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Arquivo : novembro 2012

Max Cavalera no Cine Joia: “Vamos destruir essa po**a”
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Lúcio Ribeiro

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* A casa de shows Cine Joia experimentou uma programação “de cinema” neste final de semana, com o perdão do trocadilho. Numa noite, a do sábado, a estrela paraense Gaby Amarantos fazendo uma versão tecnobrega de Kraftwerk. No outro dia, Max e Iggor Cavalera, ex-Sepultura, receberam o baterista Brann Dailor, do Mastodon, para uma cover de Black Flag.

O show do Cavalera Conspiracy foi acidental. Primeiro estava marcado para o Espaço das Américas, porque ia ter Slayer e o próprio Mastodon no pacote metal. Não rolou. Depois foi fixado no sábado no Via Mercês, ex-Broadway, apenas com o CC. Não rolou também. Tretas logísticas de várias ordens nos dois lugares prévios empurraram o show para o Cine Joia, em nova data, o domingo. Tudo para não deixar na mão os numerosos fãs de Max, Iggor, Cavalera Conspiracy, Sepultura, muitos com ingressos comprados e acompanhando a dança dos lugares.

Com uma operação de emergência, a apresentação dos Cavalera foi erguida na unha. E foi linda. O Cine Joia nunca teve tantas e tão grandes rodas de pogo (imagem acima), todas ao comando de Max Cavalera, que, “mal agradecido” com o lugar que acolheu, ainda gritava: “Vamos destruir essa porra”.
Tadinho do Cine Joia, hahaha

O show foi, surpresa, pesadíssimo, mas extremamente “organizado” dentro da trasheira que sai do quarteto brasileiro-americano. Músicas do Cavalera Conspiracy era misturadas às pauleiras do Sepultura e tudo soava uma sinfonia metal. Vinha de qual banda viesse, as canções, saídas da voz podre de Max, no espancamento da batidas de Iggor e no acompanhamento vocal selvagem da galera, eram de certo modo incrivelmente pop.
Por isso, eram todas incondicionamente cantadas aos urros pela plateia. E pelos filhos de Iggor e Max, que batiam cabelo forte tanto no palco, em participação especial, quanto na plateia. A família Cavalera, depois de um tempo confuso anos atrás, está mesmo bastante unida.

Confira o setlist do show do Cavalera Conspiracy e veja os vídeos de “Sanctuary” e “Inflikted”

Fotos instagram: pogo, de @niperboaventura, e setlist, de @kbralx.

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Em disco novo, Example pede desculpas por ser um “dick”. E conta que é doente
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Lúcio Ribeiro

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* Sinto uma certa comoção vindo da Inglaterra por estes dias, na recepção do mais novo álbum do figura Elliott Gleave. Ou E.G. Ou, como ele é mais conhecido, Example. O cara é a costura certa entre o hip hop branco inglês, o indie, a dance music afetada pelo dubstep (o inglês, veja bem) e o pop das paradas de sucesso locais. Essa mistura tem pinta de nunca ser perfeita, mas com o Example ela se torna incrivelmente possível para se gostar.

“The Evolution of Man” é o quarto álbum do Example e oficialmente é lançado nesta segunda-feira. Está faz umas duas semanas inteiro vazado na internet. E confesso que gostei dessa farofinha que é o single novo, “Say Nothing”, uma dessas músicas que bombam em qualquer loja jovem que você entra em Londres, tipo a da Adidas, da Nike, a Topshop…

O Example está bem na fita. O Calvin Harris adora o cara, os caras do Kasabian também, o Zane Lowe (DJ da Radio One) também, o Mike Skinner (The Streets) o ama, o Grahan Coxon, do Blur, botou encheu o disco do Example de guitarras. Outra turma boa também “fechou” com o Example, recentemente.

O cara está virando cool bem quando faz um disco-confessionário dizendo praticamente que ele foi um, desculpe-me, cuzão por muito tempo. Suas ex-namoradas que o digam, está nas letras. Muitas drogas, muita infidelidade, muitas vezes tratando amigos e garotas de um modo nada legal, dias e dias de depressão, Example expurga seus pecados no disco novo, como dá para ver em letras como “All My Lows” e “Crying Out for Help”.

