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Se liga, Noel. Liam quer dar sua resposta com música “espacial” e pornografia
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Lúcio Ribeiro

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Liam Gallagher levou seu Beady Eye para um planetário em Londres. A ideia rendeu bela capa da Q, que chega às bancas amanhã

Liam Gallagher está disposto a dar uma resposta positiva em cima do sucesso de seu big bro Noel, que nos últimos dois anos viajou o mundo divulgando seu primeiro disco solo, High Flying Birds, bem aceito pelos antigos fãs de Oasis, por novos fãs e pela crítica. O disco de Noel foi primeiro lugar em alguns países, incluindo os charts do Reino Unido, onde Liam com seu Beady Eye alcançou apenas o 3º lugar com o primeiro álbum do projeto, “Different Gear, Still Speeding”.

Aliás, o disco de estreia do Beady Eye, lançado em 2011, “não pegou”. O próprio Liam, em recentes entrevistas, reconheceu isso. E, se o Liam reconheceu que algo feito por ele não ficou tão bom, é porque alguma coisa deu errado mesmo.

Para apagar a má impressão de seu disco meia-boca e ofuscar um pouco a imagem de que o Noel funciona sem ele, o Beady Eye do Liam procura um novo foco. Primeiro, buscou um produtor bamba, antenado e moderno, Dave Sitek, responsável pelos discos do seu TV On The Radio e do Yeah Yeah Yeahs, por exemplo. Sitek, hoje, é um dos caras mais requisitados no mundo da música, não só do rock. O grupo também tem um novo baixista: Jay Mehler, que até então era guitarrista do Kasabian.

Neste segundo disco, “BE”, com lançamento marcado para 10 de junho, Liam disse que a banda resolveu dar um passo diferente, focou em um novo estilo de música e que as pessoas que esperam algo clichê como Oasis ou “a merda dos anos 90” vão torcer o nariz. Com 11 faixas (15, na versão deluxe), “BE” é um disco que vai cair bem para quem usa drogas, disse o ex-vocalista do Oasis.

No início deste mês, vazou a primeira canção da obra. “Flick of the Finger” mostrou sim uma diferença de sonoridade da banda em comparação ao primeiro álbum. A reação foi positiva, do tipo “melhor música deles”. Fizeram até um videozinho zoado com um tubarão comendo um ‘high flying bird’. A segunda faixa divulgada, “Second Bite of the Apple”, começou a ser tocada nas rádios hoje. Liam Gallagher, Gem Archer e Andy Bell (ex-Ride), talvez principal força criativa do grupo, visitaram as rádios XFM e BBC Radio One, onde deram uma entrevista para o Zane Lowe falando do direcionamento do disco.

Junto com as músicas, o Beady Eye aposta em uma identidade visual polêmica. A banda tem colocado fotos de mulheres (semi)nuas nas capas do disco e dos singles, todas do veterano fotógrafo Harry Peccinotti, o único responsável por dois calendários Pirelli consecutivos, nos anos 60. Todo o buzz em cima de “BE” tem sido mais receptivo do que o primeiro disco, tanto que a banda do Liam foi confirmada como um dos headliners do delicioso e importante Festival Internacional de Benicàssim, na Espanha. Uma das faixas mais esperadas do álbum é “Don’t Brother Me”, que como o próprio nome diz… Liam contou que a canção tem até cítara e sintetizadores, e despistou sobre o significado do título. “Tenho dois irmãos e os dois são idiotas”.

Sobre uma sempre comentada reunião do Oasis, o Gallagher mais novo disse à revista “Q”, nas lojas amanhã com a banda “no espaço” na capa, que voltaria só se recebesse 30 milhões de libras. Noel rebateu e disse estar muito ocupado no momento, gastando seu tempo falando de Jagwar Ma e Temples. Haha.

Os dois primeiros recortes sonoros do novo Beady Eye e as capas NSFW vêm abaixo.


As capas do disco “BE” e do teaser “Flick of the Finger”


O Britpop vive. O encontro do Oasis e Blur no palco, agora com registro profissional
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Lúcio Ribeiro

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War is over. A Popload destacou no final do mês passado que Damon Albarn e Noel Gallagher deram um fim (ou recomeço?) ao Britpop. Os dois figuras, que trocaram diversas farpas nos anos 90 e alimentaram uma das maiores rivalidades da história do pop, deixaram suas diferenças de lado e subiram ao palco juntos, no classudo Royal Albert Hall de Londres, durante uma apresentação de Damon Albarn e Graham Coxon, a dupla do Blur, que abriu a noite para o show do Noel Gallagher, o ex-líder do Oasis.

