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Arquivo : Blur

Damon Albarn para em um pub londrino e canta Blur
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Lúcio Ribeiro

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* Tem um clima de nostalgia no ar vindo da Inglaterra, não tem?

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Enquanto o Noel Gallagher não resolve abrir o coração para um retorno do Oasis, seu novo bro Damon Albarn não tem pudor em celebrar seus serviços prestados com o Blur. Sai na próxima segunda-feira o primeiro disco solo de Albarn, “Everyday Robots”, mas sua banda da época do Britpop não sai da cabeça das pessoas. Nem da dele.

Na próxima semana, Albarn fará um show na Leytonstone Library, na região oeste de Londres. Damon tem ido ao local para ensaiar com sua banda e, em uma dessas idas ao local na última quarta-feira (dia de São Jorge), resolveu parar em um pub. Tudo normal. Até que, no pub, a banda residente chamada The Gents abordou o cantor e, em certo momento, Albarn cantou a clássica “Parklife”, como se fosse uma “pessoa comum”. Ele foi acompanhado por uma galera que provavelmente não estava acreditando no que estava acontecendo.

Tudo numa vibe muito brit, claro.

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Damon Albarn canta Blur (sem o Blur) e evoca o espírito do Britpop na BBC
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Lúcio Ribeiro

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É 1994 outra vez na BBC Radio 2. A emissora inglesa botou no ar na noite de ontem um programa especial sobre os 20 anos do Britpop, tocando músicas da época, o que significa que rolou Pulp, Oasis, Catatonia, Blur e até Sophie Ellis-Bextor.

O clima foi tão nostálgico que o programa-documentário foi apresentado pelos lendários Steve Lamacq e Jo Whiley, há anos referências na casa. A cereja do bolo foi uma session com Damon Albarn tocando músicas do Blur sem o Blur. Ao piano, ele tocou “This Is A Low” acompanhado por um quarteto de cordas só de meninas. A outra faixa escolhida, também do Blur, foi “For Tomorrow”, esta com uma banda de apoio.

Damon, que lança no fim deste mês seu primeiro álbum solo, também concedeu entrevista e falou sobre os tempos áureos da música britânica e da guerra insana do Blur com o Oasis. O programa inteiro tem duas horas deliciosas de duração e pode ser ouvido aqui. Abaixo, Albarn sendo impecável.

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Damon Albarn canta o amor (agora para todo mundo ouvir)
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Lúcio Ribeiro

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Um dos seres mais criativos da música, o “multi” Damon Albarn vai lançar mês que vem seu primeiro disco solo, “Everyday Robots”, depois de tantas aventuras em tantos projetos aclamados, seja com seu histórico Blur, com o inovador Gorillaz ou escrevendo ópera.

Neste trabalho, hum, “pessoal”, Damon diz querer explorar a relação entre o velho e o novo, como as pessoas lidam com a tecnologia hoje e como se envolviam com a mesma tipo há 30 anos.

Aos poucos, o novo melhor amigo do Noel Gallagher vai soltando recortes do disco. A mais nova faixa a aparecer é “Heavy Seas of Love”, balada que fecha o disco com participação do produtor Brian Eno e um coral de crianças. Na verdade, a música estava disponível para poucos em um site meio zoado e cheia de vinhetas em cima desde janeiro. Agora apareceu bonita e limpinha.

* “Everyday Robots” chega ao mercado dia 29 de abril.

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O novo vídeo do Damon Albarn filmado pelo Damon Albarn
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Lúcio Ribeiro

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O homem de mil projetos Damon Albarn está no gás. Em abril, dia 28, ele lança seu disco solo “Everyday Robots”. Ele, de trabalho reconhecido no Blur, Gorillaz e The Good, The Bad and The Queen, soltou o novo single “Lonely Press Play”.

A faixa ganhou um(s) recorte(s) visual(is) feitos pelo próprio Damon numa vibe meio “Lost in Translation” em viagens ao redor do mundo. Munido de seu tablet e mil ideias na cabeça, Damon filmou cidades como Londres, Tóquio, Utah, Dallas e ainda Islândia e Coreia do Norte.

Ontem, Albarn ganhou o prêmio “inovação” no NME Awards. Em entrevista ao semanário inglês, ele contou que o Blur gravou 15 novas músicas, mas que isso não significa que um novo álbum esteja perto de ser lançado. Diz o Albarn que esse número não dá nem um quarto do que o Blur trabalha quando vai para o estúdio e que a banda só vai começar a gravar um disco novo quando os quatro integrantes “tiverem vontade suficiente”.

