Blog POPLOAD

Arquivo : junho 2013

Da série “Eu <3 esta banda": e a música nova do Arctic Monkeys, que arraso?
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Lúcio Ribeiro

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Depois de tocar pela primeira vez “Mad Sounds”, a música cheia de “ooh lalalás”, na Suécia no último fim de semana, o Arctic Monkeys soltou de surpresa seu novo single nesta madrugada. Essa banda, desde o grito “Don’t believe the hype” de 2005, é muito f*da até hoje.

“Do I Wanna Know”, que também vem sendo tocada nos shows recentes, é toda climática, riff forte que lembra muito o Queens of the Stone Age. Até o vídeo remete à “identidade visual” da banda do Josh Homme, amiguinho master do Alex Turner, cuja influência de ambos os lados foi benéfica para um e para o outro.

O single é o cartão de visitas para o novo disco do grupo, ainda sem detalhes anunciados, que deve sair em setembro.

Do I wanna know?


Conexão Daft Punk-Bahia. Cantora produzida por “Pai do Daft Punk” faz show hoje em restaurante marroquino de SP
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Lúcio Ribeiro

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* “O Pai do Daft Punk”, parte 2.

A Popload segue sua saga de investigação em torno da vida e obra de Daniel Vangarde, também conhecido como Daniel Bangalter, e recentemente melhor conhecido como “Pai do Daft Punk”, em história campeã de audiência relatada neste espaço no início deste mês.

Em um resumo rápido, Daniel Bangalter, pai do Thomas-Daft-Punk, é um produtor musical francês conceituado nos anos 70 e 80. Fã de ritmos regionais, como a música latina, Daniel ajudou o Daft Punk a dar seus primeiros passos no início dos anos 90 e depois resolveu ficar “out” na virada do milênio. Largou a correria das grandes cidades e veio morar no litoral brasileiro, no pequeno vilarejo de Caraiva, interior da Bahia, onde “chegou luz há pouco tempo”, como diz o Thomas. Anos mais tarde, conheceu sua atual esposa, da cidade de Belo Horizonte. E, desde então, ele vive e convive no trajeto Bahia/MG.

Em terras brasileiras, Daniel abriu uma pousada e duas pizzarias (uma em cada estado relacionado) e, de uns cinco anos para cá, resolveu voltar a mexer com música independente, produzindo novas bandas e artistas, como a banda Caraivana, de samba raiz, que a gente já falou anteriormente.

Depois de toda essa história inicial, a Popload ficou sabendo que Daniel Bangalter produz uma outra cantora, espanhola, chamada Irene Atienza, que ele conheceu na Bahia. Com certa carreira consolidada no meio alternativo europeu, Irene atualmente reside no Brasil. Através da banda Caraivana, Daniel conheceu Irene e ficou tão encantado com sua voz que resolveu produzir seu novo disco. O pai do Thomas deu tanta atenção para o talento da cantora que resolveu levá-la para Los Angeles, onde gravou o disco “Gracias a La Vida” no estúdio Conway, onde o Daft Punk faz seus discos. Pensa.

Foto: Rita Araujo

O álbum é uma compilação de grandes canções latinas, com ritmos locais de Brasil, Argentina, México, Cuba e Espanha, indo da MPB ao tango. Irene é acompanhada pelo violonista Douglas Lora, da banda Caraivana e do duo clássico Brasil Duo Guitar, bem conceituado lá fora. O disco sai neste ano, mas a turnê com os dois apresentando o show em voz e violão já corre o Brasil desde o final do ano passado. Atienza foi vocalista da banda SambaConFlamenco, uma mistura de Brasil com Espanha. Mês passado, ela gravou uma participação especial na novela global “Flor do Caribe”, cantando, à convite do próprio diretor Walcyr Carrasco.

Daí que, veja só, Irene Atienza e Douglas Lora se apresentam HOJE em São Paulo. Eles tocam no Tanger, restaurante que fica na Vila Madalena (Rua Harmonia, 359), às 21h. Acho que vou colar lá, tive ótimas referências dela. E vai que…


Uma foto linda e um vídeo incrível do Beach House no Bonnaroo. Em agosto é no Popload Gig
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grandes nomes do Bonnaroo, festival que rolou no último final de semana no Tennessee e que teve até o Paul Macca, o Beach House saiu da Manchester americana com críticas super positivas de sua apresentação no evento. O duo tocou no sábado, início da noite, com clima e atmosfera incríveis para mostrar seu dream-pop perfeito.

