Blog POPLOAD

Arquivo : kurt cobain

Courtney Love, a “vaca”, 20 anos depois, ainda grita no dia do casamento
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Screen Shot 2014-04-30 at 7.57.11

* Não sei se você está percebendo, mas está rolando um certo revival para as meninas grunge-punk que gritam. A Brody Dalle lançou o disco dela nesta semana, berrando muito. E a complicada Courtney Love saiu do surto (mais ou menos) para lançar um novo single. Há poucos dias a gente ouviu a gritada “You Know My Name”. Sim, a gente sabe o nome dela, sim. Agora pintou o lado B desse single, ou o outro lado A, uma música chamada “Wedding Day”. Que eu achei melhor que a primeira nova.

“Eu vou sempre voltar forte”, se esguela Love na música, emendando com um “Fuck off”. Quem há de negar? O single “You Know My Name”/”Wedding Day” sai semana que vem, em vinil e no iTunes. Prenúncio de um álbum novo da viúva Cobain, a ser lançado ainda neste ano, dizem.

Há 20 anos, em abril de 1994, Courtney Love lançava o grande álbum de estreia de sua banda Hole, o incrível “Live Through This”, disco marcado por memoráveis canções, um feminismo roqueiro absurdamente lindo e pela estúpida morte do guitarrista Kurt Cobain, em suicídio quatro dias antes de o disco do Hole chegar às lojas. Álbum que tem a marca de seu marido por praticamente todas as músicas, tipo um fantasma. Mas, apesar de ser um disco-luto, mais que tudo “Live Through This” não consegue apagar a fortíssima personalidade de Courtney Love.

Ela é hoje não mais que uma barraqueira desacreditada, ok. Mas já foi voz de uma geração grande de indies mulheres.

Tem alguns momentos especiais em minha vida em que Courtney Love cruzou meu caminho. Primeiro foi o show de abertura para o Mudhoney que ela fez com o Hole em 1991, em Londres, quando eu morava por lá. Uma semana antes do Reading Festival daquele ano, em que o Nirvana apareceu carregando toda a revolução grunge para um concerto à luz do dia que mudaria a música da época. Sente a ocasião. Sonic Youth e Nirvana na plateia do Astoria, Mudhoney esperando para entrar, e Courtney Love no palco de baby-doll todo rasgado e cantando esguirçadamente música dos Smiths no intervalo das canções do Hole. Pensa.

Outro “momento Courtney & Eu” foi anos depois num outro Reading Festival, quando eu estava muito longe do palco mas ainda assim fui arrastado pela multidão e flutuei uma música inteira sem conseguir botar o pé no chão na onda humana formado pela molecada louca. Não era fácil ir ao Reading Festival naquela época.

E, por fim, uma das grandes entrevistas que fiz, mais recentemente, pouco antes de ela vir ao Brasil para o polêmico show do SWU, lembra disso? Conversei com ela por mais de uma hora sem fazer uma única pergunta. E ela no fim pediu que eu a levasse, quando no Brasil, para tomar chá do Santo Daime, entre outros “requests”.

Do “Live Through This”, lá de 1994, a gente destaca essa pequena maravilha abaixo.

** Ontem a polícia de Seattle divugou um bilhete encontrado na carteira de Kurt Cobain no dia em que ele foi achado morto com um tiro da cabeça, em sua casa. Na carta, aparentemente escrita por Cobain, ele acusa Courtney Love de estar “sugando seu dinheiro”. A carta não tem data e talvez estivesse há dias na carteira de Cobain. Ela tinha uma estampa de um hotel de San Francisco.

O bilhete não aliviava a barra de Courtney Love mesmo, na treta de casal.

“Do you Kurt Cobain take Courtney Michelle Love to be your lawfully shredded wife,” the letter reads, “even when she’s a bitch with zits and siphoning all yr money for doping and whoring.”

>>


Bomba: o show secreto do NIRVANA nesta madrugada no Brooklyn, NYC
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Ontem à noite, na verdade já na madrugada desta sexta, depois da cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame, o Nirvana, ou o que sobrou da banda sem o mentor Kurt Cobain, ou mais apropriadamente dizendo Krist Novoselic, Dave Grohl e Pat Smear, se dirigiram rumo ao bar Saint Vitus, no Brooklyn, para tocar para 200 pessoas. Acompanhados de vários amigos.

A galera do canal Noisey, da revista Vice, esteve presente ao mais inusitado show dos últimos tempos.