A movimentação especial aconteceu durante o Teenage Cancer Trust, tradicional evento beneficente que arrecada fundos para uma rede de instituições que cuida de crianças e adolescentes com câncer. Noel Gallagher foi o curador musical do evento e selecionou os shows, entre eles Primal Scream, Palma Violets e Kasabian, por exemplo.

Junto de Damon e Coxon, Noel fez participação especial na balada “Tender”, um dos maiores hits do Blur. Quem acompanhou o trio, na bateria, foi Paul Weller. Depois das centenas de vídeos amadores que apareceram registrando o momento histórico, agora surgiu o vídeo profissional, em boa qualidade, com o som limpinho, pra gente ter uma noção melhor do tamanho do improvável encontro.


Acabou o mundo. Noel Gallagher cantando e tocando música do Blur (com o Blur)
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Lúcio Ribeiro

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Acabou o mundo e também o Britpop, movimento cool que pairou sobre a Inglaterra especialmente nos anos 90, se baseando na tríade Oasis, Blur e Pulp, mas ficando famoso especialmente pelas tretas nervosas entre as duas primeiras, incluindo constantes trocas de farpas pela imprensa e batalhas insanas nas paradas musicais, com singles lançados nos mesmos dias, para se ter uma ideia.

A grande rivalidade 90’s do rock britânico era alimentada especialmente por Damon Albarn, o líder do Blur, e os encrenqueiros irmãos Liam e Noel Gallagher, do Oasis. Chegaram a lançar singles na mesma data, com o Blur vendendo mais unidades pela metade do preço, mas o Oasis acabou conquistando maior sucesso com shows históricos tipo os de Knebworth, com 250 mil pessoas.

O auge da tensão entre as bandas talvez tenha sido quando Noel disse em uma entrevista que queria que os integrantes do Blur pegassem AIDS e morressem, isso após Damon dizer na MTV que o Oasis tinha uma imagem desgastante e “precisava tirar umas férias”. Mas toda essa guerra, enfim, chegou ao fim.

Liam e Damon fizeram as pazes há mais ou menos oito anos. Já Noel e o vocalista do Blur ainda tinham suas diferenças até ano passado, quando se reencontraram em uma festa e puseram suas diferenças de lado. Desde então, nos últimos meses, a animosidade de antes cedeu lugar a um respeito mútuo.

No final do ano passado, Noel Gallagher foi anunciado como curador musical do tradicional Teenage Cancer Trust, evento anual que acontece há mais de uma década, idealizado por Roger Daltrey, que visa arrecadar fundos para viabilizar tratamentos de crianças e adolescentes que têm câncer. Com o The Who em turnê, Noel substituiu Daltrey como padrinho do evento e durante toda a última semana apresentou os shows escolhidos por ele. Passaram pelo palco do Royal Albert Hall de Londres nomes como Kasabian, Primal Scream, Ryan Adams e Palma Violets. Mas a noite mais esperada era a deste sábado, que tinha o show de Noel Gallagher e seus High Flying Birds, mas tinha também como show de abertura a dupla Damon Albarn e Graham Coxon, do Blur. Em dezembro, durante entrevista coletiva, Noel chegou a dizer que provavelmente faria um som junto com seus antigos desafetos. Muita gente não levou tão a sério, até que…

Na noite deste sábado, quase ao final de seu show, Damon Albarn convidou Noel ao palco. Além dele, Paul Weller assumiu a bateria. Juntos, mandaram a clássica “Tender”, uma das músicas mais lindas-de-partir-o-coração de todos os tempos. O momento histórico, claro, foi registrado por muitos dos sortudos que lá estiveram e já estão ganhando a rede.

A Popload destaca dois vídeos da mesma música porque em um deles não aparece o Paul Weller, tudo bem?


Londres, São Paulo, Dubai: um certo revival do… Oasis
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Lúcio Ribeiro

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* Lá vem os Gallagher, meo.

