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Arquivo : abril 2014

Arcade Fire, enquanto maior banda do mundo, emociona e encerra o Lolla
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Lúcio Ribeiro

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O Arcade Fire fechou com chave de ouro a terceira edição do Lollapalooza Brasil, no Autódromo de Interlagos. A trupe canadense fez jus à expectativa e ao rótulo dado por muitos como melhor banda em atividade no mundo hoje. Se é a melhor ou não, o Arcade Fire mostra que cresce em proporções absurdas e amadurece ainda mais a cada disco lançado. E, claro, emociona.

O show de quase uma hora e quarenta teve todas as chinfras usuais da atual turnê. Cabeças gigantes, banda fake, efeitos refletivos, roupas coloridas, clima carnavalesco, chuva de papel picado e tudo mais. E teve também banda e público em uma sinergia fora do comum.

O carnaval brasileiro foi uma das inspirações temáticas do mais recente álbum deles, “Reflektor”. O filme “Orfeu Negro”, lançado no fim dos anos 50, foi utilizado em algumas ações promocionais no lançamento do disco e esteve representado no show de hoje com a Régine cantando “O Morro Não Tem Vez”, de Tom Jobim.

Na volta do bis, introdução com “9 Out Of 10” (Caetano Veloso) com a banda fake The Reflektors emendando a apoteótica “Here Comes The Night Time”. No fim, o cenário épico armado para a clássica “Wake Up”, que provocou a maior catarse coletiva do festival. Ainda sobrou tempo para Win Butler pegar o violão e repetir os “ôoo ôooooo” com a galera a capella.

Resumo da ópera: o Arcade Fire está cada vez mais monstruoso ao vivo.

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* SETLIST
Reflektor
Flashbulb Eyes
Neighborhood #3 (Power Out)
Rebellion (Lies)
The Suburbs
The Suburbs (Continued)
Ready to Start
Neighborhood #1 (Tunnels)
No Cars Go
Haïti
Neighborhood #2 (Laika)
Afterlife (intro com ‘My Body Is a Cage’ a capella + New Order, ‘Temptation’)
It’s Never Over (Oh Orpheus) – (intro com “O Morro Não Tem Vez”, de Tom Jobim)
Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
Normal Person (intro com ‘Aquarela do Brasil’)
Here Comes the Night Time (intro com “Nine Out Of Ten”, de Caetano Veloso)
Wake Up

* Fotos
Caio Duran / AgNews
Divulgação


Vampire Weekend segura o público do Lolla com seu batuque indie
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Lúcio Ribeiro

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O grupo nova-iorquino Vampire Weekend fez show agitado para um bom público no fim da tarde de hoje no Lollapalooza. Na bagagem, uma mescla boa de seus três primeiros discos, mas com destaque substancial para o disco mais recente deles, o bombado “Modern Vampires of the City”.

Ezra Koenig completa 30 anos terça agora e, simpático, seguiu à risca a tabelinha de “bom comportamento” de vocalistas gringos que chegam aqui tentando falar em português, tipo Bono e McCartney. Mandou até um “tamo junto”, depois de elogiar a cidade de São Paulo.

O Vampire Weekend mostrou sua mistura maluca de afroindie com electro-batuque e segurou bem a galera com um set puxado por hits como “A-Punk” e “Diane Young”.

Com dois álbuns e certo nome na cena independente, o Vampire Weekend foi outra das muitas bandas de tempos recentes que chamaram a atenção para a prolífica Nova York sonora.

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* SETLIST
Diane Young
White Sky
Cape Cod Kwassa Kwassa
Unbelievers
Holiday
Step
Everlasting Arms
Cousins
California English
A-Punk
Ya HeY
Campus
Oxford Comma
Giving Up the Gun
Hannah Hunt
Walcott

* Foto: Avener Prado / Folha Press

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Pode chorar, Brasil. Marr recebe Rourke e meio Smiths toca no Lollapalooza
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Lúcio Ribeiro

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O início da tarde de domingo de forte calor em São Paulo reservou um dos momentos mais marcantes do Lollapalooza desde sua estreia no Brasil há dois anos.

