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Arquivo : julho 2012

The Rolling Stones, 50
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Lúcio Ribeiro

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Uma das maiores entidades da história da música, os Rolling Stones completam hoje, 12 de julho, 50 anos de carreira. Foi nesta data, no ano de 1962, que eles subiram a um palco pela primeira vez, no Marquee Club, em Londres.

Naquela ocasião, Mick Jagger (vocais), Brian Jones (guitarra), Keith Richards (guitarra), Ian Stewart (piano), Dick Taylor (baixo) e Tony Chapman (bateria) começavam a escrever de vez uma das histórias mais lindas e tumultuadas do rock n’ roll.

Falar de Stones é fichinha, impossível fugir dos clichês. Por isso, a Popload destaca fotos, vídeos e reproduz abaixo um texto assinado por este escriba, especial para o UOL Música, falando do forte poder de influência que os Stones têm (e continuarão a ter) sobre bandas e artistas dos mais variados gêneros musicais.

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* Marquee Club, 12/7/1962

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* Marquee Club, julho/2012

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* Stones está no DNA de quase todas as bandas de rock

A história é mais que batida. Quando os Beatles apresentaram ao mundo o pop perfeito “yeahyeahyeah”, apareceram os Rolling Stones para “estragar” tudo com transgressão, picardia, sexualidade. Isso eram anos de 1960.

Mais do que uma influência necessariamente musical –até porque Jagger só existe um, Richards só existe um–, os Stones viraram nos 50 anos depois de sua formação uma influência comportamental, espiritual, nessa coisa rebelde que dá alma ao rock, da qual ele se gaba tanto.

E essa “partícula de Stones” é vista de modo natural até hoje, seja em bandas inglesas, da Austrália, suecas, do Brooklyn ou de São Paulo. Ou até nos próprios Stones, que adolescentemente teimam em se manterem na ativa até hoje, mesmo que seus integrantes sejam todos –ou quase todos– septuagenários.

Em maio deste ano, em São Paulo, o festival da Cultura Inglesa promoveu mais uma edição de seu evento anual, escalando a banda indie paulistana Garotas Suecas para tocar músicas dos Stones o show inteiro. Em que pese ser uma banda do agora, a incorporação stoniana do Garotas Suecas foi muito boa, sem maiores estranhamentos, sem parecer uma banda cover de ocasião.

E as músicas antigas da turma de Mick Jagger, ainda que na voz da nova geração, continuavam soando atuais. Porque Stones está no DNA de quase todas as bandas de rock, qualquer que seja a idade.

Em entrevistas que antecederam o “Garotas Suecas toca Stones” do festival, era comum o grupo paulistano citar a banda inglesa cinquentona como “influência fundamental”, mesmo que o som original do Suecas pouco tenha a ver com os Stones em si. “A primeira música que tocamos como banda, quando nos juntamos, foi ‘Jumping Jack Flash'”, disse o integrante de uma banda “dos dias de hoje” e que tem pouco mais de cinco anos de existência.

Quando ainda hoje, seja nas bandas novas, seja em eventos como as Olimpíadas de Londres, em que os Stones são um tipo de trilha sonora involuntária (campanhas de TV) e boatos de que a banda tocará na abertura dos Jogos, a impressão que dá é que muitos dos grupos de rock que ainda se formarão no futuro vão prestar muitos tributos ao quarteto de Jagger/Richards. Seja no som, seja principalmente na alma.

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* Alguns vídeos marcantes

*** Especial UOL Rolling Stones 50 anos. Aqui.

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Raveonettes de olho nas ruas de NYC
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Lúcio Ribeiro

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O duo de dream pop The Raveonettes prepara para 11 de setembro o lançamento de “Observator”, sexto álbum de carreira dos dinamarqueses.

O segundo single do trabalho, “She Owns The Streets”, foi inspirado em uma dançarina de rua de Nova York, que acabou se tornando amiga do guitarrista Sune Rose Wagner, que encanou de escrever a música sobre a moça vinte minutos depois de vê-la dançando pelas ruas da cidade.

