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Arquivo : Sonic Youth

Horrors mostra som inédito com uma ajudinha do Thurston Moore
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Lúcio Ribeiro

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070214_horrors

Rolou ontem em Londres a mais nova premiação voltada para o indie. O Fly Awards, iniciativa da revista inglesa “The Fly”, premiou nomes como Arctic Monkeys (música do ano, com “Do I Wanna Know?”), Haim (melhor show), Parquet Courts (melhor disco!!!!!!!!) e Foals (artista do ano).

No entanto, outros dois outros nomes foram os destaques da noite. O Horrors, banda indie-dark do Faris Badwan, ganhou na inusitada categoria “Outstanding Artistry” e o grande Thurston Moore, de relevantes serviços prestados ao mundo indie especialmente com o seu Sonic Youth, levou o prêmio “Living Legend”.

O ponto alto da noite foi a reunião do Horrors com o Moore no palco. Juntos, mandaram uma música inédita que vai estar no próximo disco “heavier, more electronic” do Horrors, a ser lançado provavelmente em abril. Som bem bom, chamado “I Can See You”.

E esse jogo de luzes cegando todo mundo? Vai, Faris.

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E essa nova do Lee Ranaldo, hein?
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Lúcio Ribeiro

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O guitarrista Lee Ranaldo, um dos fundadores da mítica banda noise americana Sonic Youth, que não existe mais, está no gás. Ele, que visitou o Brasil não faz um mês, vai soltar dia 8 de outubro “Last Night on Earth”, seu primeiro disco com a banda The Dust, formada por Alan Licht, Tim Lüntzel e Steve Shelley, parceiro de Ranaldo no Sonic Youth.

O primeiro recorte sonoro do álbum do quarteto que a gente passa a conhecer é a faixa de abertura, “Lecce, Leaving”. Começa calminha, depois vira bagunça sonora. Um dos grandes nomes do indie de vanguarda, Ranaldo é também compositor, escritor, produtor e se mete às vezes com artes visuais. Já emprestou seu nome até para projetos de jazz americanos e foi considerado pela Rolling Stone americana como um dos 50 maiores guitarristas de todos os tempos.

Ranaldo é ídolo.

* “Last Night on Earth”, o tracklist:
01. Lecce, Leaving
02. Key-Hole
03. Home Chds
04. The Rising Tide
05. Last Night on Earth
06. By the Window
07. Late Descent no 2
08. Ambulancer
09. Blackt Out


Sonic Youth feelings. O guitarrista Lee Ranaldo se apresenta em julho no Brasil. Leia São Paulo e… Araraquara
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Lúcio Ribeiro

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* Opa.

Presença ilustre. O guitarrista Lee Ranaldo, um dos fundadores da mítica banda noise americana Sonic Youth, que não existe mais, vem em julho a São Paulo, o Estado, para três shows. Dois na Choperia do Sesc Pompeia, na capital, dias 19 e 20. Mas a rápida turnê brasileira começa pelo Sesc Araraquara, no interior, no dia 18.

Lee Ranaldo baixa aqui com sua banda The Dust. Foi o guitarrista que anunciou em 2011 o fim do Sonic Youth e a separação entre Kim Gordon e Thurston Moore, seus companheiros de banda. Ele é considerado por ranking da “Rolling Stone” americana como um dos 50 maiores guitarristas de todos os tempos.

Compositor, escritor, produtor e metido em artes visuais, o superativo Ranaldo escreveu seu nome até em projetos de jazz americanos. É dele uma participação marcante em vídeo do grupo inglês The Cribs para “Be Safe”, canção em que faz um spoken word.

Ranaldo é gênio.

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Agenda do dia: Sonic Youth e o anúncio misterioso (13h). E shows de Norah Jones (17h) e Beth Orton (15h45). E XX agora…
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Lúcio Ribeiro

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* Olho na agenda Popload desta segunda-feira besta pós-feriadão:

1. A ex-banda SONIC YOUTH, tchanãn, avisou via Facebook que vai soltar um anúncio nesta segunda-feira, ao meio-dia (deles, tipo 13h aqui). O que será. Pode ser apenas um lançamento de disco ao vivo qualquer. Mas pode ser… Vamos acompanhar.