O virtuoso guitarrista britânico Johnny Marr fez um grande show baseado em sua turnê solo, do disco “The Messenger”, mas dedicou parte relevante do show para tocar clássicos de sua antiga banda The Smiths.

Faixas como “Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before” e “There’s A Light That Never Goes Out” levantaram o público. Mas o momento de maior emoção foi quando Marr convidou no palco seu ex-companheiro de banda, o baixista Andy Rourke, para reeditar um dos maiores hits dos Smiths, “How Soon Is Now?”.

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* Foto: Reprodução TV


Lolla, dia 1 – as fotos da galera
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Lúcio Ribeiro

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A Popload está de olho na galera que faz o verdadeiro show do Lollapalooza Brasil: o público.

Através das lentes espertas e incríveis do I Hate Flash, podemos ver a turma se virando com esse calor infernal e curtindo a vibe positiva do novo Lolla.

Abaixo algumas fotos do público que circulou por Interlagos ontem, quando o Lolla recebeu cerca de 70 mil pessoas. Outros cliques podem ser conferidos no site do I Hate Flash.

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Lolla, dia 1 – Lorde, NIN e Disclosure ganham a corrida de fórmula indie
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Lúcio Ribeiro

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A gente reclama, reclama, mas chega o dia do festival e estamos aqui já contando os dias para o próximo. O primeiro dia do Lolla teve mais acertos que erros, mesmo que alguns desses erros pesem um pouco na balança. Com um line-up encabeçado por NIN e Muse, com Lorde e Disclosure no pacote, a maioria (tipo 90%, numa estatística de cabeça tipo IPEA haha) do público era de adolescentes. Esses levaram muita vantagem em relação aos mais velhos aqui, podendo percorrer a distância entre um palco e outro sem ter que fazer umas paradinhas estratégicas para disfarçar o cansaço no meio.

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Em novo espaço, o Lolla versão-Autódromo ficou bonito, ainda mais visto de cima, com os três palcos lotados. Mas, também visto de cima, o tamanho do evento assusta. A distância entre o palco Interlagos e o palco Onix, por exemplo, é uma maratona. Quem esperou a Lorde acabar o show para correr pro NIN talvez tenha atingido a linha de chegada no fim do festival.

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Panorâmica do festival, do alto. O palco “vermelho” era onde o Julian ia tocar. À direita da foto, galera em massa chegando tipo 16h. Lá no fundao, um mar de gente para o palco onde o Cage the Elephant estava tocando e depois iam entrar Imagine Dragons e NIN

O mesmo aconteceu com quem foi de trem até lá. A opção mais certeira, sem dúvida. Pena que a gente não conseguiu fazer o trajeto estação Autódromo-Lolla nos seis minutos sugeridos no site (aquilo foi pegadinha do Google Maps, certeza). Até tentamos, mas na metade do morro esgotamos uns 20min de caminhada e 2 pit-stops para água. Mesmo assim, pelo menos pra gente, foi bonito ver TODOS os vagões da CPTM lotados de “público de festival”. Meninas ex-Lana atuais-Lorde com flores na cabeça, turminhas com camisetas customizadas do MUSE, várias do Morrisey, do Ramones & do Iron Maiden (não podem faltar), a cantoria nas estações, etc. E a marcha até o festival. Parecia carnaval de Salvador, sem o trio elétrico.

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Do trem para o autódromo

Apesar deste tamanho todo, com espaço de sobra para todos os lados, o Lolla TRAVOU em alguns momentos. Logo após o show da Lorde, no palco Interlagos, ninguém saía, ninguém entrava. A única saída possível afunilava atrás de um bar e ninguém conseguia se mexer. Por sorte, eram fãs teens da Lorde contra fãs da Nação Zumbi chegando, com um intervalo até que considerável. Se fossem públicos de duas bandas grandes, teria sido trágico. Esse trajeto-sufoco durou quase que meia hora. Isso porque a gente nem estava tão longe da “saída”!

