Blog POPLOAD

Arquivo : dave grohl

Lolla BR – E o Foo Fighters no Chile?
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Dave Grohl prometeu e o Foo Fighters mostra, na América do Sul, o mesmo show que o resto do mundo viu até agora. Banda no gás, mesma estrutura de palco, passarela para ele desfilar com sua guitarra, duas horas e meia de pedrada após pedrada. Pedrada sonora, é bom dizer.

A banda se apresenta hoje na Argentina. No Chile, no final de semana passada, o grupo do ex-Nirvana fez o show de encerramento do Lollapalooza deles. Fez cover de Pink Floyd, chamou a Joan Jett no palco para mandar a clássica “Bad Reputation” e deixou mais de 40 mil chilenos ensandecidos, assim, esse jeito:

* Foto de Enrique Quiroga.


Fala, Dave! Livro sobre o líder do Foo Fighters sai no Brasil. Quer um?
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Para ler até o Lollapalooza Brasil, da semana que vem. Está chegando às livrarias brasileiras, em português, uma das duas famosas biografias sobre Dave Grohl, o líder do Foo Fighters, o Nicest Guy in Rock, à frente da atração principal do festival paulistano.
“Dave Grohl – Nada a Perder” (Edições Ideal), não confundir com a biografia “This Is a Call”, lançada no ano passado, é um livro de 2008 de autoria do jornalista americano Michael Heatley, mas atualizado com informações do roqueiro até 2011.
Em mais de 200 páginas, Heatley narra a vida de Grohl da primeira fita cassete gravada até se tornar o cara mais gente-fina do rock, com tudo de bom e complicado que o título outorga. Inclui, óbvio, a vida de Dave Grohl no Nirvana e nas outras 8.300 bandas das quais ele participou, integrou, colaborou, ajudou, de Queens of the Stoe Age até Killing Joke. De Nine Inch Nails a Prodigy.

* A Popload tem dois exemplares de “Dave Grohl – Nada a Perder”, para sortear por aqui. Quem quiser uma cópia é só se inscrever nos comentários abaixo. Vem.

>>


Foo Fighters cancela shows… na Ásia!
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>>

* Foo’s Alert! Não queremos apavorar ninguém, já que o Foo Fighters pisa em solo brasileiro logo no comecinho de abril. Né, Dave?

Mas cabe informar que a turnê na Ásia, que começaria depois de amanhã em Cingapura, e ainda tinha programados outros quatro shows com ingressos esgotados em Tóquio, Sendai, Nagoya e Osaka está cancelada.

Os motivos ainda não foram divulgados oficialmente. Mas, parece, Dave Grohl precisa repousar sua voz.

Por enquanto, o próximo show (ainda de pé) do Foo Fighters é o de Santiago, dia 1º de abril.


Cage the Elephant com Dave Grohl na bateria. Agora sim
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* A esperta banda indie-porrada americana Cage the Elephant, do Kentucky, circulou pelo Youtube do mundo todo no ano passado porque, em um show em Los Angeles, o hero Dave Grohl sentou na bateria da banda para substituir o original, que teve uma crise de apendicite e não iria encarar a apresentação. Dessa presença ilustre saiu o vídeo de “Shake Me Down”.

Agora, mais caprichado e da mesma apresentação, aparece o vídeo de “Aberdeen”, Cage tocando com Grohl na bateria. “Aberdeen” é a incrível música que o Cage the Elephant fez como tributo ao Nirvana, banda preferida dos integrantes. Aberdeen é a cidade perto de Seattle de onde saíram Kurt Cobain e sua guitarra.

Dave Grohl estava beeeeeeeeem à vontade, pois. O vídeo é ótimo.

* O Cage the Elephant acaba de lançar o energético disco ao vivo “Live from The Vic in Chicago”. O disco tem uma cover para “Psycho Killer”, do Talking Heads, tocada nesta apresentação. Eles tocam direto essa música ao vivo.

* Lembrando: Dave Grohl (com o Foo Fighters) e Cage the Elephant são atrações do Lollapalooza Brasil, em abril. Será que rola?

>>


O que você faria pelo Dave Grohl? Tem gente que…
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>>

Boys who like boys who like grohls. Opa, girls. Poim.

O hino pop do Blur bem que se encaixa na mais nova camiseta que é febre entre os fãs de Foo Fighters. Ou do Dave Grohl, mais especificamente.

