO LANA DEL REY
– Nem chegamos em 2012. Outra música oficial dela. E, atenção, Lana Del Rey dubstep!!

>>E MAIS:
Franz Soundsystem.
– O DJ é o novo Zumbi!
– Arctic Monkeys fazendo a macarena em Sheffield.

>>SÓ NA POPLOAD
– Popload Session apresenta… CÂMERA, de BH!
O Melhor do Twitter, edição “Kim Kong Jong, o Mito”

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