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Arquivo : março 2012

Angry Birds voam do South by Southwest para o espaço. Ou o contrário
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Lúcio Ribeiro

>> Popload on board, mas de olho na terra firme. E no espaço.

>> “It’s one small step for birds, one giant leap for birdkind…”

* Vocês não tem a sensação de que o Angry Birds já dominou o mundo? Eu tenho. O jogo, aparentemente bobo e que já vendeu mais de 250 milhões de cópias, não pára de crescer e todo dia eu vejo um assuntinho aqui e ali. Ou é um meme qualquer, um produto não licenciado, pôster de Angry Birds com bigode (!!), vídeo com o Chuck Norris (!!!), mashups, etc. Sem contar esse cara que, faço questão de postar, fabricou um estilingue-USB para poder acertar os porcos verdes com mais… emoção:

* Dá para ver no vídeo acima, sem querer justificar o vício no jogo, que tem que ter uma certa habilidade para dar o impulso certo e aniquilar o inimigo verde (estou exagerando nas palavras para aumentar a dificuldade haha).

* E daí que, não contentes por já terem dominado a Terra, os Angry Birds agora decidiram invadir o espaço! O Angry Bird Space vai mexer exatamente com essa “dificuldade” de dar o impulso certo, mas agora, com gravidade zero.

* Como o jogo não é fraco nem nada, o teaser foi feito em uma estação espacial de 35 milhões de dólares da NASA, diretamente do espaço e apresentado pelo astronauta da foto acima, o Don Pettit. Ele explica melhor e com termos mais científicos, a dinâmica da coisa:

* O vídeo foi lançado ontem e já tem quase 700 mil views. Angry Birds Space é o quarto jogo da série e será lançado para download no dia 22 de março, mas terá prévia exclusiva durante a mostra de games hoje, no festival South by Southwest, em Austin.

* A National Geographic aproveitou o interesse geral pelo Angry Birds Space e muita esperta, vai lançar uma revista para crianças ensinando tudo sobre os planetas, o Universo e o sistema solar, usando os pássaros e os porcos verdes no espaço. A frase que abre o post, inclusive, é da revista. NASA AND NatGeo: dominaram geral.


Invasão britânica: Paul McCartney, Muse e Happy Mondays podem engrossar lista de shows internacionais na América do Sul
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Lúcio Ribeiro

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Nunca na história deste continente se viu uma movimentação tão intensa no quesito “shows internacionais”. Se você achava que 2011 foi um ano histórico, 2012 pode tirar este posto já no primeiro semestre.

Não bastassem as visitas de dois dos maiores ingleses vivos em pouco mais de dois meses – Morrissey e Noel Gallagher – outra figura emblemática dos britânicos pode pisar na América do Sul ainda no primeiro semestre.

Sir Paul McCartney, que demorou tanto tempo para visitar o continente, agora não quer deixar de colocar os pés na América do Sul ao menos uma vez por ano.

Ele, que esteve no Brasil em 2010 para shows em São Paulo e Porto Alegre e em 2011 para se apresentar no Rio, estaria alinhavando uma nova turnê por essas bandas. Em nível de Brasil, surgem especulações de shows em cidades “fora do eixo” como Florianópolis, Recife e Brasília.

Além dos tradicionais Chile e Argentina, outros países como Colômbia, Peru e Paraguai também estão na rota de negociações do ex-beatle. O papo que vem da Colômbia é que o principal estádio deles, El Campin, foi finalmente liberado pela Secretaria de Cultura de Bogotá para receber o show, fato que foi vetado em anos anteriores.

Outra turnê que começa a ganhar força nos bastidores é a possível dobradinha Muse & Happy Mondays, que pode visitar as terras latinas no meio do ano. O Happy Mondays, banda rock-dançante-bagunça, ícone do movimento Madchester, que embalou a noite da juventude transloucada de 10 em cada 10 britânicos na virada dos anos 80 para os 90, volta com formação original, liderada pelo problemático vocalista Shaun Ryder e pelo arruaceiro dançarino Bez.

O Happy Mondays chegou a fechar um show no Circo Voador para março, mas pediu para que a data fosse remarcada para “junho ou julho”. Além disso, pediram um reajuste no cachê. No entanto, a famosa casa de shows que é patrimônio da cultura do Rio desencanou da ideia.

