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* Não sei mais se é a musica mais famosa do famoso Radiohead, mas o fato é que “Creep”, o hino que botou a banda de Thom Yorke no mapa, completa hoje 20 anos de existência. “Creep”, a canção de um ser miserável que se sente um lixo, foi lançada como single em 21 de setembro de 1992. A princípio sem muito efeito bombástico na cena inglesa na era do grunge, “Creep” foi ganhando fama e importância aos poucos, até, por exemplo, ser relançada um anos depois nos EUA, com a letra mudada. Com o sucesso indie levando a música a ser bastante tocada em rádios americanas, tiraram o “fucking special” do original e meteram um “very special” para não ultrajar famílias. Sem o “fucking” e a consequente “aceitação” maior dos americanos, “Creep” virou hit indie mundial. Um ano depois de lançada, chegava ao Top 10 de singles na Inglaterra natal.

A música ajudou a banda a se tornar conhecida, mas também virou uma espécie de maldição, porque deu ao Radiohead uma fama de “deprê” que não descolava do grupo nem nas mudanças de fases, da pegada experimental, mais eletrônica. Tanto que foi tirada dos setlists dos shows do Radiohead por anos. Quando a banda voltou a tocá-la, abrindo o Reading Festival de 2009, o Reino Unido entrou em comoção, virou assunto de reportagens mais que propriamente o show, aquelas coisas.

Um dos grandes momentos de “Creep” é também um dos grandes momentos do desenho da MTV americana “Beavis & Butthead”. No auge do programa, pinta “Creep” para os moleques retardados “analisarem”.
“Creep”, você lembra, tem a métrica das músicas calminha-barulhenta-calminha-barulhenta famosas da época e que teve no Nirvana seus especialistas.
Daí a música e o Radiohead aparecem na TV dos bizarros meninos losers da MTV. Butthead pergunta o que é aquilo. Beavis disse para ele esperar um pouco, não trocar de canal, porque a canção iria “ficar boa” (depois da parte chata, lamuriosa). Butthead emenda dizendo que seria bom que a música melhorasse mesmo, senão ele iria dar ao vocalista loirinho esquisito um bom motivo para ficar de “mimimi”. Aí entra a parte das guitarras altas e Beavis & Butthead vibram. O melhor MESMO, haha, é quando a música volta a entrar em parte calma, lenta. Os moleques reclama e Beavis sugere: “Porque eles não tiram a parte chata e tocam a música só com a parte boa”.
Gênios.

Então, para homenagear a histórica “Creep”, vamos de dois momentos dela. A do Beavis & Butthead ele-mesmo. E um vídeo-desenho incrível que surgiu botando uma versão acústica da música como trilha.

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* Não tem para onde fugir. Uma overdose de Killers tem dominado o pop nos últimos dias por conta do lançamento do novo álbum, “Battle Born”, que por mais impressionante que seja (para mim) até que eu gostei. O disco chegou às lojas nesta semana, inclusive aqui no Brasil. Tenho até dois CDs para sortear, se você curte o artigo.

Brandon Flowers e seus amigos de Las Vegas fizeram session-show ao vivo para o Zane Lowe, da BBC Radio One (do qual trazemos as fantásticas “Mr. Brightside” e “All The Things That I’ve Done”, entre outras), se apresentaram no festival do iTunes em Londres (tem o show INTEIRO aí embaixo), tocaram ontem à noite a “Runaways”, o novo single, no programa do David Letterman (também aí embaixo), protagonizaram uma transmissão para a internet de concerto de Nova York dirigido pelo cineasta Werner Herzog (do qual tiramos “Runaways”, da abertura.

>>Sem muito alarde e sem muito ter o que fazer com duas cópias brasileiras de “Battle Born”, a Popload as bota para sorteio esse quarto lançamento do Killers. Se quiser, você sabe como tentar ganhar.<<

Em outubro o Killers começa na Inglaterra uma série de 13 shows em arenas para divulgar “Battle Born”. Brandon Flowers disse recentemente ao jornal carioca “O Globo” que tem acertada a passagem da tour pelo Brasil em 2013. Parece que vai ser um show em um grande festival e extensão da turnê por algumas outras cidades (que não a do festival). Vamos ver.

Então vamos de batelada do Killers. Eles no Letterman ontem, o show inteiro no iTunes Festival, “Mr. Brightside” e “All The Things That I’ve Done” do programa do Zane Lowe, “Runaways” tirada da apresentação que o Herzog assinou. Segura o Flowers.

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* Funk-funk. Não o “nosso funk”, veja bem.

