Blog POPLOAD

Arquivo : outubro 2012

As meninas, os meninos e os dois Jack White
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Lúcio Ribeiro

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O dândi Jack White não para. Dono de um dos melhores discos e turnê mais concorrida de 2012, a alma gêmea musical da Meg lançou um novo vídeo para “I’m Shakin”, uma das ótimas faixas de seu primeiro álbum solo “Blunderbuss”, lançado no primeiro semestre.

Sem muita firula para a faixa “heavy blues” do disco, Jack mostra no novo recorte visual as duas bandas que o acompanham em todos os shows. Uma formada só por meninas, outra só por marmanjos.

Na discussão de qual é a melhor, as duas bandas se enfrentam. Para não rolar muita briga interna na questão de preferências, Jack se desdobra em dois e enfrenta ele mesmo no vídeo. Cool.

O single de “I’m Shakin” será lançado em formato vinil 7″ com a b-side inédita “Blues on Two Trees”.


Todos os beijos do Citizens!: na cova, na blitz, com baba, algemado, no quebra-quebra, dirigindo em velocidade…
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Lúcio Ribeiro

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* Estou falando que vivemos uma “retomada” das bandas novas boas da Inglaterra.

* Música linda de morrer, banda bem boa, vídeo sensacional e “com história”. Ouça sem parar (e veja o vídeo) a música “True Romance”, single de 2011 da banda Citizens! que ganha sobrevida à francesa na versão remix “Gildas Kitsuné Club Night”. A canção original deste quinteto de Londres já era bonita, mas agora ficou um arraso. Com o vídeo dos beijos, então… French do it better!

Ah. A banda é produzida pelo Alex Kapranos, do Franz Ferdinand. E “True Romance” é o single que puxou o bacana disco de estréia da banda indie “com levada de Bowie anos 80”, o álbum “Here We Are”, lançado no meio do ano.

O vídeo é inspirado em famosa foto que correu o mundo no ano passado, quando um confronto entre a torcida e furiosos (porque frustrados) torcedores de um time de hóquei de Vancouver provocou uma quebradeira punk na cidade canadense. Na imagem marcante, cenas de tumulto, polícia e tudo mais nas ruas, enquanto um casal deitado no asfalto se beija como se não houvesse amanhã. Daí, o vídeo do Citizens no remix afrancesado ficou assim.

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Tame Impala lança a música do ano, chamada “Led Zeppelin”, que ficou DE FORA do disco novo
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Lúcio Ribeiro

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Quem avisa amigo é. Tenho falado aqui constantemente que o furacão Tame Impala, que passou pelo Popload Gig provavelmente em seu último ano como “banda pequena”, não vai demorar a ficar mega. Mesmo que for “indie-mega”.

Para muitos a banda do ano, liderada pela figura mais out e cool da música hoje em dia – Kevin Parker, o da foto – o grupo botou na praça seu disco novo, “Lonerism”, a solidão psicodélica colorida viajante, no final de semana passado.

Já cansamos de falar por aqui que o álbum é incrível, tem ecos de Pink Floyd a Black Sabbath e ainda cheira a novo. A banda (ou o Kevin) pareceu tão inspirada nessa “era Lonerism” que até as b-sides são boas.

Quem baixou o disco pelo iTunes recebeu a bônus track “Led Zeppelin”. Genial até no nome, a canção tem pouco mais de 3 minutos. É viajada e viciante com um riff pegajoso e linha de baixo destacada. 2012 vai fechar como “ano do Tame Impala” até nas sobras.

