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* Olha só. Estivemos neste ano no Pitchfork Festival de Chicago, um dos eventos indies mais importantes do calendário mundial, tipo o Popload Festcóf-cóf. Então, para completar o ciclo, vamos estar no de Paris também. O Pitchfork Paris começa tipo agora e acaba sábado, atravessando para o domingo. Convidamos a Talita Alves, poploader que vai estar na região, para escrever e mostrar o que acontecerá quando nomes como Disclosure, Blood Orange, The Knife, Sky Ferreira e o estupendo Majical Cloudz se apresentarem. Pitchfork Festival com sotaque francês é muito chic! Esse line-up indie-indie então… A Talita conta o que mais vai ter e inaugura a correspondência poploadica.

Conheci Paris em 2010 e não foi amor à primeira vista. Era verão e a cidade estava meio intransitável por conta do número de casais em lua de mel. Eu fui sozinha e vários desses casais me paravam pedindo para tirar foto. Fiz alguns books sem cobrar nada. Paris é toda blasé durante o dia, parece uma estudante virgem carregando livros no metrô. Quando o sol se esconde, ela se transforma e vira uma dançarina de cabaret em fúria. Lembrar disso me fez considerar visitar a cidade novamente, eu só precisava de um bom motivo. O Pitchfork Festival fora de Chicago me pareceu um belo pretexto.

Sobre o festival, você já sabe, eles são a meca da música na internet. Sobre o festival em Chicago, idem, você ficou sabendo tudo sobre a edição deste ano por aqui, na Popload. Agora, e a versão parisiense do Pitchfork? Paris, eu ainda não te amo e espero que você não me deixe pra baixo.

Nesses 3 dias, alguns nomes que estiveram em Chicago foram escalados para o lineup francês: Savages, Yo La Tengo, Blood Orange e Sky Ferreira. Do lineup americano, dois nomes poderiam vir para cá que ninguém ia reclamar: Björk e Belle and Sebastian. Para compensar a falta de ambos, o mounsier Ryan Schreiber (mentor do P4K) incluiu outras apresentações incríveis. Só pra mencionar alguns nomes: The Knife, Hot Chip, Warpaint, Jagwar Ma, Panda Bear, Darkside e Disclosure (!)

Nos próximos dias, mais Popload em Paris.

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Continuam as homenagens justíssimas ao grande Lou Reed, que nos deixou no último domingo. Mas seu legado, claro, está aí. Intacto. Outra banda que prestou seu tributo ao ex-Velvet Underground foi o Killers.

No domingo mesmo, acabou que a banda do Brandon Flowers fazia show em sua cidade natal, Las Vegas, no Life Is Beautiful Festival. Em certo momento do show, o vocalista do Killers mandou a clássica “Pale Blue Eyes”, faixa que faz parte até do disco de estreia da Marisa Monte.

Lou Reed curtiu.

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* Assunto do dia, o novo vídeo do astro David Bowie, lançado ontem no Mercury Prize, teria custado 8 libras, algo perto de R$ 30. Que foi o quanto ele pagou pelo pendrive para mandar o vídeo para a produção da premiação inglesa. Galera já dizendo que esse deve ter sido o vídeo de artista famoso mais barato da história.

Pois daí vem a banda gaúcha Os The Darma Lovers com um vídeo que custou R$ 0,50 para ser produzido, o preço da caixa de fósforo usada para tirar o palito gasto para produzir a luz que serviu de efeitos no vídeo de “O Dom das Estrelas”. E ainda sobrou outros 39 palitos. “O Dom das Estrelas”, o vídeo, tem assinatura dos produtores Zico Farina e Raul Krebs, ex-Raul Rocha, do grupo Irmãos Rocha!, talvez o segundo maior grupo indie brasileiro que já existiu. Pelo menos o maior do Rio Grande da história.

Os The Darma Lovers, banda de um casal budista bem famosa nos Pampas e até aqui na cena paulistana, voltou de um hiato tibetano agora em 2013 e recém-lançou o álbum “Espaço”, disponível no iTunes. “O Dom das Estrelas” é o segundo single do disco (o primeiro é o mantra “Toda Verdade”).

Confira o vídeo baratinho de “O Dom das Estrelas”. Querido Bowie, o indie brasileiro faz coisas com uma grana que você não acreditaria.

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O adorado Queens of the Stone Age apareceu todo bem vestido no programa do Conan O’Brien na noite de ontem para mandar a dark “The Vampyre of Time and Memory”, faixa do mais recente disco da banda, “…Like Clockwork”, esforço sonoro que quebrou um hiato de seis anos sem material novo da banda do faz-mil-coisas Josh Homme.

