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Arquivo : fevereiro 2013

The Killers e o Bernard Sumner
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Lúcio Ribeiro

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O The Killers, atração Lollapalooza Brasil mês que vem, pagou com juros sua dívida com a importante cidade de Manchester na noite de ontem. No final do ano passado, o grupo de Las Vegas precisou abandonar o show que fazia na cidade para mais de 20 mil pessoas porque a voz de Brandon Flowers simplesmente sumiu. Na ocasião, a banda tinha tocado apenas quatro músicas e ficou aquela decepção gigante, já que o show era um dos primeiros da turnê do disco novinho, o “Battle Born”.

Só que este show, que era para ter acontecido em novembro, rolou na noite de ontem, no mesmo local, com um aperitivo especial. Para não ficar com o filme totalmente queimado com a cidade, Brandon chamou ao palco Bernard Sumner, vocalista e guitarrista do New Order, uma das bandeiras musicais de Manchester. Juntos, eles tocaram “Crystal”, hit de sua banda. A parceria era para ter rolado no show de novembro, dizem.

Um outro fato interessante é que este não deixou de ser um troca-troca musical. Em 2005, Brandon Flowers cantou a mesma “Crystal” com o New Order, durante show da banda no festival escocês T In The Park, em um desses momentos e essas reviravoltas que só a música pode proporcionar…


Tame Impala e os scarves
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Lúcio Ribeiro

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A melhor banda do mundo em 2012 tem tudo para seguir o mesmo caminho em 2013. Os australianos do Tame Impala mostraram seu rock acid trip na noite de ontem, no programa de Jimmy Fallon, mesmo local onde eles fizeram sua estreia na TV norte-americana dois anos atrás.

Eles mandaram uma versão vigorosa da incrível “Elephant”, música carro chefe do disco “Lonerism”, eleito por muitas publicações como o melhor do ano passado. Destaque para o Kevin Parker, o Dom e o Nick de scarves. Cool.

O sucesso do Tame Impala anda tão absurdo que eles começam hoje uma turnê de 20 shows pelos Estados Unidos, Canadá e México. 90% dessas apresentações estão com ingressos esgotados, tipo a da noite de hoje, que acontece no tradicional Terminal 5 de Nova York.


Darwin Deez e a mulherada
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Lúcio Ribeiro

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* O hipster hippie Darwin Deez, sujeito adorado pela galera praticante do ciganismo fashion e tudo mais, lançou disco novo semana passada. Seu segundo álbum, “Songs for Imaginative People”, veio para suceder o espertíssimo disco de estreia homônimo, lançado lááááá em 2010. Da minha audição apressada deste novo trabalho, outras pepitas indies serão garimpadas de “Songs for Imaginative People”. Tipo essa “You Can’t Be My Girl”, música excelente, vídeo mais ainda que mostra que os hipster também amam. E, por conta disso, também perde seus amores. Baita canção foda de dor de cotovelo, mas de um jeito indie Brooklyn, claro. Olha que beleza.

Deez vai se matar de fazer shows, a partir de amanhã. Primeiro na Europa (o de depois de amanhã em Hamburgo, Alemanha, está esgotado), depois EUA, depois UK, depois mais Europa, depois mais EUA. Vamos ver se eu pego ele ao vivo no South by Southwest, mês que vem.

O moço já tinha soltado o esperto single “Free (The Editorial Me)”, outra do disco novo, já no final do ano passado. Vocal bom, músicas boas, ideias espertas nas letras. Darwin Deez é massa.

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O átomo de Thom Yorke está no ar
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Lúcio Ribeiro

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Papo reto na Popload. Thom Yorke na área. E não é com o Radiohead, mas com o seu universo paralelo Atoms For Peace, projeto experimental que ele toca com o chili-pepper Flea e o conceituado produtor Nigel Godrich. Na próxima semana, o grupo lança “Amok”, seu disco de estreia.

Mas como o Thom é fã desse nosso mundinho chamado internet, ele liberou no final da tarde de hoje todo o álbum para audição. “Amok” chega às lojas dia 25 agora.


Phoenix se diverte na falência
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Lúcio Ribeiro

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A nova banda grande do pedaço, o Phoenix, headliner só do Coachella, promete agitar a cena com seu novo disco, o aguardado “Bankrupt!”. A banda de Versailles, liderada pelo Thomas Mars e que infectou o mundo com a música “Lisztomania” há poucos anos, anunciou que o sucessor de “Wolfgang Amadeus Phoenix” , de 2009, será lançado em abril. Eles estavam sumidos estrategicamente desde o meio de 2011 até que nesse início de ano o nome da banda aparecer no topo dos line ups dos importantes festivais Coachella (EUA) e Primavera Sound de Barcelona.

