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Da Paraíba ao Texas: o bombástico Zefirina sem Bomba no Sxsw
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Lúcio Ribeiro

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* O Nordeste é um pouco o Texas brasileiro, tô enganado? E João Pessoa seria Austin?

Então tudo bem para o grupo de hardcore indie paraibano Zefirina Bomba ser o nome brasileiro a aparecer na primeira leva de bandas a serem anunciadas pelo South by Southwest para sua edição 2014. Incrível trio de noisecoregroovecocoenvenenado que precisa de 20 minutos para rachar a sua cabeça e a cabeça dos texanos, o Zefirina é nome tradicional do indie nacional e tem em sua composição baixo, bateria e violão (é um violão zoado, modificado, turbinado, tunado, que faz mais barulho que as guitarras do Kurt Cobain faziam). Falando em Nirvana…

Tocar fora do Brasil não é novidade para o Zefirina, que fez turnê europeia em 2011. Tipo 19 shows em 22 dias. A banda já estava há tempos tentando se apresentar no Sxsw, mas uma vez teve seu visto americano negado. Provavelmente por ter “Bomba” no nome. Então, na lista do Sxsw 2014, aparece assim:

Em agosto agora, em show do Rio, o Zefirina Bomba tocou Nirvana no Circo Voador. Com o produtor Rafael Ramos no papel de Dave Grohl. Cobain ia ficar orgulhoso do violão envenenado.

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Fotos incríveis do South by Southwest 2013
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Lúcio Ribeiro

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* Segundo a revista “Time”, bem entendido.

* O festival texano South by Southwest 2013, realizado em Austin, até que chama um pouco a atenção. O evento, a maior vitrine de novidades sonoras do planeta, termina tecnicamente amanhã, mas a reta final de apresentações bombator acaba hoje. Amanhã, tradição, tem alguns shows locais, o torneio de softball, o grande churrasco de encerramento e, no caso deste ano, a esbórnia cervejeira do Dia de St. Patrick. Durante a semana, a antena do Sxsw foi captada por importantes meios de comunicação de massa, tipo o “New York Times”, a Popload e o “Guardian” inglês. Centenas de marcas de comida, bebida, energético, bancos, revistas, roupas etc promoveram em Austin suas festas particulares com grandes concertos fora da programação oficial. Rádios importantes como a Radio One inglesa, a L’Mouve francesa, a Triple J australiana e o grande conglomerado americano NPR estavam entre as que montaram QG no Texas para transmitir ao vivo do festival, com performances exclusivas, entrevistas e boletins. Até a sisuda revista “Time” reportou o que acontecia no Texas, em blog e redes sociais.

Cheguei onde queria chegar com todo o blablablá acima. A “Time” postou ontem uma seleção de 37 fotos “awesome” colhidas desde terça-feira durante shows do Sxsw. A gente bota uma dúzia delas aqui embaixo. A grande maioria é da agência Getty Images.

Show do Macklemore and Ryan Lewis

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Karen O, do Yeah Yeah Yeahs

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Jim James, do My Morning Jackets, em performance solo

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O Tenacious D, de Jack Black e Kyle Gass

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A banda de 20 integrantes The Polyphonic Spree

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A inacreditável forma física de Iggy Pop

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As f(x), banda pop feminina da Coréia do Sul

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O grupo californiano Cold War Kids

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Cafe Tacvba, que tocou recentemente em São Paulo

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A louquinha Hayley Williams, do Paramore, banda que toca neste ano no Brasil

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Juice, do Flatbush Zombies, banda nova-iorquina de “hip hop estranho”, interage com a galera

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O cantor inglês Tom Odell, que lança o primeiro disco em abril e é considerado uma das “next big things” britânicas

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O amor e o Sxsw: o maior festival do mundo tem muitas bandas e também tem clima de paquera
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Lúcio Ribeiro

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* Primeiro um detalhe geográfico sociológico sobre o South by Southwest, o principal festival de novidades do planeta, que está acontecendo até domingo em Austin, no Texas (praticamente até sábado, mas enfim). A cidade é base da Universidade do Texas, a maior concentração de estudantes dos EUA, em número. O que acontece durante o período do South by Southwest é o Spring Break americano, a semana do saco cheio deles, também conhecido como “March Break” ou “férias da primavera”, nomes técnicos para os sete dias de putaria estudantil que a gente vê bastante no “Pânico na TV” e tals.

O negócio é que Austin, nesta exata semana, Austin troca de população. Enquanto a molecada universitária se manda para as praias próximas no Golfo do México, ou para as do México mesmo tipo Cancún, ou para o Panamá, em busca de diversão e de ver (ou mostrar) peitos antes de encarar a reta final escolar de provas e trabalhos, a “galera da música” chega à cidade texana o “povo da música” para o South by Southwest.
Aí a cidade fica suportável.

Acontece que, de uns anos para cá, percebeu-se que o público do festival aumentou bastante, e não é só por causa da invasão de publicitários que descobriram o Sxsw, haha. Uma parte da molecada também ficou na folia das bandas. Trocaram os peitos pelas guitarras, vamos colocar.