Incrível como o Oasis acabou (de vez) há quase quatro anos e toda semana tem uma notícia nova relacionada ao grupo, seja com alguma treta envolvendo os ensebados irmãos Gallagher, seja algum seriado de TV ressuscitando a banda, tipo a clássica “Wonderwall” encerrando episódio da modernosa “Girls”, quase 20 anos à frente do lançamento da canção. Enfim. Rolou tanto burburinho legal nos últimos dias que podemos chamar de um “Oasis revival” acidental. Vamos aos fatos.

* Primeiro, o tablóide “Mirror” destacou em uma de suas edições na semana passada que a mamãe Gallagher, a Peggy, completou 70 anos de idade no início do mês e quis fazer de sua festa de aniversário um ótimo pretexto para o Liam e o Noel aparecerem e fazerem as pazes, já que eles não se falam desde o fim da banda, em agosto de 2009.
Diz o jornal que a mãe Gallagher apelou bonito, disse que o maior presente nesta altura da vida seria ver seus dois filhos problemáticos circulando num mesmo ambiente novamente, fazendo as pazes, voltando a conversar, mesmo que isso não significasse a volta do Oasis, veja bem.
Daí que ela montou a festinha, armou toda a arapuca e, bang, nenhum dos dois apareceu. Haha.


Peggy, a mãe Gallagher, abandonada por Liam e Noel em seu aniversário

* Se não teve tempo para ir ao aniversário de sua mãe, Noel Gallagher anunciou mais um show de seu exitoso projeto solo High Flying Birds. Ele vai tocar pela primeira vez em Dubai, no luxuoso hotel Atlantis, dia 15 de março. Uma espécie de show “out”, já que a turnê dele acabou em novembro e ele não tem previsão para lançar disco novo. Mas o mais interessante é o contexto do evento. Uma espécie de rave brit na praia artificial da cidade, que vai começar às 14h de uma sexta e terminar 2h da manhã já na madrugada de sábado. Noel vai tocar com a banda toda. O show de abertura, veja só, será de outra lenda do britpop, Richard Ashcroft, ex-The Verve, em set acústico. Quem apresenta o evento e fecha a noite discotecando é o bamba Zane Lowe, DJ e apresentador da BBC Radio One. No cartaz do show do Noel, a primeira coisa que aparece é que ele vai tocar “clássicos do Oasis”.

* O primeiro show do Oasis em São Paulo, realizado em março de 98 (ou seja, 15 anos atrás), na época foi transmitido ao vivo pela 89FM, a Rádio Rock, que acabou e agora voltou, no mesmo dial. Os fãs de Oasis sempre guardaram com carinho a gravação daquele show, com a banda no auge, mas em reta final de uma conturbada turnê do disco “Be Here Now”, com todo mundo se arrastando no palco. O Liam, por exemplo, sumia tipo meia hora e ficava ao lado do palco bebendo e fumando enquanto via o Noel brilhar sozinho com um violão, tocando de tudo, fazendo a eletropunk “Setting Sun”, do Chemical Brothers, bombada na época, ganhar todo um climão acústico acompanhada de percussão.
Clássicas tipo “Champagne Supernova” tinham Noel-guitar-hero e ganharam versões de 12 minutos. Acontece que esse show, antes registrado apenas através de ripagens em fitas K7 (!!!) de fãs que gravaram a transmissão da rádio, agora apareceu com a chamada “gravação bruta”, direta dos estúdios da rádio, hoje conteúdo do UOL.
Coisa rara, qualidade ótima, sem vinhetas e tal. É dessa apresentação que surgiu uma das frases mais famosas de Noel Gallagher. “Hello Sao Paulo. My name is Noel, but you can call me God”.

* Por fiiiiim (juro), ontem o Oasis foi destaque em outra rádio. A BBC Radio One destacou o menino prodígio Jake Bugg, afilhado musical do Noel, que alcançou o topo das paradas britânicas com seu disco de estreia no final do ano passado, isso porque ele tem só 18 anos. No Live Lounge da BBC, em que os artistas sempre tocam uma cover, ele pegou a balada “Slide Away”, um dos pontos altos do “Definitely Maybe”, disco de estreia do Oasis, e a transformou em um sonzinho country de primeira, cheio de pompa. Veja só.

* Encerramos por aqui o boletim Oasis.

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A música em “Girls”
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Lúcio Ribeiro

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* Seu spoiler musical semanal já chega contando o final. O episódio de ontem da modernosa série “Girls”, quatro meninas losers no reino hipster do Brooklyn, acaba com Oasis. Pensa.