Em pouco menos de duas semanas, será lançado no mercado o sexto disco de estúdio do Muse, “The 2nd Law”. O álbum tem sido aguardado não só pelos fãs, já que a banda cansou de dizer em entrevistas neste ano que “quer dar um passo a frente” com este novo lançamento, prometendo até dubstep.

Ontem, em um show feito em Colônia, Alemanha, o grupo de Devon tocou cinco novas músicas que estarão em “The 2nd Law”. “Panic Station” é um pouco mais “swing”, quase funk, de dar orgulho ao James Brown. Além dela, foram apresentadas a mezzo Radiohead “Animals”, “Follow Me”, “Supremacy” e “Save Me”, esta última cantada pelo baixista Chris Wolstenholme. Os singles “Survival” e “Madness” foram bem recebidos pela galera.

Vamos ver qual o resultado destas faixas dentro do álbum, já que o Muse, banda que ficou gigante nos últimos anos tocando em estádios por todo lado, costuma ir da glória evocada de riffs do Black Sabbath a uma zona de conforto de psicodelia de um Queen xarope em questão de minutos.

Se o disco não vazar antes, vamos ter uma boa noção dessas músicas ao vivo na semana que vem (dia 30), quando o Muse será uma das atrações do iTunes Festival, em Londres, em show que será transmitido ao vivo.

Vai, Matt.

* O setlist.

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* Você sabe, para todas as edições do Popload Gig é preparado, em edição limitada, um pôster especial para a data, o show, o local, feito por um artista emergente e que daqui a poucos anos vai valer uma fortuna absurda. Essas coisas que acontecem com obra de arte, tá ligado?
Já teve o 3D do Tame Impala, o lisérgico do Primal Scream, o de crochê do Nouvelle Vague etc.
E acaba de sair o da Feist, atração do primeiro Popload Gig Residências, que acontece com dois shows nos dias 22 e 23 de outubro no Cine Joia, em São Paulo. A ideia das Residências é botar um artista que normalmente tocaria num lugar bem maior para se apresentar mais que uma vez num lugar menor, mais íntimo.

Este pôster lindão para botar em cartaz os shows da canadense Leslie Feist tem assinatura de Eduardo Recife, artista plástico, ilustrador e tipógrafo mineiro que já exibiu sua arte em exposições em Londres, EUA, Japão, Dinamarca, Espanha e Austrália e ganhou Leão de Ouro da propaganda em Cannes.

De novo, a edição do pôster abaixo é bem limitada. Prepare a agilidade para garantir o seu. 🙂

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* Começando este post informativo às 4:20, para dizer que hoje tem show do Planet Hemp na festa do VMB, no Espaço das Américas, a Lady Gaga fumou a erva danada em show da Holanda, dada por um fã durante o concerto, e a Fiona Apple foi presa no Texas ontem com um carregamentinho de haxixe achado no seu ônibus de turnê, na entrada da cidade de, atenção, Sierra Blanca? Está presa, a Fionna. Será que isso pode atrapalhar a…

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Atual rostinho bonito da gigante rede de lojas H&M, Lana Del Rey estreou em comercial de TV nesta semana e, junto, a loja soltou um vídeo especial da nossa cantora favorita interpretando a clássica “Blue Velvet”, música que foi sucesso nos anos 50 e que serve de trilha para a nova campanha.

“Blue Velvet” inspirou o filme de mesmo nome lançado em 1986 com direção de David Lynch, que foi convidado para conduzir também o comercial cheio de referências à interpretação feita por Isabella Rossellini no filme.

Durante dois minutos, aparecem vários elementos que são marca registrada de Lynch. Tem marinheiro, anão, brincadeira bem-me-quer com margarida, risos disfarçados. Tudo com um toque lúdico. Fora isso, a bela voz de Lana que caiu muito bem na música. Veja abaixo o vídeo da H&M e a famosa cena do filme 80’s.

* P.S.: Cabe dizer também que Lana Del Rey está morena, Brasil!

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É tradição quando chega o final do ano a gente listar os melhores momentos de 2012. Melhor álbum, melhor música, melhor show e por aí vai. Restando pouco mais de três meses para o ano se findar, ainda teremos muitos shows para ver de perto. Já entre os shows que nós “ouvimos falar” – os longe daqui – desponta um entre os melhores registros do ano.

O incrível trio The xx, bombando o lançamento de seu novo disco “Coexist”, top 5 da Billboard, fez uma apresentação especial ontem em Bridlington, Inglaterra. Durante mais ou menos 40 minutos, o cultuado grupo tocou ao lado da BBC Phiharmonic Orchestra, em show que foi transmitido dentro do programa do bamba Zane Lowe. O setlist foi baseado principalmente nas músicas do “Coexist”. Coisa linda de se ouvir.