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Senhoras e senhores da internet… Morrissey
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Lúcio Ribeiro

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* Eu não aguento o Morrissey, sério. Um dos seres humanos mais nobres da raça humana de seres nobres, Morrissey deu uma entrevista fantástica ontem para o apresentador incrível Stephen Colbert, no “The Colbert Report”. A entrevista foi fantástica muito por causa do Cobert, óbvio. Morrissey falou exatamente tudo aquilo que ele fala nas letras, no palco e em entrevistas. Mas ontem, na TV americana, teve caráter de sabatina. Falou, ou “não falou”, do ódio pela Rainha da Inglaterra, da volta dos Smiths, do hábito de não comer carne, segundo ele um assassinato. Moz foi encostado na parede. E fez cara de Morrissey, haha. Colbert não deixou barato e ainda (1) zoou dizendo que Johnny Marr estava nos bastidores e ia entrar no programa e (2) revelou que, por exigência de Morrissey, o prédio inteiro da emissora teria que ficar um dia todo sem comer carne para poder recebê-lo. No final da entrevista, Colbert ainda pergunta algo do tipo: “Mesmo depois dessa conversa que tivemos, você ainda nos honraria com sua música?”
E Morrissey tocou a linda “People Are the Same Everywhere” e “I’m Throwing My Arms Around Paris” (esta exclusiva da internet).

The Colbert ReportMon – Thurs 11:30pm / 10:30c
Exclusive – Morrissey – “I’m Throwing My Arms Around Paris”
www.colbertnation.com
Colbert Report Full EpisodesPolitical Humor & Satire BlogVideo Archive

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Bat for Lashes e seu homem assombrado (e a capa NSFW do disco novo)
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Lúcio Ribeiro

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A indie-paki Bat for Lashes, inglesa de levada paquistanesa, vai lançar seu novo álbum semana que vem. “The Haunted Man” é o primeiro lançamento de inéditas da cantora Natasha Khan desde 2009, quando ela jogou no mercado seu segundo disco de carreira, “Two Suns”.

Kahn já foi professora de jardim de infância e tem na bagagem dois álbuns bacanas – “Fur and Gold” e “Two Suns”, ambos indicados ao Mercury Prize – que já renderam músicas bem boas como “Daniel” e “Pearl’s Dream”. Thom Yorke, aquele, sempre a recomenda.

Metade do “The Haunted Man” já está disponível para audição. Após divulgar as faixas “Laura”, “Marilyn” e “All Your Gold”, ela liberou mais três sons em parceria com a revista americana “SPIN”. São elas “A Wall”, “Winter Fields” e “Oh Yeah”.

A Popload deixa aqui as seis canções, uma boa prévia desse novo disco, que será lançado segunda-feira agora na Europa.

* A capa, uma das melhores do ano junto com a do Vaccines, é essa NSFW.

* “The Haunted Man”, o tracklist
1. Lilies
2. All Your Gold
3. Horses of the Sun
4. Oh Yeah
5. Laura
6. Winter Fields
7. The Haunted Man
8. Marilyn
9. A Wall
10. Rest Your Head
11. Deep Sea Diver

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Dirty Projectors ao vivo dia 30 de novembro no Cine Joia. Show único no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Prepare-se para ouvir a maravilhosa “Gun Has no Trigger” ao vivo. E de pertinho. A banda indie algo experimental Dirty Projectors toca em São Paulo no dia 30 de novembro. O show vai acontecer no Cine Joia. Os ingressos já estão à venda no site da casa de shows ou direto neste link. O primeiro lote é de R$ 100/50.

Outra das bandas do Brooklyn, em Nova York, o Dirty Projectors, nesta passagem no Brasil, faz apresentação única na cidade. A banda é uma das mais cult da cena americana independente desde que chapou com o disco “Bitte Orca”, de 2009. Bjork, a galera do Arcade Fire e até o rapper Jay Z são fãs do sexteto. O show de São Paulo deve ser pautado pelo disco novo da banda, “Swing Lo Magellan”, lançado agora em julho e de onde tira-se esta incrível “Gun Has no Trigger” que está no vídeo abaixo, de concerto no Brooklyn.