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Damon Albarn intimista e com algumas canções novas para mostrar
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Lúcio Ribeiro

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Espécie de Jack White inglês, o bamba Damon Blur Albarn – o homem de mil projetos que incluem uma banda eletrônica de personagens “animados” e uma ópera – vai lançar seu primeiro disco solo no fim de abril, dia 29, você leu na Popload.

O álbum, “Everyday Robots”, foi inspirado a partir da evolução tecnológica do mundo sob a ótica de Damon, baseando-se cronologicamente neste mundo desde sua infância até os dias atuais, buscando entender como as pessoas se relacionam entre elas e com a modernidade, com o telefone celular que faz tudo, com os jogos de computadores, enfim.

O primeiro single que dá título ao disco a gente já ouviu. Agora começam a aparecer algumas outras das 12 faixas que estarão no disco, filmadas durante uma apresentação recente de Damon dentro da programação do Sundance Film Festival, em Utah, que será transmitida posteriormente.

Uma fã filmou três destas canções inéditas: “You and Me”, “Hollow Ponds” e “Lonely, Press Play”. O show de caráter intimista teve Albarn ao violão, um tecladista e um quarteto de cordas formado por meninas. Dizem, Damon não puxou assunto durante a apresentação, que foi encerrada com a clássica “To The End”, do Blur.

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Tags : Blur


Especial Popload “1994”: Kid Vinil conta o que aconteceu há 20 anos
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Lúcio Ribeiro

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* Kid Vinil, um dos maiores estudiosos e entendedores dos caminhos sonoros deste país, mostra sua visão do que foi 1994 para a música jovem. Kid é testemunha ocular do que aconteceu naqueles primeiros anos dos 90. Fora que, em música, foi empresário, teve banda, produziu, foi apresentador de TV, radialista, é DJ, coleciona vinil, trabalhou em gravadora, escreveu para jornais e revistas. Ele sabe bem do que está falando. E é assim que viu 1994:

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“Em 1994 eu era DJ de uma rádio em São Paulo chamada 97FM e tinha um programa noturno que tocava as novidades da época. Este ano representou muito para o rock, inclusive por ser o da morte da figura icônica de Kurt Cobain. A geração grunge havia aberto olhos e ouvidos dos responsáveis pelas grandes gravadoras com o estouro do Nirvana e Pearl Jam e tudo ainda estava muito quente em 1994, que viu surgir também com razoável sucesso uma sequência de subprodutos do grunge e bandinhas pré-fabricadas como Stone Temple Pilots e “Nirvana wannabees” como os australianos do Silverchair, que viria a estourar no ano seguinte, assim como os genéricos britânicos Bush, que atormentaram nossas orelhas neste ano com seu disco de estreia.

“Um grupo que me chamou atenção logo no primeiro videoclipe, por incrível que pareça, foi o neopunk do Green Day. Contrário aos genéricos do grunge, eu sentia no Green Day uma pegada punk 77 mais autêntica e menos forçada. “Dookie” é um grande álbum de estreia. Eu não era tão chegado a Offspring e Blink 182.

“As grandes gravadoras estavam desesperadas por um novo movimento de rock que agitasse como foi o grunge. O modelo independente de gravadoras e selos, como o Sub Pop de Seattle no final dos 80 e inicio dos 90, animaram as grandes corporações musicais a sair à luta em busca de novos artistas na cena mais alternativa. A Warner, por exemplo, além do Green Day, descobriu o Weezer e emplacou de cara seu disco de estreia.

“Ainda assim selos independentes como a Matador seguiam “incomodando” as grandes gravadoras com bandas como Pavement, Guided By Voices, Pizzicato Five e Yo La Tengo. O que antes era desprezado pelas majors naquele momento parecia ser a salvação da lavoura.

“Beck foi outro exemplo de artista que saiu da cena alternativa e estourou numa grande gravadora. O indie rock começava a impor respeito, principalmente no mercado americano. O Sonic Youth não era mais visto como outsider e passou a gravar numa major como a Geffen Records.

“O rap e o hip hop deixavam de ser apenas um estilo popular de música negra para se impor como uma das mais fortes culturas de todos os tempos, graças a Beastie Boys e Public Enemy, que pavimentaram o percurso de rappers como Nas, Wu Tang Clan e Notorious B.I.G.