* The xx & BBC Philharmonic Orchestra, o setlist:
Angels
Heart Skipped A Beat
Missing
Fiction
Reunion
Sunset
Tides
Infinity
Stars

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* Entre idas e vindas, mister Greg Dulli levou ontem seu respeitabilíssimo grupo de “alternative rock” The Afghan Whigs para tocar no programa do apresentador americano Jimmy Kimmel. O Afghan Whigs foi atração musical da versão “outdoor” do late-show de Kimmel, com plateia grande e fora do mero palco de auditório, uma das marcas do programa. O sexteto do Ohio, banda cult lá por 1994/1995, numa marcante e confusa época pós-Nirvana do rock americano, apresentou na TV dois de seus hits antigos, na sequência: “My Enemy” e “Uptown Again”. Difícil encontrar algo que cheira mais anos 90 do que isso.
Repare que Kimmel continua, na despedida, agradecendo às atrações da noite e se desculpando com o ator Matt Damon, como sempre faz em todo programa, há muitos anos, sem nenhuma razão, haha. Doido.
Ao todo, o Afghan Whigs tocou seis músicas no palco live de Kimmel. O resto das músicas vão ficar disponível na internet. Por enquanto, veja as duas canções que rolaram na TV ontem.

O Afghan Whigs, que voltou a tocar juntos este ano e neste final de semana em Nova York vai ser a banda-curadora de uma versão americana para o festival All Tomorrow’s Parties, lançou em julho uma cover do rapper soul Frank Ocean, para a música “Lovecrimes”, que você pode ouvir aí embaixo.

Afghan Whigs, “Lovecrimes (Frank Ocean Cover)” by The FADER

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* Seguindo com outra batelada de fotos de ídolos da música em momentos íntimos de bastidor, cuja primeira parte foi publicada hoje mais cedo. Isso é uma compilação que saiu originalmente no site Flavorwire e revela os astros momentos antes de entrar em ação ao vivo ou logo após sair do palco.

quem: Iggy Pop loiro em camarim de show nos EUA, em 1973
foto de: Michael Ochs

quem: banda inglesa The XX prestes a entrar em cena em Londres, foto de 2009
foto de: Katherine Rose

quem: Lemmy, do Motorhead, em momento sussa antes de espancar seu baixo em turnê americana de 2008
foto de: www.imotorhead.com

quem: Keith Richards dá um confere no Twi… Não. Keith Richards pré show dos Stones nos anos 70.
foto de: ??

quem: Kevin Barnes, do Of Montreal, faz um make antes de performance no Iceland Airwaves, festival islandês, 2007
foto de: Leó Stefánsson

quem: “Tô bonito, John?”. Paul McCartney e os Beatles dando um último tapa antes de show para a TV americana
foto de: ??

quem: Panda Bear, do Animal Collective, depois de show no em 2011 em Williamsburg, no Brooklyn, NYC
foto de: Jono Ryan

quem: Joe Strummer, do Clash, tomando uma Coca enquanto não faz performance em show da banda na época do “Combate Rock”, comecinho dos anos 80
foto de: ??

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* Para deixar claro, Totally Enormous Distinct Dinosaurs e Flying Lotus.

Ser mais excêntrico da música de hoje – chupa, Lady Gaga – o moleque Orlando Higginbottom, que presta serviços à música sob a nomenclatura Totally Enormous Extinct Dinosaurs vestido de dinossauro intergaláctico, lança novo vídeo para a boa “Your Love”, faixa de seu ótimo disco “Trouble”.

No vídeo, o TEED pega uma fita K7 e bota a dance “Your Love” para tocar. Automaticamente, o som remete sua mente brilhante para lugares esporádicos, especialmente localizados na Ásia. Literalmente uma viagem.

E foi em uma das minhas viagens por aí que vi o TEED pela primeira vez. Foi no famoso King Tut’s de Glasgow, no início desse ano. Lembro que na época todo mundo falava desse moleque que mistura electrodisco meio dubstep, às vezes Depeche Mode, mas com um quê de Boss in Drama, de voz bonita e figurino de outro planeta. Meses mais tarde, ele fez show elogiado no “nosso” Sónar do Anhembi.

* O gênio Flying Lotus lança mês que vem seu quarto álbum de estúdio. “Until The Quiet Comes” chega mostrando todo a batida descompassada do figura que é fonte de inspiração do Thom Yorke. Em forma de vídeo, ele mostra um recorte sonoro do novo disco. “Putty Boy Strutt” mostra robôs animados em uma saga aventureira. Achei esse som dubstep para bebês. Diz que não?