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Arquivo : abril 2013

David Bowie descreve o disco novo do David Bowie em 42 palavras
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Lúcio Ribeiro

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* Hehe

O enigmático, misterioso e incrível David Bowie esteve recluso da cena durante 10 anos, até lançar seu ótimo “The Next Day”, disco que desponta fácil como um dos melhores do ano e mostra que o sessentão inglês ainda está no gás.

Apesar do disco lançado, existe a discussão se Bowie voltará a fazer shows esporádicos, turnês ou nenhum dos dois. Fora isso, o cantor é avesso a entrevistas. Não fala faz tempo.

Até agora, mais ou menos. Seu amigo escritor Rick Moody pediu a Bowie uma espécie de “diagrama de fluxo de trabalho” no qual o cantor deveria descrever o propósito e significados que envolvem seu mais recente álbum.

Moody, que tem como obra referência a novela “The Ice Storm”, lançada em 1994, que viraria filme três anos mais tarde, disse que “The Next Day” é o melhor disco de um artista clássico em muitos anos e, por isso, queria saber do próprio Bowie no que ele estava pensando quando compôs todo o álbum. “O silêncio é parte da obra, a obra fora isso está completa, da mesma forma que está completa em Thomas Pynchon e da forma como estava completa em J. D. Salinger”, disse Moody.

Em resposta ao autor, Bowie não se explicou diretamente, mas deixou 42 palavras soltas que descrevem o universo de “The Next Day”. São elas…


Atenção: o National quer mostrar duas novas canções de partir o coração
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Lúcio Ribeiro

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O cultuado grupo americano The National está de volta. A banda, que tem um pé no Brooklyn, solta mês que vem seu novo disco. “Trouble Will Find Me” sai nos Estados Unidos dia 21 maio e tem participações de gente do Dirty Projectors, do Arcade Fire e do Sufjan Stevens, entre outros. Não vai ser fácil. Uma semana antes, em Ithaca, estado de Nova York, o National começa turnê mundial com datas divulgadas até o final do ano, que incluem passagens por festivais tipo Bonnaroo, Lollapalooza Chicago e Roskilde. Além de uma série de shows com o Dirty Projectores, na turnê indie dos sonhos.

Para aumentar o gostinho de ansiedade em cima do novo disco, o grande Matt Berninger levou sua turma para mostrar duas canções inéditas na noite de ontem no programa do Jimmy Fallon.

“Sea of Love” e “I Need My Girl” reforçam porque o National é uma das bandas com sonoridade melancólica cortante mais lindas desse planeta.

* “Trouble Will Find Me”, o tracklist
1. I Should Live In Salt
2. Demons
3. Don’t Swallow The Cap
4. Fireproof
5. Sea Of Love
6. Heavenfaced
7. This Is The Last Time
8. Graceless
9. Slipped
10. I Need My Girl
11. Humiliation
12. Pink Rabbits
13. Hard To Find


“Superbanda” indie brasileira acompanha Daniel Johnston amanhã no Popload Gig
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Lúcio Ribeiro

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* Daniel Johnston viaja sozinho, mas para onde vai com seu show o músico usa bandas locais para dar suporte a suas tocantes apresentações. O cantor, atração amanhã da 20ª edição do Popload Gig, aprovou a companhia de uma banda paulistana constituída por membros de outras bandas, todos fãs extremos de Johnston.

A formação escolhida para ser “a banda de Daniel Johnston” amanhã no Beco tem vários conhecidos da cena indie paulistana:
* André ZP no violão , do projeto de folk/eletrônico lo-fi Palace Hotel
* Adriano Vannuchi na guitarra, compositor do projeto semi-solo
* Alan Feres no baixo, da banda Rock Rocket e Os Pólvoras Negras
* Stela Campos no teclado, artista solo, autora de 4 discos de folk rock/experimental/ psicodélico
* Vini Pardinho na bateria (da banda de Stela Campos).

O Popload Gig terá ainda discotecagem da DJ Helena Sasseron, outra fã de Johnston, que viu comigo no ano passado o show do herói indie no South by Southwest, no Texas.

Definitivamente, Johnston não vai se sentir sozinho em São Paulo.

A discotecagem tem início às 19:30 e o show está previsto para começar pontualmente às 21:30. No local serão vendidos a famosa camiseta “Hi, How Are You” e o pôster Popload Gig feito pelo ilustrador Eduardo Belga.

Em 2006, Stela Campos gravou um EP compilado com canções de Daniel Johnston, em um estúdio caseiro. A Popload destaca abaixo a faixa “A Walk In The Wind”.

* JOHNSTON EM SÃO PAULO – É amanhã, no Beco 203, rua Augusta, pela 20ª edição do Popload Gig. Ingressos à venda na Ticket Jam e nas bilheterias do Beco. O show de amanhã começa pontualmente às 21h30.