Curti a música que vai ser o próximo single do novo álbum, essa “The Queen of Your Dreams”, sobre outra garota com que ele pisou na bola. Curti nesse modo que você consegue curtir o Example. Na linha: essa música tem tudo o que eu não gosto numa música. Mas ainda assim você gosta de ouvi-la quando está tocando.

Uma outra música do disco novo, um rap-metal (!!), a faixa “Come Taste the Rainbow”, é marcante. Nela, Example conta que tem a Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo “leve” e que faz a pessoa não ser muito sociável ou ter dificuldades em expressar emoções. Barra.

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Turnê de Andrew Bird no Brasil é assegurada para fevereiro. SP, Rio e Florianópolis verão o cultuado músico
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Lúcio Ribeiro

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* Juro que não esperava por essa. Florianópolis bateu Porto Alegre e Recife (e Santiago, Bogotá…) e virou a terceira cidade a fechar o show do cultuado músico americano Andrew Bird para fevereiro, no Brasil. Em uma ação de crowdfunding internacional organizada para trazer a turnê do especialíssimo multiinstrumentista indie folk para seis shows na América Latina, o Brasilzão cravou três cidades. São Paulo e Rio são as duas outras. Cidade do México, Lima e Guadalajara são as outras três.

O crowdfunding foi armado pelo site de shows Songkick, britânico. Eram preciso assegurar 250 ingressos-cota para garantir a realização da turnê em cada cidade. As apresentações de Bird na região acontecem entre 17 e 28 de fevereiro. As datas e os locais de cada show serão anunciados nos próximos dias. O show de São Paulo, desconfio, deve acontecer no Cine Joia.

Os ingressos estão a venda no Songkick, no site especial para a turnê latina de Andrew Bird. Nas três cidades brasileiras, as entradas custam U$ 80 (num preço aproximado de R$ 163) a inteira.

A apresentação de Bird no Brasil terá ajuda logística do festival Popload Gig, aquele.

Andrew Bird lançou há poucos dias seu sétimo álbum, “Hands of Glory”, o segundo disco que o músico soltou neste ano. O músico segue turnê européia. Hoje o show é em Copenhagem, na Dinamarca. Em dezembro, Bird entra em tour pelos EUA. Em março deste ano, ele fez aparição elogiadíssima no festival South by Southwest, no Texas, de onde tiramos 15 minutos da apresentação na churrascaria Stubbs, um dos mais tradicionais locais para shows em Austin. Lá, Bird tocou “Eyeoneye”, “Plasticities” e “Fake Palindromes”. Olha que beleza.

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A banda mais indie da história? A suave volta do Yo La Tengo
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Lúcio Ribeiro

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* A veterana e bem cultuada banda indie americana Yo La Tengo, de New Jersey, vai lançar seu décimo-terceiro disco agora em janeiro. Chama-se “Fade” e chega às lojas dia 15 de janeiro, nos EUA. O trio lançou uma música nova, que vai estar no álbum: “Before We Run”. As novas notas musicais delicadas do Yo La Tengo caíram no meio do feriadão (nosso) e chacoalhou o mundo indie. Porque, você sabe, o Yo La Tengo, banda do grande Ira Kaplan, formada em 1984, é indie dos tempos em que o indie era indie. E sempre foi indie. E sempre vai ser.

A música nova, digamos, é bem Yo La Tengo. Nela, a baterista Georgia Hubley canta suave. Ela fez a letra e fez o vídeo colorido.

Pelo que eu conheço de produtores brasileiros, duvido que, se a banda for estender sua turnê em 2013, eles não venham ao Brasil no próximo ano. A banda já anunciou datas nos EUA em janeiro/fevereiro e na Europa em março.

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Metal, babe. Show do Cavalera Conspiracy acaba no Cine Joia, neste domingo
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Lúcio Ribeiro

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* Os históricos irmãos Cavalera, que juntos botaram o Brasil no mapa mundial coestrelando a velha formação do almighty Sepultura, foram confirmados para show amanhã em novo endereço, depois de uma semana conturbada. O Cavalera Conspiracy, banda que foi formada pelo vocalista Max em Phoenix, EUA, e que tem o irmão Iggor na bateria, a princípio ia se apresentar com Slayer e Mastodon num grande evento metal no Espaço das Américas. Com a não-vinda anunciada das atrações gringas, o show da semigringa Cavalera Conspiracy foi levado ao Via Marquês, onde aconteceria neste sábado. Um desentendimento logístico, por fim, levou o concerto metal dos irmãos Cavalera para o Cine Joia neste domingo, 18. No vídeo acima, Max e Iggor prometem um loooooongo show, para comemorar o fim da turnê.

