Blog POPLOAD

Arquivo : outubro 2013

James Blake bota a mão no Drake
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

29013_jamesdrake

O adorado cantor, pianista e produtor James Blake não para. Ele, que lançou neste ano o ótimo “Overgrown”, dono desse som pós-dubstep misturado com eletronices cheia de sensibilidade e com um pé no hip hop, resolveu botar toda sua magia e talento em cima de “Come Thru”, faixa de “Nothing Was the Same”, o álbum do rapper canadense Drake.

Blake e Drake vira e mexe estão se esbarrando. Mês passado, o rapper convidou o músico inglês para uma espécie de meet up em estúdio, mas até agora não saiu nada dali de forma oficial.

Tem também a famosa mixtape de uns dois anos atrás ou mais, quando nenhum deles estavam estouradaços na cena, com músicas misturadas de seus discos, sob o singelo e engraçado nome “James Drake”.

A “Come Thru” retrabalhada pelo Blake com eletronices pontuais e falsetes ficou mais ou menos assim.

>>


Oh s***! O Tears for Fears pagando de indie outra vez
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

291013_tearsforfears

Não faz muito tempo, o icônico duo new wave Tears For Fears reapareceu com uma grata surpresa, fazendo a cover de “Ready to Start”, do grupo canadense Arcade Fire.

E não é que a dupla Curt Smith e Roland Orzabal aprontou mais uma? Eles, que lançaram seu último disco em 2004 e devem soltar outro de inéditas no ano que vem, divulgaram agora sua própria versão de “And I Was A Boy From School”, grande hit indie do sempre animado Hot Chip. Sério.

Roland chegou a dizer que as duas covers meio que marcam o processo de início das gravações desse novo álbum de inéditas. Atualmente está na praça a reedição de 30 anos do lançamento de “The Hurting”, aclamado disco de estreia do duo.

>>


Maaaaais tributo a Lou Reed. Arcade Fire e Twin Shadow evocam “Perfect Day”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Enquanto eu não tomo coragem de fazer uma versão minha para “Here She Comes Right Now”, acho que minha canção favorita que envolve Lou Reed em letra e vocal, outros tributos ao músico americano vão surgindo sem parar, de várias cenas diferentes.

Screen Shot 2013-10-29 at 9.04.47 AM

Vamos tomar como exemplos a maravilhosa “Perfect Day”, canção composta por Lou Reed em 1972 e que entrou no seminal “Transformer”, seu segundo disco depois da saída do Velvet Underground. Essa música já ganhou cover de David Bowie, Bono, Duran Duran, Suede, Elton John, apareceu no famoso filme “Trainspotting” e, agora, sem Lou Reed para ver, ganham vida nas interpretações de Arcade Fire e Twin Shadow.

* A do Arcade Fire, por enquanto, precisa ser ouvida aqui no meio da performance de uma hora que a banda fez ontem à noite, ao vivo, para a NPR americana, o conglomerado de rádios indies. O material quase total é do disco novo, “Reflektor”, que sai hoje oficialmente nos EUA. A “Perfect Day” do Arcade Fire é curtinha, uma menção. Está no minuto 17, mais ou menos, e foi “acoplada” à Supersymmetry”, música do álbum novo do AF. Veja como ficou.

* A do Twin Shadow tem vídeo estiloso e é diferentona, climática. Mas a letra “Just a perfect day / drink Sangria in the park/ And then later/ when it gets dark, we go home” está lá, linda.

>>


Jake Bugg está no Lolla BR 2014. NIN, Muse e Pixies também
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* There we go, Bugg!

Screen Shot 2013-10-29 at 8.31.01 AM

* Mais alguns nomes são jogados como certos para a edição 2014 do Lollapalooza Brasil, vaporizados desde o Chile. Juntam se aos já “confirmados” Soundgarden e Arcade Fire, falados aqui ontem. E tudo já mastigado por nós nos últimos meses, mas agora com cara de “lista final”: Nine Inch Nails, Muse, Pixies e o menino-prodígio inglies Jake Bugg.

O Lollapalooza, você sabe, não que a gente goste vai ser realizado no Autódromo de Interlagos, em dois dias do começo de abril do ano que vem. A organização incentiva a ir de trem. Don’t sleep til Brooklyn.

>>


Arctic Monkeys dando volta no lado selvagem – banda faz tributo a Lou Reed
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Doo do doo do doo do do do doo.

Screen Shot 2013-10-29 at 8.12.03 AM

* A morte de Lou Reed no último domingo segue emocionando o rock, não importa quão longe na idade está o ex-músico do Velvet Underground de quem se presta a fazer tocantes tributos a ele. Ontem à noite, durante show da banda Artic Monkeys em Liverpool, o guitarrista e vocalista Alex Turner puxou uma linda versão, ali ao vivo, quando a banda voltou para o bis, para “Walk on the Wild Side”, uma da mais marcantes músicas do imediatamente já bastante saudoso Lou Reed. O guitarrista Bill Ryder-Jones, ex-The Coral, brother do Alex, estava no palco ajudando na homenagem. Olha só que “momentum”.

