Blog POPLOAD

Arquivo : outubro 2011

Música do ano? – “A Simple Game Of Genius”
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Lúcio Ribeiro

* Última vez que falo dele (nesta semana). Juro…

* Noel Gallagher continua fazendo seu jogo. Prestes a lançar oficialmente seu álbum na próxima segunda-feira (lá fora), a mente pensante do Oasis fez o favor de deixar uma de suas melhores canções na carreira de fora do seu primeiro álbum solo, dos High Flying Birds. Ou mais ou menos de fora.

“A Simple Game Of Genius”, canção que dura mais de 7 minutos, pode ser encontrada apenas como bônus track nas vendas pelo iTunes ou nas versões físicas comercializadas no Japão.

Escrita originalmente em 2009, existe no YouTube uma versão não finalizada de 17 minutos gravada durante uma jam session do Oasis numa passagem de som em Hong Kong. O resultado final agora pode ser conferido aqui.

“Just the two of us / Broke up all the rules they made for us / Play a simple game of genius / If you live to fight another day”.

Voa, Noel.


Gotye não perdoa a ex e transforma DR indie em megahit na Austrália
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Lúcio Ribeiro

* Lembra de Jane e Herondy? Agora tira o brega da anos 80 da memória e bota uma levada hipster anos 10. Então…

* O “australiano” Gotye (nasceu na Bélgica), figurinha indie conhecida na rota Austrália/Zelândia, que lançou o belo “Making Mirrors” em 2010 e andou abrindo para o Coldplay e Mogwai na Oceania, chegou aos primeiros lugares de disco e single lá embaixo (Austrália) com um hit de dor de cotovelo explícito. É uma DR indie chegando a elevados patamares da parada. E, num jogral “eu te amo, eu te odeio” com a “convidada” Kimbra, a moreninha neozelandesa considerada a maior revelação da música independente do pedaço, já chega nos EUA e Inglaterra.

A tal DR indie é a música “Somebody That I Used to Know”, em que Gotye chora suas mágoas no nível “Você dizia que era tão feliz comigo que podia até morrer. E agora finge que nada aconteceu entre a gente”. Carregue essa lamúria de sentimento. A garota magoou mesmo o cara: “But I don’t even need your love”, ele diz, mentindo para si mesmo. Daí a Kimbra surge na música vomitando para cima do cara umas coisas que ele precisava ouvir. E já não dá para saber de que lado a gente fica. Hahahaha. Eu estou rindo, mas é treta.

A música é, assim, diferente. Bem bonitona. O vídeo, lançado por Gotye em julho, tem DEZ MILHÕES de acessos no Youtube. Hipster ao extremo, traz Gotye e Kimbra sem roupa (calma!) em fundo branco ganhando cores diversas e pinturas geométricas, conforme a DR vai esquentando. Artsy na fossa, né?

Gotye lançou “Making Mirrors” no circuito indie em agosto. De repente, o álbum foi direto para o primeiro lugar da parada australiana mainstream. Foi a primeira vez desde 2007 que um artista australiano chega ao topo do chart no próprio país emplacando em primeirão tanto álbum e single.

Óbvio, “Somebody That I Used to Know” começou a ser tocada bastante além-Austrália. Nos EUA, o disco e o cantor multiinstrumentista já ganhou elogios no Twitter do cara certo: o ator Ashton Kutcher, que tem milhões de seguidores. Na Inglaterra, a Lily Allen é pirada no australiano. Na França, a sensacional revista “Les Inrockuptibles” já adotou o rapaz. No Brasil, está ganhando post na Popload. Pensa…

Solidarize-se com Gotye, ou com a Kimbra, em seu vídeo DR.


