Blog POPLOAD

Arquivo : gorky

Harmony Fats. Dupla Fatnotronic remixa grupo de mulheres dos anos 70
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

170114_fatnotronic

* Algo conhecidos quando atuam juntos discotecando, bastante conhecidos em suas ooooutras bandas, a dupla de DJs e agora produtores Fatnotronic, Gorky (Bonde do Rolê) e Phillip A. (Killer on the Dancefloor), soltou nesta semana a primeira faixa de produção própria que promete agitar o mundo indie brazuca.

O duo retrabalhou “Margarida”, versão famosa das Harmony Cats, um grupo formado só por meninas de São Paulo e que ganhou certa fama nos anos 70. A original surgiu na Itália com o produtor e compositor local Pino Massara e virou hit do verão europeu no início dos anos 80 com o título “Margherita (Love In The Sun)”.

O Fatnotronic chega com a promessa de ser um duo que não se prende a rótulos, passeando por todos os estilos e vertentes possíveis, de trap a deep house, do rock ao hip hop. O nome dado ao projeto foi ideia do Iggor Cavalera (pensa) e eles são apadrinhados “só” pelos 2ManyDjs. Ou seja: vem coisa séria por aí.

A dupla atualmente está em estúdio preparando seu primeiro EP e já mandou avisar que conta com alguns convidados inusitados. Oba!

170114_fatnotronic2

>>


Bonde do Rolê Day – A entrevista
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

No mês passado, enquanto ouvia o álbum “Tropical/Bacanal” de cabo a rabo, conversei com Rodrigo Gorky e Pedro D’Eyrot nos escritórios da Popload. Rá.
Em nova reprodução de texto publicado na Folha de S.Paulo de hoje, segue o que foi conversado.

** “A intenção era soar como trilha dos filmes do Adam Sandler”

Segundo Gorky e Pedro, os dois rapazes do Bonde do Rolê, orquestradores da mistureba sonora toda da banda, o novo disco “Tropical/Bacanal”, até ser finalizado havia poucos meses, estava sendo feito e refeito desde 2009.
“Esse álbum foi pensado primeiro para ser uma continuação de ‘Tieta’ [música do disco anterior, ‘With Lasers’, alopração funk em cima do clássico da lambada, de Luiz Caldas]”, diz Pedro, MC do grupo, em entrevista.
“Uma outra pegada que a gente queria para o disco era criar uma espécie de western rockabilly tropical, na verdade um rockabilly aplicado ao baile funk. Algumas músicas do disco novo têm isso.”

Gorky, DJ do Bonde, revela que, na busca de não repetir a fórmula do começo da banda, eles pensaram num caminho mais eletrônico. Mas isso soaria datado.
“Todas as bandas que surgiram com a gente lá em 2006/2007 meio que andaram neste caminho, e não fizeram mais nada de relevância. Algumas até sumiram, não lançam mais disco. Então pensamos: vamos fazer algo que ninguém esteja fazendo. Ou isso vai dar muito errado… Ou até pode dar certo”, lembra.
“Na verdade, eu queria que o disco fosse alegre. Soasse como uma trilha sonora para os filmes do Adam Sandler”, resumiu Gorky.

“O primeiro disco, quando a gente lançou, tinha todo um hype por trás. Quando lançamos ele, fiquei uns três dias embaixo das cobertas de medo do que ia acontecer. Este segundo disco não tem nada, ninguém está esperando nada”, conta Pedro.
“O ‘With Lasers’ era novidade, a gente queria zoar. Agora, com este segundo disco, queremos mostrar nosso talento”, completa Gorky, rindo.

>>


Bonde do Rolê Day – O segundo rolê do Bonde
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Fez-se o dia. Hoje finalmente sai, nos EUA, com previsão de lançamento no Brasil e Europa para ja já, o encantado segundo álbum da banda Bonde do Rolê, uma das formações musicais mais bizarras e de alcance mais longínquo do Brasil dos últimos dez anos. O que antes era uma zoeira de três amigos curitibanos virou hoje em dia, entre tapas, beijos, embaços e desenlaces, um dos mais ricos exemplos de nova música do indie nacional seja na informação passada, no movimento engajado, nas relações perigosas assumidas, na conexão com diferentes raças e credos da atualidade e do passado. Isso tudo, e mais um pouco, é “Tropical/Bacanal”, o disco.