O QOTSA, uma das atrações principais de diversos festivais pelo mundo neste ano, começa turnê na Europe no domingo, em Milão. Mas acho que o visual terno e gravata vampirescos é só para ocasiões especiais, tipo ontem.

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Mundo indie chocado. Haha. Rolou ontem na Inglaterra o sempre esperado Mercury Prize, premiação anual que indica o melhor disco do ano feito por artistas britânicos, muito bem quista e de grande importância para o mercado.

Foram indicados 12 discos, sendo David Bowie, Arctic Monkeys e Jake Bugg os grandes favoritos inclusive nas casas de apostas. Mas foi um certo garoto prodígio que põe muito sentimento em seu pós-dubstep delicado, mesclado com alguns elementos de hip hop pontuais que roubou a cena na premiação: James Blake, ele, pintou como azarão e levou o conceituado prêmio com seu “Overgrown”.

A vitória de Blake foi tão inesperada que, entre os 12 indicados, ele era apenas o 9º na lista das casas de apostas, que eram de 25 para 1. Além do prêmio, ele embolsou 20 mil libras. No discurso, agradeceu aos seus pais por terem mostrado a ele a “importância de ser independente”.

A maioria dos indicados fez performance ao vivo no evento, à exceção de Laura Marling e David Bowie, que enviaram vídeos. Blake, o grande vencedor, tocou a ótima “Retrograde”.

* Concorriam ao Mercury Prize…
Arctic Monkeys, AM
David Bowie, The Next Day
Disclosure, Settle
Foals, Holy Fire
Jake Bugg, Jake Bugg
James Blake, Overgrown
Jon Hopkins, Immunity
Laura Marling, Once I Was an Eagle
Laura Mvula, Sing to the Moon
Rudimental, Home
Savages, Silence Yourself
Villagers, Awayland

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* Mister David Bowie, amigo das antigas de Lou Reed, lançou ontem à noite um vídeo para a música “Love Is Lost”, que teria custado 8 libras, 10 euros, menos de R$ 30. A novidade apareceu divulgada ontem em Londres na cerimônia do Mercury Prize, vencido pelo músico indie-minimalista delicado James Blake, para surpresa de todos. O disco de Bowie estava indicado, mas Blake superou ele, Arctic Monkeys e Jake Bugg, os favoritos ao prêmio.

Os participantes quase todos tocaram ao vivo no Mercury, mas Bowie apenas enviou esse vídeo até ontem à noite inédito. A “Love Is Lost” do vídeo é a versão remixada pelo gênio James Murphy, que a transformou em disco music fina. Com toques sutis de “Ashes to Ashes”, clássica das clássicas.

Pelo preço da produção, esse seria, diz-se, o vídeo mais barato do mundo. Bowie pegou uma câmera que tem em casa, pegou dois bonecos que tinha guardado na garagem de sua casa e filmou com a ajuda de um amigo. Parece que essa quantia de produção do vídeo, as 8 libras, foi quanto Bowie gastou no pendrive para colocar o vídeo e mandar para o Mercury.

Essa versão remixada de “Love Is Lost”, de James Murphy, faz parte do disco “The Next Day Extra”, que será lançado no dia 5, semana que vem. Esta edição especial terá três discos: um com as 14 canções originais do álbum lançado no começo do ano, outro com dez faixas extra, das quais cinco são inéditas e o resto remixes, e um DVD com os vídeos de “Where Are We Now?”, “The Stars (Are Out Tonight)”, “The Next Day” e “Valentine’s Day”.

Veja o vídeo Bowie/Murphy de 30 reais.

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* A ótima dupla de DJs electroindiepop formada pelos irmãos do Soulwax, David e Stephen Dewaele, o 2MANYDJS, tocou ontem na festança fashionista armada pela famosa grife Chanel no Ibirapuera, em São Paulo. Falamos já sobre isso e sobre a apresentação da M.I.A. em post abaixo.

A dupla estava inspiradíssima em soltar as pérolas pop superbem mixadas e mexidas, como uma apropriação das músicas todas. Tipo: músicas do 2Manydjs. Tocaram Azealia Banks e Charlatans como se tudo fizesse sentido. Mexeram no Disclosure e ficou ótimo. Mandaram “Roots Bloody Roots” do Sepultura para as modelos dançarem. E, sim, tocaram Lou Reed. Em dois momentos. No primeiro para “Walk on the Wild Side”. Depois, “Vicious”. Tudo em versão dance-delícia. Canções de Lou Reed ecoaaaaaando pela Oca.

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O ano de 2013 vai terminando muito bem para a especial banda nova-iorquina Grizzly Bear, que entre outras coisas foi atração do Coachella, curadora de festival em Londres, banda top do Primavera Sound espanhol e atração Popload Gig em show histórico. É pouco ou quer mais?