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Brodagem, amor e ódio. Os dez anos da estreia do Libertines
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Lúcio Ribeiro

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* Hoje é o aniversário de 10 anos de um dos mais significativos discos do rock inglês no século. O álbum “Up the Bracket”, que marcou a estreia da banda Libertines, foi lançado em outubro de 2002 e, tal qual aconteceu com o britpop na era grunge, resgatou o som britânico para o jogo musical que estava dominado pelo novo rock americano de Strokes, White Stripes, At the Drive in, Queens of the Stone Age.
Pouco inovador sonoramente mas com uma energia brit em grau absurdo e músicas tão toscas quantos lindos, o Libertines era a banda dos mais-que-irmãos Carl Barat e Pete Doherty, uma dupla sempre em combustão seja na amizade explícita ou nas brigas. Ambos geniais dentro da cena que frequentavam, mesmo sem serem necessariamente grandes músicos foram um espelho para a nova geração britânica e além. A referência imediata do Libertines era o Clash. Tanto que a banda foi logo apadrinhada na produção por Mick Jones, ex-cara metade de um dos principais grupos punks da história.

“Up the Bracket”, lindo do começo ao fim, seu jeito tosquinho e sincero de tratar de amor e amigos, de tratar raivas e frustrações em geral, falava direto à alma e coração dos britânicos novos, mais do que para o resto do planeta. Inventava um mundo imaginário para fugir da “realidade embaçada”, ao mesmo tempo que escancarava os problemas sérios de drogas e auto-estima do “poeta contemporâneo” da lama existencial Pete Doherty como se fossem não um problema meramente pessoal, e sim uma questão da nação. E, ainda, dava um alento qualquer para a molecada britânica no sentido de encontrar conforto na brodagem, no “nós contra eles”.

Mas esse fenômeno é mais inglês do que do resto do mundo. A diferenciação de aceitação desse disco em especial é absurda. Enquanto o site indie Pitchfork bota hoje o disco na posição 138 numa lista de 200 melhores álbuns dos anos 2000, o semanário inglês “New Musical Express”, que deu capas históricas frequentes a Barat/Doherty como “espelho da nação”, diz que “Up the Bracket” é um dos dez melhores discos ingleses DE TODOS OS TEMPOS.

De todo modo, é incontável o número de bandas que o Libertines e toda a sua confusão sonora e conceitual inspira em bandas novas do planeta até hoje, mesmo fora da Inglaterra, seja na americana Howler ou na brasileira Garage Monsters, de Porto Alegre, ambas recentes, ambas ótimas.

* O semanário “NME” publica hoje uma edição especial de comemoração aos 10 anos de “Up the Bracket”, esta da capa acima. Encartado à revista tem um “Up the Bracket” celebratório recriado por covers de gente da nova geração e outros nem tantos “jovens”. De Spector ao Mystery Jets, de Howler a Tribes, passando por Eyes on Film e o grande Tim Burgess, que um dia liderou o Charlatans. Todos para recriar clássicos como “Time for Heroes”, “Death on the Stairs” e “I Get Along”, entre outros.

* Abaixo, ouça o álbum inteiro de “Up the Bracket”. Não sei para você, mas para mim ele continua lindo.

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A superbanda Black Keys lança EP novo com versões de ensaio de antes de virar superbanda
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Lúcio Ribeiro

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* Se você tem a conta do iTunes americano, dá para comprar já o “Tour Rehearsal Tapes”, seis faixas para download que registram um ensaio em estúdio da banda americana Black Keys para sair em longa turnê mundial, essa que passará ano que vem no Brasil. O Black Keys toca em São Paulo em março de 2013 dentro da segunda edição nacional do monstruoso Lollapalooza Br.

As músicas do EP foram gravadas pelo duo de Ohio em dezembro de 2011, na época de lançamento do grande “El Camino”, um dos discos mais comentados do ano passado e com fortes reflexos ainda em 2012. O disco virtual fica como lançamento exclusivo do iTunes por duas semanas depois chega em vinil às lojas. Dentre as faixas de “Tour Rehearsal Tapes” estão as ótimas “Tighten Up” e “Next Girl”, do álbum “Brothers”, de 2010.