Escrevi sobre o lançamento do álbum hoje, na Folha de S.Paulo, capa da Ilustrada. Abaixo, sem os cortes de edição, reproduzo o escrito no jornal. Me acompanha no rolê.

“Sai hoje nos EUA o disco mais importante da música independente brasileira recente, da banda de curitibanos que um dia fez certa fama mundial com funk carioca, ganhou um elemento mineiro, tem colaboradores jamaicanos e australianos no álbum e resgata à cena atual um baiano ícone da velha MPB.
Muito além do funk, com uma energia sonora absurda e cheio de referenciais e significâncias (já falo mais sobre isso), finalmente é lançado “Tropical/Bacanal”, o segundo álbum do trio bagunceiro Bonde do Rolê, grupo que melhor internacionalizou a, desculpe, putaria do batidão das favelas cariocas misturado ao rock, com bombásticos shows em festivais americanos e clubes da Inglaterra e Rússia.

À globalização sonora, de formação e de trajetória da nova fase da banda alia-se à de venda do disco. “Tropical/Bacanal”, que sucede o polêmico “With Lasers” (2007), será editado pelo selo americano Mad Decent, com comercialização em lojas e no iTunes de lá. A partir daí o disco ganha distribuição no Brasil, no mercado europeu e na literal world wide web. Aqui, “Tropical/Bacanal” chega às lojas em agosto, via Deckdisc.

Depois do sai-não-sai da gravadora, de duas sacudidas na formação original e adicionando rockablilly, folk, hip hop, ragga e axé ao seu batidão funk e às suas letras sacanas, várias delas agora cantadas também em inglês, o Bonde do Rolê juntou um time de colaboradores plural na confecção do CD: da cantora jamaicana Ce’Cile ao art punk australiano The Death Seth. O mais inusitado de todos? O cantor Caetano Veloso.
Caetano canta “Baby Doll de Nylon”, versão do Bonde para uma música de disco dos anos 80 do guitarrista Robertinho do Recife, da qual o compositor baiano fez a letra. Segundo os rapazes do Bonde, Caetano disse nunca ter cantado em estúdio a música que escreveu, que em “Tropical/Bacanal”, atualizada, virou “Baby Don’t Deny It”.

“Adorava essa música do Robertinho e queria fazer algo parecido. Descobrimos que a letra era do Caetano e pensamos que seria incrível se ele participasse da gravação. Tentamos um tempão nos aproximar dele, por email, conseguimos o número dele, pedimos a amigos em comuns e nada. Contamos esse desejo para o Diplo [produtor americano, dono da gravadora do Bonde], que em um telefonema armou jantar com o Caetano. No outro dia, ele estava gravando com a gente”, contaram em entrevista e intercalando histórias Rodrigo Gorky e Pedro D’Eyrot, na ordem DJ e cantor do Bonde do Rolê.

O veterano cantor brasileiro escancara um lado tropical que evidencia o novo rolê do Bonde do Rolê. O grupo está envolvido numa associação musical e de idéias que leva exatamente o nome de Avalanche Tropical, mais ou menos uma certa parte da nova geração de bandas e DJs do indie nacional se divertindo em remexer o passado da música brasileira e impregná-la com batidas atuais e sonoridades variadas, que vai de cumbia a calipso. É o brega que viira cool, o velho que vira novo.

O Bonde do Rolê, hoje, é completado pela cantora Laura Taylor, importada de Minas Gerais. “Tropical/Bacanal” tem, entre outros, produção do americano Diplo, espécie de midas atual da cena dance híbrida.
O disco começou a sair da toca em maio, quando o Bonde lançou o video do single “Kilo”, algo como um faroeste do Agreste. No Youtube tem esse e o mais novo, “Brazilian Boys”, gravado pelo trio no Piscinão de Ramos, no Rio, revelado agora em julho.

