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Sound and vision. O XX no Sasquatch 2013 foi de chorar
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Lúcio Ribeiro

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* Popload no Sasquatch 2013, Quincy, Washington.

Espetáculo sonoro e visual, eu chapo com a capacidade cada vez mais acentuada de o cultuado grupo inglês The XX tocar melodias tão delicadas num grande festival e a galera entrar total na onda da banda, fazendo um certo “silêncio” (na medida em que 20 mil pessoas juntas fazem silêncio) para não estragar o silêncio que o XX trabalha tão bem no meio de suas músicas. De um tempo para cá a banda aprendeu que as luzes podem jogar a favor de seu som. E o resultado, como visto aqui no Sasquatch, ainda mais com a vibe que tem esse festival do desfiladeiro, chegou a ser maravilhoso.

Vi o show de perto do palco e fiquei vidrado. Mas me arrependo um pouco de não ter visto parte dele meio de longe, no topo da montanha, deitado na grama, como 70% do festival faz neste palco principal. Porque a noite não tava completamente escura e daria para ver o vale. Mas não se pode ter tudo.

Abaixo tem um vídeo da abertura do show, com a música “Try”, do segundo disco (“Coexist”), talvez minha preferida do álbum. Sem palavras para essa banda, esse show. O vídeo não é dos melhores. Mas sente a vibe.

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Começa hoje, com 127 bandas, o emergente Sasquatch, um festival “monstruoso” e de visual absurdo
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle, indo para Quincy, WA

* Mais sobre o Sasquatch, festival que começa logo mais no espetacular Gorge Amphitheatre, um desfiladeiro entrecortado pelo rio Columbia, e só termina na segunda-feira à noite, por causa do feriadão americano.

Escrevi um textão hoje que foi publicado na Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e recoloco ele aqui, na íntegra, aproveitando a não-limitação de espaço que temos aqui na internet.

A parada desse festival é a seguinte:

* Alternativa para os alternativos, começa nesta sexta-feira às 4 da tarde (8 da noite no Brasil), em Quincy, no Estado de Washington, no extremo noroeste dos EUA, o Sasquatch Festival, um dos eventos musicais que mais cresce em território americano, hoje em dia o país dos festivais. Até 2000, quase não tinha nenhum. Só experimentos que ficaram pelo caminho e sem regularidade, tipo Lollapalooza, Woodstock e outros, não botando nesta conta a Warped Tour. Festival gigante, sempre foi, coisa de inglês.

Com um visual mais bonito que o do Coachella, uma escalação mais bem selecionada (do ponto de vista independente) que o Lollapalooza de Chicago, o Sasquatch Festival acontece até segunda-feira próxima, com quatro dias, quatro palcos e 127 atrações invadindo o feriado do Memorial Day, dedicado aos combatentes de guerra americanos.

Conhecido como o festival ianque mais “paz e amor” e de “boas vibrações” (isso desde bem antes de a maconha ser legalizada para uso recreativo no Estado), o Sasquatch acontece numa região que dista perto de três horas de carro de Seattle e um pouco mais que isso de Portland (Oregon), duas das cidades indies mais vivas dos EUA.

As bandas tocam na cercania paradisíaca onde fica o Gorge Amphitheatre, área para eventos que tem como cenário o belo vale do rio Columbia, com seus desfiladeiros e gramados. The Who e David Bowie já se apresentaram no lugar. O Lollapalooza, quando era itinerante nos anos 90, passou por lá. E o Pearl Jam já lançou um disco ao vivo gravado no Gorge Amphitheatre.
O Sasquatch começou em 2002 com um dia de duração e um elenco de atrações que não ia muito além de Jack Johnson e Ben Harper e um par de outros nomes pequenos.

Sasquatch, o nome, vem da lenda local, é uma criatura selvagem que habita as florestas frias e soturnas de árvores altas desta parte dos EUA e até o Canadá. É tipo um macaco gigante, que vira e mexe é “visto”, caçado, sai nos jornais depoimentos. Pessoas juram que já encontraram um Sasquatch, mas nunca conseguiram capturá-lo. No Brasil, é conhecido como Pé-Grande. Dizem que ele tem parentesco com o “Abominável Homem das Neves” do Tibet. Expedições já saíram à caça do homem-macaco. Mas sempre voltaram de mãos vazias.

O Sasquatch Festival tem cinco palcos, todos com referências à “fera”: Sasquatch, Bigfoot, El Chupacabra, Yeti e Cthulhu.

