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Arquivo : Fleet Foxes

Fleet Foxes e Grizzly Bear sendo incríveis fazendo o Pearl Jam
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Lúcio Ribeiro

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* Não as bandas, mas os caras das…

O apresentador Jimmy Fallon tem feito uma homenagem ao Pearl Jam nesta semana em seu “Late Night”. Todos os dias, músicos famosos tocam uma cover do vasto catálogo bom da banda de Seattle, que lançou seu novo disco “Lightning Bolt” este mês.

Um dos números legais foi proporcionado pela dupla Robin Pecknold e Daniel Rossen. Robin é o vocalista dos indies ripongos Fleet Foxes e Rossen é um dos cabeças do Grizzly Bear.

Os dois uniram forças para a ótima interpretação da faixa “Corduroy”, lançada em 1994 no terceiro disco do grupo, “Vitalogy”.


Father John Misty e suas andanças felizes pelo mundo
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Lúcio Ribeiro

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O pastor indie Father John Misty, de Seattle, que canta como se tivesse pregando e fala entre músicas querendo passar a palavra, tem se destacado também pelos seus vídeos legais. Ex-hippongo barbudo folk no bom Fleet Foxes e atual barbudo hipster do indie americano, Josh Tillman está bombando com seu disco de estreia, “Fear Fun”, e é figura constante nos festivais pelo mundo.

O novo recorte visual do seu álbum debut é para “I’m Writing A Novel”, faixa bem felizinha. O vídeo mostra o dia a dia normal do Tillman pelo mundo, com a família, na estrada, em momentos de descanso, shows e tudo mais.

Tem até recortes dele todo maluco e feliz em um navio. O navio em questão é o do cruzeiro do Coachella, realizado no final do ano passado, no qual a Popload também esteve, mas não pulando e cantando pelo salão daquela forma, juro.


O maravilhoso Father John Misty e seus vídeos com a mulherada
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Barcelona. De clube em clube já e o Sónar nem começou. Ai, ai.

* Em março, no South by Southwest, em Austin, sacrifiquei uns minutos do show do Jack White para ir dar uma espiada, em um bar ali pertinho, na apresentação do Father John Misty. Já falei dele aqui. É o grupo-projeto do incansável guitarrista americano Josh Tillman, que era baterista do Fleet Foxes e largou a banda no começo do ano para assumir essa história de Father John Misty. Eu disse, no título de um post dedicado a ele, que Tillman era uma espécie de “encontro de Dave Grohl com o Fleet Foxes e o ‘Funeral’, do Arcade Fire. Tudo isso, mas nada disso”.

O “Funeral” do Arcade Fire, nesta composição Father John Misty, era por causa da música funérea dele, de vídeo ótimo também, chamada “Hollywood Forever Cemetery Sings”, maravilhosa, uma das grandes canções deste ano. E, com o cara tocando no quarteirão que eu estava no Texas, não podia perder, nem que fosse um pouquinho só do show.

Dei sorte, e o FJM tocou exatamente essa música quando cheguei. E uma outra, “Nancy From Now On”. Conheci essa última ali no show. O nome Nancy, como ele cantava, não saiu da minha cabeça naquele dia e fiquei de olho nela, para quando eu comprasse-baixasse o disco. O engraçado é que, quando cheguei ao bar em que ele tocava, todo esbaforido (eu), pensei estar no lugar errado. O Father John Misty que eu tinha ideia era o cabeludão-barbudão típico do folk-florestal do Fleet Foxes. E lá estava um cara sem barba e cabelo curto. Mas era ele.

O Father John Misty não tem muito de folk, como o FF. Ou, quando tem, pesa mais para rock, mesmo. Mas geralmente são canções solitárias, lindas, baladaças de jeca dos rincões americanos, mesmo ele sendo de Seattle e tal.

Bom, tuuuuuuuuuuuuuuudo isso para dizer que tava lendo aqui uma revista de música que me deram no QG do Sónar e tinha lá o Father John Misty. Ele tocou aqui em Barcelona, há duas semanas, no festival Primavera Sound, na versão sem banda. Era ele e a guitarra. O cara da revista que escreveu a resenha disse tipo assim, como deu para captar com meu portunho ruim: “Eu posso estar enganado ou, na hora do show, estava emocionado com outras coisas, mas achei o show do FJM um dos mais tocantes que eu vi na vida.”

É mais ou menos isso, haha.