2. Seguem os shows cools diários e duplos do iTunes na Roundhouse, em Londres. O iTunes Festival vai até o dia 30 de setembro, desde o dia 1º. Sábado teve Jack White, amanhã tem The Killers. Hoje quem toca/canta no festival transmitido ao vivo na internet é a cantora inglesa BETH ORTON, da qual o Chemical Brothers é fã, e depois vem a cantora jazzy-rock lo-fi NORAH JONES. Orton é às 15h45, Jones entra às 17h

3. E um pequeno update: Agorinha mesmo, na BBC Radio 6, o grande radialista Steve Lamacq está fazendo seu programa (começou agora 12h). Daqui a pouco vai rolar uma session especial exclusiva da banda inglesa The XX, ao vivo, tocando algumas faixas de seu encantando segundo disco, “Coexist”. Já rolando aqui. Já rolando forte aqui. O Lamacq tem a voz mais gostosa do rádio, desde que o John Peel foi-se.

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São Paulo, 12 de abril de 2012 – Thurston Moore no Cine Joia
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Lúcio Ribeiro

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* Caraca. De violino e parede de guitarra a cover de Stones, o show de mister Thurston Moore, o cara que um dia foi “só” o líder da seminal banda nova-iorquina Sonic Youth, abalou as estruturas indies da cidade. A desconstrução sonora de Moore, casando com a reconstrução sonora do Cine Joia ela mesmo, foi de uma felicidade retro-vanguardista de dilacerar tanto tímpanos quanto a alma. Em apenas pouco mais de quatro meses de funcionamento pleno, o Cine Joia já viu em seu palco algumas “pessoas importantes” e bandas idem. Mas a presença ilustre de um cara com a bagagem de Thurston Moore no rock serviu para batizar de vez a casa.

* Fotos de Instagram
1. cine_joia
2. alexandrepera


Sonic who? Thurston Moore enquanto Thurston Moore, please. A vencedora do par de ingressos. O pôster oficial do show de SP, com Kurt Vile
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Lúcio Ribeiro

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* Logo mais, dia douze de abril, os guitarristas Thurston Moore e Kurt Vile, cada um na sua, se apresentam no Cine Joia, em São Paulo. Os pés aí de cima são de Thurston Moore, em show nos EUA em fevereiro (Goat Farm, Atlanta). Moore avisou que não quer saber da mínima menção à sua ex-banda, o lendário Sonic Youth, enquanto estiver no Brasil. O nome abaixo é da ganhadora da promo da Popload, sorteada com um par de ingressos para o especialíssimo concerto duplo. Para concorrer, ela mandou um desenho, haha. Mais embaixo, o pôster oficial “classy” do show de São Paulo, de autoria do rapaz Murilo Chibana, ilustrador paulista de 23 anos. E maaaais para baixo ainda o vídeo do Kurt Vile para “Jesus Fever”, batido já, mas só pelo prazer de vê-lo (e principalmente ouvir a música) de novo.

* A ganhadora do par de ingressos e seu desenho: Paloma Passetto

* O pôster do show Moore/Vile no Cine Joia, em 12/4

* O vídeo de “Jesus Fever”, de Kurt Vile

* Os ingressos para os shows de Thurston Moore e de Kurt Vile no Cine Joia estão a venda no site da casa de shows.

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Sonic Youth acaba mesmo. Show no Brasil foi o último mesmo
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Lúcio Ribeiro

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Desde a divulgação da notícia sobre a separação do casal Thurston Moore e Kim Gordon mês passado, o mundo indie ficou abalado com o iminente fim do Sonic Youth. Ainda com shows por fazer na América do Sul, o grupo fez suspense sobre seu futuro, mas se apresentou normalmente por aqui.

No entanto, em entrevista para a revista Rolling Stone, o guitarrista Lee Ranaldo confirmou que o grupo “vai acabar por enquanto”. “Cada banda segue seu rumo. Para mim não é uma coisa tão repentina como a imprensa trata”, disse ele, que destacou também que o agora ex-casal pede privacidade sobre o fim da relação.

