Alt-J, a banda indie que mais cresce no mundo
Lúcio Ribeiro
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* Para quem começou apagadinha abrindo a turnê do Wild Beast na Irlanda há mais ou menos um ano (pensa!), lotar show no Central Park em Nova York hoje em dia demonstra a transformação loka que aconteceu na vidinha da banda inglesa Alt-J, de Leeds. No meio desse caminho, quaaaaaase veio ao Brasil (!!) e tocou para 40 mil pessoas no México (!!!!), numa quarta-feira à noite de agosto, sozinha, sem abrir para ninguém, sem ninguém abrindo para eles (pensa 2!).
Para pontuar o meteoro musical que virou esse grupo no mínimo indie-esquisito (o vocal é inusual, o baterista é insólito, o som é quebrado, indie quase folk, quase experimental), um blog americano traçou a trajetória dos últimos 12 meses do Alt-J tocando em Nova York.
Na época em que lançaram o primeiro disco nos EUA, em setembro do ano passado (saiu em abril na Inglaterra), eles se apresentaram no Glasslands, galeria de arte que tem um palquinho tosco no Brooklyn. Depois, Bowery Ballroom. Depois Webster Hall, então Terminal 5, na sequência Governors Ball. E, na semana passada, Hammerstein Ballroom e no dia seguinte Central Park, ambos os shows esgotados. Caramba!
É difícil acreditar que todo esse barulho evolutivo veio porque o quarteto se som pouco convencional ganhou, com sua estreia “An Awesome Wave”, o Mercury Prize deste ano. Deve ter algo mais…
Em maio, quando os peguei ao vivo no Sasquatch Festival, perto de Seattle, achei estranho ter taaaaanta gente no palco 2 para vê-los. Cheguei para conferir umas três músicas, de passagem, porque estava interessado em outro show (não lembro) quase no mesmo horário e acabei ficando até o fim, vidrado. Com dificuldade para chegar razoavelmente perto, por causa do tamanho da audiência.
Hoje o Alt-J, que nos últimos meses tocou no Lollapalooza e no Reading Festival, faz o primeiro dos dois shows em Washington DC. A turnê americana só acaba dia 29, em Dallas. Os shows de DC retomam a paradinha que a banda deu para descansar. A última apresentação foi cinco dias atrás, em Boston. Foi a terceira vez que eles tocaram em Boston só nestes últimos meses. Como em Nova York, neste período foram de clubinho até o Bank of America Pavillion lotado (8 mil pessoas de pé).
** Desse show em Boston tiramos a ótima “Fitzpleasure” (sinta a gritaria). É quase um indie-dubstep.
** Da semana passada, tem a apresentação deles no programa do Jimmy Fallon, tocando o hit “Tessellate”.
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