Daí, como negligenciei um pouco essa paixãozinha pelo Father John Misty e seu álbum, “Fear Fun”, que saiu agora em maio pela Sub Pop, fui fuçar coisas e achei dois lindos vídeos recentes dele, pós-março, um exatamente essa incrível “Nancy From Now On”. E o de “This Is Sally Hatchet”, outra música absurda do disco. Os vídeos são todos estilosos, cinemáticos, dramáticos. E o cara, vou dizer, até pelo nome das músicas, tem uma certa fixação por mulheres, viu?

Então seguem os vídeos de “Nancy” e “Sally” e o Father John Misty cantando “Nancy”, ele e a guitarra dele, no Primavera Sound, aqui em BCN, há duas semanas.

PS: com o vídeo de “Nancy” eu descobri o que aconteceu com o cabelo e a barba do Father John Misty.

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Father John Misty. O encontro de Dave Grohl com o Fleet Foxes e o “Funeral”, do Arcade Fire. Tudo isso, mas nada disso
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Lúcio Ribeiro

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* Se nada der errado, a Popload estará cobrindo o próximo South by Southwest, a maior vitrine de bandas novas em forma de festival de música. Acontece na incrível Austin, Texas, com 2 mil bandas tocando cinco dias por 80/90 bares da cidade. Se a música independente tem um paraíso na Terra, esse é em Austin, neste período de SXSW.

Muito bem. De todas as atrações da edição de 2012 que estou mais ansioso para ver, tem uma que eu nem esperava querer tanto: FATHER JOHN MISTY. Este nome incrivelmente indie-folk americano é a banda-projeto de Josh Tillman, ou apenas J. Tillman, uma espécie de Dave Grohl do pós-rock.

Tillman era até pouco tempo o baterista do grupo Fleet Foxes, de Seattle, que eu nem nutro muita afeição assim. Aí o cara largou o FF para cuidar desse seu lado Father John Misty. Como guitarrista e vocalista. Talvez mesmo porque sua voz e sua guitarra sejam incríveis. Adeus, Fleet Foxes e o “folk florestal”.

A carreira solo de Tillman, na verdade, é vastíssima, cheia de discos, apresentações etc. Mas essa “persona” Father John Misty estreia mesmo no dia 1º de maio, quando o primeiro álbum “Fear Fun” sai pela Sub Pop. Como diz Tillman, explicando seu novo projeto, “ele tem totalmente minha cara, mas não tem nada a ver comigo”.

O disco, lindo, lindo, já está há uma semana na internet.

No começo do ano as rádios americanas desembestaram a tocar a maravilhosa “Hollywood Forever Cemetery Sings”, que seria a primeira música do Father John Misty, o primeiro single e vídeo. Agora há um mistério que a música, uma das canções do ano, não vai estar na versão final do disco cheio, que sai em maio. Enfim. Na cópia que eu peguei na internet, por exemplo, ela não estava.

* “Hollywood Forever Cemetery Sings” é um folk que mistura raiva e lamento na mesma medida alta. Segundo Tillman, a idéia da música consiste na bagunça que é lidar com a felicidade de estar vivo e a tristeza de alguém próximo morrer. A música, tal qual o álbum “Funeral” do Arcade Fire, é um assombro musical da morte. Contos de velório.

* O belo vídeo, sobre a garota da música que tem um surto depois de atender a um funeral de um amigo, é estrelado pela foooooofa Aubrey Plaza, da série de TV bacaníssima “Parks and Recreation”. Aubrey também frequentou o espertíssimo filme “Scott Pilgrim contra o Mundo”, fez par com Seth Rogen e já apareceu na série “Portlandia”. A menina não é fraca. Tillman aparece no final do vídeo para carregar a surtada Aubrey embora.

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A única lista de melhores do ano que realmente interessa ler (segundo a “Vice Portugal”)
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em NYC, mas de olho em Portugal.

Listas, listas e mais listas. Essa é a melhor, da séria-revista-zoada-ótima Vice, de Portugal. Cansados das listas de melhores músicas e álbuns do ano, a Vice dos gajos publicou a “Única Lista de Melhores Que Realmente Interessa Ler”. Isso aí. Um top 50 revisitando o que foi 2011, as tendências, os grandes nomes, os grandes álbuns, as revelações, as bandas de sempre.


O Fleet Foxes, 9º colocado da lista

 

Aqui vai o Top 50 da Vice Portugal, com algumas observações da Popload, já que tem artista português que a gente não conhece na lista haha. Mas vale a leitura.

50 a 43
Uma cena que nunca ouviu antes.

42 e 41
Outra cena que nunca vai querer ouvir.

40
O álbum daquele artista que é muito amigo de um jornalista de música e que passa, por isso, o tempo todo a abusar dos possíveis contatos para uma crítica positiva.

