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Arquivo : Beastie Boys

Sério: Metronomy com as Sugababes originais e Blondie fazendo Beastie Boys
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Lúcio Ribeiro

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Então, Brasil. Ontem rolou mais uma premiação blablabla da indústria musical. Dessa vez foi o NME Awards, do importante semanário inglês New Musical Express. Como o que sempre tem de legal nessas premiações são as tretas, as performances musicais e (nessa era moderna os GIFs), a premiação até que teve alguns pontos bem destacáveis no quesito “show”.

O primeiro encontro foi o do ótimo Metronomy, em vias de lançar seu novo disco “Love Letters” em 10 de março, com o trio Mutya Keisha Siobhan, melhor conhecidas como as Sugababes originais, estouradas no mundo no fim dos anos 90, tendo colocado quase 30 singles nas paradas britânicas. A faixa que eles tocaram foi a que dá nome ao álbum novo do Metronomy.

O show de encerramento do NME Awards ficou por conta do veterano grupo Blondie, da ex-diva master Debbie Harry, uma das presenças marcantes do Glastonbury deste ano. A apresentação do Blondie incluiu uma versão incrível de praticamente 9 minutos da clássica “Heart Of Glass” e um digníssimo tributo aos Beastie Boys com “(You Gotta) Fight for Your Right (To Party!)” emendada com Rapture.

Pensando bem, essas premiações até que não são tão perda de tempo assim.

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Especial Popload “1994”: Kid Vinil conta o que aconteceu há 20 anos
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Lúcio Ribeiro

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* Kid Vinil, um dos maiores estudiosos e entendedores dos caminhos sonoros deste país, mostra sua visão do que foi 1994 para a música jovem. Kid é testemunha ocular do que aconteceu naqueles primeiros anos dos 90. Fora que, em música, foi empresário, teve banda, produziu, foi apresentador de TV, radialista, é DJ, coleciona vinil, trabalhou em gravadora, escreveu para jornais e revistas. Ele sabe bem do que está falando. E é assim que viu 1994:

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“Em 1994 eu era DJ de uma rádio em São Paulo chamada 97FM e tinha um programa noturno que tocava as novidades da época. Este ano representou muito para o rock, inclusive por ser o da morte da figura icônica de Kurt Cobain. A geração grunge havia aberto olhos e ouvidos dos responsáveis pelas grandes gravadoras com o estouro do Nirvana e Pearl Jam e tudo ainda estava muito quente em 1994, que viu surgir também com razoável sucesso uma sequência de subprodutos do grunge e bandinhas pré-fabricadas como Stone Temple Pilots e “Nirvana wannabees” como os australianos do Silverchair, que viria a estourar no ano seguinte, assim como os genéricos britânicos Bush, que atormentaram nossas orelhas neste ano com seu disco de estreia.

“Um grupo que me chamou atenção logo no primeiro videoclipe, por incrível que pareça, foi o neopunk do Green Day. Contrário aos genéricos do grunge, eu sentia no Green Day uma pegada punk 77 mais autêntica e menos forçada. “Dookie” é um grande álbum de estreia. Eu não era tão chegado a Offspring e Blink 182.

“As grandes gravadoras estavam desesperadas por um novo movimento de rock que agitasse como foi o grunge. O modelo independente de gravadoras e selos, como o Sub Pop de Seattle no final dos 80 e inicio dos 90, animaram as grandes corporações musicais a sair à luta em busca de novos artistas na cena mais alternativa. A Warner, por exemplo, além do Green Day, descobriu o Weezer e emplacou de cara seu disco de estreia.

“Ainda assim selos independentes como a Matador seguiam “incomodando” as grandes gravadoras com bandas como Pavement, Guided By Voices, Pizzicato Five e Yo La Tengo. O que antes era desprezado pelas majors naquele momento parecia ser a salvação da lavoura.

“Beck foi outro exemplo de artista que saiu da cena alternativa e estourou numa grande gravadora. O indie rock começava a impor respeito, principalmente no mercado americano. O Sonic Youth não era mais visto como outsider e passou a gravar numa major como a Geffen Records.