“Girls” desta semana foi tenso. Ninguém escapou de derrotismo, constrangimento, frustrações diversas e conversas sobre heroína e plug anal à mesa do jantar. Daí que no final vem “Wonderwall”, o maior hino do Oasis, que ninguém mais aguenta escutar, mas que no episódio foi colocado interferindo em uma cena (Hannah cantou a música), embalando um banho de banheira de duas garotas e ainda nos créditos finais de uma forma tão cool que, vou dizer, arrepiou. Haha.

“There are many things that I / Would like to say to you but I don’t know hooooooooow”.

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Britpop is dead! Blur e Oasis vão tocar juntos
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Lúcio Ribeiro

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Depois de Suede e Pulp finalmente visitarem o Brasil, somados às turnês anteriores de Blur e Oasis por aqui, o Britpop deve (e pode) acabar. E o maior movimento musical britânico das últimas décadas tem data simbólica para seu fim: 23 de março de 2013.

Nesta data, Noel Gallagher vai receber no palco do Royal Albert Hall de Londres seus antigos e principais desafetos na música um dia: Damon Albarn e Graham Coxon, do Blur, aqueles que o Gallagher desejou que pegassem AIDS e morressem, ali nos anos 90.

A impensada parceria será o principal momento de uma boa causa. Desde a década passada, todos os anos acontece o evento Teenage Cancer Trust, festival que dura uma semana com shows no lendário Royal Albert Hall e que tem toda sua renda revertida para instituições que bancam o tratamento de crianças e adolescentes com câncer.

O TCT tradicionalmente tem como padrinho o vocalista Roger Daltrey, do The Who. Só que, ano que vem, Daltrey estará em turnê com a banda e passou o bastão de curador do evento para seu amigo Noel Gallagher, uma das figuras que mais apóia o evento desde seu início.

Daí que hoje pela manhã, Noel anunciou seu line-up de shows. Entre seus escolhidos estão Ryan Adams, Kasabian, Primal Scream, Rizzle Kicks, Labrinth, Beth Orton, além da dupla Damon Albarn & Graham Coxon.

Durante a entrevista coletiva, óbvio que viria uma pergunta sobre Oasis x Blur. Noel disse que a briga já é passado, como os jornais destacaram no meio desse ano e que ele deve inclusive fazer uma jam com seus antigos desafetos, considerando tocar até músicas de Blur e Oasis juntos.

Os ingressos para o evento serão colocados à venda na próxima sexta-feira. O site da Ticketmaster entrega a apresentação conjunta dos ex-brigões e agora amigos.

Tchau, Britpop.


Pulp no Brasil. Do britpop, o Oasis veio quatro vezes e o Blur, uma (ano que vem a segunda?)
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Lúcio Ribeiro

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Um dos últimos grandes movimentos da música, o britpop marcou a Inglaterra dos anos 90. Deu ao mundo bandas incríveis, mas se baseava especialmente na tríade composta pelo “neutro” Pulp e os rivais Blur e Oasis, que se estapeavam nas paradas e via imprensa sempre que tinham um microfone por perto.

Só que o britpop, parece, nunca foi muito “fã” do Brasil. A recém-antecipada e agora confirmada vinda do Pulp, a primeira e atrasadíssima visita da banda do Jarvis Cocker ao país, mostra que, se não fosse pelo Oasis, o Brasil estaria meio à pé de britpop.

Enquanto o Blur veio ao país apenas em 1999 para dois shows (Rio e SP), que receberam público bem abaixo do esperado, o Oasis veio ao país em quatro oportunidades e se apresentou sempre para grandes públicos.

A banda dos irmãos Gallagher veio ao país pela primeira vez em 1998, quase estava se autodestruindo com a turnê do “Be Here Now”, em fase final. Nos shows em São Paulo e Rio, por exemplo, Liam ficou fora do palco durante mais de 20 minutos enquanto Noel fazia seu set acústico. Em 2001, a banda retornou apenas para o Rock In Rio e precisou enfrentar os fãs nada amistosos do Guns N’Roses. Já em 2006, o Oasis se apresentou no estacionamento do Credicard Hall, na famosa noite da maior chuva da história de um show em São Paulo. A derradeira (talvez para sempre) visita do grupo ao país foi em 2009 para quatro shows, poucos meses antes da banda ir para o limbo.

