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Arquivo : outubro 2012

O fim do mundo como nós o conhecíamos: Michael Stipe trocou o REM pelos gifs animados
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Lúcio Ribeiro

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Ferramenta mais legal da internet, os gifs animados estão dominando o mundo. O mundo real, quero dizer. Imagens clássicas que resumem bem os acontecimentos bestas e marcantes do cotidiano, os gifs-animados-zueirinhas estão virando coisa séria.

É que agora existe o “Moving The Still, A Gif Festival”, evento que acontecerá em dezembro, durante a Miami Art Week. Ou seja, um festival de gifs. Será feita uma espécie de parede da fama animada com os gifs mais legais que pessoas simples como eu, você ou o Michael Stipe do REM podem enviar. Quer dizer…

Que a lenda Michael Stipe tem um gênio esquisito todo mundo sabe. Mas você provavelmente não sabia que ele gostava de gifs animados. Ele já enviou um gif e, mais, será JURADO da competição dos melhores gifs. E você aí esperando uma volta do REM. Abaixo o gif enviado pelo Stipe.

Para enviar seu gif e tentar cavar uma “participação” no festival, é só clicar aqui. O Moving The Still acontece em comemoração aos 25 anos do surgimento dos gifs. Sério.

http://25.media.tumblr.com/tumblr_m0xtjnQ4la1rpiwdbo1_400.gif


Salud, bitches. Em prévia do Planeta Terra, meninas roubam a cena em Buenos Aires
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Lúcio Ribeiro

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Espécie de mini-Planeta Terra, teve início ontem em Buenos Aires a edição 2012 do festival Pepsi Music. No palco, quatro atrações que estarão no Jockey Club amanhã. Era para ser cinco, se o Kasabian…

Garbage, Gossip, Best Coast e The Maccabees deram uma prévia em terras argentinas dos shows que farão por aqui. A imprensa de lá destaca que a noite foi das mulheres. Shirley Manson, Beth Ditto e Bethany Cosentino, cada uma ao seu modo, roubaram a cena.

A “pequena” Bethany Cosentino encantou o público com sua “timidez e doçura”. A Rolling Stone local destacou os extremos bipolares da sensibilidade do rock retrô e lo-fi da banda, passando pela surf music e apontou como pontos altos do show músicas como “Let’s Go Home”, do recente segundo disco, e “Boyfriend”, primeiro hit do duo da Califórnia.

A diva Beth Ditto foi o furacão de sempre. Chegou esbanjando simpatia e logo no início pediu desculpas pelos cancelamentos anteriores (haha). Disse que amava o público argentino, conhecido como “o melhor do mundo”. Que tocaria todos os covers do Kasabian e que o show seria uma festa. Entre as músicas, tentou se comunicar com o público com palavras em espanhol forçado misturado com o inglês. “Salud, bitches”, por exemplo. O show do Gossip foi super elogiado, especialmente pela segurança que a voz de Ditto passa para a apresentação.

Mais veterena e não menos musa, Shirley Manson se encarregou de fechar a noite com o Garbage. Atração principal de ontem, a turnê mundial do grupo está a pleno vapor. Cheia de gás, a banda não se reunia para shows fazia um bom tempo. Na primeira metade do show, o grupo emendou hit atrás de hit. “Supervixen”, “I Think I’m Paranoid” , “Queer” e “Stupid Girl” fizeram os argentinos relembrarem os anos 90. Faixas do recente disco “Not Your Kind Of People” também foram apresentadas. O Garbage fez questão de dar todo um clima dark para o show, desde a roupa da Shirley ao cenário do palco, já que colocaram cortinas negras sobre os telões e bolaram um jogo de luzes especial. Climão que vai invadir o Jockey amanhã. Só falta armar o mau tempo do domingo do Lolla deste ano…

Setlist do Garbage

* Fotos: Tommy Boy / Rolling Stone AR / Pepsi Music


Kasabian está no Brasil, passeia pelo MASP, mas show no Planeta Terra não vai acontecer
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Lúcio Ribeiro

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** Ou foi, ou é ou será. Alerta vermelho no Planeta Terra. Não, não é com o Gossip.