A primeira amostra de “Bankrupt!” saiu agora a pouco. “Entertainment” foi lançada no programa de Zane Lowe, na BBC Radio One, e já é alvo dos comentários da galera nas redes sociais. Indo do luxo ao lixo, claro. Eu curti. E você?

Tags : phoenix


The Cure no Brasil: as vendas e os preços dos ingressos
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Lúcio Ribeiro

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Uma das turnês mais aguardadas para este ano, a visita do seminal The Cure ao país, agora sim, ganhou forma de vez. Oficializada mês passado, faltavam os detalhes e informações relacionadas às vendas e preços de ingressos. A XYZ, produtora responsável pelos shows da banda britânica no país, informou que as vendas terão início dia 21 de fevereiro para a apresentação de São Paulo e dia 26 também deste mês para o show do Rio, via Livepass. O Cure toca dia 4 de abril em território carioca e dois dias depois para os paulistanos.

Para o show no Rio, que será realizado na HSBC Arena, serão disponibilizados ingressos em seis setores, variando de R$ 200 (nível 3) a R$ 600 (pista Premier). Em São Paulo, o Morumbi será fatiado em doze partes, tendo como ingresso mais barato o da arquibancada C (R$ 125) e o mais caro, óbvio, a pista Premium (R$ 500).

Como a Popload destacou mês passado a partir de um levantamento feito por fãs do Cure na América Latina, os espectadores daqui, por um motivo ou outro, pagarão até 317 dólares para ver o Robert Smith e sua turma tocando por três horas, valores bem acima dos normalmente praticados em outras praças tradicionais como Europa e América do Norte. E como este espaço prometeu na época, voltamos ao assunto para incluir o Brasil no “pacote” do estudo, para “analisarmos” os preços aqui praticados, sempre ressaltando que analisar preço de ingresso é sempre tarefa dura, porque quase nunca se sabe o que vem embutido nesse preço. Então vale mais como curiosidade.

Pelos índices de conversões de moeda na data de hoje, o ingresso mais caro do Rio de Janeiro sai por 306 dólares, um dos mais altos do continente, ficando atrás apenas para a área VIP de Santiago (317 dólares). O ingresso carioca mais barato, o do Nível 3, sai por 102 dólares. Já em São Paulo, a entrada mais salgada, a Premium, sai por 255 dólares. Em compensação, quem optar pelo lugar mais barato do estádio, a Arquibancada C (frontal, mas a mais distante do palco), pagará cerca de 64 dólares. Isso se baseando apenas nos preços de inteira.

Em meio a todo este levantamento, sempre acho legal destacar a situação de Bogotá. Lá, o show acontece em um parque, fazendo com que os fãs sejam divididos apenas em pista vip e pista normal. Mas os nomes escolhidos para os setores não poderiam resumir melhor: “Close To Me” (pista vip) e “Boys Don’t Cry” (pista normal).

Enfim. Vem, Robert Smith!


O barulho indie de Florianópolis
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Lúcio Ribeiro

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* Para além da farofada eletrônica milionária e da Praia Mole, há tempos noto uma movimentação indie relevante saindo dos limites de Florianópolis, no continente ou na ilha, ora ligada à hoje superviva cena curitibana, pela proximidade, ora tomando vida própria. Lá tem o Floripa Noize, festival que esparrama pela cidade, por vários lugares, mais de uma dezena de bandas por três dias, entre locais e quase locais, e que em 2013, sempre crescendo, chegará a sua quinta edição.

A primeira vez que fui convidado para tocar como DJ fora de São Paulo foi em Florianópolis, tipo 2004. Depois rodei o país uma, duas vezes no mesmo lugar, três vezes, mas nunca mais na cidade. Até o ano passado, quando recebi o chamado para tocar em um ex-famoso puteiro transformado em clube, onde se aceitava enfiar rock e eletrônico mais indie na goela da molecada da nova geração atrás de Lady Gaga e Britney Spears. Ninguém chiou. Pelo contrário.

Me chamou a atenção ainda quando a banda curitibana Cacique Revenge, falando recentemente da gravação de seu primeiro disco, levou a galera a Santa Catarina para trabalhar com o estúdio Ouié/Tohosound, considerado um dos melhores estúdios do Sul, com certeza o mais bem localizado (de frente para a praia da Armação) e que faz parte de uma organização independente entre estúdios do Brasil e Argentina.

