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Kraftwerk versão “não Kraftwerk”, direto de 1970
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Lúcio Ribeiro

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Uma relíquia de mais de 40 anos apareceu na internet graças ao Rockpalast, tradicionalíssimo programa de TV da Alemanha (que existe até hoje), responsável por agitos musicais naquele país nas últimas décadas. Uma session de quase 50 minutos feita pelo importante grupo local Kraftwerk, no ano de 1970, está disponível limpinha e na íntegra para deleite dos fãs de música de vanguarda.

Expoente máximo da música eletrônica em todos os tempos, o Kraftwerk versão 1970 é um tanto diferente da banda eletrônica-robótica que ficou famosa mundialmente anos mais tarde. Na época, o grupo explorava mais o experimentalismo e a psicodelia, com elementos eletrônicos em sonoridade pouco lapidada. Algo mais próximo do krautrock que se fazia no país naquele tempo, com outras bandas tipo o Can. Mesmo assim mais ''hippie''.

No programa, o Kraftwerk tocou as faixas ''Stratovarius'', ''Ruckzuck'', ''Heavy Metal Kids'' e ''Improvisation 1''.

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Popload Gig: quando o Jagwar Ma “enfrentou” as fãs do Gusttavo Lima
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Lúcio Ribeiro

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* Foi tudo meio louco. Para chegar ao Audio Club, ontem, mais ou menos na divisa da Água Branca com a Barra Funda, para o show do trio australiano Jagwar Ma pelo Popload Gig, a aventura seria… digamos… psicodélica desde o caminho.

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Um trânsito absurdo na Francisco Matarazzo, parado, misturava em idas e vindas uma saída de faculdade, com palmeirenses felizes saindo em horda do Pacaembu, galera chegando para um show do Gusttavo Lima no Vila Country e, ATÉ, alguns seres humanos no meio disso tudo tentando se aproximar do Audio para ver por que essa banda da Austrália ganhou fama revivendo a lisergia sonora da Madchester da virada para os anos 90 e isso hoje faz muito sentido.

Gusttavo Lima parede a parede com o Jagwar Ma. Nenhum sentido.

Parar o carro e chegar ao clube era também uma aventura que seria mais bem interpretada se o ácido tivesse fazendo efeito. Milhares de loiras e caras de chapéu de vaqueiro aglomerados na imensa fachada de 200 portas do Vila Country, comprando ingresso, tentando entrar, dividindo espaço com outros milhares de cambistas e, o melhor, nas imediações da casa do sertanejo na capital, meninas provavelmente vindas do metrô meio que se trocando na rua, substituindo o jeans pela saia curtinha (curtíssima). Tirando o tênis e botando os maiores saltos altos possíveis no pé. Coladas ao muro do Audio Club do Jagwar Ma.

Atravessando tudo isso, todo esse fuzuê, chegava-se ao show do Popload Gig número 28 (29? 30?), onde era possível encontrar um ''refúgio'' na molecada da festa Damn Fridays colocando música-responsa na pista para depois o Jagwar Ma chegar e, com um som muito alto e sob luzes azuis e vermelhas, promover o seguinte espetáculo de sound and vision, aqui abaixo traduzido pelas imagens do fotógrafo poploadico Fabricio Vianna e pelos vídeos do brother Alexandre Matias, do Trabalho Sujo.

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Black Sabbath psicodélico nas mãos do Darkside e o Ozzy bonitão em 1974
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Lúcio Ribeiro

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A lendária banda Black Sabbath, de recente reunião de sucesso após décadas, é conhecida especialmente por suas canções pesadas, com riffs estridentes se misturando com a voz rasgada e marcante do grande Mr. Ozzy Osbourne. Em meio ao peso absurdo e dark das faixas, o Black Sabbath também tem suas viagens psicodélicas que, por vezes, ficam até meio esquecidas.

Uma destas faixas é ''Planet Caravan'', lançada no discão ''Paranoid'', em 1970. Total contramão do Black Sabbath ''que a gente conhece'', a canção é bem lenta, quebrada, psicodélica do primeiro ao último segundo. Acontece que dia desses o duo de electroindie Darkside, projeto cool que reúne o bombado DJ e produtor Nicolas Jarr e seu parceiro Dave Harrington, resolveu relembrar o som de mais de quatro décadas da veterana banda inglesa em uma session para a BBC Radio 1.

A ''Planet Caravan'', já psicodélica em seu estado original, ganhou vocais algo distantes, batidas eletrônicas suaves e soou total moderna. Ouve só.