O show da banda inglesa Kasabian no festival Planeta Terra, sábado, não vai mais acontecer. A produção do festival paulistano deve soltar comunicado oficial a qualquer momento.

O corre-corre nos bastidores se estabeleceu desde o início da semana quando veio da Inglaterra a notícia de que Serge Pizzorno, guitarrista do Kasabian, está com problemas de saúde, o que motivou o cancelamento dos shows da banda no Chile (terça, 16) e Argentina (hoje). O show de São Paulo estaria de pé, a princípio.

Na terça, veio uma notícia esperançosa. Apenas o show de Santiago seria cancelado e o de Buenos Aires, remarcado para domingo, dia 21 (desta vez depois da apresentação em São Paulo). A essa altura a banda já estava no Brasil, tinha até passeado pelo MASP, em São Paulo. Menos o Serge, que estava esperando uma melhora para embarcar.

No entanto, a organização do festival Pepsi Music argentino informou no início da tarde de hoje que o estado de saúde do guitarrista piorou e que o show por lá, o de domingo, está cancelado mesmo. Dizia que Serge estava impossibilitado de fazer a viagem à “turnê sul-americana”.

A organização do Planeta Terra ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Mas o site do Terra no México informou que os shows sul-americanos, Brasil incluído, não iriam mais acontecer.

Até boato de que estaria vindo um “guitarrista substituto” para o Kasabian circulou nos bastidores hoje.

Mas a Popload acaba de apurar que o concerto do Kasabian em SP está cancelado. Pena.

 

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A bela banda carioca Glass N’ Glue chega a SP com show, primeiro disco, vídeo novo e vinis coloridos
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Lúcio Ribeiro

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* A “bonita” banda carioca Glass N’ Glue, um pé no rock e outro na passarela, lança seu primeiro disco em São Paulo na semana que vem, com show no Beco SP, na Augusta. O álbum, o bem bom “Give Me Some of Your Dreams”, teve lançamento no Rio de Janeiro no final de setembro.

O Glass N’ Glue é hoje um trio formado por Marina Franco, Fabricio Matos e Paulo Ferreira. Ao vivo, tem a presença de agregados, formando ora um quinteto, ora sexteto. A banda foi reinventada no final do ano passado, quando a ex-vocalista Mayana Moura, atriz de novelas da Globo, saiu do grupo e Marina virou loira e assumiu solo o microfone principal.

“Give Me Some of Your Dreams”, que vai ter o CD distribuído nacionalmente pela Deck, foi lançado também em vinil, “rachando” suas dez faixas em três compactos luxuosos e coloridos. O vinil será vendido só em shows do grupo, ao preço de R$ 15 cada. Coisa fina. Tanto o CD quanto os vinis foram bancados e produzidos pela própria banda.

A Popload veicula com exclusividade o vídeo da ótima faixa “Give Me Some of Your Dreams”, que também dá nome a esse primeiro álbum do Glass N’ Glue. O vídeo é bem classe, na feitura esperta e na música em si. Nele, Marina está em apuros.

No final do ano passado, o Glass N’ Glue fez uma session especial para a Popload. Na cover escolhida, tocaram a maravilhosa “Pass This On”, da banda sueca The Knife. Tal performance, até para você ver o pique do Glass N’ Glue ao vivo, ainda que em estúdio, você pode ver de novo, abaixo.

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The Drums ontem no Peru: o melhor show do Planeta Terra sábado que vem?
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Lúcio Ribeiro

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* Espécie de Beatles no Peru por algum motivo, a banda indie nova-iorquina The Drums tocou solo ontem à noite em Lima para um público que gritava sem parar, lotou o Centro de Convenciones Scencia e abafava o vocalista Jonathan Pierce ao cantar todas as letras junto dele. Durante os dois dias que o grupo esteve na cidade, foi um tal de descobrir o hotel onde eles estavam hospedados, fazer página especial para eles no Facebook e tal.