Os ingressos antes vendidos para as duas casas de show anteriores seguem valendo no Joia. Novos ingressos podem ser adquiridos aqui. O show está previsto para as 22h. Não haverá banda de abertura.

Na sexta-feira, o Cavalera Conspiracy se apresentou no Rio de Janeiro. Quase demoliram o Circo Voador, segundo relatos. Primeiro fora do palco, quando a banda atrasou muito para entrar em cena e o furioso público já intrinsecamente furioso fez chover objetos no palco, elegendo os roadies como vítimas. Depois, Max entrou com a guitarra e dizendo “A hora chegou”, a demolição foi sonora. Muitas músicas do Sepultura foram tocadas na apresentação, como “Arise”/”Dead Embrionic Cells”” juntas, “Territory”, “Refuse/Resist” e “Roots Bloody Roots”, do bis.

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Jarvis Cocker, do Pulp, fala à Popload. E contou uma história sobre “Common People”
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Lúcio Ribeiro

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* Na verdade ele falou à “Folha de S.Paulo”. Tamo junto, “Folha”. E na verdade essa história ainda não está completa, porque aqui abaixo é apenas um teaser da conversa. E, na verdade meeeeeesmo, Jarvis Cocker revelou que seu maior hit, a grande “Common People”, tem uma mentirinha em sua famosa letra. Verdade, Jarvis?

** A distintíssima banda inglesa Pulp, uma das mais significativas da era do britpop, toca em São Paulo no próximo dia 28 de novembro, no Via Funchal, show único em solo brasileiro e a primeira vez que o famoso grupo vem ao país. Será a oportunidade para muita gente ver de perto, ao vivo, o líder Jarvis Cocker cantar uma das mais marcantes músicas dos anos 90, o hino “Common People”, um dos singles que catapultaram o Pulp ao sucesso no Reino Unido e além e que está no milionário álbum “Different Class”, de 1995.

Ontem à tarde, Cocker ligou no celular deste colunista-blogueiro. Entre outras coisas, ele revelou que a famosa letra da menina grega rica que foi estudar artes na Inglaterra, se apaixonou pelo modo de vida “simples” da classe operária inglesa e queria então ser uma “pessoa comum” (viver como uma pessoa comum e dormir com uma pessoa comum) é verdadeira. Mas “em partes”.

“Conheci mesmo na vida real uma garota assim na Saint Martins College of Art and Design. Ela era grega, sim. O pai dela era rico, sim. Ela queria viver uma vida mais ‘normal’, sim. Mas, diferente do que eu narro na música, ela nunca disse que queria dormir com uma pessoa comum como eu”, contou Jarvis Cocker.

“Eu tinha atração por ela, mas ela não tinha atração por mim. Mas o engraçado de tudo isso foi o que aconteceu dez anos depois…”

O final dessa história e a entrevista completa com Jarvis Cocker sairão publicados na “Ilustrada” (Folha de S.Paulo) e neste blog na próxima semana.

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Dirty Projectors: uma pergunta para você; dois ingressos + CD para você também; e a linda apresentação ontem no Letterman
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Lúcio Ribeiro

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* Não estraga seu feriadão, “chatiado” com o cancelamento do Coldplay. Fica, vai ter Dirty Projectors.

* A pergunta é direta: vai ter CORAGEM de perder o show deles em São Paulo, Cine Joia, no dia 30? O Dirty Projectors, banda cool de indie-experimental do Brooklyn (NYC), toca às 23h59. Antes, o grupo paulistano Holger segura a onda como atração de abertura, às 22h30.

* COMBO POPLOAD-DIRTY PROJECTORS: A Popload bota a sorteio UM PAR de ingressos para o show do Dirty Projectors em São Paulo. O ganhador ou ganhadora leva também o novo álbum da banda, o fofo “Swing Lo Magellan”, lançado nos EUA em julho e recém-lançado no Brasil. Para concorrer, o velho esquema: pedir nos comentários deste post, aí embaixo.