A Popload libera com exclusividade, para download, o próximo single do Bonde, “Bang”, música com participação do rapper Kool A.D., do grupo Das Racist. A canção é uma das faixas de “Tropical/Bacanal”. Vem nesse rolê.”

***
As fotos tarantinescas deste post são de Gleeson Paulino/Divulgação.

>>


Vem, neném! O novo vídeo do Bonde do Rolê
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* “Brazilian Boys” é o novo rolê em vídeo do Bonde, mais uma das músicas do aguardado segundo disco do festeiro trio curitibano/mineiro de funk carioca “internacional” que vive em São Paulo. O álbum cheio, “Tropical Bacanal”, lançamento gringo do selo Mad Decent (do Diplo), também produzido pelo californiano Poolside, sai dia 31. “Brazilian Boys”, gravado com os “boys” no Piscinão de Ramos e com música cantada por Laura Taylor (foto) e com participação de da cantora jamaicana de dancehall Ce’Cile, segundo o site americano Stereogum, que fez a premiére do vídeo, seria um bom material de divulgação oficial a Copa de 2014 e a Olimpíada do Rio 2016″. Difícil não concordar.

>>


EXPLOSÃO TROPICALIENTE: requebra, 2011! rebola, 2012!
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* VAI VOAR BANANA PRA TODO LADO.

* 2011 anda tão confuso (musicalmente) que já estou quase desistindo de acompanhar. O Rap é o novo Rock, o Dubstep é o novo Punk, o Sambinha é a nova MPB e agora o techno-brega (misturado com axé e afro-beat e qualquer outra batucada dançante) é a nova… Tropicália?

* Desde que o Holger entrou na onda da lambada, o indie-rock brasileiro não foi o mesmo. “Sunga”, o último disco do grupo, está mais para Luís Caldas que Pavement, influência do primeiro trabalho do grupo. A festa Explode, do bar NEU e comandada pelo DJ Dago, virou o lugar das celebrações afro-qualquer-coisa. Vale de techno-brega de Goiânia, a funk curitibano e axé paulista, basta ser dançante. E alegre, com cara de verão. Aliás, faz parte da brincadeira fazer uma contagem regressiva musical para que o verão chegue logo, o 54321paraoverão. Nessa, surge o “Avalanche Tropical”, grupo que une os DJs Dago e Andre Paste, a Banda UÓ, o Bonde do Rolê, o Drunk Disco e claro, o próprio Holger.

* Acima, a Avalanche dominando o Rio de Janeiro com o Diplo-himself, ontem, misturando toda a bagunça axé-afro-batucada com funk carioca e o que mais der certo. A festa já roda o Brasil há um tempo e o ano acaba com a escalação do Dago para tocar no Sónar Br, olha só. Já o Drunk Disco abre para Rapture e BreakBot no Popload Gig 10, em janeiro.

* A semana tropicaliente foi agitada. No twitter, integrantes da banda UÓ postaram fotos com o Luís Caldas (parceria para o projeto Compacto Petrobras, com produção do Bonde), enquanto os integrantes do Bonde do Rolê almoçaram na casa do Caetano (com Diplo a tiracolo):

* Desses encontros, a gente só terá mais notícias em janeiro, mas a Popload apurou que o Caê emprestou a voz para a música “Baby Doll de Nylon”, do… Robertinho do Recife, que o Bonde do Rolê vai fazer uma nova versão “bonderolezada”, claro:

* Por falar em Caê, em Londres rola o movimento Caô. O TropiCaô (nome ótimo). Não é mera coincidência, não: do lado de lá do oceano, quem levanta a bandeira da New Tropicália é a Marina Gasolina, ex-Bonde do Rolê, com a cantora Cibelle e com o papa do mashup, João Brasil-il (mais “Fake Tropical DJs”). Uou:

*quando o New Tropicalismo encontra o Ciganismo

* E daí, para dar mais consistência à mistureba toda, o Adriano Cintra -ex-CSS e futuro-Ah-Va- resolve se juntar com a Marina ex-Bonde e formar uma nova banda. Ainda sem nome, ainda sem gênero. Mas com disco (quase) pronto. Ótimo, na palavra de quem já ouviu.

* Ufa. Que calor, não está sentindo?


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>