Para começar, olha a lista das músicas tocadas e veja quem assumiu o microfone de Kurt Cobain nas canções:

nirvana-setlist

Fora a galera que “fez o Cobain” na festa do Hall of Fame, participaram deste show do Nirvana J.Mascis, do Dinosaur Jr, e John McCauley, do grupo Deer Tick. Lorde não foi ao clubinho.

Concerto do Nirvana em 2014 que começa com “Smells Like Teen Spirit” cantado por Joan Jett e termina com “Moist Vagina”, interpretada por Kim Gordon (ex-Sonic Youth), é para entrar na galeria dos shows históricos deste século.

Abaixo tem Joan Jett fazendo “Teen Spirit” e a incrível Annie Clark (St. Vincent) mandando “Heart-Shaped Box”

Galera do Mudhoney, outro mitológico grupo de Seattle e o produtor Jack Endino (produtor do álbum “Bleach”) estiveram na cerimônia e depois foram ao show secreto. Veja a foto abaixo do momento histórico do grunge: Dan Peters, baterista do Mudhoney, Jack Endino, Dale Crover, do Melvins (amigo de Cobain e baterista das demos do “early Nirvana”) e Chad Channing (o ex-baterista do Nirvana antes de Grohl e que tocou no “Bleach”).

Screen Shot 2014-04-11 at 14.30.52

>>


Novo Nirvana: Grohl, Novoselic e… LORDE no papel de Kurt Cobain!!!
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Oh my Lord(e)!

Screen Shot 2014-04-11 at 9.07.07

* Aconteceu ontem no Brooklyn, em Nova York, a tão-falada cerimônia do Rock & Roll Hall of Fame, em que o Nirvana, mais a figura de Kurt Cobain na verdade, foi o grande homenageado da noite. A banda finalmente entrou para o “panteão do rock”. Michael Stipe, vocalista do aposentado R.E.M., foi o condutor da festança e proclamou o grupo à fama dizendo a Dave Grohl e Krist Novoselic que o Nirvana foi uma banda “diferente, barulhenta, melódica e profundamente original”.

Até a mãe de Kurt Cobain, a senhora Wendy Cobain, fez discurso. Cobain se matou há exatos 20 anos.

Depois dos speeches, o palco ficou para Grohl na bateria, Novoselic no baixo e Pat Smear (músico que chegou a ser oficial quando o Nirvana virou um quarteto, no fim) na guitarra recriarem a saudosa banda ao vivo, com convidados no papel de Cobain.

Entre eles, a menina neozelandesa Lorde, de 17 anos!!!!

Lorde, que entre as láureas recentes ficou amiga do David Bowie e cantou para 40 mil pessoas em São Paulo, interpretou Cobain a inesquecível “All Apologies”.

A veterana guitarrista e cantora que ama-o-rock-&-roll Joan Jett assumiu guitarras e cantou o hino “Smells Like Teen Spirit”, na cerimônia. A deusa Kim Gordon, ex-baixista do Sonic Youth, assumiu o microfone para “Aneurysm”. A incrível St. Vincent (Annie Clark) fez “Lithium”.

IMG_7767

Quando Lorde cantou “All Apologies”, Dave Grohl estava na bateria, Novoselic na sanfona, Smear + Joan Jett + St Vincent na guitarra e Kim Gordon no baixo. Que loucura!

Mas loucura maior foi a viúva Courtney Love aparecer na cerimônia e abraçar Dave Grohl e Novoselic, esquecendo momentaneamente o ódio mútuo. Love disse que a filha, Frances Bean, também de Cobain, ficou doente no último minuto e não pode comparecer ao Hall of Fame. Hum…

Screen Shot 2014-04-11 at 8.51.15

Foi uma festa fechada, e fazer fotos e vídeos estavam dureza, porque a cerimônia foi filmada para passar na TV em 31 de maio apenas, na HBO. A noite teve ainda Bruce Springsteen, Kiss, Peter Gabriel, Chris Martin (Coldplay), Tom Morello e outros mais.

O que tem de vídeo, com o da Lorde incluído, é assim:

Screen Shot 2014-04-11 at 8.26.12

Screen Shot 2014-04-11 at 9.07.26

Screen Shot 2014-04-11 at 9.12.40

* Fotos da Getty Images.
>>


Grohl e Novoselic revivem o Nirvana, que anda ensopado em água sanitária
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

100414_nirvana

Na noite de hoje, o mais que histórico e sempre onipresente grupo Nirvana passa a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame. A cerimônia que oficializa a banda de Seattle como novo integrante da galeria terá Joan Jett acompanhando os “originais” Krist Novoselic e Dave Grohl em uma performance. Com Michael Stipe, do REM, como apresentador.