O burburinho é que o motivo do pedido do Happy Mondays está relacionado ao Muse, que está gravando seu novo álbum e pode visitar a América do Sul para uma turnê própria, já que ano passado eles estiveram por aqui como show de abertura do U2.

Apesar das informações ainda serem preliminares, o próprio Happy Mondays postou no twitter, ontem, que a parceria com a banda de Matt Bellamy pode rolar em breve.

E aí?


Jack White volta aos palcos e canta White Stripes, Dead Weather, Raconteurs e… Jack White
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Lúcio Ribeiro

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Enquanto não anuncia seu retorno ao Brasil ou do White Stripes, Mr. Jack White voltou aos palcos na noite de ontem, para um show fechado e bem intimista em comemoração ao terceiro aniversário da Third Man Records, seu próprio selo, na sede da empresa, em Nashville. Na plateia, apenas convidados, como a Alison Mosshart (The Kills e Dead Weather).

Jack tocou 19 músicas que resumem um pouco de sua carreira, desde o White Stripes, passando pelo Raconteurs, Dead Weather e… Jack White. Ele também apresentou algumas canções de “Blunderbuss”, seu álbum solo que tem lançamento previsto para 23 de abril.

White se prepara para uma série de shows nos Estados Unidos ainda este mês, incluindo uma apresentação no badalado festival South by Southwest, em Austin, no dia 16. Lembrando que, ano passado, ele se apresentou no SXSW em um ônibus.

* O setlist do show de ontem na Third Man foi o seguinte:
‘Dead Leaves And The Dirty Ground’
‘Missing Pieces’
‘Sixteen Saltines’
‘Love Interrupted’
‘Hotel Yorba’
‘Top Yourself’
‘Hypocritical Kiss’
‘You’re Pretty Good Looking (For a Girl)’
‘Blue Blood Blues’
‘We’re Going To Be Friends’
‘Freedom At 21’
‘My Doorbell’
‘Cut Like a Buffalo’
‘You Know That I Know’
‘Weep Themselves to Sleep’
‘Ball & Biscuit’
‘Steady as She Goes’
‘Seven Nation Army’
‘Goodnight Irene’ (Leadbelly cover)

* No último sábado, Jack foi a atração musical do programa Saturday Night Live. Além do single “Love Interruption”, que a Popload já destacou por aqui anteriormente, ele apresentou “Sixteen Saltines”, som mais roqueiro que também estará em seu álbum solo.


Eles são os Augustines, do Brooklyn
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Lúcio Ribeiro

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* Não deixa de ser engraçado ver a fissura inglesa atual em cima da banda We Are Augustines, banda esperta do (adivinha?) Brookly, NYC, que apareceu bombando nos blogs no ano passado, deu uma leve sumidinha e começa a virar onipresente a partir de Londres, para variar.

* A banda é um trio liderado pelo sensibilíssimo vocalista e guitarrista Billy McCarthy, de forte vocal lamurioso e guitarra chorosa, além de uma característica feição de “menino sofrido”. Pudera. McCarthy é assombrado pela algo recente morte de irmão, James, que tinha esquizofrenia. Foi suicídio. O We Are Augustines tem muito dessa barra pesada do vocalista em suas letras e músicas. Lançaram o debut “Rise Ye Sunken Ships” no meio do ano passado, nos EUA. O disco está saindo agora na Europa e Japão.

* Os Augustines, que eles são, caíram nas últimas semanas na mão do Zane Lowe, do Steve Lamacq, saíram no “Independent”, no “Guardian”, andam fazendo shows pequenos sold-out em Manchester, em Liverpool, tocam direto na XFM, no NME Radio, e, ainda não vi, mas devem ter passado pelo programa do Jools Holland. Se não passaram, vão passar já, já.

Passaram, por exemplo, pelo David Letterman, há tipo 10 dias. E, quase óbvio, vão tocar no Sxsw 2012, semana que vem, no Texas.

Se você ainda não conhecia os Augustines, chegou a hora.