“O rap e o hip hop deixavam de ser apenas um estilo popular de música negra para se impor como uma das mais fortes culturas de todos os tempos, graças a Beastie Boys e Public Enemy, que pavimentaram o percurso de rappers como Nas, Wu Tang Clan e Notorious B.I.G.

“A cena britânica sempre me entusiasmou e o britpop foi minha grande aposta nos programas de rádio. Lembro quando o “New Musical Express” colocou o Oasis pela primeira vez na capa como banda revelação. Eu mostrei para o diretor da rádio e disse: “Esses caras vão estourar”. Dito e feito!

“Indiferentes à cena americana, os ingleses em 94 exploravam uma tendência muito mais pop influenciada pelo punk e pelos grupos dos anos 60 (Kinks, Who, Beatles). O Britpop foi uma resposta dos ingleses ao grunge, tanto que Oasis e Blur só aconteceram na Améria de 1995 para frente.

“Um turbilhão de ideias pipocavam nas mentes brilhantes da geração indie britânica. 1994 marcou o surgimento de estilos como trip hop, assim como tendencias eletrônicas mais apuradas como Orbital e Future Sound of London.

“Eu diria que 1994 foi um ano sui generis para o rock e tremendamente influente para os dias de hoje. Para uma geração que tanto se espelha nos anos 90, vale a pena voltar atrás e descobrir os grandes álbuns lançados naquele ano.”

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Especial Popload: 20 discos essenciais de 1994
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem contamos a história que fez de 1994 um dos anos mais importantes de lançamentos de discos dos últimos tempos no exterior e aqui também, na revelação de novas bandas, novas cenas, reafirmações de nomes já de alguma forma conhecidos. Tudo na colheita do plantio sonoro da revolução de 1991. Ouvimos até participantes da cena brasileira.

Neste especial 1994 temos mais dois posts, que entram no ar hoje. O primeiro segue agora. Soltamos, abaixo, a lista que, no nosso entender, dá conta dos 20 discos mais importantes lançados há 20 anos, neste bendito 1994, o tema de nossa efeméride.

A ideia foi tentar equilibrar entre lançamentos internacionais e no Brasil, com uma leve pendência a favor do primeiro grupo, por motivos óbvios.

E, acredite, se no caso nacional a gente acha que varreu os álbuns mais importantes lançados, do lado gringo deixamos muito lançamento bom de fora. Pelo menos mais uns bons 10 discos relevantes para o ano, para o momento.

Então ficamos assim:

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* Oasis – “Definitely Maybe”
Primeiro álbum dos irmãos Liam e Noel Gallagher, “Definitely Maybe” bateu o recorde de disco de estreia com venda mais rápida no mercado inglês, retomou o britpop que os Stone Roses tinham ameaçado emplacar e virou por alguns anos a principal banda do planeta.

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* Beastie Boys -“Ill Communication”
Quarto registro de estúdio do trio de Nova York, o álbum foi responsável por posicionar o chamado “rap branco” num mercado maior, mais… branco. O disco é puxado pelo super hit “Sabotage”, single que ganhou um famoso e premiado vídeo produzido por Spike Jonze e ajudou a MTV a ser relevante.

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* Raimundos – “Raimundos”
O disco de estreia dos Raimundos tomou de assalto a música brasileira com o inovador forró-core, mistura do popular forró com som hardcore, pesado. Foi lançado pelo lendário selo Banguela Records, dos Titãs em parceria com o produtor Carlos Eduardo Miranda. E fez meu sobrinho deixar de ouvir bobagem para se interessar por rock. Foi daqui para Nirvana e Ramones. Tudo bem que ele se perdeu de novo, depois, haha.