Quando voltamos para o show do Disclosure, o bar deste palco já havia sido fechado para dar vazão. Esperamos que funcione hoje, principalmente quando rolar a transição Jake Bugg –> New Order.

Uma dica: os caixas do palco PERRY estavam sempre tranquilos! Vale a pena andar um pouquinho até lá e evitar fila!

* Julian Casablancas: até ontem, eu ainda tinha uma certa dúvida se o Julian tem um péssimo operador de mesa, técnico de som, microfone podre… ou se tudo isso é estilo mesmo. Pode ser que todas as alternativas acima sejam verdadeiras também… E que esse show com um jeito ruim de ser seja o que ele queira. Mas, Julian, o que é isso??? De longe, parecia OK. Chegando mais pra frente, foi dando dor de cabeça. Som embolado, gritaria, desafinadas… Até não dar mais para reconhecer nada. Nem se fosse Last Nite do Strokes, acho. Bizarro.

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* O dia foi da Lorde, que juntou hipsters, indies variados e fãs mirins de “Crepúsculo”, dando um nó na música pop aos olhos brasileiros. Sem banda (banda, banda, quero dizer) de apoio, sem vocal de apoio, sem cenário, sem nada. Ela se garante. E não só em Royals, o hit dos hits, mas em todas elas.
Essa mistura sui-generis de público, um mar de gente, de certa forma revela que essa mesma música pop ainda procura entender o papel de uma garota de 17 anos com apenas um disco de carreira, um prêmio Grammy na bagagem, vendas monstruosas nos EUA sendo ela uma neozelandesa que não tem oito meses era apenas conhecida no underground da música.
Nem ela ainda entende. “Eu me sinto com muita sorte de estar aqui [no Brasil] diante de um público desses. Pessoas da Nova Zelândia não costumam muito viajar para fora do país. E eu aqui. E vocês ouvindo minhas palavras”, disse Lorde perto do fim de seu belo show, deixando escapar um choro rápido.
Show fofo do começo ao fim. Com suas dancinhas, suas caretas, com seus 17 anos com atitude de 30. Melhor show da noite.

* Surpresa do dia que quase ninguém viu: Flume, no palco Perry. O DJ australiano, grande destaque da cena eletrônica de lá e já sendo adorado no “Ocidente”, fez uma apresentação quase que só de suas músicas, mesmo. E não era uma apresentação convencional de DJ. Uma música não estava mixada à outra. Ele desempenhava ela uma a uma, tocando organicamente em várias delas e combinando com um belo sistema de luz de palco e telão. Entre suas músicas próprias, de seu incrível disco homônimo, mandou um remix dubstep incrível de Lorde, para “Tennis Court”. Flume arrasou. Até o “garoto bambolê” deu um show na tenda eletrônica ao som do produtor, DJ e “instrumentalista de música eletrônica” Flume.

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O “bambolê guy” da tenda eletrônica durante apresentação do DJ Flume

* Após a migração em massa pós-Imagine Dragons, o palco que receberia o show do Nine Inch Nails ficou um pouco vazio, dando chance para quase qualquer um chegar na grade – mas, logo antes do show, a área encheu.
NIN trouxe um show básico no aspecto visual, diferente do que leva a festivais em outros cantos do mundo, mas compensou com a parte musical. O setlist de 19 músicas foi um greatest hits com algumas variações (como a relativamente rara Beside You In Time), e poucos riscos (a outro eletrônica extendida da faixa The Great Destroyer). A plateia parecia dividida entre fãs de longa data e curiosos, sem meio-termo – os primeiros cantavam até músicas novas que empolgavam menos, e os outros saíam aos poucos com algumas faixas menos conhecidas ou lentas.