* E por falar em Ozzy… – abriu ontem em São Paulo uma exposição no MIS – Museu da Imagem e do Som – do fotógrafo Mick Rock, um bamba da fotografia dos anos 70, amigo do Syd Barrett e do David Bowie. Mick é famoso por registrar grandes momentos da cena inglesa toda dos anos 70, além de outros nomes como Iggy Pop, Lou Reed e posteriormente Madonna, quando estes visitavam a cidade londrina, geralmente indo a seu estúdio na capital inglesa. É dele também as imagens que ilustram capas históricas de discos de uma das épocas áureas e mais doidas do rock, como a do ''Transformer'' do Lou Reed, a do álbum ''Queen II'' do Queen, Ramones, Joan Jett, o ''Raw Power'', do Iggy Pop and the Stooges, sem contar seus trabalhos com vídeos e cinema.

Um dos 24 registros feitos pelo fotógrafo inglês é este do Ozzy, de 1974, com barba rala e cabelo cool.

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* ''It's Rock'', a exposição, é gratuita e fica aberta do meio-dia às 21h.

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Popload Gig balada com Jagwar Ma + Damn Fridays é hoje. Quem vamos?
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Lúcio Ribeiro

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* Depois da catarse provocada por Omar Souleyman no último domingo no Beco…

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Em poucas horas, o Audio Club vai se tornar uma espécie de reduto Madchester graças ao grupo australiano Jagwar Ma, atração imperdível de mais um Popload Gig. Tem tudo para ser balada. E por duas razões. Primeiro porque show do Jagwar Ma é naturalmente uma balada louca, trip indie contagiante. Outra: a turma da festa Damn Fridays, que superlota o clube Yatch às sextas-feiras danadas, leva sua expertise sonora para a abertura e o pós-show do Jagwar Ma no Audio.

O grupo indie psicodélico, uma mistura de Happy Mondays com Primal Scream da fase “Screamadelica”' – talvez seja esta a melhor definição – é um projeto old school e ao mesmo tempo novas tendências dos amigos Jono Ma e Gabriel Winterfield. Jack Freeman, o baixista, entrou em 2012. É um Stone Roses dos primórdios, sem deixar de olhar para o futuro.

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O disco de estreia, “Howlin”, saiu ano passado. E, óbvio, apareceu em diversas listas de “melhores do ano” por aí. Para não dizer que estamos puxando sardinha para nosso lado, destacamos abaixo o que alguns veículos um tanto importantes na disseminação e opinião sobre música e cultura pop no mundo acharam do registro de estreia dos australianos:

* NME, nota 9
Fuses dance and guitar music in a way that hasn't been done for 20 years

* Bowlegs, nota 8.5
Revels in mashing up the last 60 years of popular music into one small package of positivity

* Q, nota 8
As well as the baggy fore bearers, file it next to their similarly psych'd out co-nationals Tame Impala

* The Quietus, nota 8
A cracking summer album

* The Line Of Best Fit, nota 8
There are few artists that have perfected the kind of engrossing and engaging dance delights that Jono and Gabriel are demonstrating here

* Drowned In Sound, nota 8
While Jagwar Ma may not be ''the second coming'', they are the kings of summer

* Mojo, nota 8
The kind of pop music that works in any era

* All Music, nota 8
Howlin is good enough to make you forget most of the bands they were influenced by too, as it both embraces and somehow transcends the '90s in a flash of sound and vision

* Pitchfork, nota 7.7
It’s silly enough to cause skepticism and charming enough to make you wonder what kind of scrutiny Screamadelica or Thrills, Pills & Bellyaches would meet if they were released in 2013

* Mês passado, peguei o Jagwar Ma ''tocando em casa'', no cool Laneway Festival, em Sydney. A vibe da galera fritando com o hit ''Come Save Me'' é digna de nota (e vídeo).

* Popload Gig com Jagwar Ma
Hoje, 27 de março, no Audio Club
Horário previsto do show: 23h
Ingressos: Ticket360
Abertura e encerramento: Damn Fridays DJs

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Há 10 anos, “Take Me Out” botava o Franz Ferdinand no mapa indie
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Lúcio Ribeiro

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* Tem sido a vez dos fãs da banda escocesa Franz Ferdinand surfar essa onda de efemérides que assola a internet lembrando o que aconteceu a esta mesma altura do calendário, mas nos anos 90 e 2000.