U2ung, baby. Documentário do discão do U2 passa sexta no Rio. Quer ir?
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Lúcio Ribeiro

* O foco das amplas comemorações discográficas deste ano agora está em cima do famoso “Achtung Baby”, o disco indie dance do U2 de 1991, portanto o aniversariante de 20 anos da vez.
A gente falou aqui sobre a incrível coletânea que a revista britânica “Q” vai botar nas bancas (de lá) no dia 26 de outubro junto com seu exemplar de dezembro antecipado, e que carrega covers de gente tipo Nine Inch Nails, Killers, Jack White, Patti Smith e renca estrelada. O Bono disse mas não disse que o disco da “Q” é “even better than the real thing”.

* Além disso, o álbum “Achtung Baby” em si vai ser relançado em edições comemorativas agora no dia 31 de outubro, em CINCO formatos diferentes. Que vão do disco em si até uma caixa “uber” deluxe que trará até os óculos de mosca do Bono. Em alguns destes formatos está o documentário “From the Sky Down”, que conta os complicados bastidores de gravação deste sétimo álbum do U2, que fez da já famosa banda um verdadeiro fenômeno mundial, mas deixou espinhos no relacionamento do quarteto irlandês.

“From the Sky Down”, dirigido por Davis Guggenheim e que estreou recentemente no Festival de Cinema de Toronto, passa SEXTA-FEIRA agora, MEIA-NOITE, no Festival do Rio 2011. O U2 no cinemão acontece no Odeon Petrobras, na Cinelândia. E a Popload tem UM PAR DE INGRESSOS para quem quiser ir (cariocas ou quem estiver na cidade). Se estiver a fim, candidate-se nos comentários com singelos pedidos de “Pick me, pick me”. Quinta cedo eu informo o vencedor.

E fique com o cover de “Love Is Blindness”, música lindona que encerra o “Achtung Baby”, na voz e na guitarra de Jack White, música que vai estar na coletânea da “Q”.


Indie Californication. The Hundred Days aumenta a bombação do Oeste
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Lúcio Ribeiro

* A Califórnia está bombando tanto que não está sobrando nada para o Brooklyn. Nem a Lana Del Rey quis ficar no bairro hype americano e se mandou para Londres.

* Depois de Foster the People, Funeral Party e Grouplove, todas de Los Angeles e região, agora a gente detecta o buzz geral dos blogs americanos em direção da banda indie dance The Hundred Days, de San Francisco. Na verdade, o indie americano já deita certa falação para cima do Hundred Days desde o Sxsw passado. Mas agora a coisa está ficando “séria”. O grupo, todos de 20 e pouquinhos anos e uma espécie de Killers do começo, Bravery do fim e Rapture de sempre, é puxado pela guitarra viciante e pela incrível voz do sujeito Jonathan Smith.
O disco deles de estréia, “Really?”, foi lançado no finalzinho de agosto. “Sex U” foi o primeiro single. E, nesta semana, saiu o segundo single do CD, “Girl at a Party, que emerge do álbum com um vídeo engraçado.

Típica banda ensolarada da Califórnia que deixa alegre até mesmo as músicas mais, hum, sofridas, o Hundred Days parece ser obcecado pelo que a galera californiana tem mais na cabeça: mulherada. Vendo a capa do disco e dos dois vídeos deles, o novíssimo “Girl at a Party” e o “antigo” “Sex U”, me veio essa impressão na cabeça. Vê se é cisma minha.


Strokes vira uma banda uó
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Lúcio Ribeiro

* Ou a Banda Uó virou Strokes, como queira.

* O trio paraense goiano Banda Uó lançou inteiro o que já tinha em teaser. Concorrente ao VMB 2011 da MTV, o extravagante grupo soltou em vídeo a íntegra da tocante “Rosa”, versão tecnobrega-picareta do hino “Last Nite”, dos Strokes. A música, a bela história de um cara que quer usar de seu amor para roubar a prostituta Rosa de um bordel, estará na coletânea “Is This Indie”, que o site Rock’n’Beats promete lançar algum dia deste outubro. O disco virtual é uma homenagem do indie nacional aos 10 anos de “Is This It”, o primeiro disco dos Strokes. A banda de Julian Casablancas e amiguinhos volta ao Brasil em novembro para tocar no Planeta Terra.