Pois bem…

Talvez por isso, foram criadas algumas novidades nos últimos anos de South by Southwest, para “entreter” a galerinha que não queria circular “só” atrás das 2000 bandas que movimentam o festival e bagunçam a incrível cidade do Texas.

Por exemplo, a comemoração em plenas ruas do St Patrick’s Day, o feriado irlandês da bebeção até cair, que neste ano cai no domingo, embora em Austin não se restringe a apenas um dia, o dia, de festividades. Os universitários curtem bem o costume irlandês.

E em 2013 tomou forma forte o “Sx Single”, iniciativa que teve tímida participação em datas recentes mas que neste ano, segundo relatos, pegou. Você se escreve no site do festival, usa a hashtag nas redes sociais, e praticamente se candidata a não ver os shows sozinhos. Ou ir nas festas sozinhos. Ou ir comer salgadinho de gafanhoto, pirulito de grilo sozinho.

Teve até um encontro oficial dos “Disponíveis no Sxsw” em algum dia destes.

O mais legal é que a galera passou a pintar no corpo o #Sxsingle, só para, na correria das ruas e entre e sai dos bares, deixar a coisa bem clara logo de cara.

Como diz o slogan da “brincadeira” do Sxsw, “SXsingle, it’s not just a hashtag, it’s a lifestyle”.

Quem precisa de Spring Break para se descolar?

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The Flaming Lips no Sxsw, o show completo
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Lúcio Ribeiro

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Papo reto. Um dos shows mais concorridos de ontem foi o do sempre especial e incrível The Flaming Lips. A turma do Wayne Coyne, atração do Lollapalooza Brasil daqui 15 dias, acostumada a fazer shows gigantes cheios de apetrechos e efeitos visuais, testou sua “musicalidade” em um espaço bem menor em Austin, durante o South by Southwest.

Em uma apresentação que durou pouco mais de uma hora, os Lábios Flamejantes de Oklahoma (!) tocaram 10 músicas. Destaque para “Are You a Hypnotist?”, que foi tocada pela primeira vez ao vivo, parece. O grupo solta “The Terror”, o novo disco, dia 1º de abril. Wayne é gênio.

* Flaming Lips no Sxsw, o setlist
Fight Test
One More Robot/Sympathy 3000-21
Yoshimi Battles the Pink Robots, Pt. 1
In the Morning of the Magicians
Ego Tripping at the Gates of Hell
Are You a Hypnotist?
It’s Summertime
Do You Realize?
All We Have Is Now

* Foto: Billboard


“Entreguei minha vida à música por causa de um riff de guitarra de uma canção sem vocal”, diz Grohl em palestra no Sxsw. Veja a conversa completa, em vídeo
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Lúcio Ribeiro

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* O dia de hoje, em Austin, Texas, pertence a Dave Grohl. Mais tarde ele se apresenta com a estrelada banda do documentário que dirigiu, Sound City Players. Mais cedo, de manhã no festival South by Southwest, começo da tarde no Brasil, com transmissão ao vivo na internet, ele foi o palestrante do dia, falando para uma plateia concorridíssima e lotada de jornalistas. Num discurso incrível, contou como a música entrou na sua vida e revelou uma história do Nirvana que eu não conhecia.

Entre outras coisas, contou que foi por causa de um riff de guitarra num disco que a mãe comprou na farmácia, quando era bem pequeno, em 1975, que a música entrou na sua vida. Era o riff da canção “Frankenstein”, do compositor Edgar Winter, famoso nos anos 70, que pertencia a uma coletânea de sucessos em que a maioria das canções eram dance, disco. Agradeceu à prima e sua incrível coleção de discos, que iluminaram seu caminho. À mãe, que deu a guitarra que, com um livro de canções dos Beatles, fez o rock virar sua religião. E os astros de rock, seus santos. Falou que entrou no caminho da música por inteiro sem imaginar que poderia ser famoso. Desejava que pelo menos a música pagasse seus pôsteres do Kiss. Disse que num certo momento do começo do Nirvana alguém chegou para a banda, especialmente para Kurt, e perguntou o que ele pretendia na música. “Ser a maior banda de rock do mundo”, respondeu o saudoso guitarrista. Grohl disse que riu muito. E mais ainda quando realmente viraram a maior banda do mundo.

Aqui embaixo tem o vídeo inteiro do “Keynote” de Dave Grohl no South by Southwest. Se você arranha no inglês, vai se divertir vendo o Grohl contar sua história. De óculos de grau. Esperando que os óculos não ofusquem sua “cara de rock star”.

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Daft Punk no Sxsw: vai rolar?
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Lúcio Ribeiro

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* Para uma das bandas mais misteriosas da música, um mistério do tamanho do South by Southwest, o festival giga de Austin, Texas, que está mobilizando 99% das atenções pop nestes dias, se você não é o David Bowie, claro.
Informes de que os caras da banda francesa Daft Punk, ou pelo menos um deles, Thomas Bangalter, está na cidade e a dupla pode fazer um show-surpresa durante o evento crescem à medida que crescem também os pôsteres dos dois capacetes unidos espalhados pela capital mundial da música, pelo menos em março. Melhor, os pôsteres das duas metades de capacetes que juntos formam um e parece que é a capa do próximo disco deles.