“A cena britânica sempre me entusiasmou e o britpop foi minha grande aposta nos programas de rádio. Lembro quando o “New Musical Express” colocou o Oasis pela primeira vez na capa como banda revelação. Eu mostrei para o diretor da rádio e disse: “Esses caras vão estourar”. Dito e feito!

“Indiferentes à cena americana, os ingleses em 94 exploravam uma tendência muito mais pop influenciada pelo punk e pelos grupos dos anos 60 (Kinks, Who, Beatles). O Britpop foi uma resposta dos ingleses ao grunge, tanto que Oasis e Blur só aconteceram na Améria de 1995 para frente.

“Um turbilhão de ideias pipocavam nas mentes brilhantes da geração indie britânica. 1994 marcou o surgimento de estilos como trip hop, assim como tendencias eletrônicas mais apuradas como Orbital e Future Sound of London.

“Eu diria que 1994 foi um ano sui generis para o rock e tremendamente influente para os dias de hoje. Para uma geração que tanto se espelha nos anos 90, vale a pena voltar atrás e descobrir os grandes álbuns lançados naquele ano.”

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Especial Popload: 20 discos essenciais de 1994
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem contamos a história que fez de 1994 um dos anos mais importantes de lançamentos de discos dos últimos tempos no exterior e aqui também, na revelação de novas bandas, novas cenas, reafirmações de nomes já de alguma forma conhecidos. Tudo na colheita do plantio sonoro da revolução de 1991. Ouvimos até participantes da cena brasileira.

Neste especial 1994 temos mais dois posts, que entram no ar hoje. O primeiro segue agora. Soltamos, abaixo, a lista que, no nosso entender, dá conta dos 20 discos mais importantes lançados há 20 anos, neste bendito 1994, o tema de nossa efeméride.

A ideia foi tentar equilibrar entre lançamentos internacionais e no Brasil, com uma leve pendência a favor do primeiro grupo, por motivos óbvios.

E, acredite, se no caso nacional a gente acha que varreu os álbuns mais importantes lançados, do lado gringo deixamos muito lançamento bom de fora. Pelo menos mais uns bons 10 discos relevantes para o ano, para o momento.

Então ficamos assim:

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* Oasis – “Definitely Maybe”
Primeiro álbum dos irmãos Liam e Noel Gallagher, “Definitely Maybe” bateu o recorde de disco de estreia com venda mais rápida no mercado inglês, retomou o britpop que os Stone Roses tinham ameaçado emplacar e virou por alguns anos a principal banda do planeta.

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* Beastie Boys -“Ill Communication”
Quarto registro de estúdio do trio de Nova York, o álbum foi responsável por posicionar o chamado “rap branco” num mercado maior, mais… branco. O disco é puxado pelo super hit “Sabotage”, single que ganhou um famoso e premiado vídeo produzido por Spike Jonze e ajudou a MTV a ser relevante.

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* Raimundos – “Raimundos”
O disco de estreia dos Raimundos tomou de assalto a música brasileira com o inovador forró-core, mistura do popular forró com som hardcore, pesado. Foi lançado pelo lendário selo Banguela Records, dos Titãs em parceria com o produtor Carlos Eduardo Miranda. E fez meu sobrinho deixar de ouvir bobagem para se interessar por rock. Foi daqui para Nirvana e Ramones. Tudo bem que ele se perdeu de novo, depois, haha.

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* Chico Science & Nação Zumbi – “Da Lama ao Caos”

Obra-prima do rico e curto catálogo de Chico Science, o primeiro álbum da Nação Zumbi foi o pontapé inicial para o movimento manguebeat. Mescla de rock pesado com funk e música regional, é considerado por muitos como um dos melhores discos nacionais de todos os tempos. Psicodelia extraída do maracatu. Música brasileira com ideia e com conceito.

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* Beck – “Mellow Gold”
Um dos pontos altos da carreira do cantor, compositor e instrumentista norte-americano, “Mellow Gold” é o terceiro álbum de estúdio de Beck e puxado por um dos maiores hinos do indie: “Loser”. Música que, numa era em que Kurt Cobain queria que o mundo e o dinheiro e a fama o deixassem em paz e Beavis & Butt-head davam cara a uma geração, fez todo o sentido do mundo.