35 a 39
Álbuns que incluem músicas com a frase “feat. Nicki Minaj”.

34
Aquela banda que lançou um álbum por um selo indie ousado, que na verdade recebe rios de dinheiro da Universal Music (ou qualquer outra)

33
Um álbum qualquer que tenha vendido milhões para que ninguém entenda como anti-sucesso.

32
Uma banda que tenha lançado o seu álbum graças a um inovador modelo de distribuição três anos depois de alguém querer saber de inovadores modelos de distribuição.

31
Um álbum todo frito e louco, inspirado pelo RnB dos anos 90.

30
O Animal Collective lançou alguma coisa este ano?.

29
O álbum daquela banda que todo mundo nas redações adora sem se lembrar que os leitores são uns dez anos mais novos, ou seja, que nenhum deles pegou a fase que a banda fazia disco bom ou que nenhum deles quer saber que a banda voltou à velha forma.

28
O álbum de hip-hop feito por um artista na prisão.

27
Álbum obscuro de um artista folk que todo mundo considera “o Bon Iver deste ano”.

26
Bon Iver.

25
O álbum de um gajo qualquer do Chillwave que já percebeu que ninguém lhe acha piada em 2011 e que irá reaparecer, daqui dois anos, com um novo nome artístico e um bigodinho para ser tendência no regresso do Electroclash.

24
O novo super-grupo do momento, mesmo que todos os seus membros sejam perfeitos desconhecidos.

23
Um álbum que era o favorito a ganhar esta lista, mas que todo mundo decidiu deixar para último para tentar ser pouco óbvio e que está, por isso, no meio da lista.

22
Uma banda cujos músicos tenham sido todos nascidos, educados e desvirginados (!!!) no Brooklyn, mas que tenham escondido tudo isso para evitarem ser internacionalmente catalogados como “mais uma banda do Brooklyn”.

21
Um álbum em que a palavra swag apareça muito por nenhuma razão em particular.

20
Seja qual for o novo trabalho relevante do B Fachada (o Marcelo Camelo de Portugal?).

19
O álbum daquela banda razoavelmente underground que já tem uns 12 discos lançados e cuja posição neste tipo de listas varia de acordo com o número de capas de revista que apareceu ao longo do ano.

18
O álbum de qualquer artista que não seja ironicamente descrito como “pós-James Blake”.

17
Shabazz Palaces.

16
Aquele artista cujo álbum só teve alguma atenção porque ele ou ela está namorando com outro artista que também tem um álbum nesta lista.

15
Fausto Bordalo Dias (o Caetano Veloso deles?).

14
Qualquer banda que tenha uma tour marcada para o início de 2012 e precise, por isso, estar presente na lista por razões comerciais.

13
Norberto Lobo ou Filho da Mãe (ficamos com o Filho da Mãe).

12
Paul Simon ou Tom Waits.

11
Iceage ou Fucked Up.

10
O álbum de uma banda qualquer que venha ao Porto em 2012 graças ao Primavera Sound. (Ou que, no Brasil, venha a qualquer um de nossos diversos festivais).

9
Fleet Foxes ou Fleet Foxes.

8
O álbum de um dos caras dos Odd Future.

7
O álbum de um alguém que é ex-membro dos Odd Future.

6
Aquele álbum pós-dubstep que, segundo alguns jornalistas mais entusiasmados, “sintetiza na perfeição um ano cheio de descontentamento, motins e desobediência civil”.

5
The Glockenwise ou PAUS. (ops)

4
Aquele álbum de uma banda que teve o bom senso de o lançar em meados de Outubro (e não em Maio), ou seja, no momento exato em que as pessoas estão fazendo este tipo de listas, e que consegue assim agradar aos jornalistas mais preguiçosos.

3
O pessoal da redação só votou neste álbum porque todo mundo seu editor (ele adora estes caras) e ninguém quer ficar desempregado em 2012.

2
O álbum que, na verdade, ninguém ouviu, mas todos dizem (ou ouvem dizer) que é muito bom e que até teve um 8,5 da Pitchfork, por isso recebe muitos votos daquelas pessoas que se dispõem a fazer estas listas e percebem depois que só curtiram nove discos ao longo do ano.

1
PJ Harvey (Q), PJ Harvey (NME), PJ Harvey (Mixmag), PJ Harvey (Uncut), PJ Harvey (Classic Rock), Steve Jobs (Pitchfork), assobios por cima de loops transcendentais bué distorcidos de máquinas que fazem cimento (Wire).


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