Comandado pela tecladista e vocalista francesa Victoria Legrand e pelo guitarrista americano Alex Scally, o Beach House faz do seu formato teclado/guitarra/bateria um dream-pop minimalista e sofisticado. A voz rouca de Legrand, presente também em colaborações com artistas como Air e Grizzly Bear, é inconfundível e marca o clima sombrio e delicado das músicas do grupo. Isso fica ainda mais evidente no elogiadíssimo álbum “Bloom”, o quarto em oito anos de estrada, lançado ano passado e presente nas principais listas de melhores do ano de 2012, inclusive na da Popload.

O show do Beach House poderá ser conferido de perto dia 28 de agosto, em um certo Popload Gig, no Cine Joia. Os ingressos, com preços variando entre R$ 90 e R$ 180, já estão indo para o espaço. Antes do Beach House, o Popload Gig traz para o país o Breeders, em oportunidade única para se ver a Kim Deal de perto, já que agora ela não está mais com os Pixies. O Breeders toca no Cine Joia dia 24 de julho. A situação de ingressos é a mesma do Beach House: eu não esperaria junho acabar para garantir. É sério… Os ingressos para o Popload Gig estão disponíveis no site do Cine Joia ou na bilheteria da casa (segunda a sexta, 14h às 18h).

Do Beach House no Bonnaroo, a Popload reverbera um foto incrível feita pela Pitchfork e um vídeo de 90 segundos, lindão, da Billboard. Imagina 90 minutos…


Carl Barat, ex-Libertines, faz show único em… Campos dos Goytacazes, no Rio
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Lúcio Ribeiro

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Essa história é muito boa.

O músico inglês Carl Barat é atração neste final de semana em São Paulo do Cultura Inglesa Festival, evento grande e de várias plataformas de sotaque britânico que culmina em um domingo de shows gratuitos no Memorial da América Latina. Se apresentarão Kate Nash, Magic Numbers, Bonde do Rolê “decompondo” o The Cure, entre outras atrações.

Carl Barat, importante figura do rock britânico recente por sua parceria e bromance com Pete Doherty, toca antes e de modo pouco usual no Cultura Inglesa Festival. Ele faz no sábado uma performance como DJ de rock na famosa festa Green Velvet, balada diurna e eletrônica que acontece no Museu da Imagem e do Som paulistano.

POIS BEM.

Acontece que um cara de Campo dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, mais de três horas de carro da capital, oito horas de SP, sete horas de Belo Horizonte, é louco por Libertines.

Conrado Muylaert gosta tanto que tem uma banda, a Playmoboys, inspirada no famoso grupo de Carl e Pete. No mês passado, para dar uma ideia, Conrado foi até Londres só para ver um show de Pete Doherty. Fora que ele abriu um bar em sua cidade chamado The Underground Pub, todo trabalhado na britanicidade libertínica.

POIS BEM 2.

Quando soube que Carl Barat tocaria em São Paulo no sábado e teria uma folga no domingo, resolveu agir. Mandou um email contando sua história para o empresário do cantor inglês, que se comoveu e resolveu negociar com o rapaz fluminense.

Acontece que, então, Carl Barat vai fazer um show acústico em Campos dos Goytacazes no domingo agora, para 100 pessoas. Somente 88 ingressos estão a venda.

Sente: acompanhando Carl Barat, na bateria, estará Gary Powell, que acompanha o libertine no Brasil e ele próprio é baterista original do lendário grupo, além de tocar com Carl no Dirty Pretty Things.

A abertura do MEIO LIBERTINES em Campos dos Goytacazes, ÓBVIO, é da Playmoboys.

O Underground Pub abrirá às 17h. Às 21, toca o Playmoboys. Depois entra Carl Barat (e Gary Powell) acústico

Os ingressos desse show especialíssimo estão sendo vendidos através do telefone (22) 9267-2169 e pelo email playmoboys2000@hotmail.com.

PROMOÇÃO POPLOADA popload sorteará UM ingresso para a apresentação 1/2 Libertines em Campos dos Goytacazes. Carl Barat no Underground Pub, interior do Rio de Janeiro. Se você for da região ou ainda de qualquer lugar e não quer perder esse show imperdível, pede aqui que sorteio até quinta-feira, para o ganhador se organizar.

Carl Barat. E Gary Powell. Canções do Libertines acústicas. Em Campos dos Goytacazes, RJ. Num pub. Num domingo. Que viagem!

Olha a entrada do underground Pub:

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Quando o Parquet Courts tocou no Primavera Sound
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Lúcio Ribeiro

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* A gente já contou aqui. De passagem pela Europa, o quarteto americano Parquet Courts, do Brooklyn, uma das mais entusiasmantes bandas novas do rock, passou pelo Primavera Sound no mês passado e tocou dentro do festival de Barcelona, mas fora da programação dos palcos. A apresentação aconteceu na Sala Apolo, complexo de baladas e shows da cidade espanhola.

