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Johnny Marr no Reading Festival
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Lúcio Ribeiro

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Enquanto aquela banda de Manchester não volta e seu ex-parça Morrissey anda meio sumido, entre a aposentadoria e os problemas médicos, o distinto guitarrista Johnny Marr goza de sua ótima fase como artista solo, inclusive cantando. Ele, que lançou o bom disco “The Messenger” no início deste ano, foi uma das atrações mais procuradas no dia de ontem no Reading Festival. O velho Marr tem moral ainda, até com a garotada.

Marr tocou na tenda gigante que tem curadoria da BBC em parceria com o semanário inglês NME. O ex-Smiths anunciou não faz muito tempo uma grande turnê pelos Estados Unidos, para novembro, quando fará mais ou menos 20 shows por lá.

No Reading, ontem, foi assim.

SETLIST
Right Thing Right
Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before
Upstarts
Sun & Moon
The Messenger
Generate! Genterate!
Bigmouth Strikes Again
New Town Velocity
I Fought The Law
How Soon Is Now
There Is A Light That Never Goes Out


Nine Inch Nails reencontra seu ótimo caminho
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Lúcio Ribeiro

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Adorado grupo do circuito alternativo dos anos 90, a veterana banda “industrial” Nine Inch Nails retornou para valer de seu hiato iniciado em 2009. Com show concorridos pelos festivais europeus e com grande turnê norte-americana em arenas marcada para setembro em diante, a turma do bamba Trent Reznor vai lançar seu aguardado disco novo “Hesitation Marks” no próximo dia 3 de setembro e tem soltado algumas faixas aos poucos.

Depois da pop punk “Everything”, outra faixa que aparece é “Find My Way”, tocada ontem no programa de Zane Lowe na BBC Radio One, cheia de batidas eletrônicas, calma, mas também viciante.

* Cotadíssimo para estrelar o “nosso” Lollapalooza em 2014, o NIN é uma das grandes atrações dos festivais Reading/Leeds deste final de semana. Hoje eles tocam em Leeds. Domingo, em Reading. Por lá, vão apresentar esse novo show que passou recentemente pelo Lollapalooza (o de Chicago) e que vem dando o que falar. Ora de suprema alta tecnologia, ora minimalista inspirado na luz branca única e cheia de sombras tal qual show do Talking Heads nos anos 80. A inspiração é proposital, mesmo. O show está tipo assim:

* “Hesitation Marks”, o tracklist.
01. The Eater of Dreams
02. Copy of A
03. Came Back Haunted
04. Find My Way
05. All Time Low
06. Disappointed
07. Everything
08. Satellite
09. Various Methods of Escape
10. Running1
11. I Would for You
12. In Two
13. While I’m Still Here
14. Black Noise


Guess who’s back, back again… Eminem na área
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Lúcio Ribeiro

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* Yo!

Uma das principais atrações dos festivais de Reading e Leeds no final deste mês, o rapper casca grossa Eminem está, aos poucos, dando as caras. Um dos principais nomes do rap na virada do século, o norte-americano soltou uma nova música. “Survival” aparece como trilha do game “Call Of Duty: Ghosts” e mostra um Eminem bem agressivo em cima de riffs pesados, acompanhado pela cantora Skylar Grey.

Eminem não lança disco novo desde “Recovery”, de 2010, mas ensaia sua volta ao mercado. Além dos shows em Reading e Ledds, o rapper tem apresentações huge marcadas para o tradicional Slane Castle (Irlanda), Stade de France (Paris) e ainda datas nas cidades de Glasgow e no festival holandês Pukkelpop (hoje). Na maioria desses shows, ele será acompanhado por uma turma responsa que tem o Kendrick Lamar, o Earl Sweatshirt e o Tyler the Creator.

A expectativa é que o rapper ainda lance um novo álbum neste ano.


Reflexão Popload: os headliners de festivais e as novas “grandes bandas” do rock
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos refletir, pessoal. Haha.