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* Skank – “Calango”
Maior revelação da música mineira desde o famoso movimento Clube da Esquina, o Skank despontou no cenário nacional com uma nova proposta sonora que misturava rock, ska e reggae. Com o segundo disco, “Calango”, os mineiros venderam mais de um milhão de cópias, passaram a ser falados além-MG e, mais que isso, se tornaram uma das bandas mais populares do país.

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* Green Day – “Dookie”
Espécie de respiro neopunk no início dos anos 90, o Green Day viveu um grande dilema ao lançar o ótimo “Dookie”, seu terceiro álbum, considerado o mais comercial da banda até então. Dilema mas que rendeu $$$$$ e botou a cena do “novo punk” na ordem do dia. Polêmicas à parte, o disco fez o grupo explodir, a cena explodir e chegou a ganhar o Grammy de “Melhor Disco de Música Alternativa” da época. Foi o maior resultado de Malcolm McLaren sem ser uma banda que tivesse qualquer coisa a ver com o Malcom McLaren.

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* Marisa Monte – “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão”
Provavelmente o melhor álbum da carreira de Marisa Monte, seu terceiro. E o primeiro produzido pela cantora, esperta, trabalhando em conjunto com o famoso Arto Lindsay. Um dos mais vendidos e premiados da época, o disco autoral também possui versões de músicas de Jorge Ben Jor e Lou Reed.

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* Portishead – “Dummy”
Álbum de estreia da banda de Bristol, “Dummy” foi uma das obras responsáveis por consolidar o estilo trip hop no mercado. O disco venceu a aclamada premiação inglesa “Mercury Prize” como melhor disco do ano.

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* Notorious B.I.G. – “Ready to Die”

Álbum de estreia do rapper norte-americano, em caráter quase autobiográfico, “Ready to Die” conta as aventuras do rapper enquanto um jovem criminoso. Foi o único disco que Notorious B.I.G. lançou em vida, já que ele foi assassinado poucos dias antes do lançamento de seu segundo registro, “Life After Death” (1997).

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* Cássia Eller – “Cássia Eller”
Prestes a pedir demissão de sua gravadora na época, (Polygram), devido ao desempenho ruim de seus dois primeiros álbuns, Cássia resolveu gravar o terceiro disco sem que a própria gravadora soubesse (e interferisse). Daí… O álbum foi feito na época em que ela se tornou mãe, fato que se tornou uma das grandes inspirações da cantora.

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* Mundo Livre S/A – “Samba Esquema Noise”
Mistura de sons eletrônicos, batidas de maracatu, samba e rock, o Mundo Livre S/A foi um dos expoentes do movimento manguebeat ao lado de Chico Science e a Nação Zumbi. O álbum de estreia do MLSA também foi lançado pelo Banguela Records, junto com o primeiro dos Raimundos.

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* The Prodigy –“Music for a Jilted Generation”
Segundo disco do grupo inglês que surgiu como grande novidade na eletrônica dos anos 90, misturando batidas de pista com pegada quase punk. O Prodigy, através deste álbum, foi um dos responsáveis por começar a levar a música eletrônica para grandes arenas, a cultura rave para o mainstream.

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* Blur – “Parklife”
Ao lado do Oasis, o Blur foi responsável por aquecer o até então morno mercado britânico, que se preparava para a avalanche do britpop. O petardo sonoro de Damon Albarn rendeu sucessos como “Girls & Boys”, “This Is a Low” e a faixa que deu título ao álbum.

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* Racionais MC’s – “Racionais MC’s”

Compilação que é considerada o terceiro álbum da maior banda do rap nacional, o disco homônimo, surgiu para dar uma forma conjunta e mais forte aos pequenos hits de alcance periférico, literalmente. A coletânea é marcado pela faixa “Homem Na Estrada” (93), um dos pontos altos da carreira do grupo. O disco tem o mérito de tirar do gueto do hip hop paulistano para um público mais diversificado e mostrar as crônicas líricas de Mano Brown sobre a vida na cadeia ou, o que pode ser pior por mais incrível que possa parecer, fora dela.

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* Weezer – “Weezer”
Também conhecido como “Disco Azul”, o álbum homônimo revelou o Weezer para o mundo. Dele, surgiram vários hits como “Buddy Holly” e “Say It Ain’t So”, sem mencionar a fantástica, mas algo datada “Undone – The Sweater Song”. A produção foi assinada por Ric Ocasek, ex-vocalista da banda The Cars.