Gostei de um comentário de um fã da Banda Uó para o novo vídeo do grupo: “Davi, PARA DE SER LINDO”. Haha.


O eletrônico Ultra Music Festival anuncia quinta-feira Soulwax/2ManyDJs e sua caída ao indie
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Lúcio Ribeiro

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* Na próxima quinta-feira, dia 3, em evento para a imprensa em São Paulo, o eletrônico Ultra Music Festival deve “inflacionar” o mercado de shows internacionais no Brasil e anunciar seu line-up para o dia 3 de dezembro, no Anhembi. Pelo menos boa parte dele.

O evento, que reverbera no Brasil a marca Ultra, de Miami, considera essa sua primeira edição de fato. A do ano passado, com Moby, foi um “reconhecimento de terreno para um novo megafestival eletrônico” por parte da organização do festival, que em anos passados já fez o gigantesco Skol Beats.

O festival já tem no elenco a bagunça techno-funk-dancehall Major Lazer, os gigantes (na Inglaterra) Swedish House Mafia e o dance-punk canadense MSTRKRFT, tudo projeto que já mostra a variação eletrônica para tudo quanto é lado.

Uma delas será a provável confirmação do ótimo poligrupo belga Soulwax, que tem uma versão-picape sempre incrível, o 2ManyDJs. As duas versões dos projetos dos irmãos David and Stephen Dewaele são atração do Ultra.

* Há um ar de surpresa no anúncio todo do Ultra. Esperam-se novidades tanto no line-up quanto na forma do festival. Não se espante se aparecer um nome indie no line-up. Além do Soulwax, mesmo.

* O Ultra vai anunciar, além do festival do Anhembi, uma série de shows de seu elenco em clubes da cidade, UMA SEMANA ANTES do evento principal. A idéia é transformar São Paulo na sede da “club culture mundial”, segundo os produtores.

* O Ultra Music Festival esperava fechar com o Prodigy, que acabou fechando com a XXXperience por uma logística de datas, e também não vai ter o Chemical Brothers, nome forte com o qual o festival contava. Pelo menos é isso que se sabe nos bastidores.

* Vamos esperar a quinta-feira.

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Planeta Terra banda a banda: Liam Gallagher abre para os Strokes, mas vende mais ingressos
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Lúcio Ribeiro

A organização do Planeta Terra divulgou agora pela manhã a programação completa com os horários dos shows. O evento terá dois palcos, o “Sonora Main Stage” e o “Claro Indie Stage”. O esperado embate Liam x Strokes não vai rolar, infelizmente.

Mesmo tendo sido o causador da venda meteórica de ingressos, Liam Gallagher vai abrir para os Strokes, no mesmo horário de Peter, Bjorn and John e Goldfrapp. Bombay Bicycle Club e Interpol também se cruzam.

Confira os horários:


Dá-lhe Foster the People: a alegre música trágica e a performance com o… Kenny G
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Lúcio Ribeiro

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Dando continuidade à dominação do indie americano, a banda californiana Foster the People tocou ontem à noite em Seattle, em show esgotadíssimo. A apresentação teve de mudar para um lugar maior por causa da absurda demanda por ingressos. Era no tradicional Showbox at the Market. Precisou ser no maiorzão Showbox SoDo (veja vídeo abaixo).

Não faz cinco meses, já famosinho mas ainda não tão elevado às alturas pelo hype, o Foster the People tocou na região, no hoje megafestival Sasquatch. Escalados para um palco menor, atraiu tanta gente na época que teve quem viu o show dançando em cima das barracas de comida.

Enfim, de lá para cá, com uma bombada performance deles no Lollapalooza e até a própria performance do primeiro disco, “Tourches”, em vendagens, o Foster the People anda arrebentando e arrebentando.