Uma das principais atrações do Coachella ano passado, o Black Keys é um dos headliners do Lolla Brasil

Quando começou o novo século, uma espécie de “nova ordem” se instalou na música. Novas bandas em profusão, diversos sucessos repentinos, nomes interessantes citados a todo momento como “salvação do rock” e crítica da velha guarda de grandes bandas dizendo que essa molecada da geração internet só quer saber de se divertir, sem se importar se irão se apresentar para 50 mil ou para 200 pessoas. Essa ideia de megabandas, parece, tinha ficado lá nos anos 90, década do Nirvana, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers, Oasis e Radiohead. Tanto que as consideradas bandas grandes ainda na ativa sempre são convocadas para encabeçarem os principais festivais de música ao redor do mundo. Até que…

O ano de 2013 está só no começo, mas uma espécie de nova ideia começa a ser arquitetada em alguns dos principais festivais do mundo. Eventos consolidados ou que estão caminhando para isso, ao que tudo indica, estão querendo dar uma renovada no quesito “headliner” de seus eventos, tentando fugir um pouco do usual. Fugir do Radiohead, do Pearl Jam e do Red Hot Chili Peppers, por exemplo.

Começando pelo Brasil, onde teremos já no mês que vem o gigante Lollapalooza em sua segunda edição verde e amarela, é até meio engraçado pensar que o Black Keys, duo de Ohio que até bem pouco tempo atrás seria ótima atração para o tamanho do Cine Joia, será o headliner do sábado, para um público esperado de 50 mil pessoas ou mais, e que nomes que alcançaram certo sucesso antes deles, como Queens of the Stone Age e Franz Ferdinand, toquem mais cedo.

O hipongo Mumford & Sons, que eu vi tocando em um bar de Londres em 2006  tem feito barulho com seu indie-folk “libertador”. O papo de que eles eram até ontem uma tradicional banda de bar não é exagero, já que vi esse show deles na capital inglesa após uma balada-show do Bonde do Rolê (!), tipo fim de noite mesmo. Eles no palco 2 desse bar, porque na “sala principal” estava tendo show do nosso Bonde. Com o disco “Babel” no topo das paradas, vendendo meio milhão de cópias logo em semana de estreia nos Estados Unidos, é fichinha saber que eles foram apresentados hoje como uma das principais atrações do incrível Sasquatch Festival, deixando bem ofuscados nomes fortes como o Arctic Monkeys, para citar um.


O sumidão Phoenix vai voltar aos palcos como headliner do Coachella e do Primavera Sound de Barcelona

Nessa linha de raciocínio, creio que não exista melhor exemplo que o Phoenix. A boa banda francesa, liderada pelo Thomas Mars e que infectou o mundo com a música “Lisztomania” há apenas três ou quatro anos, prepara o lançamento de “Bankrupt!”, seu novo disco, para abril. Junto com o lançamento, o Phoenix, sumido estrategicamente há uns dois anos, vai ser headliner “só” do seminal Coachella e do cada vez mais gigante Primavera Sound de Barcelona.

Para não deixar passar batido, o tradicional Reading Festival inglês tem soltado aos poucos suas atrações da edição 2013. O evento, que tradicionalmente é puxado por headliners pesados como o Metallica, anunciou que uma de suas principais atrações deste ano será o Biffly Clyro, comentado aqui na Popload ontem, que aparece no mercado agora embalado pelo seu sexto disco “Opposites”, atual #1 nas paradas inglesas. Além do Reading, o grupo escocês – o mais veterano das bandas até pouco tempo atrás “pequenas” citadas neste post – finalmente fará turnês em grandes arenas pelo Reino Unido e Estados Unidos nos próximos meses.