Barulhinho bom, com as distorções sonoras e harmonias vocais de sempre.


Está permitido botar a mão na Azealia Banks
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Lúcio Ribeiro

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* Assim, quer dizer…

Vai ser a última vez que falo da Azealia Banks por aqui nessa semana (mentira, não vai).

Atração confirmadíssima do Planeta Terra ao lado de Kings Of Leon, Gossip, Maccabees, Garbage e Best Coast, a nova bamba da música lançou ontem “Fantasea”, a esperada mixtape que a Popload vem falando nas últimas semanas.

Já destacamos neste espaço as ótimas “Aquababe”, “Nathan” e “Neptune”, mas agora já se pode ouvir e baixar (de graça) a mixtape na íntegra.

clicar aqui.


O T in The Park em dez vídeos incríveis
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Lúcio Ribeiro

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Dez vídeos mais uma foto incrível do Stone Roses, que não liberou a transmissão de seu show. Fuén…

Um dos festivais mais charmosos do verão europeu, com uma das rodas gigantes mais bonitas do planeta, o escocês T in The Park é um dos eventos de música mais conceituados do mundo, atrai uma multidão todos os anos, esgota ingressos rapidamente e nunca falha quando o assunto é line up.

O “T” aconteceu no final de semana passado, entre sexta e domingo, e botou mais de 50 bandas para tocar em um parque. De Calvin Harris a Stone Roses, de Skrillex a New Order, o T in The Park foi mais ou menos assim, como dá para ver nestes dez vídeos selecionados pela Popload.


Aqui e ali: os novos sons de Band Of Horses e Bloc Party
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Lúcio Ribeiro

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* A Band Of Horses prepara o lançamento de “Mirage Rock”, quarto álbum de estúdio do grupo de Seattle. O disco chega às lojas dia 18 de setembro. O primeiro single é “Knock Knock”, que já ganhou vídeo, seguindo a linha trippy rock na floresta, estilo Tame Impala. Veja só.

* A “resposta” dos britânicos vem com o novo som da Bloc Party. A banda do Kele soltou o vídeo de “Octopus”, primeiro single do também quarto álbum de estúdio da carreira do grupo, que será lançado dia 20 de agosto, intitulado… “Four”. Beyoncè e Los Hermanos curtiram.

* As capas.


Popload Session apresenta… TOKYO SAVANNAH
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Lúcio Ribeiro

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* A banda de garagem paulistana Tokyo Savannah, trio esperto que tem Chico Mitre (guitarra e vocal), Joni Hurricane (baixo e vocal) e Snoopy (bateria), traz suas músicas boas e suas grandes ideias para a Popload Session desta semana. A performance, em vídeos superproduzidos, é espetacular. Como eu já disse aqui, sobre eles, é o “velho rock aliado à modernidade das possibilidades internéticas”.

No final do ano passado eles lançaram o disco de estreia, homônimo, gravado ao vivo e produzido por Jesus Sanchez, ex-baixista do Los Pirata. Recentemente, para música do mesmo álbum, lançaram um ótimo vídeo, da canção “Fantastic Business”. E agora, para a Popload Session, o Tokyo Savannah já olha para a frente. E bem para atrás.

Para a Popload Session, o Tokyo Savannah toca “Armadillo’s Way”, música que deve entrar no próximo disco da banda, a ser gravado ainda neste ano. A cover escolhida pelo trio é a grande “Psycho”, do seminal grupo americano The Sonics, lá dos lados de Seattle, que apavorou os anos 60 com rock sujinho e influenciou bandas como Nirvana e White Stripes.

Você pode pegar o Tokyo Savannah ao vivo nesta sexta-feira, dia 13, no Araraquara Rock, festival de rock “dos infernos” que acontece neste fim de semana na cidade do interior de SP e tem Viper, Plebe Rude, Garotos Podres, CPM 22 como destaques da escalação. O Tokyo Savannah é o headliner do primeiro dia.
Na capital, o grupo se apresenta no Studio SP no próximo dia 27.

Coisas do Tokyo Savannah podem ser baixadas aqui. Inclusive o primeiro disco inteirinho.

