Blog POPLOAD

Arquivo : maio 2013

Sexta-feira esquisita. A nova música do Dirty Beaches
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Lúcio Ribeiro

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* Ah, o Dirty Beaches, esse chinês canadense do Brooklyn que faz som lo-fi que serve mais para trilha sonora de filme bizarro. Uma vez, num passeio total hipster, vi o show dele num clube-galeria de arte meio decrépito, meio lindão de Williamsburg (pensa o cenário) e foi um dos dois shows mais terríveis que vi na vida (o outro foi do Thurston Moore solo, também em Nova York).

Mas, acho até que falei aqui, sonoramente foi um desastre, mas embaixo desse desastre tinha uma sinceridade musical impressionante, um coração, que me fez eu gostar do show do qual eu não gostei.

Enfim, dia 21 deste mês, nos EUA, o Dirty Beaches vai lançar seu segundo disco, “Drifters/Love Is the Devil”. Álbum duplo e considerado “difícil” pelo próprio. O chinês canadense do Brooklyn, que tem nome, Alex Zhang Hungtai, gravou o álbum em Berlim, vai vendo. A gente já botou aqui duas músicas, acho: “Landscapes in the Mist” e “Love Is the Devil”.

Já que é assim, toma uma terceira, “Casino Lisboa”. Sou curioso para saber o que você acha. Pode opinar aí NO NOVO SISTEMA DE COMENTÁRIOS DA POPLOAD, depois que ouvir essa do Dirty Beaches. Haha

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Xiii… Crise econômica britânica provoca cancelamento do Hop Farm Festival
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Lúcio Ribeiro

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Na passagem de 2012 para 2013, o grande assunto entre quem trabalha e se diverte com os shows internacionais no Brasil se pautava em uma possível crise de mercado, após diversos fatores evidentes como vendas de ingressos abaixo do esperado para artistas huge como Madonna e Lady Gaga, o cancelamento repentino e estranho do Coldplay, etc. O ano novo chegou e, parece, o medo era maior do que a realidade, tanto que boa parte dos shows neste ano estão “funcionando”. Cat Power e Explosions In The Sky, por exemplo, estão esgotados com boa antecedência.

O Brasil tem seus problemas com isso, mas cada qual amarga sua crise de um jeito. A Inglaterra, berço musical do mundo, também tem enfrentado seus demônios. O delicioso Hop Farm Festival, que acontece na pequena cidade de Kent e se tornou um ponto a ser visitado por muita gente nos últimos anos, precisou cancelar sua edição deste ano. E não é culpa do line up, que tinha My Bloody Valentine, Rodriguez, The Horrors, Black Angels, The Cribs, Temples, Dinosaur Jr. e muitos outros. A culpa é da crise econômica local, de acordo com Vince Power, fundador e curador do evento. “Depois de analisarmos as vendas de ingressos e programar que os números finais previstos sofreriam perdas insustentáveis, é com grande tristeza que estou anunciando o cancelamento do festival”, disse Power em um comunicado oficial.

De acordo com o organizador do evento, apenas 2 mil ingressos haviam sido vendidos, sendo que o mínimo previsto para esta altura do cronograma era de 4.500. O Hop Farm estava programado para acontecer no primeiro final de semana de julho, dias 5 e 6.

Nos últimos anos, o próprio Vince Power andou dando declarações de que a crise poderia afetar em médio prazo a realização de importantes eventos musicais na Inglaterra, desde os “menores” (como o dele) ao Glastonbury, que tem contabilizado prejuízos em suas últimas edições.

O Hop Farm do ano passado deu sinais de que poderia enfrentar problemas em suas edições seguintes. Um dos headliners em 2012 era o grande cantor e poeta Leonard Cohen, que teve seu show cancelado faltando apenas duas semanas para o evento. Os shows foram transferidos para Londres e quem havia comprado ingresso para assisti-lo no festival recebeu o dinheiro de volta e teve direito a uma pré-venda exclusiva.