Ranaldo não fez previsão alguma de uma nova turnê do grupo ou de um possível lançamento de algum novo álbum, já que eles possuem “toneladas e toneladas de material”, como o próprio disse.

A confirmação deste “fim” do Sonic Youth significa que o último – e com ares de histórico – show da banda aconteceu em 14 de novembro, no SWU, em Paulínia.


Balanço SWU: o que deu certo e o que não rolou em 2011
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Lúcio Ribeiro

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Sustentabilidade é isso: reaproveitar camiseta da edição passada

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>> Acabou. Último post SWU até 2012 _ ou não, sempre pode aparecer algum vídeo bizarro aqui e ali. Mas passado o cansaço e depois que a lama (das botas) secou, sobram as listas, os vídeos, as fotos, os elogios, as críticas… O festival SWU entra na categoria “haters gonna hate”, como todo festival de música. Nunca um line-up vai agradar 60 mil pessoas simultaneamente, o deste ano estava esquizofrênico, mas é tentando que se chega lá. Não vamos entrar no mérito sustentabilidade ou criticar a alienação do público em relação à causa ambiental, porque por mais que a proposta seja válida, ainda não é o motivo principal que nos faz ir até Paulínia com previsão de trovoadas. Principalmente quando ela é imposta, como uma “publicidade”.

É difícil dizer se a segunda edição do festival foi melhor que a primeira. Foram bem diferentes. Visualmente, o SWU de Itu era mais “friendly”, tinha mais cara de festival no campo. O deste ano, parecia um festival dentro da Cidade Universitária. Por outro lado, o festival deste ano pareceu mais organizado (*ver listinha abaixo) e a ideia dos palcos um de frente pro outro é MUITO melhor que a do ano passado, onde os palcos ficavam colados, tinha a área VIP estúpida na frente deles e o público não tinha como se locomover. Para nós da Popload (ou para quem acompanha o blog) faltaram bandas mais atuais, que estão despontando, mas que já têm músicas suficientes para serem incluídas em festivais como esse. O palco New Stage é sempre o melhor lugar para apresentar o que há de novo, como o nome diz, mas falta dar a ele um line-up mais… ousado. De repente, para outras edições, um palco “médio” poderia ser a alternativa entre o palco New Stage (para bandas novas-novas tipo Lana Del Rey hehe) e o palco gigantesco das atrações principais. Neste palco médio caberiam ASH, BRMC e Sonic Youth, por exemplo, bandas grandes para um palco pequeno (e sem telão!), mas que se perdem em um palco gigante e com público disperso.

Enfim, com os principais shows sendo transmitidos ao vivo na TV (o palco New Stage tinha transmissão online) e twitter funcionando como caixa de comentários real-time, não dá nem para dizer que você “não estava lá”.

Para a Popload, este foi o balanço SWU, abaixo.

Certamente deixamos passar muita coisa, mas você também pode contribuir com esta lista nos comentários. O que deu certo? O que fracassou? Quais foram as melhores apresentações? E as piores?

A maior varanda VIP do mundo?>> ROLOU:

