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O dia em que o U2, acredite, foi rejeitado
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Lúcio Ribeiro

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* Nem foi pelo cabelo do The Edge…

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Vida de banda nova não é nada fácil. Tudo bem que hoje em dia a internet está aí para facilitar alguma coisa, mas até um tempo atrás as bandas independentes tinham que bater bastante em portas de gravadoras e selos para tentar divulgar seus trabalhos em fase inicial. E, óbvio, a gente não cansa de ver relatos do tipo ''banda X foi rejeitada pela gravadora Y''. Aconteceu até com o U2, por mais irônico e inacreditável que isso possa parecer.

Caiu na net uma carta de um executivo da RSO Records, datada de maio de 1979, recusando uma fita demo enviada por Paul Hewson, o Bono, divulgando o trabalho do seu U2. Na carta, Alexander Sinclair, dono da RSO, disse ter ouvido o material com bastante atenção, mas que aquilo não era o som ''adequado'' para a gravadora naquele momento.

No ano seguinte, o U2 lançou seu disco de estreia, ''Boy'', com faixas como ''I Will Follow'', ''Out Of Control'' e ''The Electric Co.'' pela Island Records, onde permanecem até hoje. Já a RSO, que rejeitou a banda irlandesa, fechou logo em 1981. Sorte do Sr. Hewson, não?

A carta original que dispensou o U2 pode ser lida abaixo.

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* O U2 em 1979 era mais ou menos assim.

* E pensar que a banda virou isso aqui.

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Alô, Lolla! Jake Bugg no festival de Manchester, o show inteiro
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Lúcio Ribeiro

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* Change. Change. Change.

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* Preciso confessar uma coisa antes. Quando a Radio One inglesa, da BBC, tirou o DJ (de rádio) Steve Lamacq do ar anos atrás e o ''encostou'' em uma emissora ''apenas'' virtual/digital, a 6 Music, eu achei um absurdo. ''Estão fritando o cara'', pensei. Acho que até ele achou, porque li algumas coisas que ele disse à época e que não parecia vindas do cara mais feliz do mundo com as mudanças. Pensei que a BBC, para o caso da Radio One, queria privilegiar o lado de DJ mais festeiro e palhação (Zane Lowe) em detrimento ao estilo ''very british'' do Lamacq (escola John Peel). Eu vi errado e a BBC viu o futuro. Volto a isso em outra ocasião.

* Falando em BBC 6 Music, a rádio virtual/digital, nós demos ampla cobertura aqui ao seu primeiro festival, que aconteceu em Manchester sexta e sábado passados. Várias bandas legais, a primeira apresentação solo do Damon Albarn, a viagem do Jagwar Ma etc. e tal. Maior vibe.

* O menininho brit Jake Bugg tocou também. E o show todo dele por lá está aqui embaixo. Bom para você sentir o que vem por aí, em menos de um mês. No começo de abril, Bugg toca em São Paulo duas vezes. Uma no Lollapalooza Brasil Festival, em Interlagos, outra no Cine Joia. No mesmo dia, dia 5.

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Brody Dalle enfim saiu de casa: música nova, vídeo ao vivo, fotos no Insta
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Lúcio Ribeiro

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* Tem jeitão de ser um dos discos do ano. Mas vamos esperar mais. A ''senhoura'' Brody Dalle, mulher do Josh Stone Age, ex-punk morena e cheia de piercings e agora uma housewife rockeira loira e com alguns piercings (não mais o da boca), soltou outra música de seu disco solo, ''Diploid Love'', que sai no dia 28 de abril. O álbum novo, parece, resgata uma certa gritaria feminina intensa no indie rock americano que não vemos desde… hum… Courtney Love?

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A nova música nova (veja bem) da linda Brody Dalle se chama ''Parties for Prostitutes'' (veja bem). Acabou de subir online. Segundo Dalle, ex-Distillers e ex-Spinnerette, essa é uma canção sobre traição. ''É uma 'música foda-se''', disse ela para a ''Rolling Stone''. A madame Homme continua hot.

É o segundo single do disco solo de Brody Dalle nesta sua (grande) volta à cena. O primeiro foi “Meet The Foetus/Oh The Joy'', que tem a participação vocal da warpaint Emily Kokal e da garbage Shirley Manson. Apenas.

Olha o naipe de ''Parties for Prostitutes''.

Para seu disco, o primeiro que vai levar seu nome, Dalle contou com a produção de Alain Johannes (colaborador do QOTSA, Arctic Monkeys e Mark Lanegan). Além de Emily Kokal e Shirley Manson, o álbum traz no elenco de convidados o Nick Valensi, dos Strokes, e o Michael Shuman, do QOTSA.

Brody Dalle HOJE se encontra na Austrália para tocar. Quer dizer: pelo fuso horário, já foi. Ela abriu SOMENTE a turnê do Queens of the Stone Age/Nine Inch Nails, em Sydney. A propósito, ela é australiana e voltou lá para participar da tour do marido. Tudo em casa.

Olha a foto que ela postou em seu Instagram, hoje:

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Dalle andou fazendo uns shows pequenos para experimentar as músicas novas ao vivo. Tocou em fevereiro em Los Angeles, Londres e Berlim. Desse show alemão, de uma semana atrás, tem um vídeo dela se apresentando no Magnet Club. Tipo isso.