Com o cancelamento de Cohen, o evento do ano passado sofreu prejuízo, o que acabou refletindo na organização deste ano, que reduziu o número de entradas para 10 mil. Em 2011, todos os quase 30 mil ingressos diários foram esgotados, puxados por shows de Morrissey, Eagles e Prince.

No início deste ano, o Hop Farm foi confirmado em meio ao intenso noticiário local que informava sobre a dívida do evento, que beirava 5 milhões de libras, após a empresa que o organizava decretar falência no final do ano passado. Na lista dos credores, estavam prestadores de serviço, a polícia de Kent e artistas como Peter Gabriel, Richard Ashcroft, Suede e Primal Scream, que não receberam a grana de seus cachês do ano passado.


Ya Hey! Vampire Weekend solta outra música nova
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Lúcio Ribeiro

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Você tem lido neste espaço, daqui a pouco mais de uma semana o Vampire Weekend sai de sua reclusão criativa estratégica para lançar seu terceiro disco, dois depois da bombada estreia, um depois do difícil “second coming”, que não foi muito para lugares incríveis. “Modern Vampires of the City” chega ao mercado dia 14 próximo e terá 12 faixas. Algumas delas, como “Daine Young” e “Unbelievers”, boas, a gente já conhecia.

Agora a banda de Nova York soltou outro recorte do disco. “Ya Hey”, bem bonitona, foi divulgada no formato “lyrics video”. Enquanto passa a letra, imagens randômicas de pessoas felizes estourando garrafas de champagne são mostradas ao fundo, embora a temática das palavras sejam o que se ama e o que não se ama. Pior que ficou legal. Com certeza vão lançar um vídeo oficial pior que esse daqui uns dias.

“Ya Hey” segue a linha “um pé no Paul Simon, outro na África” do grupo, que será a atração musical do programa “Saturday Night Live” da semana que vem.

* O tracklist de “Modern Vampires of the City”
01. Obvious Bicycle
02. Unbelievers
03. Step
04. Diane Young
05. Don’t Lie
06. Hannah Hunt
07. Everlasting Arms
08. Finger Back
09. Worship You
10. Ya Hey
11. Hudson
12. Young Lion


A maior cover do mundo hoje: Tame Impala fazendo o OutKast
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Lúcio Ribeiro

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* Hehe.

A maior banda do mundo, a australiana Tame Impala, reforça esse título a cada dia que passa. Melhor disco do ano passado, melhores faixas, melhor show (Popload Gig que o diga), frontman mais legal (Kevin Parker), frontman mais “out” (Kevin Parker), melhor b-side com título legal em 2012 (“Led Zeppelin”) e tudo o mais. Posso estar exagerando, mas só um pouquinho.

O fato é que a Popload ama o Tame Impala, que está em sua terra natal para realizar uma concorrida turnê com ingressos (quase) esgotados em teatros maiores antes de se apresentar no final deste mês nos bombados festivais Primavera Sound (Espanha) e Sasquatch (EUA).

Daí que a turma do Kevin Parker participou do ótimo programa “Like A Version”, da big estação de rádio australiana Triple J. Por lá, botaram toda sua psicodelia em cima de “Prototype”, faixa lançada em 2004 pelo… OutKast.

E o resultado ficou mais ou menos assim.


“A maior canção do mundo hoje”
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Lúcio Ribeiro

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* I don’t care, I love it.

* Reage, Conan. Cadê, Letterman? Praticamente todos os dias (de programa) o apresentador Jimmy Fallon faz girar a música pop na TV americana. Já vamos criar o “Momento Fallon”, diário, aqui na Popload. Praticamente.

Ontem à noite o cara levou a seu programa, para performance, a dupla sueca de indie pop Icona Pop, deliciosa bobagem que tem uma das músicas indie-teen feminina mais explosiva da Europa no ano passado e, pelo visto, dos EUA neste ano (“Girls”, South by Southwest, abriram para o Passion Pit no Madison Square Garden…).