* Para quem ficou em casa, a cobertura-guerrilha do Multishow chegou quase a ser melhor que o festival em si. E não sei se isso deve ficar na parte do WIN ou do Fail.
* A área VIP finalmente saiu da cara do palco e da frente dos fãs e foi para a lateral. Provavelmente a maior área VIP do mundo, eu acho, mas pelo menos não atrapalhou ninguém (foto acima).
* A divisão por gêneros funcinonou bem, evitando o “cadê o rock?”, que perseguiu o Rock In Rio durante os 32 dias de festival (*rs).
* A “segregração de estilos” também dividiu o público e quase não houve brigas ou bandas sendo expulsas com vaias. Pelo menos fora do palco (já dentro dele…). E olha que na segunda-feira rolou o Testosterona Stage, mas o público só tinha CARA de mal.
* Tyler the Creator/Odd Future talvez não tenha feito um show excepcional. Porque eles não fazem mesmo shows excepcionais. Mas, ter no evento um nome da “nova geração” ainda em ascensão, faz diferença. Antes Tyler hoje que amanhã.
* Chris Cornell conseguindo segurar umas 40 mil pessoas só no violãozinho.
* O show foi cancelado, mas Modest Mouse está em SP até amanhã. Soltinhos. Com instrumentos. Galera envolvida com casa de shows, manifeste-se.
* Praça de alimentação Veggie: aprovada!
* Não havia muitas filas para banheiro e bebida. Já a praça de alimentação estava sempre lotada, mas o atendimento foi tranqüilo.
* Pelas camisetas do público, o Iron Maiden precisaria de um festival só pra ele. Foi (quer dizer, sempre é) a camiseta oficial do SWU-metal. lml
* Courtney Love doidona, bagaceira, sem voz, fazendo um karaokê de Hole intercalado com stand-up-tragicomedy. Foi divertido, vai. Quando teve música, foi bem bom.
* A cena “simbólica” das guitarras e baixo do Sonic Youth no palco, no final do show, no final da banda (?), depois de “Teen Age Riot”. Pode acabar agora, Sonic Youth.
* Mike Patton vestido de Zé Pilintra, com terreiro no palco, CORAL DE CRIANCINHAS, cantando cafonamente em português e com discurso pré e pós show. Se com tudo isso ele não levou garrafinha pet na cabeça, temos um novo Bono.
* Finalmente a camiseta P*RRA C*R*LHO, sendo vendida por 80 reais na barraca de merchan oficial do SWU, fez sentido.


Popload Na Moda. No último dia só deram elas: camisa xadrez e camiseta metaaaaal.

>> NÃO-ROLOU

* Falta de sinalização (e de funcionário capacitado a dar informação) para os estacionamentos na chegada do festival
* A discotecagem estufa-lingüiça do Black Eyed Peas. Que papagaiada foi aquela? Parecia festa de formatura de colegial. Em salão de prédio.
* Se você reclama do “excesso de músicas cover” da dupla Miranda Kassin & André Frastechi, também tem que reclamar dos três ‘covers’ que a Courtney fez e do Michael Jackson versão Vila Madalena do Chris Cornell (ele ainda cortou um cover do Beatles e outro do John Lennon que estavam no setlist original). A “regra” vale para todo mundo. Mas, no fim, who cares.
* O show sem-banquinho e (só) com violão do Chris Cornell… Bonito e tal, mas para um festival ficou bizarro. O Cornell mesmo disse isso no show.
* BRMC tocando de dia, no palco principal. Não há jaqueta de couro e óculos escuros que sustentem o look. O mesmo vale para o ASH, que praticamente abriu o palco New Stage na segunda-feira.
* Modest Mouse contratar uma empresa particular, ficar sem instrumentos e não tocar. Mico do ano. Se é que foi isso mesmo.
* Crystal Castles também com problemas com equipamento, começou com uma Alice Glass se mataaando e se descabelando de tanto gritar. Pena que a gente não ouvia a voz dela.
* A gang do celular: até quando?
* Falta de indicação para os palcos, para a lista dos shows e dos horários. Quem não era jornalista e tinha acesso à sala de imprensa, não sabia quem tocava onde. O público do Chris Cornell, que esperava no palco do Duran Duran, teve que sair correndo quando percebeu que estava do lado errado.
* Isso dificultou ainda mais a vida dos “iniciados” que tentaram conhecer bandas novas no palco New Stage. Teve gente que a-do-rou o Is Tropical, mas era !!!. E que viu Miyavi achando que estava vendo Crystal Castles, cantando em japonês. Não, não tinha nem telão para facilitar.
* Meninas de salto alto (muito alto) na lama: até quando?
* Peter Gabriel x Roger. Roger x Chris Cornell. Roger no Twitter. Peter Gabriel ligando para o Roger. E todo mundo dando bola para isso.
* O show do Peter Gabrielzzzzz.
* Camisetas oficiais do evento por 80 reais?
* Água sendo VEN-DI-DA (5 reais) aos fãs espremidos e com sede, colados na grade.
* Sustentabilidade também depende de lixeiras em pontos estratégicos. Era difícil encontrar uma.
* Não tem como fugir da lama em festival desse porte. Mas dá para tentar evitar esse perrengue nos estacionamentos. Enfrentar carro atolado depois de doze horas tomando chuva é penitência, não diversão.