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Shows no Brasil em 2013!!!! Coldplay vem para quatro shows em estádios
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Lúcio Ribeiro

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* A notícia aqui, tirando para os fãs do Coldplay, é a seguinte: já tem shows grandes sendo marcados para 2013. E acabamos de entrar em março de 2012.
Já estou sabendo de um outro grande, além do Coldplay, e outro nome pequeno que vêm, cada qual costurando forte sua turnê sul-americana. Quando puder falar, reparto aqui a info.

O Coldplay quer fazer pelo menos OITO shows na América do Sul, Paraguai e Uruguai incluídos, firmando tendência de “novo mercado”. Pelo menos quatro no Brasil: dois seriam no Morumbi (SP), um no Engenhão (Rio).

Nesta semana a banda de Chris Martin tocou no programa “Good Morning America”, em Nova York, da emissora ABC, um dos dois programas matutinos de audiência massacrante nos EUA. Tocou três músicas: “Charlie Brown”, “Paradise” e “Yellow”. As imagens foram mostradas “apenas” na Times Square.
O Coldplay virou o Coldplay de hoje. Mas “Yellow” continua sendo “Yellow”.

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“Eu posso chorar, eu posso rir, eu posso me matar aqui mesmo” – Morrissey em BH
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Lúcio Ribeiro

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Foto: Marcus Desimoni/UOL

* Morrissey abriu ontem sua temporada brasileira, com o show de Belo Horizonte que era para ser em Porto Alegre mas não foi.
Como se suas boas músicas de carreiras solo não fossem suficientes para consolidarem uma boa performance, ele (é a primeira coisa que o “povo” quer saber), tocou seis músicas dos Smiths.

Relatos dão conta de que ele estava de bom humor, aparentando alegria, menos rancoroso “à la Morrissey”, como aconteceu em sua última apresentação morna, na Argentina, pelo que deu para ver ao vivo via internet.

“Vocês querem escolher a próxima canção?”, perguntou Morrissey a certa altura do show, ouvindo de volta em berros um “Yes” uníssono, seguido de vários nomes de canções dos Smiths em som bagunçado.

“Mas vocês não vão poder”, zoou os mineiros, paulistas que foram para BH, gaúchos que perseguem o ídolo e o tradicional número de adoradores gringos que não perdem um show dele.

Ou seja. Um show do Morrissey intenso do tipo dos que, quando acontecem, marcam por muito tempo.

* SETLIST – Morrissey em BH
First Of The Gang To Die
You Have Killed Me
Black Cloud
When Last I Spoke To Carol
Alma Matters
Still Ill
Everyday Is Like Sunday
Speedway
You’re The One For Me, Fatty
I Will See You In Far-Off Places
Meat Is Murder
Ouija Board, Ouija Board
I Know It’s Over
Let Me Kiss You
There Is A Light That Never Goes Out
I’m Throwing My Arms Around Paris
Please, Please, Please Let Me Get What I Want
How Soon Is Now?

Bis:
One Day Goodbye Will Be Farewell


Quatro francesas, um Adriano Cintra e uma Marina Gasolina para causar combustão hoje no Beco SP
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Lúcio Ribeiro

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São Paulo recebe hoje, pela segunda vez, as francesinhas fofuras-garagem do Plastiscines. O grupo de bonecas punk será atração principal do minifestival Indahouse, que acontece no Beco SP, ali na Augusta, nas partes baixas da famosa rua.

Completam o line-up a dançante FingerFingerrr e o Man Purse, novo projeto de Adriano Cintra, ex-CSS, junto com a Marina Gasolina, ex-Bonde do Rolê. Os ingressos custam entre R$ 30 e R$ 50.

O Plastiscines e o Man Purse também serão atrações do CRUZEIRO INDIE (com ingressos-cabines esgotados) da Chilli Beans, que sai amanhã do Porto de Santos, vai até Angra dos Reis e volta a Santos no sábado de manhã. Serão 36 horas, as duas bandas, 30 DJs, festança non-stop sonora com cinema, cassino e bebidas e comidas incluídas.

Certa vez, em 2008, as meninas do Plastiscines participaram do Poploaded Session, finado programa apresentado pelo reverendo Fábio Massari e por este que vos escreve, ainda na época que a Popload fazia parte do portal iG.

Vale a lembrança.