As Icona Pop mandaram o hino xóvem energético “I Love It” (“You’re on a different road, I’m in the milky way”), sucesso do verão passado que vem forte para repetir a dose neste ano, agora na cena americana. No Fallon, as meninas criaram o maior clima tecnopop para depois atropelar com frases tipo “You’re from the 70’s, but I’m a 90’s bitch”. E foram saudadas, pelo apresentador, como responsáveis pela “the biggest song in the world right now”. Olha o moral.

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Popload Session apresenta… MALBEC
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Lúcio Ribeiro

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* Vem de longe, do Amazonas, a Popload Session da vez. Desempenho decentíssimo do quinteto Malbec, de Manaus, que neste momento excursiona pelo Sudeste ainda com o show do disco “Paranormal Songs”, primeiro disco do grupo, lançado no ano passado e disponível para download no site da banda.

O Malbec, que amanhã faz seu derradeiro show na região, em Belo Horizonte, tem tocado desde o começo de abril, por São Paulo, interior e Curitiba. A formação da banda manaura tem Ian Fonseca nos vocais, teclado, piano, baixo e percussão, Zé Cardoso na guitarra e vocais, Silvio Romano no baixo e na guitarra, Leo Garcia na guitarra e Natan Fonseca na bateria e percussão.

Parte dos integrantes do Malbec vem do Mezatrio, uma das importantes bandas indies do Norte do país há algum tempo, mas na nova empreitada optaram por um estilo mais experimental, rebuscado, menos imediato, que os levam a um caminho cheio de nuances de um Radiohead da Amazônia, w-h-y-n-o-t?. O grupo mescla canções trabalhadíssimas em português e em inglês.

Para a session da Popload, o Malbec traz “Memórias do Subsolo”, a música que abre o disco, e uma cover de “Não Identificado”, música dos anos 60 de Caetano Veloso.

Vamos a ela. Senhoras e Senhores… MALBEC.


Stephen Malkmus maravilha em SP, de Pavement a Troggs
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Lúcio Ribeiro

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* Anteontem, no Beco SP, o grande Stephen Malkmus fez sua segunda apresentação aos paulistanos, com a casa lotadaça, a Augusta bombando, véspera de feriado. Tudo certo para um grande show.
Malkmus, a voz e guitarra do genial grupo Pavement, mandou um show honestíssimo com músicas de sua sólida fase solo com os Jicks o acompanhando. Mas no bis deu uma alopradinha boa, tocando “In a Mouth a Desert”, hino master de sua ex-banda gritado pelo público presente, e “Wild Thing”, clássico dos anos 60 do Troggs. Foi lindo.

Malkmus se apresenta esta noite em Porto Alegre e depois vai embora deste país.

Do show de terça em São Paulo, a gente traz as grandes fotos do poploader Fabrício Vianna e os vídeos da cover de Pavement e do Troggs, feitos pelo indie-filmmaker brother Alexandre Matias. Olha que maravilha, tudo.

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The XX, Lana Del Rey e Jack White sob a responsa de Jay-Z. Ouça a trilha de “The Great Gatsby”
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Lúcio Ribeiro

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O aguardado “The Great Gatsby”, filme que estreia no final do mês nos Estados Unidos e em junho no Brasil, é baseado no famoso romance de F. Scott Fitzgerald, lançado nos anos 20. O longa, dirigido por Baz Luhrmann, tem no elenco nomes como Leo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire. “The Great Gatsby” abre oficialmente o festival de Cannes neste mês.

Mas o que chama mesmo a atenção antes mesmo do filme ser lançado é a trilha sonora do mesmo, que ficou sobre a responsa de Jay-Z. Dias atrás a Popload destacou a faixa “Together”, interpretada pelo trio inglês The XX. Além do cultuado grupo, a trilha tem em seu tracklist nomes de peso como Jack White (fazendo U2), Lana Del Rey, Gotye, Florence and the Machine, Bryan Ferry com sua orquestra e Beyoncé acompanhada de André 3000 fazendo a Amy Winehouse.

Enquanto o filme não sai, a gente pode ter o gostinho dessa trilha, liberada na íntegra pela rede de rádios norte-americana NPR.