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* Chico Science & Nação Zumbi – “Da Lama ao Caos”

Obra-prima do rico e curto catálogo de Chico Science, o primeiro álbum da Nação Zumbi foi o pontapé inicial para o movimento manguebeat. Mescla de rock pesado com funk e música regional, é considerado por muitos como um dos melhores discos nacionais de todos os tempos. Psicodelia extraída do maracatu. Música brasileira com ideia e com conceito.

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* Beck – “Mellow Gold”
Um dos pontos altos da carreira do cantor, compositor e instrumentista norte-americano, “Mellow Gold” é o terceiro álbum de estúdio de Beck e puxado por um dos maiores hinos do indie: “Loser”. Música que, numa era em que Kurt Cobain queria que o mundo e o dinheiro e a fama o deixassem em paz e Beavis & Butt-head davam cara a uma geração, fez todo o sentido do mundo.

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* Skank – “Calango”
Maior revelação da música mineira desde o famoso movimento Clube da Esquina, o Skank despontou no cenário nacional com uma nova proposta sonora que misturava rock, ska e reggae. Com o segundo disco, “Calango”, os mineiros venderam mais de um milhão de cópias, passaram a ser falados além-MG e, mais que isso, se tornaram uma das bandas mais populares do país.

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* Green Day – “Dookie”
Espécie de respiro neopunk no início dos anos 90, o Green Day viveu um grande dilema ao lançar o ótimo “Dookie”, seu terceiro álbum, considerado o mais comercial da banda até então. Dilema mas que rendeu $$$$$ e botou a cena do “novo punk” na ordem do dia. Polêmicas à parte, o disco fez o grupo explodir, a cena explodir e chegou a ganhar o Grammy de “Melhor Disco de Música Alternativa” da época. Foi o maior resultado de Malcolm McLaren sem ser uma banda que tivesse qualquer coisa a ver com o Malcom McLaren.

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* Marisa Monte – “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão”
Provavelmente o melhor álbum da carreira de Marisa Monte, seu terceiro. E o primeiro produzido pela cantora, esperta, trabalhando em conjunto com o famoso Arto Lindsay. Um dos mais vendidos e premiados da época, o disco autoral também possui versões de músicas de Jorge Ben Jor e Lou Reed.

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* Portishead – “Dummy”
Álbum de estreia da banda de Bristol, “Dummy” foi uma das obras responsáveis por consolidar o estilo trip hop no mercado. O disco venceu a aclamada premiação inglesa “Mercury Prize” como melhor disco do ano.

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* Notorious B.I.G. – “Ready to Die”

Álbum de estreia do rapper norte-americano, em caráter quase autobiográfico, “Ready to Die” conta as aventuras do rapper enquanto um jovem criminoso. Foi o único disco que Notorious B.I.G. lançou em vida, já que ele foi assassinado poucos dias antes do lançamento de seu segundo registro, “Life After Death” (1997).

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* Cássia Eller – “Cássia Eller”
Prestes a pedir demissão de sua gravadora na época, (Polygram), devido ao desempenho ruim de seus dois primeiros álbuns, Cássia resolveu gravar o terceiro disco sem que a própria gravadora soubesse (e interferisse). Daí… O álbum foi feito na época em que ela se tornou mãe, fato que se tornou uma das grandes inspirações da cantora.

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* Mundo Livre S/A – “Samba Esquema Noise”
Mistura de sons eletrônicos, batidas de maracatu, samba e rock, o Mundo Livre S/A foi um dos expoentes do movimento manguebeat ao lado de Chico Science e a Nação Zumbi. O álbum de estreia do MLSA também foi lançado pelo Banguela Records, junto com o primeiro dos Raimundos.

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* The Prodigy –“Music for a Jilted Generation”
Segundo disco do grupo inglês que surgiu como grande novidade na eletrônica dos anos 90, misturando batidas de pista com pegada quase punk. O Prodigy, através deste álbum, foi um dos responsáveis por começar a levar a música eletrônica para grandes arenas, a cultura rave para o mainstream.