>>


Popload Festival – Pardon my french: XX faz o show do ano em SP
Comentários 2

Lúcio Ribeiro

>>

* É complicado falar, o festival é da nossa seara, e tudo mais. Mas que lindo foi o Popload Festival 2013, sábado passado, no HSBC Brasil, thankyouverymuch. Falo do ponto de vista do realizador frio e calculista (50%) e falo da porção “frequentador de festivais” que eu carrego (50%). Do emocionante Silva ao DJ set divino de Joe Godard, do Hot Chip, foi tudo muito bom. Achei que o Aldo fez a pior apresentação da noite: fica só com a nota 9.6. De 10. Também, eles não puderam tocar com a banda toda lá. Senão aumentaria a nota.
Silva abrindo e a atração master The XX foram divinos, cada um no seu retângulo (o primeiro tocou no improvisado e bacana palco Campari, o segundo no principal, o palcão, chamado Desperados). O Yuck, pelo que eu pude ver, me surpreendeu. Estava com medo do novo show deles, sem o vocalista principal. Não senti muito a falta dele, não.

Tava calorzão em alguns pontos dos vários pontos do HSBC Brasil. Mas era muita gente com muita vibe boa produzindo energia. Não tinha ar-condicionado que segurasse aquela onda toda.

O XX chegou perto do sublime, dentro do que a banda pode fazer com o tipo de som que propõe, com a destreza artística complicada de três moleques tímidos diante de quase 3800 pessoas, entre pagantes e convidados. Cantando tudo. Dando gritinhos de fãs loucas para o Jamie XX, o exímio maestro do som electroindie silencioso do XX, que se pans prefere conversar com seu skate dentro do seu quarto do que com pessoas. Pessoas chegaram a dormir na porta do HSBC Brasil para ver o XX. De manhã, quando a equipe nossa e gringa chegou para montar tudo na casa, tinha uma fila formada de gente esperando abrir o portão para correr para a grade. Não combina com o XX, haha. Bizarro.

Achei o show de SP melhor do que o do Rio. Tecnicamente, pelo envolvimento público-banda, a luz hipnótica ocupou melhor os espaços escuros aqui que lá, um converseiro paralelo menor aqui do que lá. Isso faz diferença num concerto do XX.
E, musicalmente, olha que eu nem sou tão fã das “versões mudadas” de hits do primeiro disco, tipo “Crystalised”. Mas no sábado tudo funcionou bem. Porque as músicas, várias delas, são matadoras, diferentes, especiais.

O Popload Festival representou o último show do XX nesta longa turnê de um ano e meio do álbum “Coexist”, o segundo disco, lançado em setembro do ano passado. Mas as apresentações com algumas músicas novas já aconteciam desde maio/junho. No Instagram, o grupo agradeceu o público paulistano.

Sempre falei aqui que achava que o XX seria “O” show de 2014 no Brasil. No MEU (meuzinho, meu próprio, falo isso da minha cabeça apenas), eu não estava errado. Se deu mal, Tame Impala (cóf cóf).

Vou encher aqui de fotos da noite de sábado que marcou um ponto especial na história deste blog. Que nasceu coluna. Cuja coluna veio das páginas da Folha de S.Paulo, onde comecei a escrever sobre música em 1996 (acho). E hoje se mete a fazer shows. E de vez em quando acerta no evento. No sábado passado, acertei. Acertamos.

As imagens são do bamba da máquina Fabrício Vianna, fotógrafo oficial da Popload. Os vídeos, da galera linda que foi.

Sem mais, agradeço cordialmente.

Oi, Oliver

O Yuck no palco do HSBC Brasil, primeira atração gringa a tocar no Popload Festival

O incrível Silva, abrindo o palco 2 e o festival todo

A galera sob a luz frenesi do artista multimídia Muti Randolph, outra das atrações do Popload Festival

Romy xx, tipo sentindo a música

A luz do XX cortando o calor do HSBC Brasil

O XX fez no Popload Festival seu último show desta turnê

Papito…

Galera hanging no lounge

A clássica imagem de um show do XX

Aldo quebrando tudo no palco secundário. Melhor disco brasileiro do ano é deles?

Joe Hot Chip e seu set delícia encerrando numa nice, no maior astral o Popload Festival deste ano

** Amanhã tem mais fotos e vídeos 🙂

>>


Após 5 anos, Tom Waits volta aos palcos para um “show completo”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Um dos seres mais raros da música em sua história, o veterano e mais que cultuado Tom Waits, também ator e dono de uma das vozes mais distintas do rock (ou de um certo jazz roqueiro, ou de um blues bêbado, faça sua escolha), fez seu primeiro show em cinco anos na noite de ontem em Mountain View, na Califórnia, como parte do evento beneficente The Bridge School, que a Popload está destacando hoje. A ação anual é promovida por outro grande, Neil Young, e recebe sempre atrações mais do que especiais.