* O Dirty Projectors foi ao programa do entrevistador David Letterman para mostrar para milhões de americanos o principal single de seu novo álbum. A banda executou a incrível “About to Die”, uma das músicas mais bonitas de 2012. Com cordas e tudo. Cool as fuck. Até um cara “nada a ver” entrou no palco do Letterman para cumprimentar a banda depois da apresentação. Olha que beleza:

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Breaking News: Coldplay cancela turnê brasileira três dias depois de anunciá-la
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Lúcio Ribeiro

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Mistério rondando o “mundo Coldplay”. Após anunciar uma extensa turnê de estádio pela América Latina nesta semana, com duas datas no Brasil, a banda inglesa pega todo mundo de surpresa e informa que a turnê está cancelada. O motivo não foi esclarecido.

O grupo de Chris Martin tocaria no país dia 5 de fevereiro em São Paulo e dia 7 em Porto Alegre. Os ingressos tinham venda programada para iniciar no próximo dia 21.

Através do site oficial, o Coldplay soltou o seguinte comunicado: “Com muita tristeza nós fomos forçados a adiar a nossa recém anunciada tour na América Latina devido a circunstancias inesperadas. Pedimos desculpas a todos que estavam esperando pelos shows e torcemos para que novas datas sejam anunciadas em breve. Carinhosamente, Coldplay”.

A banda tocaria ainda em La Plata (dia 9), Santiago (12), Cidade do México (15), Guadalajara (18) e Monterrey (19).

A T4F, empresa responsável pelos shows no Brasil, ainda não se pronunciou.

Tags : coldplay


Popload Session apresenta… PLEXO SOLAR (Curitiba)
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Lúcio Ribeiro

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* Para variar, mais uma banda de Curitiba chega às sessions da Popload. Quando eu fizer o balanço no final do ano, vai ter mais grupo de novos curitibanos tocando nesta seção do blog do que bandas paulistas. Acho.

O Plexo Solar, a banda da vez, é um quarteto formado em 2009, mas pelo som poderia ser de 1969/1970. Bem vestidos (eles não usam camiseta, só camisa, quando não com paletó), fazendo um indie algo rebuscado (tem até banjo às vezes), o Plexo Solar é formado por Alexandre Provensi (baixo e teclado), Leonardo Montenegro (guitarra), Marcelo Liberato (bateria e vocal) e Matheus Godoy (guitarra e vocal).

O grupo vem percorrendo forte a cena local e festivais de nova música do Paraná. E agora chega à Popload Session com a música “Pedido Simples” e a cover de “Ophelia”, da banda roots canadense The Band, forte inspiração dos rapazes curitibanos.

Senhoras e senhores, com vocês… PLEXO SOLAR.

** A Popload Session é um espaço dentro do blog que traz performances ao vivo de boas bandas indies brasileiras e até gringas. O Teenage Fanclub e os Cribs já fizeram a deles. Entre as nacionais, Nana Rizinni, Brollies & Apples, Jair Naves, Yugoslavos, Tokyo Savannah, Madrid, Apolonio, Me & The Plant, Inky, Wannabe Jalva, Cabana Café, ruído/mm, Single Parents, Pélico e muitos outros também já compareceram com performances. A produção das sessions especiais para a Popload é da própria banda, no ambiente que quiser, gravada como quiser. Só chega coisa incrível. Mais sessions internacionais estão em produção. E sessions de eletrônica também.

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Adivinha… O incrível Tame Impala tocando os singles ao vivo
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Lúcio Ribeiro

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* Com o Tame Impala, sinto que nós estamos indo apenas para trás, tipo para os anos 70.

* O espertíssimo grupo australiano Tame Impala, nossa banda indie-psicodélica predileta, fez recentemente uma session ao vivo de três músicas para a gravadora deles, a Modular. A performance foi gravada no porão de um hotel em Perth, terra de Kevin Parker, o dono da banda. A session apareceu hoje no site deles.
As músicas tocadas foram o single do espetacular segundo álbum deles, o recém-lançado “Lonerism”. São elas “Apocalypse Dreams”, “Feels Like We Only Go Backwards” e “Elephant”.
A banda faz ainda três shows nesta semana dentro da turnê americana. Amanhã tocam no lendário Fillmore, em San Francisco, e depois fazem dois concertos em Los Angeles. Todos estão esgotados.

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