Com o Oasis terminado, o Brasil terá a oportunidade de ver Pulp e Blur nos próximos meses. A banda liderada pelo dândi Jarvis Cocker vem ao país dia 28 de novembro, para show em São Paulo (Via Funchal). O Blur, que recentemente lançou duas músicas inéditas e fez algumas aparições em festivais europeus e em evento dos Jogos Olímpicos, vai marcar uma turnê mundial para valer ano que vem e o Brasil é um dos destinos.

* BLUR NO BRASIL
1999 – Rio de Janeiro e São Paulo


Blur se apresenta no antigo Metropolitan, no Rio (1999)

* OASIS NO BRASIL
1998 – Rio de Janeiro e São Paulo
2001 – Rock In Rio
2006 – São Paulo
2009 – Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre


Liam Gallagher chega pela primeira vez ao Brasil, numa época que o ingresso custava “absurdos” R$ 35 (1998)


Os brothers Gallagher batem papo com um amigo brasileiro antes do show no Rock In Rio (2001)


Noel “embaçado” em meio ao público e à chuva nervosa que recebeu o Oasis em SP (2006)


Poucos meses antes da morte do Oasis, Liam e Noel coincidentemente pisaram no palco do Anhembi diante de 30 mil pessoas (2009)

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NME, 60. Semanário britânico lança edição histórica de aniversário e oferece cópia da edição #1
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Lúcio Ribeiro

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Uma das principais bíblias da música desde que a música passou a ser notícia, o semanário inglês New Musical Express completa 60 anos de publicação neste ano e vem, com frequência, trabalhando pautas especiais que destacam sua vasta e rica história.

Suas famosas listas ganham conotação especial com o “60”. Recentemente, a publicação fez enquetes e listou, por exemplo, as 60 melhores músicas dos últimos 60 anos, além dos 60 maiores ícones da música em seis décadas, também, edição que rendeu capa a John Lennon na semana passada.

Nesta semana, a NME bolou um esquema todo especial de capas alternativas. No total, são 8 capas diferentes para a edição “histórica”, termo que está sendo divulgado pela própria publicação. Estrelam as capas nomes importantes da música ao longo das últimas décadas, segurando edições em que foram destaques. Estão lá os veteranos Paul Weller, John Lydon e Patti Smith, os 90’s Manic Street Preachers, Liam e Noel Gallagher (separados) e os “recentes” The Killers e Arctic Monkeys. Fora isso, a NME diz que preparou essa edição durante meses e que histórias internas da revista serão contadas.

Em anexo à edição, será oferecida uma cópia da issue #1 da revista, publicada em março de 1952!

A NME é uma das poucas publicações que conseguiu migrar com sucesso seu “nome” do conteúdo impresso para a internet na década passada. O NME.com é o site mais visitado no mundo quando o assunto é cultura pop (7 milhões de views/mês). Já a revista, em tempos de internet, circula em numeração bem menor se comparada a quatro décadas atrás, quando vendia cerca de 300 mil exemplares por semana. A tiragem atual é de mais ou menos 30 mil.

Vamos falar mais da NME nos próximos dias.


Futebol é pop. Champions League começa com duelo entre time dos Gallagher X o Gallagher dos gramados
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos falar de futebol.

Quinze minutos depois deste post ir ao ar, começa oficialmente a temporada 2012-2013 da Uefa Champions League, considerado o torneio de clubes mais importante e difícil do mundo, onde os principais craques do futebol – menos o Neymar – desfilam pelos belos gramados europeus.

O primeiro grande jogo do torneio é logo um clássico entre duas das equipes mais ricas do planeta. Em Madrid, joga o Real de Casillas e Cristiano Ronaldo contra o novo rico inglês Manchester City, time do Tevez e do David Silva. Mas também é o embate entre o time do José Mourinho e o time do Noel e do Liam Gallagher.

A história envolvente entre o City e o Oasis a gente já cansou de falar por aqui. Até pouco tempo atrás, o Manchester City, primo pobre da cidade onde nasceu os Gallagher, era conhecido mundialmente por ser o time deles, apenas. Longa fila de jejum de títulos, campanhas insignificantes no campeonato inglês, passeio por outras divisões e ausência nos torneios europeus marcavam a história recente do City. Mas agora, Noel e Liam têm motivos para sorrir, pois o City, bombado por dinheiro das arábias, entra na atual competição na condição de brigar pelo título junto com o Real Madrid, de José Mourinho.