Thom Yorke DJ ataca novamente. Ouça o remix para o Four Tet
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Lúcio Ribeiro

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O líder do Radiohead tem explorado cada vez mais sua veia “DJ”. Ele, que tirou o ano para viajar com seu universo paralelo Atoms For Peace, tem brincado bastante de DJ set ao lado do bamba produtor Nigel Godrich em ações promocionais do disco “Amok”, lançado neste ano.

Agora, Thom resolveu remixar uma faixa do conhecido produtor e DJ Four Tet. Ano passado, o Four Tet lançou uma compilação chamada “Pink”, recheada de singles lançados ao longo dos anos. Yorke resolveu botar sua genialidade e curiosidade de DJ na faixa “Pyramid”. O som ficou viajado, bem bom, mais de 7 minutos de eletronice boa. Ouça abaixo.


O fera Jake Bugg fazendo cover de Nick Drake. E nem se abalando
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Lúcio Ribeiro

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* Eu curtia as músicas do moleque marrentinho britânico Jake Bugg até ver o show que ele fez no Coachella 2013, dias atrás. Estava vendo a transmissão ao vivo pela internet, liguei para ver uma outra atração que não me lembro que estava tocando no mesmo horário e acabei não largando mais da performance desse young Liam Gallagher/Noel Gallagher metido a Bob Dylan com 18, 19 anos. Passei a curtir bem mais.
No Coachella, Bugg “assustou” pela tenda cheia e, dizem, arrastou mais público que os Stone Roses no palco principal. Normal, até, se você pensar que aos 17 anos ele chapou o Glastonbury com sua apresentação. Mas sabe como são os americanos com a música inglesa…

Agora a Universal brasileira, que nesta semana está lançando no país seu álbum de estreia, homônimo, editado na Inglaterra no final do ano passado, mas com um barulho gigante nos EUA nestas últimas semanas (o disco saiu lá no começo do mês), emprestou à Popload, com exclusividade, o vídeo do garoto mandando uma cover de Nick Drake para a famosa canção “Hazey Jane II”. Drake, compositor inglês morto nos anos 70 e logo após supercultuado, fala alto ao coração da música britânica. E o jovem Jake Bugg mantém a fama de Drake viva de um modo bem decente.

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Daniel Johnston e o rolê argentino: entrevista, pintura, sessão de autógrafos…
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Lúcio Ribeiro

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* O músico americano, atração de amanhã do Popload Gig no Beco 203 (rua Augusta), está desde terça na Argentina. Johnston tocou ontem e se apresenta hoje à noite no clube Niceto, com ambas as noites lotadas. Na terça, ele fez uma pequena exposição de alguns desenhos seus e assinou livros, discos, HQs, barrigas etc. A agenda de Daniel Johnston foi mais amiga aos argentinos.

Admirado pelo novo rock e por veteranos como Bowie e Beck, Johnston participou de uma entrevista em vídeo para o site da rádio Rock & Pop, que retransmitiu sua sonora. À repórter babe argentina, o cantor falou sobre como gravou o incrível “Hi How Are You”, seu disco clássico de 1983.

* Entre as formas de promoção dos concertos na Argentina, a galera da produtora IndieFolks, que levou Johnston a Buenos Aires, filmou a sessão de autógrafos do músico americano na cidade. Chega a ser emocionante. Dá uma olhada.

* A primeira noite de Daniel Johnston em Buenos Aires teve, no palco, o quadrinista argentino Liniers, que desenhou o herói indie enquanto ele cantava. Johnston aprovou.

* JOHNSTON EM SÃO PAULO – Amanhã é aqui em São Paulo, no Beco 203, rua Augusta, pela 20ª edição do Popload Gig. Ingressos à venda na Ticket Jam e nas bilheterias do Beco. O show de amanhã começa pontualmente às 21h30.

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O incrível The XX e o “The Great Gatsby”
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Lúcio Ribeiro

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Apareceu mais uma faixa que compõe a chamativa trilha sonora de “The Great Gatsby”, filme que estreia mês que vem nos Estados Unidos (Brasil em junho), baseado no famoso romance de F. Scott Fitzgerald, lançado nos anos 20.

O longa é dirigido por Baz Luhrmann e tem no elenco nomes como Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan e Tobey Maguire. “The Great Gatsby” abre oficialmente o festival de Cannes daqui uns dias.

A trilha sonora ficou sob a batuta do rapper Jay-Z. Ele conseguiu reunir Jack White, Lana Del Rey, Gotye, Bryan Ferry e o cultuado trio inglês The XX, que liberou online sua contribuição para o filme, a faixa “Together”, que pode ser conferida abaixo.