* A trilha sonora de “The Great Gatsby”
1) “100$ Bill” – Jay-Z
2) “Back to Black” – Beyoncé x André 3000
3) “Bang Bang” – will.i.am
4) “A Little Party Never Killed Nobody (All We Got)” – Fergie + Q Tip + GoonRock
5) “Young and Beautiful” – Lana Del Rey
6) “Love Is the Drug” – Bryan Ferry with The Bryan Ferry Orchestra
7) “Over the Love” – Florence + The Machine
8) “Where the Wind Blows” – Coco O. of Quadron
9) “Crazy in Love” – Emeli Sandé and the Bryan Ferry Orchestra
10) “Together” – The xx
11) “Hearts a Mess” – Gotye
12) “Love Is Blindness” – Jack White
13) “Into the Past” – Nero
14) “Kill and Run” – Sia


O diabo e o Daniel Johnston em SP. Os dois
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Lúcio Ribeiro

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* Você sabe a história. O músico americano Daniel Johnston, que estrelou a emocionante 20ª edição do Popload Gig semana passada, tem sérios problemas de saúde. Sua incrível carreira de desenhista e sua prolífica trajetória de herói da música independente brigam há muitos anos com sua condição mental e física, que recentemente fizeram Johnston cancelar a vinda ao Brasil em março, a tocar apenas três músicas em seu último concerto no festival Sxsw e tal e coisa.

Todo esse drama pessoal do músico adorado por metade do rock americano está registrado no premiado documentário “The Devil and Daniel Johnston”. Johnston tem vários demoninhos, o pouco de convívio com ele deu para perceber.

Daí que, para o show em São Paulo, no Beco, ficamos muito nervosos. Ele estava bastante inquieto, chegou na casa muito carrancudo e nervoso, não quis jantar antes, mudou o script da turnê sul-americana na ordem das músicas, quis no começo subir no palco sozinho, o que para ele é desaconselhável no primeiro contato com o público etc. As primeiras duas músicas foram difíceis. Ele estava bem nervoso e tremia incontrolável. Mas aos poucos engatou e fez um lindo show, com a ajuda da banda indie paulistana formada para acompanhá-lo. Terminou feliz. Até bis deu.

Daí que paralelo a isso, rolava um concurso de Instagram para a foto mais bacana, organizado pelo Popload Gig e que dava um pôster autografado ao autor da imagem escolhida.

Daí que uma das finalistas, a da Erika Morais (@erikamorais23), que não ganhou (fui voto vencido) o pôster, trazia uma imagem de Johnston num momento reflexivo antes de uma parte vocal qualquer. Na cabeça dele batia uma luz escura (ou não batia uma luz) que me deixou encafifado. Ali, perto da orelha esquerda dele, não parece um…

Eu, hein!

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O indie invadindo a TV, parte 3 – Johnny Marr tocando Smiths no Jimmy Fallon
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Lúcio Ribeiro

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* O veterano guitarrista Johnny Marr, ex-Smiths e pela primeira vez em carreira solo depois de colaborar em formação de 70 outras bandas, ainda se encontra nos EUA promovendo seu elogiadíssimo primeiro disco “The Messenger”. Ontem à noite ele, atração do finito Coachella 2013 semanas atrás, foi no programa do figurinha Jimmy Fallon, talvez o melhor amigo indie destes tempos, já que o Conan O’Brien anda devagar. Para o Fallon, Marr mostrou a faixa-título de seu álbum solito e, expecialmente para a internet, emprestou a performance para o hino smithiano “How Soon Is Now?”, inesquecível. Falta ali o vocal único do Morrissey e tal, mas a marcante guitarra de Marr para a música faz a apresentação ir além de um karaokê luxo de Smiths.

Marr está há tempos em território ianque porque o álbum solo dele recebeu elogios de todos os lados da imprensa americana.
– CNN: “A volta de um herói”
– New York Times: “Por que demorou tanto?”
– revista Time – “Excelente álbum”
– Wall Street Journal – “Como vocalista, Marr entrega sua parte honestamente… Mas é a guitarra que define esse belo álbum”

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