O Drums periga ser o melhor show do Planeta Terra sábado, aqui em São Paulo. Será a volta da banda ao Brasil. Pierce e sua dancinha-Morrissey-época-Smiths quebrada já passaram por palcos paulistanos, em 2011, quando tocaram no Estúdio Emme, em Pinheiros.

Lá em Lima disseram que foi o mais longo set já tocado pela banda. Teve umas 20 músicas, bem mais que a média das apresentações da banda, entre 12 e 14. Empolgação.

Sente o drama da adoração peruana para cima do Drums neste vídeo tosqueira da entrada no palco e da primeira música da noite.

O Drums, no Planeta Terra, toca às 20h45 no Palco Indie, depois da Azealia Banks e antes do Gossip. Lugarzinho bom para ficar.

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O mesmo único disco dos Pistols. Outra maldita reedição. Mas essa é histórica!
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Lúcio Ribeiro

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* Há muito que não sou mais empolgado com lançamentos de disco físico, principalmente no Brasil. Mas essa edição do “Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols”, que a gravadora Universal está despejando no mercado brasileiro, é de matar de boa. O álbum clássico dos Pistols e do movimento punk, aliás o único da banda de Johnny Rotten e Sid Vicious, o grupo considerado a maior farsa do rock’n’roll, chega às lojas daqui remasterizado, com um disco extra e cheio de bônus, além de um esperto livro-encarte. Se parece um ultraje sair uma edição “luxuosa” para o disco mais podre da história da música jovem, essa é a ideia que sempre perseguiu os Pistols e por consequência sempre perseguiu o rock, a rainha, o rock progressivo e os “bons costumes”.

“Bollocks” foi lançado em outubro de 1977 e é considerado a pedra fundamental do movimento punk e luminar até hoje. Já teve vários relançamentos. Esse último, que vem agora ao Brasil, saiu no final de setembro na Inglaterra sob o pretexto de comemorar os 35 anos de sua primeira edição. Lá no Reino Unido, saiu com quatro CDs, incluindo um DVD de show ao vivo, os famosos vídeos de estúdio, pôster, adesivos e, veja bem, uma réplica do single original “God Save the Queen”. Esta edição eu vou catar na primeira viagem para fora, certeza.

A que saiu no Brasil agora é a versão “luxuosa-modesta”, dupla, com um incrível show inteiro em Estocolmo, na Suécia, em 1977, em pleno ano da bagunça. O CD é completado por três faixas de um show na Inglaterra, numa cidadezinha portuária do condado de Cornwall na qual a banda chegou sem avisar para um show-teste para o disco, em setembro do mesmo 1977, dias antes de “Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols” ser lançado. As faixas dessa “ação” são “Problems”, “No Fun”, cover de Stooges, e “Anarchy in the UK”, no calor mais puro da energia punk, youknowImean, mate?

O CD 1 da edição brasileira tem o álbum masterizado mais as b-sides “No Fun” (do single “Pretty Vacant”), “No Feeling” (do single “God Save the Queen”), “Did You No Wrong” (idem), e “Satellite” (do single “Holidays in the Sun”).

Esta edição acho que custa R$ 40 por aí. É parte da história da música que escutamos hoje.

Agora recentemente, exatamente para comemorar os 35 anos do disco dos Pistols, apareceu um vídeo para “Holidays in the Sun”, que usou imagens inéditas da banda tocando em Berlin em 1977, feitas pelo à época documentarista do grupo, o cineasta Julien Temple, de grandes serviços prestados à música.

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O rock britânico tem um novo gênio. E ele tem só 18 anos
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Lúcio Ribeiro

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* Senhoras e senhores, Jake Bugg.

O olho clínico da Popload não falha (hehe). Cinco meses atrás, falamos aqui de um moleque que começava a ser a febre e esperança de boa música no Reino Unido, em meio às paradas de sucesso pop-hip-hop-dance.

Jake Bugg, 18 anos, está prestes a alcançar o topo da parada inglesa quando esta semana terminar. Seu álbum de estreia, que leva seu nome, deve tirar do topo o hypado Mumford And Sons e bater as meninas Leona Lewis e Bat For Lashes.

