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Strokes salvam o p(P)laneta. De novo!
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Lúcio Ribeiro

* Não foi lá uma grande salvada, tipo 2001, mas ainda assim. Num Planeta Terra com shows menos marcantes do que o de costume, coube à turma do nosso chegado Fabrizio Moretti despejar um caminhão de hits antigos para, pelo menos na nostalgia, fazer uma grande apresentação e ser o “diferencial” do festival neste ano. O Planeta Terra 2011 estava bonito, o clima ótimo, a noite incrível, mas faltou os shows “WOW” no Playcenter. Tirando ainda o concerto quatro-guitarras-duas-baterias dos canadenses do Broken Social Scene, que seria lindo no palco indie, o resto, quando foi bom, foi regular.

* Ah, dos brasileiros, só conseguimos ver o sorocabano The Name, que representou bem a nação indie, achamos.

* Ah, conseguimos ainda perder desta vez o bom Gang Gang Dance, “gótico adulto with laser” que pelo que soubemos de amigos foi o melhor show do palco indie. Minha culpa. Era eu quem iria ver.

**** PT 2011 – WIN
* organização do festival: pontual, sem muitas filas, sem empurra-empurra e sem vexame no telão. Quer dizer…
* Broken Social Scene: foi o equivalente Pavement da vez? A vez dos indies-indies (essa categoria tá quase morrendo) no palco principal.
* Interpol e o elegante Paul Banks. Ok, não é show pra festival ensolarado com clima de parque de diversões, mas até que não foi ruim de ver.
* “Slow Hands” tem letra emo e tal. Mas entrou na hora certa e quase adiou a debandada pro Goldfrapp, hein?
* Alison Goldfrapp fazendo cosplay de Cisne Negro (hehe) e com cachos ao vento (ops, ventilador) conseguiu lotar o palco indie. Show bonito, produzido, voz incrível, cafona até a alma, mas…
* Gang Gang Dance: er…
* Beady Eye: as músicas podem não ser tudo isso, e o show é daqueles tudo certo-tudo errado, mas é sempre legal ver Liam no palco. Meninas a minha volta comentavam que o “vocalista da banda” parecia o Al Pacino. Deixo com vocês.
* Só deu camiseta dos Strokes. Todos os brinquedos tocavam Strokes. Todos os stands de patrocinadores tocavam Strokes. Foi o festival do Strokes.
* Sorry, Liam. Mas a correria foi pro Julian.
* Julian animadão (isso, no vocabulário Strokes significa que ele falou -bem- mais que “Obrigado”) e com a voz muito melhor que na Argentina, os hits todos: o P(p)laneta estava salvo.

**** PT 2011 – FAIL
* White Lies cantando a morte e o sofrimento e a dor do amor com solzão e gritinhos de felicidade vindos da montanha-russa. Não to reclamando não, só achando engracado mesmo.
* O “chillwave” do Toro Y Moi começou sem ter começado. Com as caixas de som desligadas, o grupo percebeu os apelos da plateia e recomeçou. Desta vez, com a bateria estourada e voz quase no zero.
* Broken Social Scene: muitas guitarras, bastante barulho, mas parecia que não tinha ninguém na platéia, de tão quietiiiinha a galera.
* Vocês repararam que o Interpol tocou 4 vezes a música… Interpol?
* PO-HA: PLAYBACK, Goldfrapp??? Ninguém confirma. E, na verdade, playback ou não, o show estava mais para uma performance teatral mesmo, dublado e encenado. Mas não acho que a proposta da banda é essa, nada de muito ‘anormal’. Acho que prefiro o playback ao violino família-Lima e aquele teclado-guitarra. Jesus.
* Liam: Why so serious? Não falou nem metade dos “f•ck” que a gente esperava!
* Um grupo de fã de Oasis tentou um #occupy berrando o nome do vocalista do Beady Eye quando os Strokes entraram, mas foram abafados no quarto “LIAM”.
* E os Strokes tocaram algumas músicas novas tipo YOLO e UCOD (copiado do setlist abreviado da banda, as You Only Live Onve e Under Cover of Darkness apareceram assim no telão…). Ah, e Someday virou “Whatever Happened”.
* Curtiram o visual caminhoneiro-new-raver do Julian? E o visual Karate-Kid-Hipster do Nikolai Fraiture? Se sim, esse item vai para a seção “WIN” acima.


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