* Em 2012 estaremos de novo em Paulínia.

* Equipe POPLOAD no SWU: Alisson Guimarães (base), Ana Carolina (Bean) Monteiro, Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro (textos, Paulínia) e Fabricio Vianna (foto, Paulínia)

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SWU, dia 3 – Bem-vindo aos anos 90
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Lúcio Ribeiro

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Fique ligado. Durante o feriadão tem mais SWU na Popload.

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* 2h00 – O terreiro do Faith No More

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* 1h20 – Se o desvairado Mike Patton não aprontar alguma surpresa, o setlist do Faith No More, que encerra oficialmente o SWU 2011, será este.

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* 1h10
O Indie andou jogando contra o relógio no SWU. Depois do cancelamento do Modest Mouse no domingo, outra banda que passou por apuros com seus equipamentos foi o Crystal Castles. O atraso no New Stage, que já era de 30 minutos, passou para uma hora porque a aparelhagem da banda chegou em cima da hora. Fora isso, o CC foi o único grupo que não liberou transmissão por parte do Multishow (nem pela TV, nem pelo site). Mesmo assim, a voz endemoniada de Alice Glass marcou a apresentação encurtada do grupo, embora a gente nem tenha ouvido a voz dela direito.

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* 0h45 – Com desfile de hits, o Alice In Chains segurou bem o público com boa performance de William DuVall.

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* 0h15 – Scott Weiland, com visual comportado, se mostrou em boa forma e garantiu um show agradável do STP na noite de encerramento do SWU.

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* 23h50Algumas curiosidades do último dia do SWU.
1 – Hoje estavam distribuindo água sem cobrar para quem estava espremido na grade.
2 – Seguranças estavam proibindo que pessoas subissem nos ombros de outras. Alegram que apenas estavam cumprindo ordens.
3 – Fischer informou que, “para fugir da chuva”, o SWU 2012 deverá acontecer em setembro ou outubro.

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* 23h15 – Stone Temple Pilots fazendo show honesto e pesado por aqui.

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* 22h10 – O setlist programado para o show do Alice In Chains.

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* 21h30 – Sonic Youth

Com o famoso símbolo da máquina de lavar no fundo do palco, enquanto o público era lavado pela chuva em Paulínia, a banda americana Sonic Youth fez uma apresentação sem concessões no festival SWU, em outra passagem pelo Brasil.

Naquela que pode ser sua última apresentação no país e uma das últimas de sua gloriosa carreira independente –o futuro da banda é incerto, uma vez que o casal líder Thurston Moore e Kim Gordon anunciaram o divórcio–, o cardápio oferecido aos ardorosos fãs dos 30 anos do seminal grupo, e aos muitos que na verdade não tinham para onde ir na chuva, foi microfonia e água. Poucos hits para fãs não iniciados.

A apresentação foi irregular, assistir ao show foi uma experiência irregular, dada as circunstâncias climáticas e o vai-e-vem de capas de chuva impedindo a maior integração costumeira com a barulheira promovida por uma das principais bandas da história do rock alternativo.

Pelo menos a parte final, com chuva e tudo, foi gloriosa, com “Sugar Kane” e “Teen Age Riot”, duas de suas pérolas principais, a primeira dos 90, a segunda dos 80. E um simbólico passeio de microfonia no palco de Thurston e Kim, que antecedeu o fim mesmo. O fim mesmo?