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A banda, agora um quarteto, recriou algumas músicas num formato diferente, às vezes trocando a bateria por uma batida eletrônica enquanto o baterista Ilan Rubin tocava baixo ou guitarra. O resultado foi bom, e trouxe a maior mudança para quem já assistiu a outras turnês do NIN. Trent Reznor manteve-se até mais frio do que o normal, falando no máximo dois “thank you” durante todo o show, e mostrando um pouco de humanidade ao esquecer a letra de Beside You In Time e não conseguir esconder o constrangimento.

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* Muse, chegando após o cancelamento do show extra de quinta, e pouco mais de seis meses depois de sua última vinda ao país, parecia ter algo a provar. A banda justificou sua passagem pelo festival com um setlist inusitado, quase a prova de críticas. Misturaram os singles obrigatórios (Madness, Knights of Cydonia) com faixas antigas que não aparecem em todo show (Bliss, Butterflies & Hurricanes) e raridades que a maioria ali provavelmente nem lembrava o nome (Agitated, Yes Please). Logo nas primeiras músicas, conquistaram a plateia de forma inusitada: um cover de Lithium, do Nirvana, que soou orgânico e puxou um sentimento de nostalgia do público.
Um “problema”: luzes infernais apontadas para os olhos da plateia do palco um, de duas torres de som. Muitos reclamaram, e até colocaram óculos de sol à noite para diminuir o efeito.
Mas único problema real do show estava na voz de Matt Bellamy, prova real de que estava doente recentemente. Não conseguia atingir agudos, e fez um esforço imenso para alterar certas músicas e adaptá-las a um tom diferente. No fim, um show único na carreira da banda, tanto pelo setlist quanto pelos problemas de voz. A gente tem informações de que Matt precisou usar um potente reforço de voz em momentos da apresentação, tanto que eles vetaram de última hora a transmissão ao vivo do canal Multishow, para evitar possíveis escorregões maiores.

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* Já o Disclosure foi outro ponto alto da noite. Eletrônica feita com a mão, orgânica. Músicas dance de FM inglesa dos anos 90 que odiávamos e de repente ficaram cool, revividas. O único senão do show é que, com um monte de música cantada, quase todas por cantores convidados, dificilmente eles acompanham o Disclosure para lugares longe como o Brasil. Então nos resta cantores de telão. Ou desenhos cantores. Mas fica o recado de que existe respiro novo na música eletrônica, em meio aos DJ’s que tocam o show em um pendrive. O Disclosure chega como uma das melhores e mais interessante novidades do gênero em anos, justificando o rótulo de “novo Chemical Brothers”, mesmo que eles não pretendam ser. E que nem são.

*** VÍDEOS

* Fotos
Derek Mangabeira / I Hate Flash
Caio Duran/AgNews (Lorde)
Reinaldo Canato/UOL (NIN)
Avener Prado/Folhapress (Disclosure)
Adriano Vizoni/Folhapress (Muse)

* Equipe Popload no Lolla
* Cobertura: Lúcio Ribeiro, Ana Carolina Monteiro e Fernando Scoczynski
* Central: Alisson Guimarães
* Fotos: I Hate Flash

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Ouça a playlist especial Lollapalooza feita pela Popload no Napster
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Lúcio Ribeiro

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Mantendo em cima o clima Lollapalooza que está tomando conta de todos nós neste final de semana, a Popload apresenta uma playlist especial do evento com músicas do nosso gosto, feita para a famosa plataforma de streaming Napster.

Quem fizer um cadastro no Napster tipo agora terá 7 dias de serviços gratuitos. Para ouvir a playlist Lolla by Popload, acesse o link pelo banner abaixo.