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* Blur – “Parklife”
Ao lado do Oasis, o Blur foi responsável por aquecer o até então morno mercado britânico, que se preparava para a avalanche do britpop. O petardo sonoro de Damon Albarn rendeu sucessos como “Girls & Boys”, “This Is a Low” e a faixa que deu título ao álbum.

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* Racionais MC’s – “Racionais MC’s”

Compilação que é considerada o terceiro álbum da maior banda do rap nacional, o disco homônimo, surgiu para dar uma forma conjunta e mais forte aos pequenos hits de alcance periférico, literalmente. A coletânea é marcado pela faixa “Homem Na Estrada” (93), um dos pontos altos da carreira do grupo. O disco tem o mérito de tirar do gueto do hip hop paulistano para um público mais diversificado e mostrar as crônicas líricas de Mano Brown sobre a vida na cadeia ou, o que pode ser pior por mais incrível que possa parecer, fora dela.

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* Weezer – “Weezer”
Também conhecido como “Disco Azul”, o álbum homônimo revelou o Weezer para o mundo. Dele, surgiram vários hits como “Buddy Holly” e “Say It Ain’t So”, sem mencionar a fantástica, mas algo datada “Undone – The Sweater Song”. A produção foi assinada por Ric Ocasek, ex-vocalista da banda The Cars.

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* Offspring – “Smash”
Um dos expoentes do neopunk americano ao lado do Green Day, o Offspring entrou para a história com “Smash”, álbum lançado pela Epitaph Records e que virou, atenção, “o disco mais vendido em todos os tempos comercializado por uma gravadora independente”.

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* O Rappa – “O Rappa”
Um som eclético, engajado e com letras de cunho político. Foi assim que o Rappa balançou o cenário pop do país em 1994. O álbum de estreia do grupo de Marcelo Yuka e Falcão contou com a participação especial de Bezerra da Silva na faixa “Candidato Caô Caô”.

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* Soundgarden – “Superunknown”

A banda já tinha três álbuns na bagagem, mas foi com “Superunknown” que o Soundgarden alcançou fama mundial, em pleno “velório” do grunge por causa da morte de Cobain. Os singles “Spoonman” e “Black Hole Sun” foram premiados no Grammy. E o grunge ganhou uma sobrevida.

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* Nine Inch Nails – “The Downward Spiral”
Considerado por parte da crítica e dos fãs como melhor álbum da banda, o terceiro disco do grupo chocou a cena independente, fertou com o mainstream, mesmo Trent Reznor querer fugir cada vez mais de algo “palatável”. O disco é extremamente conceitual e sinistro, mas vendeu 5 milhões de cópias. Fez do difícil Reznor um dos principais nomes do rock independente (e além). Nele encontra-se um dos maiores sucessos do NIN, “Closer”.

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Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

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>> SHOWS & FESTIVAIS:

* São Paulo enquanto Londres: a agenda de shows está bonita, hein?
* MAN OR ASTRO-MAN?: em Goiânia.
* WHITE DENIM na av. São João, às sete da manhã. Show mais bizarro do ano?

>> POPLOAD ENTREVISTA:

* Totally Enormous Extinct Dinosaurs
* JACK WHITE

>> BEASTIE BOYS: R.I.P. ADAM YAUCH

* BEASTIE BOYS – I: a Oprah tinha muito medo deles
* BEASTIE BOYS – II: duas apresentações históricas
* BEASTIE BOYS – III: as fotos do Terry Richardson e mais homenagens
* BEASTIE BOYS – IV: “Fight for Your Right (to Party)” em versão pianinho, por… Coldplay!