Waits, que subiu em um palco para fazer um “show cheio” pela última vez em agosto de 2008 em Dublin, fez participação especial em uma apresentação dos Rolling Stones em Oakland no final do ano passado. Ontem, tocou 10 músicas e não deixou de fora clássicas como “Cemetery Polka”, “Raised Right Men” e “Chicago”.

Um fã filmou toda a apresentação, que pode ser conferida faixa a faixa aqui.

* Tom Waits, setlist
‘Raised Right Men’
‘Singapore’
‘Talking at the Same Time’
‘Chicago’
‘Lucky Day’
‘Tom Traubert’s Blues’
‘Lucinda’
‘Last Leaf’
‘Cemetery Polka’
‘Come On Up to the House’


O novo rock remixado. Estrelando Jagwar Ma e HAIM
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

O mundo pop ainda está bem triste com a passagem do gênio Lou Reed, mas o show deve continuar. Duas das bandas novas preferidas da Popload, respiros bem importantes do rock atual, estão ampliando seus horizontes e dando o que falar.

O duo australiano Jagwar Ma, que lançou o ótimo “The Throw” logo no início deste ano, em janeiro, vai relançar a obra toda remixada. “Come Save Me Remixes” sai amanhã e tem a faixa título, um dos pequenos grandes hinos do duo, retrabalhado pelo DJ e produtor Matthew Dear.

* Outro grupo que vive em nossos corações, o das babes irmãs gatas HAIM, também ganhou uma nova faixa remixada para “The Wire”, um dos principais singles do ano. O trabalho ficou por conta do DJ Farhot.

>>


O novo Disclosure e o ranger dos seus dentes
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* O duo dance britânico Disclosure, dono de um dos discos do ano, acusado de ressuscitar a música eletrônica e autor do álbum de estreia chamado pelo Stereogum de “one of the most remarkable pop-minded dance records in recent memory”, soltou uma música nova hoje. E, em meio a morte do Lou Reed e repercussão mundial do primeiro Popload Festival (hehe), o Disclosure até que foi bastante falado em blogs… indies.

A música é rave total, eletrônico ortodoxo, um gritinho feminino em eco, sem “cantores convidados” interpretando letras com refrão. É tipo um sonho doido on acid. Como disse uma amiga, ouvir no computador é OK para ouvir. Ao vivo isso deve ser de ranger os dentes.

O Disclosure, banda dos novinhos irmãos Lawrence, toca nesta próxima sexta em Paris, no Pitchfork Festival francês. Vamos acompanhar.

Ah, a música nova chama “Apollo”. Não se sabe se será um novo single, ou se estará no próximo álbum. A música não pertence ao disco de estreia deles, “Settle”, lançado não faz quatro meses. Sabemos apenas que “Apollo” é muito boa. Enough, por enquanto.

>>


Do sonho ao palco: Win Butler estreia nova do Arcade Fire com Neil Young
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Sai amanhã, de forma oficial, o novo disco do Arcade Fire. “Reflektor”, que está em nossas mãos desde a semana passada, ganhou nota 9.2 da bíblia indie Pitchfork, bom informar.

No gás do lançamento, o grupo canadense tem feito shows pequenos para testar as novas músicas e se preparar para a turnê mundial que eles farão ano que vem, começando no tradicional festival Big Day Out, na Austrália e Nova Zelândia, no fim de janeiro.

Um destes shows “pequenos” que a banda tem feito aconteceu no último sábado. Em evento beneficente e conhecido para a “The Bridge School”, com curadoria de Neil Young, o Arcade Fire tocou seis canções, entre elas as novas faixas “Reflektor”, “Normal Person” e “Awful Sound (Oh Eurydice)”, em roupagem semi-acústica. Teve também a inédita “I Dreamed A Neil Young Song”, com o Neil Young, claro.

O som surgiu a partir de um sonho de Win Butler. “Estávamos tocando a música em uma passagem de som. Eu acordei e lembrei de tudo. Estava meio sonolento e comecei a tocar, escrever a letra e quando fui ouvir era basicamente uma música do Neil Young”, explicou o líder da trupe.

A apresentação de pouco mais de meia hora rolou em Mountain View, Califórnia, e pode ser conferida abaixo.

Arcade Fire, setlist
01 The Suburbs
02 Reflektor
03 Awful Sound (Oh Eurydice)
04 Normal Person
05 I Dreamed A Neil Young Song – with Neil Young
06 Wake Up

* Também participaram do evento nomes como Elvis Costello, Queens of the Stone Age, My Morning Jacket e Crosby, Stills, Nash & Young se reunindo.

>>