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* Offspring – “Smash”
Um dos expoentes do neopunk americano ao lado do Green Day, o Offspring entrou para a história com “Smash”, álbum lançado pela Epitaph Records e que virou, atenção, “o disco mais vendido em todos os tempos comercializado por uma gravadora independente”.

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* O Rappa – “O Rappa”
Um som eclético, engajado e com letras de cunho político. Foi assim que o Rappa balançou o cenário pop do país em 1994. O álbum de estreia do grupo de Marcelo Yuka e Falcão contou com a participação especial de Bezerra da Silva na faixa “Candidato Caô Caô”.

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* Soundgarden – “Superunknown”

A banda já tinha três álbuns na bagagem, mas foi com “Superunknown” que o Soundgarden alcançou fama mundial, em pleno “velório” do grunge por causa da morte de Cobain. Os singles “Spoonman” e “Black Hole Sun” foram premiados no Grammy. E o grunge ganhou uma sobrevida.

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* Nine Inch Nails – “The Downward Spiral”
Considerado por parte da crítica e dos fãs como melhor álbum da banda, o terceiro disco do grupo chocou a cena independente, fertou com o mainstream, mesmo Trent Reznor querer fugir cada vez mais de algo “palatável”. O disco é extremamente conceitual e sinistro, mas vendeu 5 milhões de cópias. Fez do difícil Reznor um dos principais nomes do rock independente (e além). Nele encontra-se um dos maiores sucessos do NIN, “Closer”.

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Os “hummms” e os “o//////” do Planeta Terra Festival
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Lúcio Ribeiro

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* Fãs da Lana, fiquem, vai ter Blur.

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Lana Del Rey “twerking” em seu belo show no Planeta Terra no Campo de Marte. Laninha é de Vênus

Aconteceram três festivais em um só, sábado, em São Paulo, no Campo de Marte.

1. O Planeta Terra no cimentão e só com um tobogã feio e uma roda gigante mais roda que gigante. O PT virou um “festival normal”. A aura de “diferente” que construiu por anos e que deu fama ao evento sumiu. A gente entende a rebolada que o PT precisou fazer para se manter vivo para este ano, depois de quase ter sido descontinuado. Mas desse jeito vamos ter que ir ao PT pelas bandas, mesmo. Não, também, pelo festival-pelo-festival. Entende aqui, não? Não que a gente vá a um festival pela montanha-russa, mas um clima “evento” se perdeu. Agora vamos (só) pelas bandas, mesmo. O que para nós não é esforço algum, claro, mas… Tem um gramadão ali para ser usado no próximo. E contrata a Monga, a Mulher Macaca, ex Playcenter, para ficar dando uns rolês pelo lugar. Pelo menos acabou 23h. E dava para ir embora de metrô.

2. O Planeta Terra da Lana Del Rey, a não-headliner mais headliner dos últimos tempos. Acabou a Lana, parte considerável das 27 mil pessoas foram embora. Chegaram para a Lana, foram embora depois da Lana. Que bizarro esse culto juvenil para uma menina de música melancólica em estilo cabaré.

3. E o Planeta Terra do Blur, emocionante, cheio de hits, banda no gás. Mas isso para a galera anos 90. Beleza. Na segunda música, acho, tocaram uma das músicas mais legais da história, “There’s No Other Way”. Uma que tem a parte “All that you can do is watch them play”. Disse tudo.

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Damn Damon, no show do Blur: “Oh my babeeeeeeeeeeeeee, Oh my babeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee”

Mas vamos logo aos Hummms e o///// que a equipe da Popload achou do Planeta Terra 2013. O saldo foi bem positivo. Sábado lindo. Mas…