O distinto técnico português é mais ou menos um Gallagher da bola. Competente no que faz dentro das quatro linhas e conhecido no mundo todo, Mourinho é bem esquentado. Vira e mexe fala mal de algum adversário ou até mesmo de seus comandados. Não poupa as arbitragens, caça briga com dirigentes, já enfiou o dedo no olho de um membro da comissão técnica do Barcelona.

Não é exagero falar que José Mourinho, assim como Liam e Noel, é um rockstar. Tanto que ele foi eleito pela revista Rolling Stone da Espanha como o “Rockstar do Ano 2011”, em edição que ele ganhou capa e justificativa: “José Mourinho: A arte maquiavélica de irritar todo mundo”.

Noel Gallagher, expoente torcedor do time adversário de Mourinho hoje, ama o cara. Já disse diversas vezes que o treinador português é rebelde, lembra os rockstars que não existem mais hoje em dia, justamente porque não tem papas na língua e não liga para as consequências. Falou no início do ano, inclusive, que queria beijar José Mourinho. Eles nunca se encontraram antes, mas o papo de bastidores é que o Real Madrid convidou Noel para assistir o jogo no Santiago Bernabeu. Resta saber se o encontro vai rolar e no duelo rock da Champions League, que começa hoje, quem vai levar a melhor.


Futebol é pop. O dia em que Noel Gallagher chorou
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Lúcio Ribeiro

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Sempre falo por aqui que futebol é pop. É marca registrada dos brasileiros. Mas também é muito marca registrada dos ingleses, onde a relação futebol-música é bem mais próxima. Uma das páginas mais épicas da história deste esporte que a gente tanto ama foi escrita pelo emergente Manchester City, que conquistou o título nacional após mais de quatro décadas na temporada passada.

Como se não bastasse o sofrimento pelo jejum enorme, a conquista veio em partida inesquecível e inacreditável contra o pequeno Queens Park Rangers, nos últimos cinco minutos do jogo. O City perdia por 2 a 1, em casa, e ainda achou dois gols para a virada, único resultado que lhe garantiria a glória.

Antes disso, o Manchester City – hoje novo rico do futebol mundial – era conhecido basicamente por ser o primo pobre de Manchester (terra do poderoso United) e por ser o time de coração dos irmãos Liam e Noel Gallagher, do finado Oasis, talvez único motivo de concordância entre os dois na vida toda.

Nesse jogo histórico contra o QPR, Liam Gallagher estava no estádio. Apareceu diversas vezes durante a transmissão. Foi para o meio da galera. Saiu do estádio bêbado. Enquanto isso, Noel estava em turnê pela América do Sul, divulgando seu primeiro disco solo, em shows que passaram pelo Brasil. Isso foi no mês de maio e, quis o destino que Noel estivesse longe do seu time do coração. Ele precisou assistir à partida num domingo de manhã em um bar de um conhecido em Santiago, no Chile, onde faria show naquele dia.

Noel chegou a contar parte da história para jornais ingleses. Disse que assistiu ao jogo angustiado, ao lado de amigos que fazem parte de sua equipe. Entre seus relatos mais curiosos, disse que “chorou feito um bebê” quando o argentino Aguero marcou o gol do título, aos 48 do segundo tempo.

Acontece que tudo isso foi registrado por um de seus melhores amigos, chamado Scully, que trabalha em sua turnê e é um dos produtores da TV oficial do Manchester City.

Noel, que lança um novo DVD no mês que vem com show na gigante O2 Arena de Londres e materiais bônus, disse que seria possível um dia o mundo todo ver ele chorando por causa de uma de suas maiores paixões: o futebol.

O site oficial do Manchester City soltou uma prévia do sofrimento do Gallagher mais velho durante a partida. Legal ver que mesmo pessoas famosas e casca grossa como ele é doente como a gente quando o assunto é futebol. Inclusive desconfio que aparecerão imagens minhas no DVD oficial do atual campeão da Copa do Brasil. Vamos ver…

* Noel é uma das atrações do iTunes Festival, que acontece o mês todo na Roundhouse, em Londres. O show dele com um coral de 30 pessoas, nesta quarta, será transmitido ao vivo.