Na noite de ontem, Grohl e Novoselic foram ao programa do Jimmy Fallon para conceder uma breve entrevista relembrando passagens do Nirvana e falando sobre os 20 anos sem Kurt Cobaian. “Ele poderia estar aqui com a gente”, resumiu Krist. Eles comentaram no programa que o show no Rio de Janeiro foi o maior da história do Nirvana e histórias como a quebradeira que Grohl e Kurt promoveram em uma apresentação em Chicago, quando eles arrebentaram com a bateria ruim deles de forma intencional, na tradicional casa de eventos Metro. Eles que disseram.

Além da entrevista, a dupla apresentou a atração musical da noite: Stevie Nicks, do Fleetwood Mac, cantou “Stop Draggin’ My Heart Around”, em uma reedição que contou com o Jimmy Fallon no papel de Tom Petty, o compositor e produtor da faixa original, que apareceu no primeiro disco solo da cantora.

* Em outro papo Nirvana que agitou as últimas horas, vem aí uma produção que promete causar polêmica. “Soaked In Bleach”, filme que mistura drama e é quase um documentário, sustenta que Kurt Cobain, falecido há 20 anos, não cometeu suicídio, mas foi assassinado. A teoria antiga é toda redesenhada de forma minuciosa e conta com depoimentos de policiais que trabalham e investigaram o caso na época.

É o mesmo papo dos anos 90, tempos depois da morte do Cobain, mas com essa chama conspiratória reacesa. Será?

O título de “Soaked in Bleach” dá uma brincada com “bleach”, água sanitária em inglês ou alvejante, que é o título do histórico primeiro álbum do Nirvana, de capa preta, ainda dos tempos de Sub Pop. Ensopado na água sanitária é o real espírito do filme.

Há no documentário toda uma linha investigativa que aborda gravações reais e arquivos oficiais que, no final das contas, apontam Courtney Love como a mentora de todo o plano, com o objetivo de ficar com a fortuna do músico, na época o maior rockstar do mundo.

O investigador Tom Grant, por exemplo, vai direto ao ponto ao dizer que “o marido desta mulher havia acabado de ser encontrado morto e ela não parecia mostrar qualquer sinal de tristeza”. O filme-documentário tem direção de Benjamin Statler e tem previsão inicial de lançamento para o segundo semestre.

O trailer dá uma noção de que vai rolar um burburinho básico nessa história remexida.

* Uma observação pertinente: Courtney Love estará na cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame de hoje.

Abaixo, uma foto inédita de Kurt Cobain que apareceu nos últimos dias, de show da banda em Estocolmo, Suécia, em 1992.

Um beijo, Kurt.

kurt

>>


Acenda minhas velas: St. Vincent lembra Cobain e toca Nirvana em show
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* …porque eu encontrei Deus. Iêêêêêêê-iê

Screen Shot 2014-04-07 at 11.10.55

* Não foi só o Muse no Lollapalooza que fez sua homenagem a Kurt Cobain, na passagem dos 20 anos da morte do líder do Nirvana no sábado passado. A classuda cantora e multiinstrumentista Annie Clark, também conhecida por St. Vincent, também usou o hino “Lithium” para prestar seu tributo ao saudoso guitarrista. Foi em seu show de Chicago, no fim de semana.

>>


A estátua do Kurt Cobain não rolou, Aberdeen
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Na entrada da cidadezica de Aberdeen, no Estado de Washington, perto de Seattle uma hora e meia de carro, tem a tradicional placa “Bem-Vindo a Aberdeen” na estrada, com um adendo visível desde o final dos anos 2000: o letreiro “Come As You Are”. Com pouco menos de míseros 20 mil habitantes e por algum motivo um dos maiores índices de ataques sexuais dos EUA (em proporção à população), Aberdeen quis logo na entrada da cidade homenagear seu filho mais famoso: Kurt Cobain, um dos mártires e gênios do rock americano. E seu filho mais polêmico também. Parte da cidade não gosta que Cobain seja o símbolo da cidade, porque afinal de contas era um “viciado em heroína que ficou maluco e deu um tiro na própria cabeça aos 27 anos de idade”.

Pois, bem. Apesar do melê herói-não-herói, Cobain ganhou nesta semana um feriado na cidade. Agora, todo dia 20 de fevereiro (dia de seu aniversário; ele completaria 47 anos ontem, se vivo), vai ser o “Kurt Cobain Day”. Seria dia 5 de abril, data de sua morte, mas resolveram mudar por causa da coisa “heroína e suicídio” não serem o mote do legado que o brilhante guitarrista deixou.