Dez anos atrás, em 2004, a música independente estava tentando controlar os quadris com um rock dançante ou uma dance music com guitarras altas chamada ''Take Me Out''.

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''Take Me Out'' foi lançado em janeiro de 2004 como segundo single do álbum ''Franz Ferdinand'', o primeiro do grupo, que saiu um mês depois. A escolhida de cara para ''apresentar'' a banda ao planeta foi o single ''Darts of Pleasure''.

''Franz Ferdinand'', o disco, logo saiu nos EUA, há exatos 10 anos, onde vendeu 1 milhão de cópias no ano. Um feito para uma banda britânica. O álbum chegaria em CD às lojas brasileiras em maio de 2004.

Neste momento lá atrás, ''Take Me Out'' sozinha estava em número três na parada inglesa de singles. Nos EUA, alcançava também a terceira posição, mas no chart de ''Músicas de Modern Rock''.Ela já conseguia ser vista nos Hot 100 da ''Billboard'', numa honrosa 66ª posição.

Logo, ''Take Me Out'' começaria a aparecer em comerciais de TV (Sony PSP) e entraria em pelo menos na trilha de três games e em um seriado ''reality'' do Reino Unido.

A esta altura em 2004, os ingleses diziam que o Franz Ferdinand era a melhor coisa a sair da escócia desde o chocolate Mars. O ''Guardian'' e a ''NME'' buscavam compreender as letras de ''Take Me Out'' e relacioná-las com o nome da banda e a alusão ao início da Primeira Guerra Mundial.

Disse o ''Guardian'', aqui em inglês tranquilo, quando a viagem para entender o grupo e sua música era livre:

''FF's breakthrough track, pre-released as a single, is called Take Me Out. Musically, it's full of surprises – not least a tempo change 50 seconds in which is the musical equivalent of the Grand Canyon.

The lyrics, by Alex Kapranos and Nick McCarthy, are in the form of a monologue. It opens: ''So if you're lonely/You know I'm here/Waiting for you/I'm just a cross-hair/Just a shot away from you.'' The song revolves around the repeated plea, ''Take me out''. It's not a ballgame the speaker wants to be taken out to. He or she evidently wants to be killed. Why?

''More than half UK knew Franz Ferdinand now. One (still visibly sleepy) had danced to Take Me Out at a club the night before. Less hip classmates (what planet had they been on?) were knowingly told (not by me) 'Jarvis Cocker, the Strokes and some bedsit rock'. Enough said.''

Hoje de manhã, a MTV Austrália botou em seu site o vídeo que apresentou o Franz Ferdinand para o país ''lá embaixo''. É ''Take Me Out'', em desempenho da banda ao vivo em 2004, quando o grupo de Glasgow foi à Oceania para uma excursão rápida, já que a música, falamos de julho daquele ano, não parava de tocar na rádio indie Triple J.

Era o Franz tocando no auditório do ''Rove Live'', famoso programa de entretenimento australiano. Alex Kapranos e turma novinhos. Veja só.

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O Black Lips enquanto Pink Angels no vídeo mais sem sentido e tosco do ano
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Lúcio Ribeiro

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Se tem uma turma que leva ao pé da letra o termo ''banda de garagem'', esta é a Black Lips. Grupo de rock bêbado vindo de Atlanta, eles lançaram neste mês seu sétimo álbum de estúdio. ''Underneath the Rainbow'' tem a produção do bamba Pat Carney, do Black Keys.

Este é o típico álbum do Black Lips. A maioria das músicas foram feitas e gravadas em um dia. Uma delas, ''Smiling'', é sobre o fato de o baixista da banda, Jared Swilley, ter passado uns dias na cadeia no ano passado, como passou outras duas vezes em anos anteriores. O cara é todo zoado. ''Boys In The Woods'' emula total o Lynyrd Skynyrd, só que mais bêbado.

Hoje eles soltaram mais uma faixa com um vídeo tosco-cool e sem sentido para a canção ''Nightmare Field''. O recorte visual foi rodado todo em um estúdio (a banda faz questão de informar) e mostra uma briga algo peculiar entre duas gangues de motoqueiros.

''Nightmare Field'' é bonus track desse disco novo, o primeiro lançamento deles em mais de três anos. No vídeo, os Black Lips aparecem também como… The Pink Angels.