Enfim. Tuuuuudo isso para dizer que neste final de semana consegui finalmente escutar, depois de ter recebido há tempos, uma coletânea de verão armado por um selo de lá chamado SIC Music. O SIC Music, segundo definição própria “um selo musical cheio de novas ideias”, faz questão de afirmar que não lança CDs. E sim músicas. Coletivo de bandas locais, o SIC ainda lança para seus “clientes” os chamados “álbuns-magazines”, uma revista com conteúdo gráfico e sonoro, exclusivo e tudo para download.

Essa coletânea de verão do SIC em especial, a “Midsummer Tapes”, com site próprio e tudo, reuniu folk e experimentalismo catarinenses, chillwave e indie pop gringo, bandas indies alemãs e curitibanas, Cambriana (de Goiânia) e We Are Pirates (do Espírito Santo). O capricho não está na forma. O conteúdo, quando se imagina de fones de ouvido numa praia de Florianópolis, impressiona muito.

Para baixar o disco todo no site. Dá para ouvir direto aqui.

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Primal Scream 2013 e o efeito borboleta
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Lúcio Ribeiro

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* Mais um nome veterano da música britânica dá as caras na Popload nesta segunda-feira besta. A banda escocesa Primal Scream, de grande história na música independente e com passagem inclusive pelo Popload Gig, Hoje de manhã, na BBC 6Music, veicularam com exclusividade uma música nova do grupo de Bobby Gillespie, que estará no décimo álbum da banda, “More Light”, a ser lançado no dia 6 de maio no Reino Unido. O single apareceu intitulado como “2013”, não se sabe se é o nome real, mas é o que Gillespie berra no refrão. Tem a presença do guitarrista Kevin Shields (My Bloody Valentine), é rasgada por um saxofone e veio já com um vídeo um pouco aflitivo, sobre mulheres-borboletas, alfinetes entomológico, essas coisas. O vídeo mostrado tem 4 minutos, mas parece que a música, no original, vai ter 9. Desde 2008 o Primal Scream não lançava um álbum.

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A dupla sueca The Knife enquanto a mais importante banda do mundo hoje. E outras histórias
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Lúcio Ribeiro

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* Os absurdos da música sempre começam em Londres. A estranhíssima banda sueca bacanaça The Knife, na verdade o duo eletrônico formado pela “difícil” Karin Andersson e Olof Dreijer, depois de um certo sumiço promoveu uma barulhentíssima volta à cena há poucas semanas, com música nova, anúncio de disco duplo-triplo vindo por aí, essas coisas, tudo isso.

A última do Knife rolou sexta passada: um teaser de uma música, seguido de vazamento da música toda, seguido de caça à internet para tirar a música antes-teaser vazada dos ambientes de Youtube, Soundcloud e afins.

Falamos de “A Tooth for an Eye”, segundo single do esperaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado álbum “Shaking the Habitual”, o quarto da banda e o primeiro em sete anos, marcado para sair no comecinho de abril.
Em janeiro, o Knife já tinha chacoalhado o habitual na blogosfera musical ao apresentar “Full of Fire”, música com versões “normal”, de seis minutos e de nove, com vídeo e tudo. Foi um auê.

Se você tiver sorte e ainda não tiraram o link do ar, dá para ouvir “A Tooth for an Eye”, tribal e sinistra num sentido nórdico do termo, menos palatável que “Full of Fire” e outros hits num sentido The Knife do termo, aqui embaixo.

Mas onde eu quero chegar é o seguinte. Estava ouvindo semana passada um programa na XFM de Londres e começaram a falar do Knife. Falaram que a banda, depois de seis anos sem se apresentar ao vivo, marcou duas apresentações no delicioso Roundhouse, em Camden. Isso para começo de maio (o Knife começa a tour dia 27 de abril, em Hamburgo, Alemanha).
O bafo das datas europeias foi gigantesco, mas em Londres, pelo que eu ouvi na conversa dos espantados DJs ingleses, deu medo.

O que eu entendi foi assim: existia uma pré-venda, para fãs cadastrados em algum site do Knife, acho que o oficial. Essa info de pré-venda para cadastrados vazou horas antes e muita gente correu para se cadastrar, na noite do início dessa pré-vendagem especial. Em tempo: a venda normal se iniciaria na manhã seguinte. O show a princípio seria apenas no dia 8 de mail. Por causa do tumulto que eu vou contar, abriram concerto no dia 9 também. O histórico venue Roundhouse tem capacidade para pouco mais de 3 mil pessoas.