>> Tem Que Ver Isso Aqui:

* Kurt Mouse ou Mickey Cobain? Coisa da Disney.
* BONDE DO ROLÊ: o novo vídeo incrível, com mulheres fruta e o Cowboy Diplo.
* LANA DEL REY da semana: “Million Dollar Man” em pegada jazzy.
* GRIMES: novo vídeo e o… anel-xana!
* OH F*CK! Você curte Hipster Hop??
* GIRLS: não a banda, mas a imperdível série de TV.
* MAXIMO PARK: fanboy prende Paul Smith no armário.
* Against Me!: cantor anuncia que vai virar cantora. o_O
* PASSION PIT: “Take a Walk”, a primeira amostra do disco novo.
* ANIMAL COLLECTIVE: duas músicas novas incríveis.
* GARBAGE: Shirley Manson está de volta! Ouça.
* CRIBS: eles também estão de volta. Quer ouvir?
* HOWLER: esta aqui é diferente…
* O vídeo do ano da semana: Tokyo Savannah – “Fantastic Business”
* O Melhor do Twitter: The Galinhada Cultural Edition


O maravilhoso mundo dos Beastie Boys: Oprah e o perigo que correm as criancinhas americanas
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Lúcio Ribeiro

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* Ainda refletindo sobre a morte “antes-da-hora” do incrível MCA, do Beastie Boys, na última sexta-feira, aos 47 anos, demos de cara com esse vídeo genial de 1986. Em um programa da Oprah, em sua versão cabelo-Thundercat, convidados discutem os malefícios causados por músicas com letras impróprias, como a dos ~Beastie Boys~. Prestem atenção no MEDO e nos olhos arregalados da Oprah quando ela fala o nome do grupo. Ou quando lê parte da letra de “Hold It, Now Hit It”, lançada naquele ano. O tom é de indignação, mas Oprah, repare, quase canta o rap dos Beastie Boys, na leitura. Se isso acontecesse hoje, certamente fariam uma versão da música em um “Oprah Remix”.

* Agora, mais atenção ainda aos convidados:

– Jello Biafra, com meia coloridíssima, ex-Dead Kennedys e acreditem, o mais sensato do debate. Ele acha a letra tão inofensiva e irõnica que poderia ser de uma música country.
– Bob Guccione Jr, fundador da SPIN e filho do fundador da revista Penthouse, defendendo que a graça toda da banda está exatamente no mau gosto.
– Tipper Gore: ex-futura-primeira-dama dos EUA e mulher do Al Gore, famosa por criticar discos com capas ‘obscenas’ e letras idem. No vídeo, ela aparece com a legenda “como criar nossas cianças em uma sociedade pornográfica”. Ela descreve um show, er, bem sensual do Beastie Boys, ao qual criancinhas desavisadas compareceram.
– Prêmio de comentário mais bizarro: a tiazinha que comprou uma fita “k7” pra filha e se chocou ao ouvir as letras. Ela não lembra se a fita era da Madonna ou do Prince. Guccione manda a real para a tiazinha.

>> E aí, qual foi o futuro de vocês, pobres crianças?

Oprah discute:

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NYC ama os Beastie Boys: duas apresentações históricas e absurdas do trio na cidade transmitidas (ou não) pela TV
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Lúcio Ribeiro

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O mundo da música ainda presta suas homenagens a Adam Yauch, um dos gênios por trás de todo o barulho causado pelos Beastie Boys nas últimas décadas.

Não bastassem os tributos feitos por outros artistas em forma de música, como Red Hot Chili Peppers, ABBA e Coldplay, agora começam a aparecer materiais inéditos do trio.

Um destes materiais ótimos é o vídeo de uma apresentação deles no programa do comediante Dave Chappelle. Eles mandaram a ótima “The New Style” no encerramento do episódio. Ao fundo, Nova York.

* Aliás, este vídeo me fez lembrar outro genial. Para mim, uma das apresentações musicais mais cool que a TV já transmitiu. Foi mais ou menos sete anos atrás, no bombado talk show do David Letterman.

MCA e seus parceiros cantaram o mega hit “Ch-Check Out” começando a apresentação nas ruas de Nova York até chegarem ao palco do teatro Ed Sullivan, onde o programa é gravado. Coisa de gênio.