HUMMM…

* faltou internet por um bom tempo na sala de imprensa e na bilheteria, que não tinha como imprimir os ingressos porque também não tinha… papel
* portal de internet… Poderiam investir em um wifi para o público, que como todo festival ainda teve problemas com os celulares. Normal, enquanto os organizadores não investirem em uma célula móvel para que todo mundo possa tuitar, instagramar e divulgar o festival ~avonts~. É problema muita gente concentrada no mesmo espaço usando celular em qualquer lugar do mundo, mas festivais como Coachella e Sasquatch já apresentam boas soluções para isso. Todo mundo sairia ganhando, não?
* estrutura árida e sem charme. Boa para chuva, mas, no sol da tarde de sábado, aquela imensidão de cimento e pedregulho deixou a gente com saudade do Playcenter, que pelo menos era divertido
* o som dos dois palcos se embolava e vazava entre uma música e outra. Na pista VIP, mais alta e na parte de trás do evento, de frente ao palco principal, dava para ouvir as duas performances ao mesmo tempo. Ou nenhuma delas, dependendo do ponto de vista
* Travis no meio da tarde, aqui com o som baixo, engolido pelo Roots e praticamente ignorado no line-up. Tadinhos. Mas a banda não ajudou na performance datada também. Os hits velhos soaram só como… hits velhos. Pergunta que rolou no sábado e ainda não demos uma conferida no Google: Como está, hoje, o ex-baterista estiloso do Travis, que se acidentou feio anos atrás? No mais, era um belo show de fim de tarde que aconteceu aqui no fim de tarde. Mas as coisas não saíram tão bacanas…
* Beck só autorizando os fotógrafos fazerem imagens dele nas músicas 4, 9 e 11. Algum código? Cientologia?
* O som baixo durante o show da Lana Del Rey. O que muitas vezes transformava Lana em seu próprio backing vocal, já que a galera fazia a voz “principal”
* Laninha não permitindo fotógrafos. Libera tudo, Lana.
* Beck fazendo Michael Jackson
* Lana fazendo Bob Dylan, em trecho, e moleque no Twitter mais tarde adorando o cover de Guns N’ Roses dela (“Knockin’ on Heaven’s Door”)

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* Distância entre palcos foi ideal para quem quer ver tudo ao mesmo tempo, sem precisar enfrentar uma maratona entre um “stage” e outro
* Barraquinha com cardápio gourmet? Nice
* Sem filas nos banheiros e nas barracas. Claro, se você deixa para comer e fazer xixi nos intervalos dos shows, vai ter sempre um problema. Não importa em qual festival você esteja. 😉
* De novo: a pontualidade, sempre. Estamos ficando velhos, mas, voltar de um festival às 23h com metrô ainda funcionando, é uma maravilha
* Por falar em metrô, e off festival um pouco, o Blur emocionou tanto os indie-velhos que um vagão do metrô voltou para casa cantando “Tender”
* As mocinhas e mocinhos usando a tiara de flores da Lana
* Lana se jogando na plateia da grade, distribuindo selinhos e abraços. Uma fofa.
* O cenário tropical da Lana, com palmeiras, telão com vídeos da cantora e trilha de Scarface, sua já marca registrada. Ela nos trouxe a Califórnia, Hollywood.
* Galera cantando aos berros (chorando!) “Blue Jeans” e “Born To Die”. E “Video Games”. E “National Anthem”.
* Palma Violets: ainda na vibe banda-loucurinha, mostrando que se eles se divertem no palco, é quase diversão garantida para quem vê também. Lembrou Libertines, na boa fase. Caótico, cheio de energia. Delicioso.
* Travis, mesmo ignorado e mal-resolvido, fez a gente lembrar que eles existiam e por que um dia a gente gostou deles.
* A tuba, sim, TUBA, do The Roots
* Beck em show perfeito com muitos altos e pouco baixos (sendo os “baixos” somente alguns solos de guitarra e gaita longos demais). Carismático, passou por todas as fases da carreira, do hino-indie “Loser” à fase folk-sensível do disco “Sea Change”. Boa, Beck Hansen.
* Beck fazendo “Tainted Love”, hino do Soft Cell, que nem é exatamente do Soft Cell
* Todos os fãs da Lana deixando o festival depois do show da cantora, deixando o espaço livre para nós e o showzão do Blur \o/
* BLUR. Apenas. Um hit atrás do outro, Grahan Coxon sendo mais incrível ainda, o Alex James carismático e cool de sempre, Damon Albarn empolgadíssimo e inspirado e a banda toda, com um setlist perfeito, mostrando de onde os Gallaghers tiraram tanto ódio
* As centenas de camisetas do Oasis pelo festival. Bom humor: nunca é de mais.
* Momento “Tender”, catártico, talvez a música que resuma o festival. Junto com “Blue Jeans”. Junto com “Loser”.
* O ator britânico Phil Daniels, em pessoa, veio ao Brasil e participou da “sua” “Parklife”. Camisa polo Freddy Perry, entende? A música tem mais a cara dele que de Damon Albarn. “I love David Luiz [jogador brasileiro, que joga pelo clube inglês Chelsea]”, gritou Daniels ao cumprimentar a plateia. Gênio.
* O Planeta Terra redimiu a gente pelo tipo-fiasco que foram os shows do Blur aqui em 1999, na primeira vinda da banda. Valeu, PT