O tatuado e descamisado grupo escocês Biffly Clyro é um dos grandes nomes do Reading deste ano

Como último exemplo dessa nossa “tese”, tem a velha Stone Roses, banda gigantesca (ainda) na Inglaterra, mas que nunca gozou de representatividade nos EUA. Grupo que teve auge na virada dos 80 para os 90, quando chacoalhou a música britânica e pautou a “revolução britpop”, para depois cair em desgraça pessoal e sumir total, os Stone Roses voltaram pelo nome no ano passado, com certo barulho. Barulho na Inglaterra e Europa, menos nos EUA. Daí que há poucas semanas foram apresentados como headliner do Coachella Festival, um dos principais festivais do planeta hoje, se não for o principal.

Há alguns anos, o figura Noel Gallagher contou em uma rádio americana que foi certa vez a uma festa em Las Vegas. Numa certa hora, ele botando o som, colocou para tocar o hino “I Am the Resurrection”, dos Stone Roses. Na hora ligou para o amigo Mani, na Inglaterra, para zoar porque tinha botado a música lá, mas ninguém conhecia.

Assim que saiu os nomes dos esperadaços headliners do Coachella e constava dele os Stone Roses, surgiu um Tumblr americano na linha “Who the Fuck Are Stone Roses”, de alguém coletando nas redes sociais a bronca da galera que não tava entendendo porque esse tal de Stone Roses, que eles nem sabem quem é, surge logo no topo do festival.

Eles tipo começaram a banda em 2012. Galera americana pergunta quem é Stone Roses, veterana banda inglesa que reformou no ano passado e neste é um dos headliners do colossal Coachella Festival

* Palpite meu: Tame Impala vai ser headliner do Lollapalooza Brasil no ano que vem.

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Two Door Cinema Club em dose dupla no Reading
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Lúcio Ribeiro

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Uma das atrações que mais despertou atenção no final de semana do gigante inglês Reading Festival, o Two Door Cinema Club fez dois “shows” no evento, embalado pelo ritmo de divulgação de seu novo álbum de estúdio, “Beacon”, que será lançado na próxima semana.

Além do show convencional, a banda apareceu para um set acústico para a BBC Radio One.

Vamos ver os dois?


O dia em que Dave Grohl se libertou de Kurt Cobain. Ouça o show do Foo Fighters de 95, considerada a estreia ao vivo da banda, também um dos mais problemáticos shows da história na Inglaterra
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Lúcio Ribeiro

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Um bom aperitivo para o Lollapalooza Brasil, já, já em São Paulo, é ouvir essa oferenda que o Foo Fighters liberou nos últimos dias aos fãs da banda, que é o streaming do show inteiro que Dave Grohl (total à esquerda, na foto) promoveu no Reading Festival de 1995.
Ao ouvir cinco minutos da apresentação, dá para ver claramente que não foi um show qualquer.

Eu fui a esse show. Quer dizer, assisti ele inteiro na rebarba, porque fui cuspido fora da tenda em que aconteceu, pela massa ensandecida. O Reading Festival 95 foi o primeiro show “para valer” da história do Foo Fighters. O Nirvana tinha acabado de modo chocante em 1994 e ali estava o renascimento de toda a revolução grunge nas mãos do ex-baterista da banda de Cobain, agora na figura de guitarrista, vocalista e líder.

O show foi DESESPERADOR. O primeiro disco tinha saído por aqueles dias, a expectativa era absurda e botaram o Foo Fighters para fechar a tenda da “Melody Maker” (veja o cartaz abaixo), a revista-irmã da “NME”, que não existe mais. No palco principal, Bjork fazia um show também concorridíssimo. Mas ouso a dizer que na tenda do Foo Fighters (e nas imediações dela), o festival estava acontecendo de verdade.

Repare na gravação. A todo minuto Dave Grohl ameaça interromper o show, pede um passo atrás para não haver esmagamento da galera diante do palco, pede para os caras descerem de cada um dos hastes da tenda. Um transtorno. No meio disso, porradaria crua de um Dave Grohl experimentando ainda as novas funções e montando a banda ali, em cima do palco (diz que ele fez todo o primeiro disco sozinho).