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* 20h40

A maioria das bandas nos palcos principais do último dia do SWU tem em comum o sucesso que fizeram nos anos 90 _ e o fato de ficarem irritadas quando são lembradas disso pela imprensa brasileira. Apesar das diferenças de gêneros musicais, tiveram seu auge da fama de 1990 a 1995, com Primus, Megadeth, Stone Temple Pilots, Alice In Chains e Faith No More todos lançando discos “clássicos” no período. Até Duff McKagan fez o mesmo com o Guns N’ Roses, e o Phil Anselmo com o Pantera, à época – agora, o primeiro toca com sua banda Loaded, e o segundo com o Down. Ah, e o Raimundos e o 311 existiam nessa época também…

– Shows:

Duff McKagan foi extremamente simpático, até descendo ao nível da platéia para tocar uma música, escondendo levemente o material morno do grupo com uma cover de “It’s So Easy” (GNR) no final. Já o Black Rebel Motorcycle Club foi o oposto: um ótimo show, mas a banda parecia não se importar muito em estar ali. Enquanto Duff McKagan falou uns 20 “SÃO PAULOOO” e até incluiu “Brazilians” em algumas letras, o BRMC esperou até a penúltima música para se comunicar com o público, e, na última, o baixista Peter Hayes descer à platéia também.

No New Stage, o psicodélico The Black Angels foi um dos destaques do dia, uma perfeita alternativa para o genérico 311. Apesar do ótimo show, que relembra o melhor do The Jefferson Airplane, os fãs de Simple Plan guardando lugar na grade para o show que ocorreria mais tarde foram incapazes de aplaudir uma música sequer. Felizmente, o resto da platéia respondeu bem. Os vídeos antigos e desbotados no telão foram provavelmente o melhor acompanhamento visual de qualquer show.

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* 19h00 – O setlist do (talvez) último show do Sonic Youth.

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* 18h30

Dia de programação mais longa do SWU e que pode se tornar histórico, já que o Sonic Youth pode encerrar suas atividades hoje, no início da noite, aqui no ecofestival de Paulínia. O (ex) casal orgulho indie Kim Gordon e Thurston Moore pode pisar em um mesmo palco pela última vez (pelo menos no Brasil).

Fora toda a comoção pelo Sonic Youth, o último dia do SWU chega com um revival dos anos 90, década de ouro da música. Passam por aqui Stone Temple Pilots, Alice In Chains e Faith No More, por exemplo. Mas isso é assunto para mais tarde.

Os destaques até agora foram duas das atrações mais esperadas pelos indies: a veterena banda irlandesa Ash e a galera dark da Black Rebel Motorcycle Club. Os dois grupos tocaram em horários similares. Enquanto o Ash fazia show animado no New Stage, a BRMC apresentava show que dividiu opiniões no palco Energia. Só sei que em ambos os shows rolou muita música boa.

Outro ponto de destaque é o mau tempo que recepciona quem chega ao parque Brasil 500. A galera precisou se virar mais cedo para enfrentar a chuva e a lama. Esse é o nosso Glastonbury (?!), nas lentes de Fabrício Vianna.

* EQUIPE POPLOAD
Lúcio Ribeiro, Ana Bean, Fernando Filho, Fabrício Vianna, Alisson Guimarães.

* Setlists via Multishow


Sonic God: o show do Sonic Youth inteiro em Buenos Aires
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Lúcio Ribeiro

* Semana SWU.

* A lendária banda Sonic Youth está na América do Sul para fazer os que podem ser os últimos shows de sua importantíssima carreira. O grupo de NYC, que deve acabar depois da notícia do divórcio do casal indie-ícone Thurston Moore e Kim Gordon, se apresenta no Brasil dentro do festival SWU, segunda-feira que vem em Paulínia (SP).

O Sonic Youth iniciou sua turnê latina na Argentina, sábado passado, como se vê na foto acima. Depois, o grupo se apresentou em Montevidéu anteontem. Hoje, eles tocam em Lima. No domingo, a banda faz uma visita ao Chile, para o Maquinaria Festival. Na segunda (14), Thurston Moore e Kim Gordon podem pisar juntos pela última vez no mesmo palco no SWU, em show que já começa a ganhar traços históricos.

O show inteiro gravado por um fã em Buenos Aires, no último dia 5, está aí embaixo. Os vídeos vão rolando automaticamente após o play.

* Fotos: Nadia Guzman