Que o Dave é a simpatia em pessoa, o cara mais cool do rock, todo mundo sabe. Mas um grupo de galeses resolveu ir além na zoação/admiração. Eles foram a um dos shows da banda na gigante arena de Milton Keynes (Inglaterra) em julho passado e, depois de muitas cervejas, criaram o bordão “I’d go gay for Grohl”.

E lá mesmo eles prometeram que, quando voltassem para casa, fariam uma camisa para vender para todos os simpatizantes do Dave hihi. Já tem até grupo no Facebook.

Está £9.95 no E-bay e não deixa de ser uma ótima pedida para ir ao Lolla. Né não?

* Os fatos inusitados nos shows do Milton Keynes não param por aí. Quem não se lembra do cara do bote que, no meio da galera, foi ovacionado pelo Dave? O “crazy mother f*cker in the boat” haha.


Atenção, Brasil: Dave Grohl diz que vai explodir seus ouvidos com rock
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>>>>

Maaaaaais Lollapalooza. Todo mundo está falando sobre. O canal oficial do evento no YouTube soltou uma entrevista exclusiva com Dave Grohl falando sobre a única vez que ele visitou o país com o Foo Fighters (em 2001), dos shows do Nirvana, da sua ligação com o festival, quais bandas ele quer curtir na edição brasileira, que a Peaches é gostosa, que quer tocar “Bad Reputation” com a Joan e que “está dentro” da festa do Gogol Bordello.

Olha só.


O RAP É O NOVO ROCK – A pessoa mais cool do mundo é… Azealia Banks!
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* O semanário britânico “New Musical Express”, a bíblia-indie para lovers e haters, soltou sua famosa “Cool List” anual em edição que chegou às bancas ontem.

As pessoas mais “cool” do planeta na música foram aferidas pela “NME” de acordo, entre outras coisas, com critérios do tipo vestir o “investível”, aterrorizar o mainstream, manter um enigma a cerca de seu nome, ser “cool” sem ter que dizer que é “cool”, ter um cabelo que diz quase tudo sobre a pessoa, inovar de alguma forma, ter o ‘It” naturalmente.

Daí que a eleita de 2011 como a pessoa mais cool da Terra foi: AZEALIA BANKS.
Dentre os motivos que levaram a “NME” a escolher a cantora americana (ela é do Harlem) para o prêmio, estão:
1. Sua atitude can-do e fuck-you.
2. Ela tem a mais espetacular música nova do mundo hoje, o pequeno hit “212”.
3. Tem a boca mais imunda do planeta.
4. Ela prefere gatos a drogas.
5. Esse vai em inglês: “She’s a fighter, not a lover”

Azealia tem 19 anos. Seu som ainda está em formação. Ela tem uma queda pelo eletrônico, pelo indie (Interpol é a banda predileta dela) e é superpop (adora os dramas musicais da Adele, também).

Confira a “212”, lançada em setembro, que está deixando os ingleses malucos.

Outros da lista do cool da NME:
2º lugar: Jarvis Cocker, do Pulp
Honor Titus, o negão maluco punk da ótima banda Cerebral Ballzy
4º e 5º Tom Meighan e Serge Pizzorno, ambos do Kasabian
6º Lana Del Rey, claro
Matt Helders, do Arctic Monkeys, que ficou na frente do Alex Turner motoqueiro, que só está em 15º lugar, pensa
11º Noel Gallagher, muuuito na frente do irmão Liam, que pegou o 50º
12º O cool Dave Grohl

>>


Courtney F*king Love
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>>

O show avacalhado e bom do Hole foi um dos grandes destaques do SWU no domingo. Do SWU até agora, incluindo o sábado. Fale o que quiser de Courtney Love, mas ela ainda encara as coisas como se ainda fosse o último show da vida. Ou seja: ela não dá a mínima haha. Igualzinho ao show porco e ótimo que ela fez em 91, abrindo para o Mudhoney no Astoria. Igualzinho ao que ela fez no palco principal do Reading Festival em 1994, poucos meses após a morte do marido famoso. Igualzinho ao do Sxsw de 2009, na “volta do Hole”. Craze shit!

No show do Hole de ontem, que teve até música do Hole, Courtney pagou peitinho e tentou mostrar para o mundo que o Dave Grohl não é tão legal assim, como o planeta acha. Foi vaiada no discurso ressentido, aplaudida no show bagaceira, quando botava sua voz rouca para cantar. E ela fez também sua versão para “Bad Romance”, da Lady Gaga. A letra foi um “pouquinho” trocada, hehe.