Todos os olhares atentos em cima do grupo norte-americano vieram com “Shields”, discaço lançado ano passado e que é tão bom que vai ganhar uma edição especial intitulada “Shields Expanded”.

Como o próprio nome sugere, vem aí dia 12 de novembro uma versão encorpada do álbum com bonus track, versões demo, remixes e o escambau. Entre as músicas inéditas está a climática “Listen and Wait”, liberada na íntegra pelo grupo. Vem coisa boa por aí.

* “Shields Expanded”, o tracklist
Disco 1
01. Sleeping Ute
02. Speak In Rounds
03. Adelma
04. Yet Again
05. The Hunt
06. A Simple Answer
07. What’s Wrong
08. gun-shy
09. Half Gate
10. Sun In Your Eyes

Disco 2
01. Smothering Green (Bonus Track)
02. Taken Down (Marfa Demo)
03. Listen and Wait (Bonus Track)
04. Everyone I Know (Marfa Demo)
05. Will Calls (Marfa Demo)
06. Sleeping Ute (Nicolas Jaar Remix)
07. A Simple Answer (Liars Remix)
08. Gun-Shy (Lindstrom Remix)

“Shields B-Sides”
Vinil
A1. Smothering Green (Bonus Track)
A2. Taken Down (Marfa Demo)
B1. Listen and Wait (Bonus Track)
B2. Everyone I Know (Marfa demo)
B3. Will Calls (Marfa demo)

Digital Download Card
01. Sleeping Ute (Nicolas Jaar Remix)
02. A Simple Answer (Liars Remix)
03. Gun-Shy (Lindstrom Remix)

Digital
01. Smothering Green (Bonus Track)
02. Taken Down (Marfa Demo)
03. Listen and Wait (Bonus Track)
04. Everyone I Know (Marfa Demo)
05. Will Calls (Marfa Demo)
06. Sleeping Ute (Nicolas Jaar Remix)
07. A Simple Answer (Liars Remix)
08. Gun-Shy (Lindstrom Remix)

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* Balada fashionista master mexeu com São Paulo ontem à noite no local de exposições da Oca, no Ibirapuera, bancada pela Chanel, com presença do famoso foto-estilista Karl Lagerfeld e seus 100 seguranças franceses, em plena semana da SP Fashion Week. Que agito! A atriz Uma Thurman, de “Kill Bill”, veio ao Brasil por conta da balada mas acabou dando cano na festa e se mandando de volta aos EUA porque:
1) não conseguiram achar um sapato no número dela em São Paulo OU
2) estava birrenta porque fizeram ela voar de American. E ela odeia OU
3) não gostou do caminhão de sutians brasileiros que levaram para ela
escolha seu bafo preferido!

Thurman não estava, mas a cantora revolucionária electroindie-world music-hip hop M.I.A., vencedora de Oscar, estava. E cantou. O sempre espetacular duo belga 2MANYDJS estava. E tocou. Então foi tudo certo.

Show de M.I.A. foi rapidinho e com uma DJ bem boa. E uma dançarina ajudando a agitar o palco. Tocou uma música nova só, se não me engano. O resto foi só-sucesso. O persona Karl Lagerfeld, que tinha exposição fashion histórica na parte de cima da Oca, “The Little Black Jacket”, viu o show de M.I.A. sem mover o músculo. M.I.A. à direita e Lagerfeld, bem à esquerda, podem ser vistos na foto que abre este post. Os irmãos Dewaele estão na imagem acima.

Abaixo, M.I.A. em ação, ou Maya In Action, na festança da moda em São Paulo.

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O ótimo duo Chromeo, combinação musical e cool metade Nova York metade Montreal, vai lançar em 2014 seu novo esforço sonoro. “White Woman” ainda não tem data certa para sair, mas já desponta como um dos lançamentos mais esperados do ano que vem.

A dupla P-Thugg e Dave 1 foi a grande atração na noite de ontem no programa do Jimmy Fallon, o heroi indie da TV americana. Lá eles tocaram o delicioso novo single “Sexy Socialite”.

O simples fato do Chromeo mostrar coisa nova já vale a nota. Mas o duo recebeu outra dupla para mandar o som ao vivo. Trata-se de ninguém menos que o duo noise-rock-electro Death From Above 1979. E um belo time de meninas como vocais de suporte para completar.

Classe!

* Esse “White Woman”, novo álbum do Chromeo, tem participações confirmadas do Toro Y Moi, Ezra Koenig (Vampire Weekend) e da nossa Solange, atração Popload Gig dia 21/11, no Cine Joia.