Daí que os blogs americanos ficaram malucos hoje com a cobertura do Cobain Day de Aberdeen, de ontem. De tão chinfrim que foi. Primeiro porque fizeram apenas um show cover de Nirvana, com uma banda chamada Gebular. Depois descobriram que uma pequena emissora de TV local cobriu as “festividades” e seu apresentador se referiu a Cobain mais como drogado do que como líder da banda que revolucionou o rock no planeta, a indústria da música, as programações das rádios e TVs, o modo de pensar das gravadoras etc.

E, por fim, porque inauguraram uma estátua horrorosa de Cobain perto do Museu de História local, que guarda do músico o sofá onde ele dormia enquanto morou na cidade.

Sem brincadeira, me lembrou um busto do Ademir da Guia que tinha no Palmeiras nos anos 80, que parecia mais com o Mussum do que com o histórico ídolo do Verdão. Tanto que derrubaram esse busto e hoje tem um decente no lugar.

O que tá mais parecido com Cobain, na estátua inaugurada, é o buraco da calça, na altura do joelho.

cobain

cobain2

>>


Show do Nirvana de 1993 sai no Brasil. Banda “tocou” semana passada em UK
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Duas ainda sobre a banda do cara aí abaixo.

1. O selo Universal lançou nesta semana aqui no Brasil o DVD “Live and Loud”, showzão do Nirvana de dezembro de 1993, realizado em Seattle quatro meses antes do suicídio do guitarrista Kurt Cobain. A apresentação, realizada num armazém do Pier 48 da cidade do grunge, foi gravada para um especial de Réveillon da MTV. Breeders e o Cypress Hill abriram para o Nirvana nessa data. O concerto “Live and Loud” está dentro em som e imagem da caixa comemorativa do “In Utero”, o terceiro e derradeiro álbum do Nirvana, que completou 20 anos.

O DVD traz as 17 músicas originais do show, mais faixas filmadas do ensaio para esse concerto, além de canções tiradas de apresentações em Roma, Paris e Munique da turnê do “In Utero”. O total do DVD traz 29 músicas.

2. Na semana passada, o O2 Academy de Islington, em Londres, passou um show “diferente”. Quando as luzes se apagaram e a galera se aproximou do palco com sua cerveja na mão, o público passou a ver na verdade um concerto que aconteceu em 1992. A tradicional casa de shows inglesa mostrou, projetando num telão que tomava o palco todo, o famosíssimo show que o Nirvana fez naquele ano no Reading Festival, como headliner, e atraindo boa parte das 100 mil pessoas presentes. Era o auge da Nirvanamania. “Não estamos recriando ídolos como o Tupac em holograma, mas estamos dando aos fãs, que não tiveram a oportunidade de ver a banda ao vivo, a experiência mais perto possível disso”, disse o organizador do “show do Nirvana” da semana passada.

>>


Nirvana vai parir uma edição comemorativa do famoso álbum “In Utero”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Cobain e Grohl, grávidos e parindo, em vídeo promocional do álbum “In Utero”, em 1993

* Sim. Não vamos escapar da reedição do histórico álbum “In Utero”, o terceiro disco do Nirvana, que saiu em 1993 e foi em boa parte gravado no Brasil. O disco faz 20 anos este ano e sai em edição comemorativa em setembro. O anúncio de tudo isso ainda é embaçado e sem muitos detalhes, mas trouxe à tona um velho e esquecido vídeo promocional que conta com os três mosqueteiros, Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic grávidos e tendo lições de parto, mas tudo num jeito louco Nirvana-anos 90-grunge. Quem está no vídeo ministrando a aula é o famoso comediante (black comedy) americano Bobcat Goldthwait, amigão do Bill Murray e muito ligado a Kurt Cobain na época em que o Nirvana mandava no rock.

“In Utero”, o último disco da carreira do Nirvana antes de seu final trágico, foi grande parte gravado em um estúdio no Rio de Janeiro, quando a banda veio tocar no Brasil, no festival Hollywood Rock. Os dois shows bombásticos, em SP e Rio, deram ao Nirvana uma semana de Brasil entre uma apresentação e outra, usada para adiantar o terceiro álbum.

>>


Popload Gig com Daniel Johnston, sexta-feira, em SP. Vamos?
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Restam poucos dias para o grande e aguardado show com o lendário Daniel Johnston, cultuado compositor e músico americano, que traz seus demônios para a especialíssima edição 20 do Popload Gig. Johnston, que recém passou por problemas de saúde, viria ao país no mês passado. O show foi adiado, remarcado e, enfim, ele vem. E traz na bagagem as famosas camisas “Hi, how are you?” para vender, tá?