Deus não é brasileiro, mas está no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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Maior inglês vivo, bandeira indiscutível da história da música, amado pelos indies, pelos não indies, pelas mulheres, pelos homens, pelos gatos… Morrissey está entre nós.

Ele começa hoje, em BH, a série de três apresentações em solo brasileiro, às 22h, no Chevrolet Hall. Os ingressos ainda podem ser adquiridos por R$ 160 nas bilheterias do local. A casa manda avisar que estão proibidos “todos os tipos de câmeras, de qualquer espécie”. Xiii…

Na sexta, Morrissey se apresenta na Fundição Progresso, no Rio. No domingo será a vez de São Paulo, no Espaço das Américas, com ingressos esgotados para a primeira edição do Live Music Rocks, da produtora XYZ.

Morrissey é tão gênio que um dos maiores clássicos de sua carreira, “This Charming Man”, da seminal trajetória com o The Smiths, ganhou uma versão instrumental baseada no… Mario Bross. Hahaha. É o Super Morrissey Bross. Ouve só.

* Para quem se interessar, o setlist do último show de Morrissey na Argentina foi o seguinte:
First Of The Gang To Die
You Have Killed Me
You’re The One For Me, Fatty
There Is A Light That Never Goes Out
Everyday Is Like Sunday
When Last I Spoke To Carol
Alma Matters
I’m Throwing My Arms Around Paris
Ouija Board, Ouija Board
I Will See You In Far-Off Places
I Know It’s Over
Let Me Kiss You
Black Cloud
Meat Is Murder
Please, Please, Please Let Me Get What I Want
Scandinavia
How Soon Is Now?

– bis
One Day Goodbye Will Be Farewell


60 anos, com corpinho de 17. O aniversário do “New Musical Express”
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Lúcio Ribeiro

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* Vamos, indie-xiita. Pode cantar “Parabéns” aí, que eu sei que você quer.

* Chegando aos 60, mas com o corpinho de 16, 17, 18 anos, o semanário britânico “New Musical Express” faz aniversário hoje ainda lutando bravamente para se manter relevante nos tempos da internet, do download fácil, da indústria musical semimorta, ou, como defende alguns, dentro da “nova ordem musical”.

Conhecido como a “Bíblia da Música Independente” que o povo indie adora odiar, mas não larga, o “NME” circula a partir da Inglaterra desde 7 de março de 1952 como jornal, depois revista e, agora, também como site, rádio, série de shows, festival, publicações especiais e premiação.
Do jeito que dá, atravessando gerações, se adaptando às novas linguagens, formando jornalistas e sempre buscando se reformar visualmente ao passo do tempo, o “New Musical Express” segue, ainda em 2012, como importante referencial para a música nova de língua inglesa, baseada principalmente em guitarras e de bandeira independente, mesmo que às vezes tangenciando o mainstream ao sabor das ondas musicais jovens, que elege para depois derrubar os ídolos da hora.

Sempre atravessando boatos de crise econômica e possíveis fechamentos, o “NME” já viveu uma época em que vendia em torno de 200 mil exemplares por semana, devorado por fãs de Beatles, Stones e da música dos anos 60.
Hoje, editado pela primeira vez em sua história por uma mulher, Krissi Murison, 30 anos este ano, a revista não chega a números muito superiores a 30 mil exemplares vendidos por semana na maioria de suas edições, dizem na Inglaterra.
Mas com o NME.com, a NME Radio e uma pomposa premiação anual (a deste ano aconteceu na semana passada em Londres), a marca “New Musical Express” continua preciosa para a IPC, grupo de mídia gigante na Inglaterra e ligado agora à Time Warner americana.

O “NME”, um dos primeiros quando não o primeiro a gritar pelos Beatles nos 60, pelo punk nos 70, pelo pós-punk inglês nos 80, pelo som de Manchester no começo dos 90, depois grunge e britpop, e, por fim, por Strokes, White Stripes e o “novo rock” dos 2000, segue com a garganta afiada para berrar a nova onda, seja ela qual for.

* Este texto acima abre uma contracapa que a Ilustrada, da “Folha de S.Paulo”, dedica ao aniversário do semanário inglês. O material da página tem um texto-opinião sobre o “NME” de autoria do colunista Álvaro Pereira Junior, recomendadíssimo.

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