*** Logo mais entram as fotos Popload do festival. Stay glued.
**** As imagens deste post são de Fabrício Vianna/Popload.
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Primeira vinda do Blur ao Brasil foi fiasco de público. Conserta essa, PT
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Lúcio Ribeiro

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* Primeiro de tudo, fiasco mesmo era o Credicard Hall, em São Paulo, palacete branco sonoro lááá longe, ter apresentado um ingresso deste naipe:

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O ano era 1999. Naquela altura, o Blur, o grande headliner do Planeta Terra Festival deste sábado, já tinha sido gigante do britpop, já tinha “conquistado a América” com o disco homônimo (que tinha “Song 2”) e estava lançando o experimental disco “13”, seu sexto. E a primeira visita do Blur ao Brasil rendeu perto de 2000 pessoas em São Paulo no Credicard Hall (onde cabem 7000) e apenas 1500 no Rio, no Metropolitan (hoje Citibank Hall, capacidade de 8500 seres humanos). Vai entender.

Vai entender que o Blur hoje, já mais na categoria “banda histórica” do que “banda atual”, consegue atrair esse bafo todo a ponto de encher o Planeta Terra Festival. Mas ainda bem. Ficamos devendo essa para o Damon Albarn. Que essa desfeita antiga seja redimida agora.

Eu e o amigo do ticket acima ficamos tentando recuperar na memória o show de 1999. Eu fui a ambos. Lembro que gostei bem do show de SP, tirando o incômodo de não ver gente o suficiente para encher uma casa fechada para ver o Blur. Recordo-me ainda de achar morno o concerto do Rio, cuja impressão de fiasco era maior, o que deve ter atingido a banda também.

Acho que, por pedido da banda, antes da apresentação paulistano tocaram na casa um álbum inteiro do Pavement, o “Crooked Rain, Crooked Rain”, que tinha sido lançado no fatídico porém fértil ano de 1994. Clima mais lindo impossível.

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E o show do Credicard Hall abriu com o “single recente” gospel “Tender”. Pensa!

O Alex James fez aniversário no dia da apresentação de SP e Damon Albarn puxou o coro de “Happy Birthday” no final.

E, posso estar errado, mas lembro que o bis foi “Girls & Boys”, “There’s No Other Way” (o segundo single da história do Blur, que fez a banda explodir na Inglaterra) em versão punk, “Parklife” e “Song 2”. Katapóf!

Pena que naquela noite de domingo besta de novembro de 1999 apenas 2000 paulistanos foram tão felizes.

Estou errado, Sidney?

* A foto do Blur deste post foi tirado do Facebook Wanted: Blur in Sao Paulo

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Buenas noches, Peru! Blur inicia turnê em Lima e faz homenagem a Lou Reed
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Lúcio Ribeiro

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Uma das grandes bandas que a Inglaterra deu ao mundo nos anos 90, atração principal da próxima edição do festival Planeta Terra (9 de novembro, no Campo de Marte), o distinto Blur iniciou ontem em Lima, no Peru, sua turnê pela América do Sul. A turma de Damon Albarn tocou em um campo de futebol anexo à Univerdade San Marcos para 8 mil pessoas e revisitou seu rico catálogo em apresentação que durou cerca de uma hora e meia.

Os ingleses abriram o show logo descarregando os super hits “Girls & Boys”, “There’s No Other Way” e “Beetlebum”. A imprensa local destacou que Damon ainda mantém a “vitalidade corporal e vocal” mesmo aos 45 anos e que a banda fez um “som virtuoso” graças ao trio Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree”. Houve espaço para mais uma homenagem a Lou Reed. Damon mandou a clássica “Satellite of Love” junto com “Coffee & TV”, antes da incrível “Tender”, minha música preferida deles. Pensa…

Esta foi a primeira vez do Blur no Peru. Nos próximos dias, eles tocam em Buenos Aires (2/11), Montevidéu (4/11), Santiago (7/11) e São Paulo (9/11).

Abaixo alguns vídeos do show de ontem e o setlist. Vem, Damon.

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