Pois bem, o site da banda caiu com a procura de gente que queria se cadastrar para “furar a fila” da venda comum. Quando a pré-venda foi ao ar (não sei quantos tickets reservados), se esgotaram em segundos. Na venda normal, sites caídos, tráfico pesadíssimo, esgotamento em segundos de novo. Para o novo show, tudo igual. Desespero e dor.

O ingresso normal, falaram na rádio, consultei depois, estava custando 27,50 libras, tipo R$ 85. Depois, começaram a surgir em sites de revendas por 270 libras, mais de R$ 800. Sumiram. Dizem que tem gente vendendo na internet, quando se acha alguém escondido em Facebook ou Twitter comercializando esse ingresso do Knife, por até 400 libras, equivalente a R$ 1.200.

Lembro muito bem que um amigo meu, em 2001, naqueles histórios primeiros shows dos Strokes em 2001, depois da explosão da banda, pagou 150 libras em um ingresso que custava 18. Isso virou manchete de jornal, a notícia do primeiro ágio do novo rock.

E agora, com essa do The Knife?

Os DJs da XFM, britânicos da gema, pareciam assustados na conversa. Eu também fiquei. Quero ver quanto vai estar na porta, no dia do show, com os famosos cambistas ingleses, raça mais atuante e organizada que eu conheço exercendo uma “profissão”. Se é que ainda vai ter ingresso nos dias da passagem do Knife por Londres.

A banda, em seu site, pediu profundas desculpas aos fãs pelo ocorrido com os ingressos em Londres e na Europa toda. Disse que fazia seis anos que não tocavam e não tinham idéia que uma coisa dessa poderia acontecer. Que é para os fãs não comprarem ingressos de cambistas. Que a dupla vai se desdobrar para fazer mais shows, mais festivais de verão.

** Há alguns anos, no meio da reclusão do Knife, eu fui a Estocolmo, Suécia, visitar a animada cena local, cruzar bandas e lugares de shows, essas coisas. Fui levado pela galera do festival brasileiro “Invasão Sueca”. Lá, lembro de ter sugerido uma aproximação qualquer ao The Knife, uma entrevista, visita ao estúdio. Me olharam como se eu tinha pedido uma palavrinha com o Conde Drácula no castelo dele na Romênia, sozinho, numa sexta-feira à noite. Falaram algo do tipo: “Acho melhor não mexermos com a Karin neste momento”.

** No festival de Sundance deste ano, um hit antigo do Knife, de uns dez anos atrás, aquela ótima “Pass This On”, foi usada no filme “Magic Magic”, uma das obras festejadas no evento. Na trilha e no inicio do filme, o ator Michael Cera aparece cantando a música de “viva voz”.

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Tags : the knife


Johnny Marr libera disco novo para ouvir. E toca hino dos Smiths pela primeira vez em 25 anos
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Lúcio Ribeiro

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* O guitarrista inglês Johnny Marr, eleito um dos maiores da história e que um dia fez acordes para Morrissey cantar por cima, liberou, via “Rolling Stone” americana, a audição em streaming de seu disco solo, que sai daqui uma semana. “The Messenger”, 12 faixas impregnadas de pós-punk anos 80 com um vocal seu inédito que não decepciona, é o primeiro disco solo com sua assinatura, ainda que desde o fim dos Smiths Marr sempre se mostrou atuante no pop. O guitarrista colaborou ou até fez parte como integrante oficial de bandas como Pretenders, The The, Modest Mouse e Cribs.

Na semana passada, Marr foi declarado “Gênio” em conhecido título conferido anualmente pelo semanário inglês “New Musical Express”, com a premiação chamada “Godlike Genius”, que rendeu ainda a capa da revista ao ex-companheiro de Moz e hoje inimigos mortais.
Ainda como parte da elevação à categoria de “Deus da música” da “NME”, o guitarrista participou da série “Song Stories” da publicação e contou a história do hino “Heaven Know I’m Miserable Now”, uma das primeiras e mais marcantes canções dos Smiths. No vídeo, Marr está tocando os inesquecíveis acordes da música pela primeira vez em 25 anos.

Johnny Marr é uma das atrações do Coachella Festival, em abril, na Califórnia. Vai ainda excursionar pela América com o New Order e solo. Ouça abaixo “The Messenger”, single que dá nome ao disco solo do histórico Johnny Marr.

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