* A trilha sonora de “The Great Gatsby”
1. Bang Bang – will.i.am (0:01)
2. A Little Party Never Killed Nobody (All We Got) – Fergie, Q Tip & GoonRock (0:31)
3. Young And Beautiful – Lana Del Rey (1:01)
4. Love Is The Drug – Bryan Ferry with The Bryan Ferry Orchestra (1:32)
5. Over The Love – Florence & The Machine (2:03)
6. Where The Wind Blows – Coco O. of Quadron (2:33)
7. Crazy in Love – Emeli Sandé and The Bryan Ferry Orchestra (3:04)
8. Together – The xx (3:34)
9. Hearts A Mess – Gotye (4:06)
10. Love Is Blindness – Jack White (4:35)
11. Into the Past – Nero (5:06)
12. Kill and Run – Sia (5:36)


O “sweetheart” Daniel Johnston, ontem em Buenos Aires (Amanhã é em São Paulo)
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Lúcio Ribeiro

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* Atração histórica do Popload Gig amanhã em São Paulo, o genioso e genial Daniel Johnston, herói indie de 52 anos, corpinho de 76, alma romântico-atormentada de 21, fez ontem à noite o primeiro de seus dois shows na Argentina (o outro é hoje). Johnston, em rolê na América do Sul desde domingo (Chile), DESTA VEZ VEM, é o que a gente acredita. E vem com camisetas, desenhos e algumas das músicas mais tocantes da história da música underground americana. Estou errado, Kurt?

O show argentino, para variar e pelo conferido nos informes vindos de Buenos Aires, foi mergulhado em emoção. Na “Rolling Stone” local, o Facundo deles escreveu o seguinte: “Lo certero es que el cantautor estadounidense de 52 años hizo lo que viene haciendo desde los 80: música sin filtros que sale directamente de su corazón, sus demonios y dificultades. En ninguna grabación o presentación de Johnston alguna vez se encontró fidelidad o prolijidad y el público que busca ver a un tipo que en más de una ocasión demostró no estar en sus cabales tiene que entender que lo que se vio anoche es una imagen fiel de su figura”.

Veja o vídeo de Johnston cantando no clube Niceto, em BsAs, a linda “Sweetheart”, de seu disco-cassete de 1989.


Amanhã é aqui em São Paulo, no Beco 203, rua Augusta, pela 20ª edição do Popload Gig. Ingressos à venda na Ticket Jam e nas bilheterias do Beco. O show de amanhã começa pontualmente às 21h30.

Abaixo, foto do Johnston na Argentina encontrada no Twitter de Antonella Malachite (@antomalachite)

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Phoenix sob o olhar cool do Dirty Projectors
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Lúcio Ribeiro

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Duas das bandas mais interessantes da música feita e consumida hoje, Dirty Projectors e Phoenix se misturaram em forma de remix. Banda queridinha do Caetano Veloso, dona de um dos melhores shows da história recente do Cine Joia, a turma do Brooklyn fez uma versão de “Entertainment”, o hit mais recente dos franceses do Phoenix.

Com uma turnê dos sonhos a cumprir em breve ao lado do National, o grupo liderado pelo David Longstreth “quebrou” e bateu palminha em cima do som da turma de Versailles, a nova grande banda do pedaço, que saiu huge do Coachella, onde foram headliners.

“Entertainment” está no recém lançado quinto disco do Phoenix, “Bankrupt!”. O Dirty Projectors também soltou álbum bom não tem muito tempo, o “Swing Lo Magellan”.


Vídeo do ano? Thee Oh Sees, “Toe Cutter – Thumb Buster”
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Lúcio Ribeiro

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* Ou “música do ano?”, ou “nome de música do ano?”. Como quiser.

* Se tem uma banda muito absurda no rock, essa é a californiana Thee Oh Sees, de San Francisco, que já teve 200 formações, 200 nomes e é liderada pelo doido John Dwyer, um dos caras mais importantes do underground americano. Uma espécie de Josh Homme que não aparece e não tem muitos amigos famosos, mal comparando. É um cara típico do rock alternativo college indie underground dos EUA DOS ANOS 80, mas posicionado de 2006 para cá. Eles tocam praticamente todo ano no SXSW, em Austin, e é tipo impossível não sair devastado das apresentações.

Aí tem horas que você esquece o Thee Oh Sees. Daí tem horas que você é lembrado do Thee Oh Sees, tipo por esse vídeo violento dessa música violenta.

“Toe Cutter – Thumb Buster” está no disco novo, “Floating Coffin”, faz um tempinho na internet, outro produto de John Dwyer que tem nome que dá a medida de onde vem e para onde vai o Thee Oh Sees.

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