Ladies and gentlemen… TOKYO SAVANNAH em session.

* A Popload Session é um espaço (quase) semanal dentro do blog que traz performances ao vivo de boas bandas indies brasileiras e até gringas. O Teenage Fanclub e os Cribs já fizeram a deles. A produção das sessions especiais para a Popload é da própria banda, no ambiente que quiser, gravada como quiser. Só chega coisa incrível. Mais sessions internacionais estão em produção. E sessions de eletrônica também. Chic.

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A nada doce vida de Frank Ocean
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Lúcio Ribeiro

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Nos últimos dias, não se fala em outra coisa nas revistas, sites e blogs especializados em música. Frank Ocean, uma estrela ascendente que desponta nesse novo rap meio R&B e misturado com um pouco de tudo, lança na próxima semana “Channel Orange”, seu álbum solo, cercado de polêmica após uma declaração dada pelo rapper, que revelou ser homossexual. A revelação talvez não teria esse peso todo se (1) ele não estivesse prestes a lançar seu primeiro álbum solo, dando a entender que esta possa ser, além de tudo, uma tacada oportunista e (2) ele não fizesse parte do problemático combo Odd Future, liderado pelo mais problemático ainda Tyler, The Cretar, e que é constantemente relacionado à assuntos polêmicos, como a homofobia.

Em seu site, Ocean revelou que seu primeiro grande amor foi um homem. “Há quatro verões, conheci alguém. Eu tinha 19 anos, ele também. Passamos aquele verão e o verão seguinte juntos. Quase todos os dias. E nos dias que estávamos juntos, o tempo voava. Eu o via, e via o sorriso dele, a maior parte do dia. Ouvia as conversas e os silêncios dele. Até que chegava a hora de dormir, que eu compartilhava com ele com frequência. Quando fui perceber que estava apaixonado, foi maligno. (…) Foi meu primeiro amor. Mudou minha vida”, relatou.

Ocean, que ficou conhecido ano passado após lançar a ótima mixtape “Nostalgia, Ultra”, surpreendeu o mundo da música com a declaração, apesar de muitas reviews da crítica já terem relacionado anteriormente algumas letras de suas músicas à homossexualidade.

O rapper recebeu apoio de muita gente, desde sua mãe à mega popstar Beyoncè, que enfatizaram a “coragem” de Ocean em assumir tudo isso publicamente. Beyoncè postou em seu site um poema com os dizeres: “Seja corajoso! Seja honesto! Seja generoso! Seja poético! Seja aberto! Seja livre! Seja você mesmo! Seja apaixonado! Seja feliz!”. Ocean escreveu “I Miss You”, música que compõe o álbum “4”, o mais recente da cantora.

O ícone gay Boy George foi além e fez propaganda para o novo disco do rapper. “Se você é gay, negro e gay ou um cara apenas bacana, você deve comprar o álbum de Frank Ocean e mostrar que ele não se manifestou em vão”.

Até mesmo o intempestivo Tyler, The Creator, seu colega de Odd Future, se disse orgulhoso com a atitude do amigo. “Meu ‘big brother’ finalmente fez isso. Estou orgulhoso dele porque sei que essas merdas são difíceis”.

“Channel Orange” chega em forma de declaração e desabafo. Ainda no texto, Ocean relata que escrever músicas foi o que o manteve com a mente ocupada. “Até agora, escrevi dois discos. Este é um deles. Eu não tenho mais segredos para guardar”.

O álbum, já disponível na íntegra para audição, tem rap, R&B e soul. Delicioso de ouvir. No meio de todo este furacão, Ocean esteve no programa de Jimmy Fallon, onde cantou “Bad Religion”, acompanhado do The Roots. (Veja tudo aí, abaixo).

Talvez a melhor definição para isso tudo, até o momento, seja a análise feita pelo jornalista Randall Roberts, em extensa matéria publicada ontem pelo LA Times. “Frank Ocean’s album is bigger than ‘he’ – ‘Channel Orange’ is getting attention for his singing about lusting for a ‘he,’ but that may be distracting from its overall beauty.”