A Popload separou alguns momentos da Courtney F*king Love no Brasil.

Oun


Courtney Love: longer, bigger, uncut. A segunda parte da entrevista com a atração do SWU: sobre drogas, quem o Cobain queria no Nirvana e a vez em que ela foi VOCALISTA DO FAITH NO MORE
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Faaaaaala, Courtney. Faaaaaaala!
Parte 2 da entrevista que a viúva de Kurt Cobain, cantora do Hole, atriz doida de Hollywood e atração do festival SWU concedeu a este blogueiro, na condição de jornalista da Folha, em texto que saiu publicado ontem, quarta-feira. Em destaque: o caminho das drogas nos EUA, o fim da cocaína, o dinheiro que vai para ela das músicas do Nirvana e um gosto-não gosto de algumas das atrações do SWU. Ah, e Courtney lembra de quando foi VOCALISTA DO FAITH NO MORE! Courtney vocalista do Faith No More! Essa eu juro que não sabia e abri o wikipedia na hora da entrevista para ver se era verdade, enquanto ela falava.

* Courtney, o “Nirvana ideal” e as drogas – “O Kurt sempre quis mais gente no Nirvana. Ele queria o J Mascis [Dinosaur Jr] de baterista. Essa eu nunca entendi. Ele queria o Matt Lukin [baixista do Melvins, depois Mudhoney]. E, principalmente, ele queria o Dale Crover na bateria [baterista do Melvins, que quebrou o galho no Nirvana por uns tempos, antes do Dave Grohl entrar].

“Mas o Buzz {Buzz Osborne, guitarrista e vocalista do Melvis, amigo de colégio e da banda pré-Nirvana de Cobain] nunca levou o Kurt a sério e o tratava como merda. Acho péssimo que até hoje o Buzz… Bom, não o vejo desde o natal de 1992… Sou de San Francisco, e tem essa loja, Gump’s, que eu ia lá com minha avó. Em 92 [pode ser 1982, Courtney usou as duas datas na entrevista, pode ter se confundido] estou saindo da loja e vejo o Buzz usando heroína com a filha da Shirley Temple, que tinha virado uma junkie gótica…

“Naquela época, heroína era “the thing”. Ninguém mais usa heroína neste país hoje em dia. Agora eles preferem oxycodone [analgésico duas vezes mais potente que a morfina]. Não tem mais heroína aqui! Os jovens usam ketamina também. Eu jamais usaria isso. Nunca tomei nem ecstasy… Então nem sei como é. Mas tive essa fase heroína e foi antes do Kurt! Estou te explicando porque você não é americano, mas a gente usava heroína aqui porque TINHA que usar. Ou então, você não era cool o suficiente. Era como jazz! Mas eu nunca tive uma doença! Essas cidades portuárias da costa oeste, tipo São Francico, Los Angeles, Portland, Seattle, e, no Canadá, Vancouver… A heroína chegava pesado em Seattle e Portland, daí para o resto do país. E heróina é muito ruim! E em San Francisco a heroína era boa e vinha de lugares diferentes. Em Vancouver tinhas as da China… A de Los Angeles era péssima e ninguém se viciava de tão ruim que era. Qual é o maior problema com droga no Brasil?

* Courtney, o Lula, a presidente do Brasil Cristina Kirchner e o beijo do Hugo Chaves – “Em 2009, eu vi o filme ‘Ao Sul da Fronteira’, do Oliver Stone, que é meu amigo. Era uma première em NYC e estava ao lado do Lula, da Cristina Kirchner, um bispo, o presidente boliviano e o Hugo Chavez. Você deve ter visto fotos minhas com o Hugo nessa ocasião. E o Oliver Stone vai e me bota na porra da primeira fila! Era Fashion Week e estava com um vestidinho e sapato vermelho. O Chavez deve ter achado que eu era uma prostituta… Eu não sabia! Ele é um cara ruim? Porque eu gosto dele, achei que ele é um cara legal, tendo a ver o melhor nas pessoas… Bem, ele gosta de celebridades, né? E daí a presidente de vocês [Achando que a presidente do Brasil era a Kirchner] não tirava o olho da minha bunda pensando ‘quem é essa puta?’. E o Chavez vai e beija a minha boca. French kiss, mesmo. Foi engraçado como a mídia divulgou isso. Virou um incidente internacional.