O Twitter, para este caso em particular, está em polvorosa. Para o desespero de saber onde vai ser o “show” ou para quem está tratando a história como galhofa. Primeiro tinha apenas os pôsteres dos capacetes em Austin. Hoje a cidade amanheceu com os pôsteres dos capacetes e uma data embaixo: 15/3. Com a mensagem “Disco is alive”. 15/3 é amanhã. Pôster novo colado por cima de outros pôsteres.

As últimas conversas indicam que o show vai ser hoje 0:01. Será?

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O show todo do Yeah Yeah Yeahs desta madrugada, no South by Southwest, com músicas novas
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Lúcio Ribeiro

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* Passou ao vivo ontem, na madrugada. Lembro de ter visto a primeira imagem da Karen O e dormi lindo. Mas o show do Yeah Yeah Yeahs, transmitido em áudio e vídeo pela grande coorporação de rádios americanas NPR direto do quintal da churrascaria Stubb’s, em Austin, Texas, está inteirinho aqui embaixo. Incluindo músicas que estarão no próximo álbum da banda nova-iorquina, “Mosquito”, que sai no meio de abril. Tipo a faixa-título abrindo o concerto, o single “Sacrilege”, “Under the Earth” e “Subway”. Sem esquecer também o modelito extravagante de Karen O, loira, com chapéu personalizado, os óculos de lentes com cores diferentes… Entre outras roupagens.

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Treme, Austin. Gang do Eletro invade o Sxsw com remix do Daft Punk
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Lúcio Ribeiro

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* Não sei se isso tem a ver com o boataço que o cultuado duo francês Daft Punk vai fazer show surpresa no atual South by Southwest, festival absurdamente grande e intenso que acontece no Texas até domingo. Mas vamos lá.

Uma das 2000 atrações do Sxsw, o quarteto paraense de “eletromelody” brega Gang do Eletro se aventura pelo Texas nesta semana, onde faz seu primeiro show em terras gringas. O grupo, que sacode às batidas do criativo DJ Waldo Squash, toca sexta-feira na Flamingo Cantina, ali na rua 6, junto com bandas e DJs mexicanos. Ninguém vai entender nada.

Nesta semana, a banda lançou via Facebook o single “Eletro do Robô”, mostrando um certo futurismo brega que vai estar no primeiro álbum da banda, a ser lançado entre o fim de março e começo de abril.

Junto com o single, a banda de Belém ainda soltou um remix “muito loko”, na verdade um mashup, que junta as músicas “Velocidade do Eletro”, essa nova “Eletro do Robô” e ainda ““Technologic” do Daft Punk. Obra do DJ Strausz.

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Passion Pit e a interatividade no Sxsw
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grandes momentos do sempre cheio de grandes momentos South by Southwest no dia de ontem foi a apresentação do sempre ótimo Passion Pit, no descolado Hype Hotel em Austin, num show com uma proposta diferente.

A banda lotou o espaço em uma festa patrocinada pela marca Taco Bell, que teve um comercial com trilha sonora feita pelo grupo ano passado. Durante o show, foi gravado um “rockumentary” com o título “Feed the Beat: Sxsw 2013”. A produção vai contar com material interativo enviado ao vivo por fãs que estavam especialmente no show e enviaram fotos através da hashtag #FeedtheBeat, seja com vídeos gravados e publicados na plataforma Vine ou com fotos via Instagram.

Vai ser comum ver vídeos curtos e experimentais tipo esse no documentário, que mistura música e interatividade, algumas das propostas “pilares” do conceito do Sxsw.


Queima, Iggy. Stooges libera nova música como se fosse 1973
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Lúcio Ribeiro

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Se tem alguém que envelhece com dignidade no mundo pop é o tal do Iggy. Lenda do rock n’ roll, o eterno líder dos Stooges volta com sua importante banda para mais um trabalho de inéditas. “Ready To Die”, primeiro trabalho do grupo em estúdio em seis anos e o primeiro com o guitarrista James Williamson e o baterista Scott Asheton em quatro décadas, será lançado dia 30 de abril. Mike Watt completa o line up do grupo.

Em um comunicado divulgado para a imprensa, Iggy explicou que a banda ainda está motivada em criar coisas novas. “Minha motivação em fazer qualquer registro com o grupo neste momento já não é mais pessoal. É só um lance de teimosia. Porra, eu tenho um grupo que não precisa sair por aí fazendo shows caça-níquel”, disse ele. “Ready To Die” é considerado pela banda uma espécie de continuação do clássico “Raw Power”, vigoroso e clássico disco lançado em 1973.

E a primeira amostra sonora desta nova jornada dos Stooges mostra que eles estão falando sério. “Burn” foi liberada para audição pela banda e é mais ou menos assim.

* O Iggy até se fez de espantalho para divulgar o disco.

* O grupo é uma das centenas de atrações do festival South by Southwest na próxima semana, no Texas, e talvez encontre a Popload por lá, quem sabe.