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As aventuras intimistas do XX em Nova York
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Lúcio Ribeiro

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O cultuadíssimo trio inglês The XX, de passagem incrível pelo primeiro Popload Festival ano passado e com um dos melhores e mais hipnóticos shows que pintaram por aqui em 2013, armou uma residência na cidade de Nova York desde o último dia 17 de março, onde realizam até sábado agora nada menos que 25 shows na cidade.

Em dias de meio de semana, foram/são dois shows por noite. Aos sábados e domingos, três. Cada show recebe cerca de 40 pessoas (!!!). As apresentações estão sendo realizadas no Wade Thompson Drill Hall, dentro do complexo do Park Avenue Armory. A ideia do projeto é ''proporcionar uma interação única entre a banda e sua música, desafiando a relação entre artista, público e o meio ambiente'', de acordo com a organização. Os ingressos para todas as apresentações se esgotaram em dezembro. A vibe é tipo assim.

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O rolê do XX por NY acaba dia 29 agora. Então tem ainda uns seis ou sete shows para rolar até sábado. A banda fez um making of das apresentações e o vídeo foi publicado pelo jornal The New York Times. Coisa fina.

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* Em outra frente XX, o grande Jamie vai soltar dia 5 de maio um novo single solo. Trata-se de ''Girl''/''Sleep Sound'', que sai em formato vinil e digital. Ele divulgou a ''Sleep Sound'' hoje. Outro nível.

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Tags : the xx


E atenção. O Daft Punk anuncia seus sh… Não, espera! Seu merchandise…
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Lúcio Ribeiro

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* A banda electrocult francesa misteriosa Daft Punk deu as caras ontem à noite. Mas não foi para anunciar finalmente que vai voltar a tocar ao vivo, com as músicas de seu mais recente disco (''Random Access Memories'') e seu luxuoso time de colaboradores (Pharrell, Giorgio, Julian, Nile, Stevie).

Os homens-robôs Guy-Manuel de Homem-Christo AND Thomas Bangalter botaram no site da dupla uma carga nova de souveniers relativos ao Daft Punk fase ''Get Lucky'' e suas músicas: são camisetas, fivela de cinto, camiseta-vestidinho feminino, camiseta regata e tals.

Vai querer?

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De La Soul revira suas gavetas e solta mixtape com o J Dilla
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Lúcio Ribeiro

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O tradicional grupo de hip hop De La Soul tem resolvido dar as caras com mais frequência ultimamente. Mês passado, comemorando os 25 anos do lançamento do discão ''2 Feet High and Rising'', eles liberaram por 24 horas toda a discografia da banda de graça.

Agora, eles soltaram uma mixtape treta intitulada ''Smell the D.A.I.S.Y'', com participação do produtor J Dilla, indo do hip hop ao funk de vanguarda. Cheio de batidas e material inédito, a mixtape vem como trilha de um documentário feito pelo Dilla, chamado ''Still Shining''.

A mixtape pode ser baixada gratuitamente no site oficial do De La Soul.

''Dilla Plugged In'', uma das faixas, pode ser ouvida abaixo.

* ''Smell the D.A.I.S.Y.'', tracklist
01 Let the King Ascend
02 Who [ft. Redman]
03 Dilla Plugged In
04 Goes the Word
05 Vocabulary Spills
06 The Pitch
07 Taking the Train
08 Leave Your Cares Behind
09 O'Shut Up
10 No More No Less
11 Marvin Jaye

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É 1984 outra vez. Echo and the Bunnymen solta novo single
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Lúcio Ribeiro

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A veterana banda inglesa Echo and the Bunnymen, surgida em um período pós-punk com cara de new wave, vai lançar um novo álbum de inéditas ainda neste semestre. ''Meteorites'' chega ao mercado em 3 de junho e é puxado pelo single ''Market Town'', divulgado hoje, com um som rebuscado de algum momento dos anos 80, tão comum nas bandas novas de hoje em dia e tão menos comum entre as bandas daquela época.

Marcado pelos traços dark em suas composições, o vocalista Ian McCulloch disse que o disco vai ser, entre outras coisas, ''celestial e bonito''. E que tem toda uma vibe ''homenagem'' ao Velvet Underground. Ao todo, ''Meteorites'' tem 10 faixas.

''Market Town'', o single, pode ser ouvido abaixo.

* O tracklist de ''Meteorites'' é o seguinte:
01. Lovers On The Run
02. Is This A Breakdown
03. Holy Moses
04. Meteorites
05. Explosions
06. Icarus
07. I Loved The Devil
08. Constantinople
09. Market Town
10. New Horizons

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