* “Channel Orange”, o tracklist.
01. Start
02. Thinkin Bout You
03. Fertilizer
04. Sierra Leone
05. Sweet Life (feat. Pharrell Williams)
06. Not Just Money
07. Super Rich Kids (feat. Earl Sweatshirt)
08. Pilot Jones
09. Crack Rock
10. Pyramids
11. Lost
12. White (feat. John Mayer)
13. Monks
14. Bad Religion
15. Pink Matter (feat. André 3000)
16. Forrest Gump
17. End


O rap é o novo rock. Outra nova da Azealia Banks
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Lúcio Ribeiro

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Você leu aqui na Popload, a maluquinha e talentosa Azealia Banks, atração imperdível do Planeta Terra, preparou “Fantasea”, sua nova mixtape, para ser lançada na data de hoje.

Depois de soltar “Nathan”, música inspirada em Nova York, com participação do Styles P, Azealia liberou a viajada “Neptune”, em parceria com a rapper britânica Shystie.

Com 15 faixas inéditas, “Fantasea” tem 18 músicas no total.


DJ Shadow no Brasil. Mais um para o Planeta Terra?
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Lúcio Ribeiro

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* Hoje é o dia da palavra “shadow”, parece.

* Já estava forte o zunzum que o grande DJ Shadow, músico, produtor e obviamente DJ californiano famoso, tanto no hip hop quanto na eletrônica underground, estava vindo para o Brasil agora no final do ano. Daí que… Foi divulgado ontem que o pioneiro Shadow tem show marcado em Buenos Aires, na Argentina, em 21 de outubro, um dia depois da edição brasileira do festival Planeta Terra, que acontece este ano no Jockey Club.

Viria o veterano DJ, que tocou com o Beastie Boys no Tim Festival de 2006, acompanhar no PT as bandas Best Coast, Kings of Leon, Maccabees, Garbage, Gossip, Azealia Banks etc.? Vamos acompanhar.

O DJ Shadow lançou no ano passado o disco “The Less You Know, the Better”, seu primeiro desde 2006 e cujo título do bom álbum não cabe para nós aqui, em época de anúncios de bandas para nossos festivais. Hehe.

No Planeta Terra ou em qualquer outro lugar de São Paulo, DJ Shadow é um must. Ele andou excursionando pelos EUA em abril e, na sexta-feira passada, se apresentou em Los Angeles na edição especial da festa Low End Theory, o templo do novo hip hop (e eletrônico e afins), onde toca o Flying Lotus e o Thom Yorke costuma ir “buscar referências”.
Aqui embaixo tem os sete primeiros minutos do set do Shadow lá.

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Twin Shadow faz a barba e lança o disco
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Lúcio Ribeiro

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* Eis que “Confess”, o segundo álbum do indie dominicano radicado americano Twin Shadow, foi lançado ontem nos EUA em vinil e CD. No iTunes, “Confess” estava “available” desde sexta passada, com o selinho “Editor’s Choice”. No mundão aberto da internet de meu Deus, já havia umas duas, três semanas.

O disco “material” saiu nos EUA junto com o segundo vídeo do álbum, a música “Patient”, batidinha emocional supercool, daquelas que lembra música besta de filme brega dos anos 80 com Los Angeles de cenário. Mas também lembra muito Prince, então tudo bem.

“Patient”, o vídeo, é a continuação da historinha de “Five Seconds”, mostrado na semana passada, depois que George Shadow e um parceiro se envolvem loucamente numa briga de gangue sangrenta. Mas ele e o amigo escapam e vão para um clube bizarro de dançarinos lobotomizados, até que o parceiro se envolve com uma loira esvoaçante e George não gosta nem um pouco. Putão da cara, vai no banheiro, tira a barba, sensualiza no clube, passa a cantar a música na pista e… Bom, vê aí.

O Twin Shadow toca em Londres amanhã, o começo de uma turnê que só vai parar em novembro. Vamos ver se a gente cata o Twin Shadow ao vivo em algum lugar desses.

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