***
ÁUDIO: Ouça Courtney Love falando sobre Kurt Cobain e a ex, Tobi Vail, do grupo de meninas Bikini Kill. Cobain, na paixão por Tobi, escreveu a maior parte das músicas do “Nevermind” para ela. Aí o Dave Grohl, que começou a sair com a Kathleen Hanna, também do Bikini Kill, salvou Cobain daquelas gordas retardadas. Foi mais ou menos isso.

***

* Courtney e o download – “Ninguém consegue fazer dinheiro com download! O compositor até faz pouco dinheiro, no caso o Kurt, que agora é meu e da Frances [Filha de Love e Cobain]. Tem a porcentagem do iTunes, da gravadora Universal, disso e daquilo. Daí que num download de uma música, que custa 99 centavos de dólar, no final acaba vindo 9 cents para o compositor. No caso, para mim e France dividirmos.

* Courtney e o SWU – Quem vai tocar nesse festival, comigo? Minha empresária não quer me dizer! Eu desisti de um festival na Austrália porque ia ter o Van Halen, Limp Bizkit. Eu disse: ‘Não vou’. Não ligo para o dinheiro, é um ‘NO’… O Stone Temple Pilots vai tocar no festival, não vai? Sonic Youth? Meu Deus. Eu até gosto do Thurston Moore, mas não gosto da Kim Gordon. E essa separação deles agora. Eles pareciam papai e mamãe quando falavam. Papai e mamãe bem esquisitos. Em que posição estou na escalação? [é dito: a principal atração no domingo do palco secundário]. Quem vai estar tocando no mesmo horário no palco principal? Peter Gabriel? Ok. Quem mais toca? Black Eyed Peas? Agora ficou bizarro. Snoop Doog? Yaaaay! Adoro ele! Nunca fumei maconha com ele porque não fumo maconha, mas eu o amo. Kanye West? Conheço Kanye. Ele é fantástico. É um crianção no bom sentido. Parece que tem 9 anos. Não tem ninguém novo nesse festival, tirando esse Tyler the Fucking Destroyer [Tyler the Creator] que você citou? Crystal Castles, ok, eu gosto deles. Quem mais? FAITH NO MORE VAI TOCAR? Minha primeira banda…

* Courtney no Faith No More – O Roddy [tecladista do Faith No More] é um dos meus melhores amigos. Eu fui a última namorada dele, antes de ele virar gay. Ele é padrinho da minha filha Frances. Ele, o Michael Stipe [REM] e o Bono [U2]. Implorei para entrar na banda, tipo 1983, eu devia ter 18 anos e era bem louca, colocava fogo no cabelo, me cortava no palco, fazia umas coisas bem estranhas, para desabafar. Disse que ia torná-los famosos. Fui só vocalista, não me deixaram tocar guitarra. Mas acabei expulsa do grupo antes de eles começarem a gravar o disco [1984]. A banda foi ficando grande e o Billy Gould [baixista e fundador do FNM] não conseguia se conformar em ter uma menina como vocalista da banda dele. Eles queriam fazer do Faith No More uma banda de ‘macho’. “


Semana SWU – Entrevista COURTNEY LOVE, parte 1 – O filme do Cobain, os indestrutíveis do rock e para quem Cobain fez o “Nevermind”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* A mulher é bafo. Confira uma versão “Bigger, Longer, Uncut” da entrevista que saiu na edição de hoje da “Folha de S.Paulo” com a cantora e atriz Courtney Love, feita por mim na semana passada, por telefone. Dá para ouvir a Courtney disparada a falar. Tem um áudio aí embaixo, também.

*** “Olá, Courtney. Tudo bem com você?”
Essa foi a primeira e única pergunta em entrevista de mais de uma hora  feita com a cantora e atriz americana Courtney Love. Uma das figuras mais polêmicas e excessivas do rock, a viúva de Kurt Cobain (Nirvana) vem com sua banda Hole ao Brasil para um show no domingo no festival SWU, evento de três dias que ocorrerá dos dias 12 a 14 em Paulínia, interior de SP.
O combinado era que Love falasse por 10-15 minutos. E as perguntas proibidas na entrevista, sob expressa orientação de seu empresário, eram sobre: drogas, Kurt Cobain, sua filha, seus filmes. Mas não tem essa de combinação com Courtney Love.