Mais MCA, dos Beastie Boys: as fotos do Terry Richardson, homenagens de Chili Peppers a Abba e o vídeo do Coldplay chegando ao 1.5 milhão de visitas
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Lúcio Ribeiro

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* Pencas de tributos em rádios, em shows, na TV americana (Saturday Night Live, Jimmy Fallon) e o vídeo do Coldplay no sábado, postado aqui na Popload mas que a gente repete abaixo, seguem como reação imediata do pop à lastimável perda ao câncer de Adam Yauch, 47 anos, dos seminais Beastie Boys, anunciada na sexta-feira.

* Homenagens ao vivo vão de ABBA à festa paulistana Party Intima, que tocou Beastie Boys três vezes na noite de sexta, se é que eu posso me lembrar da balada inteira.

Em Houston, Texas, o Social Distortion entrou no palco ao som de Beastie Boys. O Red Hot Chili Peppers a seu modo tocou por um minuto trecho de “So What’cha Want”, toda suingada, em show em New Jersey. Ficou incrível. Gente de vertentes mais díspares, tipo a banda Pennywise e o DJ Diplo, também fizeram seus tributos.

O vídeo de Chris Martin, coxinha-mas-bacana, tocando em piano gentil a esporrenta “Fight for Your Right (to Party)”, em show do Coldplay na última sexta à noite em Los Angeles, já está chegando rapidinho a 1.5 milhão de visitas em menos de três dias. Como eu disse no post, chega a ser gozado ver o bom-moço Martin cantando sobre chegar na mãe e pedir para não ir à aula, simplesmente porque não está a fim. É emocionante no fim do tributo, quando chega a parte da letra que diz, ainda em confronto com a mãe (pensa que é o Chris Martin “narrando”), ela invade o quarto e grita “Que barulho é este’. E a resposta “Aw, mom you’re just jealous it’s the Beastie Boys!”. Nesta hora, a galera grita junto com Martin o “Beastie Boys”, que não esperava, sorri e repete a frase. Aqui o vídeo, de novo:

* Ainda no oportunismo das homenagens, o famoso fotógrafo doidão Terry Richardson republicou em seu blog umas fotos que ele fez com os Beastie Boys, Adam Yauch obviamente no meio. São muito boas. E estão aqui embaixo. Assim como é da série de Richardson a imagem que abre este post.

* Por fim, o lance do Abba. Direto de Estocolmo, o ex-integrante Benny Andersson, que tem um estúdio na cidade Sueca, produziu este vídeo-homenagem ao saudoso integrante dos Beastie Boys. Acho que com esse vídeo está bem encerrado o capítulo “tributo a MCA”. Ou não.

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Fight for Your Right to Party, dos Beastie Boys, na versão pianinho do… Coldplay
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Lúcio Ribeiro

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“…to paaaaaaaaaaaaaaaaaaartyyyyyyy”, canta Chris Martin, em homenagem a MCA em Los Angeles

* A lamentável morte ontem, aos 47 anos, do músico Adam Yauch, o MCA do trio nova-iorquino Beastie Boys, consternou muito o planeta pop. Além das incontáveis condolências públicas prestadas por bandas e artistas do rock, da eletrônica, do hip hop, veteranos e novos, teve ainda uma homenagem digamos que bonita, ainda que coxinha, do megagrupo inglês Coldplay, que se apresentou ontem no Hollywood Bowl, em Los Angeles, Califórnia. “Especialista” em tributos ao piano (lembra dele cantando “Rehab”, da Amy Winehouse?), o nosso amigo Chris Martin desacelerou a bombástica “Fight for Your Right (to Party)” e botou toda a rebeldia beastieboyana como se tivesse cantando uma música de dor de cotovelo. Bizarro ver o Martin cantando coisas do tipo “Mãe, deixa eu faltar na aula” ou ficando puto porque ela jogou fora sua revista pornô. Haha. Tudo que não cabe no jeito bom moço do Chris Martin. Mas, de novo, não achei ruim, não.
Pelo MCA, está valendo. Foi sincero por parte do Chris Martin.

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Repercussão da morte de MCA, dos Beastie Boys
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Lúcio Ribeiro

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* Cause you can’t, and you won’t and you don’t stop!