Nascido em Nottingham, Bugg aprendeu a tocar violão aos 12 (!), começou a compor aos 14 (!!) e se apresentou no Glastonbury aos 17 (!!!). Hoje, aos 18, é atração de abertura da turnê de Noel Gallagher, com quem vem sendo comparado cada vez mais. Já dizem que ele é o moleque mais promissor do rock inglês desde o próprio Noel e o Alex Turner.

Na lista de fãs famosos, Bugg já recebeu o aval de nomes como Elton John, Chris Martin e Lily Allen. Dono de um vocal arrastado e um indie-folk-country nervoso, Jake Bugg tem como algumas de suas principais influências os Beatles, Don McLean, Oasis, Jimi Hendrix e Donovan.

Antes mesmo de lançar esse disco de estreia, o garoto de Nottingham teve uma de suas músicas – “Country Song” – utilizada como trilha de uma campanha publicitária de cerveja. Isso na época que ele tinha 17 anos. O atual single de trabalho, “Two Fingers”, foi lançado no início deste mês e não para de tocar nas estações de rádio do Reino Unido.

No mês passado, ele foi uma das atrações da série de shows do iTunes Festival, na Roundhouse, em Camden. Ele tocou no mesmo dia do Noel. Dá para ver o moleque ao vivo, abaixo.


Muse inicia turnê mundial e mostra sua pirâmide megalomaníaca
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Lúcio Ribeiro

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Sempre forte candidato ao cargo de “sucessor do U2”, o Muse começou ontem sua turnê mundial que deve percorrer o mundo todo durante este final de ano e 2013. América do Sul incluída, ao que tudo indica. A banda inglesa, que estava fazendo aparições promocionais em shows menores e programas de TV no último mês para divulgar o lançamento do disco “The 2nd Law”, deu o pontapé inicial para valer em sua excursão pela Europa. O show, cercado de expectativas, aconteceu na cidade de Montpellier, na França.

A grande curiosidade dos fãs era saber o que o Muse iria armar desta vez em termos de “palco”. Eles, que sempre mostram sua megalomania através de cenários com diversos telões e luzes, apresentaram sua nova pirâmide de fazer inveja ao palco principal do Glastonbury.

Ponto principal do cenário, a pirâmide invertida do Muse é toda composta por telas em LED, o que significa dizer que tem imagens sendo projetadas nela a todo momento. Além disso, essas telas são movidas por controle remoto e podem simular outros desenhos, como um navio. Mas no fundo parece mesmo uma nave espacial.

O novo Muse, menos sisudo e viajado do que nos últimos álbuns, mostra em “The 2nd Law” uma variedade sonora mais ampla. Tem funkzinho 70’s esperto, tem dubstep, tem música pop e tem as viagens um pouco xaropes também.

No show de ontem, o setlist foi baseado em boa parte do álbum. Mas também houve espaço para raridades. Pela primeira vez em mais de dez anos, a banda tocou a música “Falling Down”, faixa do disco de estreia da banda, “Showbiz”. O Muse começa a turnê pela Europa, se apresenta no Japão em janeiro e depois segue para a América do Norte, onde realiza turnê até o final de abril. Aí…

* O setlist.

* Mais pirâmide.

* Compacto de meia hora do show.


Grizzly Bear conquistando o mundo passo a passo
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Lúcio Ribeiro

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Nome indie mais bombado do momento, o espetacular Grizzly Bear continua a divulgação de seu ótimo “Shields”, disco lançado mês passado, presença certa em todas as listas possíveis de melhores do ano, da Pitchfork à Popload.

Depois de uma concorrida turnê pelos Estados Unidos, a turma cool do Brooklyn agora começa a mapear seu espaço pela Europa, depois Austrália. Com shows marcados inicialmente pela Inglaterra, o Grizzly Bear fez uma participação no programa do bamba Jools Holland. Por lá, apresentaram a ótima “Yet Again”, uma das melhores músicas de 2012. Belo cartão de visitas para a turnê.