Segundo relato de amigo meu, assunto de ontem neste blog, o show não tinha muita gente, por toda a movimentação de bandas na cidade, mas foi acachapante tanto em cima do palco como na resposta do público. Era tipo, parecia, e guardada as proporções, de ter visto os Strokes tocarem no Astoria, em Londres, naquele fevereiro de 2001, com todo mundo olhando para o palco com um enorme “Heeeein?!?” entusiasmado na cabeça.

Pois chegou a mim um vídeo do Parquet Courts (pronuncia-se “parquê córts”) neste show no Apolo, com a banda tocando sua música mais famosa, a incrível “Stoned and Starving”. O pequeno hino, que no álbum tem cerca de 5 minutos, ao vivo é puxada para entre 10 e 15 minutos, dependendo do grau de comunhão banda-plateia no momento.

Repare, invasão no palco começa com pouco mais de 1 minuto de música. Depois só piora, haha.

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Das bandinhas novas: Peace fazendo o Disclosure
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Lúcio Ribeiro

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A turminha da nova música britânica anda se entendendo bem e trocando figurinhas. Banda indie esperta vinda de Worcester, o quarteto Peace é apontado como uma das revelações do ano pela imprensa inglesa. Liderado pelos irmãos Harry e Samuel Koisser, o grupo vem sendo comentado desde o ano passado em publicações como The Guardian e New Musical Express, parece um Vampire Weekend, mas também parece um filho bastardo do Foals.

No início deste ano, lançaram o bom disco de estreia “In Love”, tocaram no NME Tour e estão bombando com a turnê de verão em festivais. Nos próximos meses, o Peace toca em eventos como o Southside (Alemanda), Glastonbury, T in the Park, Reading, Leeds, Pentaport (Coréia) e Summersonic (Japão).

Ontem, o Peace fez uma aparição na BBC Radio One e mandaram uma cover de uma banda mais nova que eles. “White Noise”, do badalado duo Disclosure, ganhou uma versão bem indie do indie, malemolente, toda quebrada.

Eles também tocaram a ótima “Lovesick”, faixa que está no álbum de estreia do grupo.


Outra música DO DIA: M.I.A. também solta seu grito
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Lúcio Ribeiro

* “It’s not me and you; it’s the fucking banks”.

A explosiva rapper/artista/maluca cingalesa M.I.A. tenta retomar os trilhos de sua polêmica carreira depois da recepção fria do seu último álbum, “Maya”, lançado três anos atrás. Ela prepara desde o ano passado seu quarto disco de estúdio, “Matangi”, que já teve adiada sua data de lançamento ao menos umas quatro vezes. A última data programada era 15 de abril, mas sua gravadora achou a vibe do disco muito “positiva”. Deve sair só no final do ano, agora.

Marcada pelos seus gritos de protesto através de sua música, M.I.A. liberou nova música na tarde de hoje, tocada pelo Zane Lowe em seu programa na BBC Radio One. “Bring the Noize”, música barulhenta e de letra pesada, chega em um momento que o povo está indo para as ruas, especialmente no Brasil. Cai bem nesse 17 de junho.

M.I.A., “BRING THE NOIZE”

Tags : M.I.A


Tenso: Thom Yorke não quer saber de conversa em seus shows
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Lúcio Ribeiro

* “Who the fuck is talking, man?”

Não é novidade para você que lê a Popload que o incrível Atoms For Peace, projeto encabeçado pelos bambas Thom Yorke e Nigel Godrich, vai cair na estrada no próximo mês e viajar o mundo para mostrar “Amok”, disco de estreia da banda que tem também em seu line up o inconfundível Flea, o baterista Joey Waronker e o percussionista brasileiro Mauro Refosco.

No final de semana que passou, a banda fez um show surpresa em Los Angeles, dando continuidade à programação de ensaios para a turnê. O show rolou no clubinho Fais Do-Do e durou mais de 90 minutos. A banda tocou 20 faixas, entre elas “The Present Tense”, com apenas Thom ao violão. A música não foi lançada em nenhuma plataforma ainda, mas já é conhecida dos fãs.

Aliás, Thom tocou a música de surpresa em um dos bis do show (foram dois) e, logo no começo, parou de cantar e reclamou de alguém que estava conversando na plateia, como se fosse show em São Paulo. Mesmo chateado, Thom seguiu com a música e o show.

Abaixo alguns vídeos da apresentação secreta do Atoms For Peace.

* Mais vídeos aqui.