Referência musical para nomes como Kurt Cobain, Michael Stipe, David Bowie, Thurston Moore, Beck e Eddie Vedder, Daniel Johnston vai se apresentar no Beco 203, na Augusta, nesta sexta-feira, 26 de abril. A previsão – atenção – é que o show tenha início 21h30.

A Popload, que ama Daniel Johnson, o Popload Gig e seus leitores, coloca para sorteio um par de ingressos para você ver de perto e na faixa uma das maiores lendas vivas da música. Para concorrer, basta deixar nome completo, e-mail e cidade nos comentários. O sorteio acontece no final da tarde da próxima quinta-feira, 25. Johnston anda tão empolgado que, nesta semana, ele lançou um vídeo novo para “Space Ducks”, desenhado à mão pelo próprio cantor.

O dândi Daniel Johnston, cantor, compositor, músico e artista, gravou mais de 20 discos em seus 30 anos de carreira, a maioria de modo independente, ficando conhecido como um “herói do underground”. Acompanhado por um transtorno bipolar e esquizofrenia que não o largam e o deixam recluso, Johnston, 51 anos, teve parte de sua vida documentada no filme “The Devil and Daniel Johnston”, dirigido por Jeff Feuerzeig e premiado no prestigioso festival de cinema independente Sundance. O músico nunca deixou que essa condição ofuscasse a sua arte, compartilhando e relatando seus demônios, dores e amores não-correspondidos em suas belas e sensíveis canções, despertando a admiração de gente muito admirada, caso de Kurt Cobain, fã mais famoso do músico, que constantemente aparecia na TV e nos shows vestindo uma camiseta com a capa do disco “Hi, How Are You?”.

Os ingressos para o Popload Gig com Daniel Johnston podem ser adquiridos no site da Ticketjam ou na bilheteria da Beco, de segunda a sexta, das 14 às 18h. Os preços: R$ 80 a meia, R$ 160 inteira. Abertura: DJ Helena Sasseron. Reforçando: o show de Daniel Johnston está previsto para as 21h30.

O Popload Gig, entre os vários shows que ainda acontecerão em 2013, tem anunciado oficialmente o Beach House para agosto, no Cine Joia.


Holy s***! Jornal de Seattle publica fotos do “local do crime” no dia em que corpo de Kurt Cobain foi encontrado
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Em abril de 1994, o mundo ficou chocado com a morte de um certo Kurt Cobain, líder da maior banda do planeta naquela época, o tal do Nirvana. Cobain, no auge da carreira, era mais do quem um frontman da maior banda de rock de seu tempo. A geração daqueles dias via nele uma espécie de representante e encontrava em sua música uma espécie de grito de liberdade. Desde “Nevermind”, lançado três anos antes da partida desta para melhor de Cobain, uma nação de adolescentes tímidos, passivos e acuados em garotos punks com algo a dizer, mesmo sem nada para dizer, se despertou.

Foi Kurt, com seu Nirvana, que transformou a indie Seattle em roteiro turístico obrigatório e a música independente raivosa e “suja” em popular. Então, dá para se ter um pouco da dimensão do choque da notícia do suicídio de Kurt, que na sexta-feira passada completou 19 anos. Ele faleceu dia 5 de abril de 1994, mas foi encontrado apenas 72 horas depois.

E é quase duas décadas depois que vem outra notícia chocante de Seattle sobre o caso. O jornal local Seattle Post-Intelligencer publicou neste final de semana uma série de fotos inéditas do local onde Kurt se suicidou. No caso, sua casa, localizada na Lake Washington Boulevard East. E as fotos em questão foram feitas em 8 de abril de 1994, o dia em que o corpo do guitarrista foi encontrado por um eletricista que havia ido à residência para executar um serviço previamente agendado.

Tiradas por Mike Urban e Phil Webber, as fotografias foram feitas das sacadas de casas vizinhas. Nelas, registros da movimentação da polícia de Seattle fazendo todo o serviço de perícia e também a retirada do corpo de Cobain envolto por um lençol.

“It’s better to burn out than to fade away”…


Kurt Cobain foi encontrado morto em um cômodo localizado no jardim de sua mansão, registrado nas duas fotos acima


Peritos examinam o local


Sequência de fotos mostra retirada do corpo do ex-líder do Nirvana, encontrado três dias após sua morte