Em fevereiro deste ano, uma semana depois de anunciar sua centenária lista de bandas, o festival esgotou seus cerca de 35 mil ingressos (tamanho indie perto dos 80 mil/dia do Coachella) em pouco mais de meia hora.
As atrações 2013, carregada de rock mas que também vai do eletrônico fino ao hip hop desbocado, estão encabeçadas por bandas que são consideradas “médias” em lista de outros grandes festivais americanos, tipo as locais Postal Service e Macklemore & Ryan Lewis (dupla cada vez mais gigante na cena hip hop mundial), o indie-afro nova-iorquino do Vampire Weekend, experimentalismo islandês do Sigur Rós e o folk britânico do Mumford & Sons.

Mas é no recheio que o Sasquatch brilha. O Sasquatch é um dos poucos festivais em que as pessoas olham os headliners e decidem se vão ou não. Eles vão pelas bandas de meio de lista para baixo. É característica do festival.

O delicado grupo The XX, os veteranos Built to Spill e Elvis Costello, mais Tame Impala, Azealia Banks, Arctic Monkeys com músicas novas, Andrew Bird, The Lumineers, Edward Sharpe, Divine Fits, Devendra Banhart e Father John Misty estão entre as muitas atrações deste ano.

E a gente vai contar um pouco aqui na Popload como está sendo e como foi o Sasquatch 2013.

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Popload em Seattle. Sabe o Sasquatch? Não o monstro, o festival…
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Lúcio Ribeiro

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* Here I am, now. Entertain me, Kurt.

Estátua de Jimi Hendrix, filho de Seattle, em rua do bairro hippie Capitol Hill, na cidade do grunge

A Popload resolveu dar um “pulinho” na terra que mudou a história da música dos anos 90 para acompanhar o festival que está mudando a história dos festivais dos anos 10. Sabe o Coachella? Sabe o Lollapalooza Chicago? Então…
A partir de sexta, por quatro dias, acontece o Sasquatch Festival, na região de Quincy, estado de Washington, entre duas e três horas de Seattle e um pouco mais de Portland, já no Oregon.

Realizado “perto” de duas das cenas roqueiras mais legais nos EUA, o Sasquatch tem o considerado, não só por mim, melhor line-up de festival americano no ano. O melhor visual (Ok, Califórnia?). A melhor vibe (dizem. É minha primeira vez). E, pela primeira vez, esgotou seus ingressos em absurdos 80 minutos.
Nada mal para um festival que começou besta com Jack Johnson e Ben Harper em 2002 e foi crescendo, crescendo…

Vamos falar bastante do Sasquatch e suas “peculiaridades” em posts que virão. O line-up deste ano traz Ariel Pink, Matthew Dear, Red Fang, Death Grips, Macklemore & Ryan Lewis, o “nosso” The XX, Postal Service, Sigur Rós, Vampire Weekend, Elvis Costello, Arctic Monkeys, Andrew Bird, Tame Impala, Father John Misty, Built to Spill, Black Rebel Motorcycle Club, Grimes, Bloc Party, Devendra Banhart, Peace, Mumford & Sons, Lumineers, Solange, Divine Fits, Dirty Projectors, Totally Enormous Distinct Dinosaurs, Cake, Primus, Imagine Dragons, DIIV, Presets, Empire of the Sun, Alt-J, Youth Lagoon, Japandroids e mais uns outros 50 nomes.

* Bom, estou chegando. Depois tem mais.

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The XX promove rave indie e soturna em seu próprio festival
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Lúcio Ribeiro

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Rolou no último sábado em Berlim mais uma edição do Night+Day Festival, ou melhor conhecido como o “festival do The XX”. O cultuado trio britânico promoveu uma espécie de show-festival com Jessie Ware, Chromatics, Mount Kimbie, Kindness e Mykki Blanco como convidados, em uma tarde-noite linda no meio de um parque alemão. Imagina a vibe.

O The XX, na estrada com shows concorridos no mundo todo, fechou o evento, claro, e promoveu uma parceria inusitada no palco. Em certo momento do show, o bamba Jamie XX convidou a cantora Jessie Ware, aquela, que a Popload disse ano passado ser a “resposta britânica” para a Lana Del Rey.

Jessie Ware, uma moça de Brixton, é dona de uma voz doce que lembra a Sade, voz essa que um dia lhe rendeu o cargo de backing vocal do SBTRKT. Jessie bomba nas rádios da Europa, especialmente, com seu disco de estreia, “Devotion”, lançado ano passado.

No palco, junto ao The XX, ela mandou um mix de sucessos de “pista” das duas décadas passadas: “Lady”, do Modjo, e “Music Sounds Better With You”, do projeto francês Stardust. As batidas descompassadas foram editadas pelo Jamie. Claro, não tinha como não ficar boa essa rave-indie-dark.

O The XX inicia hoje sua nova turnê pela América do Norte, com show em Edmonton, no Canadá. Algumas datas em junho terão a dobradinha linda The XX + Grizzly Bear. No sábado, o trio é uma das principais atrações do bombado Sasquatch Festival, mas sobre isso a gente fala melhor depois.


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