Fiquei na ponta da tenda, esprimido. Comecei dentro dela, nas três primeiras músicas, mas sucumbi com as ondas humanas que iam e vinham no público, até que, sem mais os pés no chão, me deixei ser jogado para fora. Lembro até hoje que quando acabava uma música do Foo Fighters o vento trazia o som do palco principal, com os esgranhidos da Bjork. Até o Dave Grohl botar a guitarra pra funcionar e abafar a islandesa, de novo.

Tenho o CD desse show, uma edição italiana pirata bem cara, que eu achei em Londres anos depois. Bons tempos aqueles dos piratas italianos de shows-classe.

Voltando para 2012, o Foo Fighters é uma das bandas mais especuladas para tocar no big festival de Reading neste ano. Talvez daí a decisão de resgatar para a molecada fã de hoje esse show que a banda realizou no festival em 1995, um dos mais históricos da carreira do grupo.

“Foo Fighters”, o pesado álbum de estreia, saiu com uma expectativa muito grande como a “nova esperança” no rock para as numerosas viúvas do Nirvana, sua banda anterior. O povo grunge ainda curtia o luto do suicídio do Cobain.

Essa apresentação do Foo Fighters no Reading 1995 é daquelas que geralmente constam nas listas/pesquisas os mais bombásticos shows da história recente no Reino Unido. Dave, parece, nasceu para tocar no Reading. Antes mesmo desse show que estourou o Foos em 1995, o Nirvana fez “O” show, na edição de 1992, para 100 mil pessoas. Sem falar no concerto mais histórico ainda, em 1991, quando eles tocaram para “ninguém” e mostraram as “músicas novas do ‘Nevermind'”, tipo “Smells Like Teen Spirit”. Nessa época, Dave esteve por lá “só” na condição de baterista.

* Ouça, na íntegra, o Foo Fighters estreando mesmo no palco. Só clicar na fitinha abaixo.

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Reading 2011. O que foi mais ou menos o show do Muse
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Lúcio Ribeiro

* Reading. Ontem. O Muse, que costuma ser figurinha repetida do festival, encerrou os trabalhos na edição 2011 do evento. A novidade foi a execução do bem bom “Origin Of Symmetry” (segundo álbum da banda) na íntegra. Além disso, muita luz, fogos e aquela grandiosidade toda. Aqui dá pra conferir 40 minutos do que foi esse show.


Muse, Warpaint, Friendly Fires, Interpol. O último dia do Reading Festival, contado em fotos e vídeos
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Lúcio Ribeiro

Último dia de Reading com muitas atrações que o Brasil verá em breve. O Interpol fez seu show “correto” na arena principal. As meninas fofas do Warpaint fizeram show aclamado na tenda NME/Radio One. Ed Macfarlane disse que o Friendly Fires quer ser o novo Primal Scream. Mike Skinner vai terminar os trabalhos com o The Streets para se dedicar à carreira de ator. Já o Muse fechou toda a programação com o show meio épico meio exagerado de sempre, tocando na íntegra o ótimo álbum “Origin Of Symmetry”. Os vídeos e as fotos contam um pouco mais.

Tomada aérea da arena de Reading lotada para o último dia de festival

Tá achando que se divertir na lama é peculiaridade apenas do Glastonbury?

Ed Macfarlane, do Friendly Fires, resolveu mostrar seu gingado para o público bem de perto

O fofo grupo Warpaint, que vem ao Brasil abrilhantar o Popload Gig 8 em outubro, faz seu show hipnótico de sempre em uma das tendas no Reading

O Interpol, também com passagens reservadas para o Brasil, se apresentou na arena principal

O The Streets, de Mike Skinner, fez seu último show na história em festivais. Em 2012, ele pretende seguir carreira como ator. “Preciso fazer outras coisas. Estou ficando velho”, avisou Mike, no palco

O Muse encerrou o Reading 2011 com seu show apoteótico e tocou o “Origin Of Symmetry” na íntegra


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