* Playlist
Muse – Starlight
Muse – Panic Station
Nine Inch Nails – Copy Of A
Nine Inch Nails – Head Like A Hole
Phoenix – Trying To Be Cool
Phoenix – Lisztomania
Disclosure – Latch
Disclosure – When A Fire Starts To Burn
Julian Casablancas – 11th Dimension
Julian Casablacas (no canal Daft Punk) – Instant Crush
Kid Cudi – No One Believes Me
Lorde – Tennis Court
Lorde – The Love Club
Nação Zumbi – Samba Makossa
Capital Cities – Kangaroo Court
Cage the Elephant – Come A Little Closer
Cage the Elephant – Indy Kidz
Wolfgang Gartner – The Way It Was
Portugal. The Man – Waves
Café Tacvba – De Este Lado Del Camino
Silva – Universo
Arcade Fire – Afterlife
Arcade Fire – Wake Up
Soundgarden – Black Hole Sun
Soundgarden – Superunknown
Pixies – Greens And Blues
Pixies – Where Is My Mind?
Vampire Weekend – Diane Young
Vampire Weekend – A-Punk
New Order – Californian Grass
New Order – 60 Miles An Hour
Savages – Shut Up
Savages – She Will
Ellie Goulding – Mirror
Jake Bugg – Two Fingers
Jake Bugg – What Doesn’t Kill You
Johnny Marr – The Right Thing Right
Johnny Marr – New Town Velocity
The Bloody Beetroots feat Paul McCartney – Out of Sight
Raimundos – Puteiro em João Pessoa
AFI – Miss Murder
Apanhador Só – Despirocar
Brothers of Brazil – I Hate The Beatles

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E no meio da madrugada tinha o Jake Bugg, o Win Arcade Fire, o Disclosure
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Lúcio Ribeiro

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* Não bastasse o perrengue de sair lááááá de Interlagos tardão da noite, quando chegávamos à “civilização” era preciso optar por ver o Jake Bugg no Cine Joia, o Win Arcade Fire discotecando Beastie Boys e frufrus no Bar Secreto ou o Disclosure praticando um DJ set no Gran Metropole. Sem comer, sem banho. Ou um pouco de tudo isso acima. Incluindo artistas, asseio, alimento.

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JAKE BUGG – o Cine Joia, na Liberdade, estava cheio, com fãs na porta desde as sete (whaaa?), menores de idade implorando ao manager por misericórdia, para entrar onde não podia “de menor”… Jake Bugg já foi ao palco com gritaria de boy band. Meninas ensandecidas, meninos emocionados. Sério. O inglês quietão (marrentinho, mas com coração haha) falou pouco e tocou muito. 20 anos e umas 7 guitarras, só no palco — sem contar os dois violões. Começou com violãozinho básico, a la Bob Dylan, foi acelerando, acelerando, plugou tudo e o show foi ficando mais pesado. “What Doesn’t Kill You”, desta fase “elétrica”, ao vivo, é maravilhosa! Voltou para um momento violão (com ele sozinho no palco) e terminou com banda e mais guitarras. Tudo, TUDO!, cantado do começo ao fim por quem estava lá (“Two Fingers”, principalmente). Jake Bugg toca hoje no Lolla (quase que) ao mesmo tempo que Soundgarden… Adivinha quem a gente vai ver? ;o)

WIN BUTLER – Quem te viu e quem te vê, hein Win Butler? Sorte nossa, mas aquele gigante tímido, desajeitado, que na primeira vinda ao Brasil, em 2005, nem quis sair do hotel e tudo mais, acabou se transformando em show man, piadista, animador de festas com cabeças de Olinda e até DJ.

Em discotecagem de “última hora” no Bar Secreto, em Pinheiros, Win Butler vestia a sua tradicional fantasia de DJ: luvas de esqueleto, roupa camuflada e um lenço cobrindo o rosto (quando deixava a picape). Setlist improvisado, meio zoeira meio sério, mas quem estava lá nem ligava muito para isso, na verdade. Gostamos da versão zero por hora de “Hey Ya” e um Michael Jackson (em uma das várias do Jackson que ele tocou) beatbox. Tomando cachaça no gargalo e animadíssimo, ainda desceu para pista e dançou com a ~galere~. Óóónnnn. Win Ferveção tem todo nosso apoio. Só não vai dar uma de Julian hoje, por favor!