Óbvio, já comprei o EP. As versões, mais cruas e numa pegada algo diferente da dos álbuns (“Gold on the Ceiling” e “Lonely Boy” estão bem mais blues, devagar), pelo que eu entendi ouvindo as faixas pegam apenas Dan Auerbach e Patrick Carney no estúdio, tocando, sem o reforço de músicos de palco. Direto e reto. É o Black Keys poucos momentos antes de virar banda supermegablaster.
No iTunes, dá para ouvir um preview das músicas.

Grande atração do Coachella e Lollapalooza neste ano, o Black Keys aparece aqui embaixo tocando a linda “Run Right Back”, uma de minhas preferidas de “El Camino”, ao vivo no Lolla de Chicago agora no meio do ano. Quando aparecerem online as músicas mesmo do EP, a gente bota para rodar aqui na Popload.

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Viajando para o passado com o Neil Young
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Lúcio Ribeiro

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O bamba Neil Young vai lançar com sua incrível Crazy Horse mais um álbum neste ano. Depois de “Americana”, que revisita clássicos das músicas regionais da América do Norte, lançado em junho passado, chegará às lojas dia 30 de outubro “Psychdelic Pill”, álbum de inéditas do grupo que volta com a formação original após 16 anos. Estão com Neil Young os integrantes Ralph Molina, Frank “Poncho” Sampedro e Billy Talbot.

Na estrada em turnê, a banda já apresentou algumas das canções que estarão no álbum, caso de “Twisted Road”, uma espécie de confissão pessoal de Neil revisitando o passado, falando sobre quando ele ouvia músicas que se tornaram importantes para sua formação musical e sua vida, entre elas “Like A Rolling Stone”, de seu amigo Bob Dylan.

Agora, o grupo soltou um vídeo para “Ramada Inn”, com uma colagem de imagens vintage ilustrando a música de 17 minutos. “Ramada Inn” é a terceira faixa do disco.

“Psychedelic Pill” terá uma versão Blu-ray incluindo vídeos para todas as canções, em alta definição. Os vídeos também poderão ser comprados pelo iTunes, em resolução menor, junto com as faixas em áudio.

* O tracklist de “Psychdelic Pill”
Disco 1
1. Driftin Back
2. Psychedelic Pill
3. Ramada Inn
4. Born In Ontario

Disco 2
1. Twisted Road
2. She’s Always Dancing
3. For The Love Of Man
4. Walk Like A Giant
5. Psychedelic Pill (Bonus Track Alternate Mix)


Popload na moda. Christopher Owens trocou o Girls pela Saint Laurent
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Lúcio Ribeiro

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A moda está indie. Ou o contrário. E vai além do Chromatics tocando para a Chanel desfilar suas roupas.

Em julho passado, Christopher Owens “chocou o mundo indie” ao anunciar sua inesperada saída do Girls (banda cool que foi uma das primeiras atrações do Popload Gig) por “motivos pessoais”. Só que, na época, ele ressaltou que continuaria escrevendo e produzindo música.

Eis que, três meses depois, Chris aparece como rosto e voz da primeira campanha da Saint Laurent Paris (“antiga” Yves Saint Lourent), com fotografia de Hedi Slimane, novo diretor de criação da marca.

As primeiras impressões do Chris modelo foram na imagem publicitária que rendeu capa para a marca na revista “Vogue Hommes” do Japão de setembro. Nesta semana, a grife francesa soltou outras imagens diferentes das da capa, com o novo logo da marca. A campanha é de cunho institucional. A de moda será lançada em dezembro.

Na página da Saint Laurent Paris, as fotos do Chris modelo aparecem em slide show. Ao fundo, tem o Chris cantando a incrível “It’s Just A Song”. Aqui o vídeo cool com a montagem das fotos.

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