“Não, não está tudo bem comigo”, respondeu Love, para nunca mais parar de falar sobre: Kurt Cobain, o filme de Kurt Cobain, Kurt Cobain e o Nirvana, em quem Kurt Cobain estava pensando quando fez o “Nevermind”, os tempos de Love como VOCALISTA DO FAITH NO MORE, o quanto ela ganha hoje na música, os artistas do festival SWU dos quais ela gosta (e os que não)…

– Courtney, a indestrutível: “Eu li ontem essa reportagem da revista “Spin”, sobre “Os 18 astros indestrutíveis do rock”. Eu não pertenço à porra dessa lista! Sabe quem encabeça? Steven Tyler [Aerosmith]! Número 2: Ozzy! E eles falam das doenças, bizarrices, problemas neurológicos, câncer e tal. Daí, em terceiro lugar vem o Bret Michaels [Poison] e eles listam todos os absurdos médicos pelos quais o cara já passou! E eu nunca tive a porra de um resfriado!!! E lá vem eu em número 4! E vou ler o texto e está lá: ‘viciada em drogas’. É isso? ‘Luta contra o vício’. Sem nenhum problema de saúde! E me botaram em quarto lugar! Consigo pensar em pelo menos três pessoas que usam mais drogas que eu até hoje e inclusive uma delas vai tocar neste mesmo festival aí no Brasil. Eu sou um touro, nunca quebrei um osso. Tem um documentário recente sobre a Patty Schemel, que era a nossa baterista, e tem toda a parte do Hole… Eles me filmaram fazendo muita merda… Mas, OK, nunca quebrei um osso. Se tem uma coisa a que eu sobrevivi foi à morte do meu marido. E a esse monte de gente que roubou nosso dinheiro.”

ÁUDIO: Courtney Love indignada com sua posição no “ranking dos sobreviventes do rock” da revista americana “SPIN” deste mês. Ouça os comentários dela, abaixo, principalmente a hora em que ela fala do Scott Weiland, do Stone Temple Pilots:

* Courtney e o novo filme sobre Kurt Cobain: “Estou fazendo a produção executiva desse filme sobre o Kurt e sobre mim. É um filme que pega toda a essência, a podridão e toda essa merda que a gente lê por aí. Me encontrei algumas vezes com Dave [Grohl, do Foo Fighters, ex-baterista do Nirvana] para lembrarmos histórias de Kurt para o filme. Antes de namorarmos, Kurt tinha essa paixão pela Tobi Vail [ex-baterista do grupo Bikini Kill, também de Olympia, perto de Seattle, de onde saiu o Nirvana]. A maior parte das músicas do Nirvana é sobre ela. Você já namorou esse tipo de gente que não importa o que você faça nunca vai conseguir impressioná-la? Bem, era tipo isso. O Kurt era quase suicida pela porra da menina. Estou com o roteiro nas mãos, tirado do ‘Heavier than Heaven’ [‘Mais Pesado Que o Céu’, biografia de Kurt Cobain lançada em 2001, por Charles R. Cross]. Dave ficou tentando me agradar, aliviar as coisas o tempo todo. E eu disse: ‘Fala a verdade, porra’.

“Dave e Kurt se divertiam muito, se davam muito bem. E o Dave Ghrol foi o responsável por afastar o Kurt daquela gorda estúpida — aliás, Bikini Kill era ok, mas a banda era retardada. E o Dave disse pro Kurt uma vez que aquelas meninas todas eram umas gordas e chamou o Kurt pra ir a um strip club pegar umas strippers. E Kurt: ‘O que você quer dizer com isso?’.

“E daí o Dave começou a sair com a Hanna… ok, ela [Kathleen Hanna, do Bikini Kill e depois líder do Le Tigre] realmente escreveu ‘Kurt smells like teen spirit’ na parede dele. Mas ela fez isso no apartamento dele sem permissão e isto não é legal! E ela era maldosa com ele. E a Tobi também era. E a Tobi não suportava o Kurt e estava namorando o Calvin Johnson. Mas o único motivo para ela andar com a turma é porque o Dave estava transando com a Kathleen! E daí, eu vejo esse vídeo da Kathleen Hanna, que o Kurt odiava, tocando Smells Like Teen Spirit. É deste ano e ela fala ‘My friend Kurt’. FUCK YOU!!! O Kurt não te suportava! Mas ele estava apaixonado por Tobi, e Dave foi fundamental para tirá-lo dessa. Kurt era doidão, louco, suicida, muito sensível, cla-ra-men-te sensível. E daí, anos depois, Kurt conquista o mundo e Tobi vem rastejando pra ele. E eu já estava lá e já cheguei dando um “Dá o fora daqui porra”. Sério!”   
** Amanhã, a parte 2 da entrevista, em versão longa.