DISCLOSURE DJ SET –
O “show” que no fim era DJ set do grupo inglês de irmãos Disclosure foi “estranho”. Essa foi a impressão maior que arrancamos de quem foi. O grupo subiu às picapes do Gran Metropole, no Centrão, tipo 2h da manhã, cerca de três horas depois da ótima apresentação deles no Lollapalooza.O estranho (!) é que, como não fomos, perguntei para vários amigos que foram e quase todos falaram: “Estranho”!

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Fenômeno adolescente: Lorde faz show magnético e levanta público no Lolla
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Lúcio Ribeiro

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Tem algo sério acontecendo na música pop quando uma plateia de um mesmo show junta indies marmanjos empolgados e menininhas fãs da série “Crepúsculo” chorando copiosamente. Em cima do palco Interlagos, teoricamente o terceiro mais importante do Lollapalooza, estava a adolescente-fenômeno Lorde, em seu primeiro show no Brasil.

Essa mistura sui-generis de público, um mar de gente, de certa forma revela que essa mesma música pop ainda procura entender o papel de uma garota de 17 anos com apenas um disco de carreira, um prêmio Grammy na bagagem, vendas monstruosas nos EUA sendo ela uma neozelandesa que não tem oito meses era apenas conhecida no underground da música.

Nem ela ainda entende. “Eu me sinto com muita sorte de estar aqui [no Brasil] diante de um público desses. Pessoas da Nova Zelândia não costumam muito viajar para fora do país. E eu aqui. E vocês ouvindo minhas palavras”, disse Lorde perto do fim de seu belo show, deixando escapar um choro rápido.

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Lorde em ação, ao vivo, chega a ser magnética. Com uma banda de dois integrantes e a ajuda de uma programação sonora que emula um grupo maior e até com backing vocals, ela passeia com sua voz marcante por um inteligentíssimo som atual, que vai de um pop dramático “de meninas” tipo Lana Del Rey a nuances de hip hop e música eletrônica, incluindo dubstep.

Na hora de seu maior hit, já perto do fim, a pegajosa “Royals” deve ter batido o recorde mundial de celulares levantados em um show na história. Assustador.

SETLIST
Glory And Gore
Biting Down
Tennis Court
White Teeth Teens
Buzzcut Season
400 Lux
Easy
Ribs
Hold My Liquor (Kanye West cover)
Royals
Team
A World Alone

* Foto: Reprodução TV


Muse veta transmissão de show no Lolla para esconder playback
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Lúcio Ribeiro

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A banda britânica Muse definitivamente não está passando por bons momentos nesta nova visita ao Brasil. O grupo, que precisou cancelar de última hora o sideshow que faria no Grand Metrópole com 2.500 ingressos esgotados na última quinta-feira, informou ao canal de TV Multishow que não iria liberar a transmissão ao vivo de seu show na noite de hoje no Lollapalooza. Isso minutos antes de subir ao palco.

A Popload apurou que o vocalista Matt Bellamy não se recuperou totalmente do problema na garganta que fez a banda cancelar o show da quinta-feira e que a apresentação no festival só vai rolar graças ao reforço do famoso playback.

O papo sobre o Muse “mais ou menos ao vivo” que a gente ouviu e apurou por aqui ganha peso com o veto por parte da banda britânica, uma das headliners da edição deste ano.

Vamos ver o desenrolar disso tudo.

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Lorde e Phoenix promovem primeiro grande embate do Lolla
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Lúcio Ribeiro

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Com o Autódromo de Interlagos lotado, a cantora teen anti-ostentação Lorde e a esperta banda francesa Phoenix protagonizam o primeiro choque mais sério de horários do festival. Lorde subiu ao palco por volta das 18h30. Os franceses, quinze minutos depois.

Difícil dizer qual dos dois levou mais gente. A coisa está bem dividida, parece. Enquanto Lorde faz seu show indie-macumba, o Phoenix toca a apresentação baseada em seu disco mais recente, “Bankrupt!”, lançado ano passado.

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