Parte de uma ensolarada cena indie pop de Los Angeles, da qual estão na mesma onda bandas como Grouplove e Funeral Party, todas juntas dando destaque à cidade californiana já quase no mesmo nível da Nova York de 2001/2002, o Foster the People tem no hit “Pumped Up Kicks” um improvável fenômeno.

A música, cheia de energia, alegria, que desperta fácil a vontade de dançar, abraçar os amigos (haha), é na verdade uma sombria história de um garoto psicótico que achou uma arma e já que está com ela nas mãos pegou coragem para fazer umas vingancinhas.
Os EUA chacoalham felizes ao som de um temível “shooter”.

Enfim. A bombação geral nos últimos meses, semanas, dias, horas em torno do Foster the People não se resume ao show de Seattle de ontem. Sábado passado, tchanã, o grupo se apresentou no impagável “Saturday Night Live”.

Foram duas músicas, introduzidas pelo host da vez Ben Stiller. O hit “Pumped Up Kicks”, óbvio, e “Houdini”, que contou com um convidado especial: o saxofonista cafona Kenny G. Vou repetir: o Kenny G. Veja abaixo as performances do Foster the People no “SNL”. Mas, antes, o bombado hit disco “Call It What You Want”, ao vivo sacudindo Seattle nesta madrugada.

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“Achtung Baby”, do U2, foi recriado: melhor que o original?
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Lúcio Ribeiro

* Ahk-toong Bay-bi.

Isso sim é uma homenagem. A revista inglesa “Q” juntou um monte de bamba da música pop para recriar o megafamoso e polêmico disco da banda U2, o “Achtung Baby”. O disco “alemão” da turma do Bono, que botou o U2 na trilha do indie e da música eletrônica, é outro que faz 20 anos este ano, pois foi lançado no mágico 1991.

The Killers, Depeche Mode, Jack White, Nine Inch Nails, Snow Patrol, Patti Smith colaboram no disco comemorativo do “Achtung Baby”. A revista, que também serve para lembrar os 25 anos da “Q”, chega às bancas britânicas dia 26 de outubro. É a edição de dezembro antecipada da “Q”, que também estará disponível on line, no www.qthemusic.com. Dá para encomendar a revista em algumas bancas de São Paulo.

“Quando eu ouvia este disco, na época em que fizemos, só conseguia notar as coisas ruins dele. Mas ouvindo agora essas versões, através dessa gente toda, me faz acreditar que o disco era realmente bom”, disse o próprio Bono, quando escutou a homenagem da “Q”. “Algumas dessas versões ficaram melhores que as nossas originais.”

Veja quem-toca-o-quê no “Achtung Baby” recriado:

1. Nine Inch Nails, “Zoo Station”
2. U2 (Jacques Lu Cont Mix), “Even Better Than the Real Thing”
3. Damien Rice, “One”
4. Patti Smith, “Until the End of the World”
5. Garbage, “Who’s Gonna Ride Your Wild Horses”;
6. Depeche Mode, “So Cruel”
7. Snow Patrol, “Mysterious Ways”
8. The Fray, “Trying to Throw Your Arms Around the World”
9. Gavin Friday, “The Fly”
10. The Killers, “Ultraviolet (Light My Way)”
11. Glasvegas, “Acrobat”
12. Jack White, “Love Is Blindness”

É famosa a história de que o U2, a princípio, não gostou muito do resultado do “Achtung Baby”. O disco demorou três anos para ser lançado e marcou uma guinada no som da banda em direção de um certo indie-eletrônico. “Achtung Baby”, o sétimo álbum do grupo irlandês, veio para suceder o famoso “Rattle & Hum”, o “disco americano” do U2, de 1988. Foi gravado em Berlin, na renascida Alemanha da época. Do blues americano, o U2 estava indo na direção da indie-disco. Bono ficou confuso com o resultado e a produção de Brian Eno. Mas daí o disco vendeu 20 milhões de cópias e gerou cinco dos mais famosos hits da banda.