– Krist Novoselic ‏ @KristNovoselic
“Adam Yauch #RIPMCA. Thank you for Sabotage bass riff and many other great grooves. Adam also worked for justice and peace consciousness”

– Lance Armstrong ‏ @lancearmstrong
“Crushed to hear the news of Adam Yauch’s passing. #RIPMCA”

– Justin Timberlake ‏ @jtimberlake
“Crushed to hear the news of Adam Yauch’s passing. A true pioneer of art. My thoughts and prayers are with his family and loved ones. #RIPMCA”

– Chromeo ‏ @Chromeo
Devastating. #RIPMCA

– Chromeo ‏ @Chromeo
“The Beastie Boys basically invented the concept of the cool white person. #RIPMCA”

– Chemical Brothers @ChemBros
“RIP Adam Yauch. thanks for the amazing music,continual inspiration”

– Brother Ali ‏ @BrotherAli
“I’ve never met one person in the Hip Hop world who didn’t love and respect the shit out of The Beasties. #RIPMCA”

– Paulo Cesar Martin
“Que bosta gigante”

– Marcelo Orozco
“Merda das Grandes”

– Thiago Ney
“Puta que pariu”

– 石光史明 ‏ @visuaconexion
“世界中はおろか、東京のツイート・トレンドがほぼほぼビースティーなう。 #RIPMCA”

– Shitty Box Art John ‏ @Servbot42
“Someone legit cool died today. No wasp jokes, it’s just sad. The Beastie Boys rule, now and forever. #RIPMCA #RIPAdamYauch”

– MC HAMMER ‏ @MCHammer
“R.I.P. Adam Yauch Beastie Boys #RIPMCA”

– David Cobb ‏ @davecobb
“The Beasties sorta scared me at 16 but listening to PAUL’S BOUTIQUE later in life “unlocked hip-hop” for me #RIPMCA”

– Sub Pop Records ‏ @subpop
“#RIPMCA http://www.youtube.com/watch?v=z5rRZdiu1UE&ob=av2e”

– Occupy Wall Street ‏ @OccupyWallSt
“#RIPMCA we #occupywallstreet coz it’s a sabotage http://youtu.be/z5rRZdiu1UE #ows #occupy”

– BBC 6 Music ‏ @BBC6Music
“#RIPMCA RT @BBC6MusicNews: Very sad to report that the Beastie Boys’ Adam Yauch has passed away. Keep listening to 6 Music for tributeS”

– TACO BELL ‏ @TacoBell
“The Beastie Boys changed the game. Thanks for the memories. #RIPMCA”

– Pete Wentz – RE:PETE ‏ @petewentz
“beastie boys paved the way for so many who came after. #RIPMCA”

– A-Trak ‏ @atrak
“Paul’s Boutique is still my biggest influence in production, to this day. #RIPMCA”

– Tom Morello @tmorello
“Rip dear Adam Yauch. Words can’t express the sadness and loss. Ur humor, talent & gentle soul are just irreplacable. Be at peace brother”

– moby @thelittleidiot
“I’m very very sad to hear of adam yauch’s passing. He was a wonderful, generous, remarkable, and inspiring man and friend.”

– superchunk @superchunk
oh no. SAD RT @questlove Yauch is gone. fuck.

– Sean Ono Lennon @seanonolennon
“Adam Yauch Rest In Peace. I’ll miss you very very much”

– ICE T @FINALLEVEL
“TERRIBLE NEWS: MCA of the Beastie Boys has died at 47. tmz.com/2012/05/04/bea… Another very sad day in Hip Hop. #MCARIP”

– Donald Glover @DonaldGlover
“Adam Yauch was an amazing artist and one of the nicest people I’ve ever met. His music was some of my favorite. Truly saddened. RIP MCA.”

– boygeorge @BoyGeorge
“Such sad news about Beastie Boy Adam Yauch. A fellow Buddhist and part of hip hop history!! R.I.P!”

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