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Dois minutos com Julian Fernando Casablancas
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Lúcio Ribeiro

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* Vai acostumando os ouvidos, porque isso vai ser muito presente nas próximas semanas. O stroke Julian Casablancas, agora acompanhado de outra banda, a The Voidz, liberou um preview de seu novo álbum solo, a ser lançado em algum dia de abril, provavelmente bem perto de seu show em São Paulo, no Lollapalooza Brasil.

Julian, dando um tempo de Strokes, pós-Daft Punk e com um álbum solo na carreira (''Phrazes for the Young'', 2009), com o qual assinou sozinho, agora bota ''Julian Casablancas + The Voidz'' para batizar a nova fase.

Neste vídeo de pouco mais de dois minutos que o rapaz acaba de liberar, dá para ver um pouco os caras do Voidz e sentir algo punk, algo psicodélico nas novas músicas dele. Até o mês que vem, Julian.

Já os Strokes se apresentam em Nova York, no Governors Ball Festival, em junho. A banda, em fase esquisitíssima, não dá as caras ao vivo desde o show do Planeta Terra Festival em São Paulo, em novembro de 2011. Eles lançaram disco novo no ano passado, o ''Comedown Machine''. Mas nunca excursionaram com as músicas novas nem entrevistas sobre o disco eles deram. Não há shows marcados para os Strokes depois deste evento na cidade deles.

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A volta do… do… do… Sunshine Underground
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Lúcio Ribeiro

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* Eu sei. A gente nem lembrava que eles tinham ido. E eles na real nem foram para lugar nenhum. Mas estão voltando. Entende?

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O grupo inglês The Sunshine Underground, que circa 2006/2007 estrelava uma tal de cena new rave, prepara lançamento de seu terceiro álbum para o dia 19 de maio. O título do disco é sugestivo: ''Don't Stop''.

Dono de um som indie dance que retomava o tecnopop inglês dos anos 80, mas com cara e roupa de anos 2000, o Sunshine Underground nunca bombou em nada, mas era alegria das pistas nessa época colorida do dance britânico capitaneado pelo Klaxons, e que tinha Datarock, Shitdisco, um pouco do Hot Chip, o New Young Pony Club, um ladinho dance do Bloc Party e envolvia até o nosso CSS. O primeiro disco, de 2006, era animado e tinha a pegajosa música ''Commercial Breakdown'', indie-drama dentro dessa cena feliz.

Depois lançaram o segundo álbum em 2010, que basicamente não aconteceu. Desde 2012 tentam lançar o terceiro disco, mas param no caminho. Mas no ano passado dotaram
um single-teste, em vinil, edição limitada, para ver ainda tinha terreno na música inglesa voltar. A música se chama ''It Is Only You'' e foi bem aceita nas rádios britânicas, para surpresa até da banda.
E agora lançam essa ''Don't Stop'', single que tem o nome do disco, para esperar maio chegar.

Nunca pensei que fosse fazer um outro post do Sunshine Underground na vida. Mas estamos aqui.

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O rolê dos Rolling Stones pelo Japão, uma música antiga e algumas fotos
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Lúcio Ribeiro

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O colossal The Rolling Stones continua sua série de shows nesse início de ano. Depois de tocarem nos Emirados Árabes, a banda está no Japão para três shows super esgotados há tempos no estádio Tokyo Dome.

Como de praxe, o grupo tem atendido aos pedidos dos fãs. A cada show, uma música do setlist é escolhida em enquete promovida nos canais oficiais deles. Em Abu Dhabi, há duas semanas, tocaram ''Gimme Shelter''.

No show da última terça-feira, os japoneses mandaram bem e escolheram ''Silver Train'', b-side do single ''Angie'', que eles não tocavam desde 1973!!! E ficou sensacional, claro.

* A turnê ''14 ON FIRE'' segue, de fato, on fire. Até o começo de abril, eles tocam em lugares tipo Macau, Shangai e Sydney. Em seguida, ainda não se sabe ao certo quais serão os planos de Mick Jagger e sua turma. Espera-se que uma turnê para a América do Sul seja anunciada para o fim do ano. A lendária banda britânica, 50 anos na ativa, com a turma toda na casa dos 70 de idade, segue testando seus próprios limites. It's only rock'n'roll but I like it.

* Abaixo, algumas fotos que sempre são peculiares em se tratando de Japão. Todas extraídas do site BrooklynVegan.

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Duas novas do Oasis!! De 1991. E com um tal de Noel entrando na banda
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Lúcio Ribeiro

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Enquanto o Oasis não volta (e a tendência é não voltar tão cedo), 2014 vem sendo um ano especial para os fãs da banda, mesmo que ela tenha acabado já tem cinco anos. Primeiro, pelo simples fato do primeiro disco dos irmãos Gallagher ter sido lançado no mágico ano de 1994. Segundo, porque no clima de reedição especial e oficial do ''Definitely Maybe – 20 anos'', alguns fãs que guardavam raridades da banda num cofre estão agora resolvendo manter a vibe de nostalgia lá em cima e liberando algumas preciosidades dos Gallaghers.

A Popload tem falado e mostrado coisas nunca antes ouvidas do Oasis, especialmente da época em que o Oasis não era o Oasis e ninguém imaginava que eles mudariam o curso do rock inglês pouco tempo depois. O mais novo diamante da banda de Manchester que apareceu é uma gravação com três faixas demos datada de 1991, época em que Noel Gallagher deixou de ser roadie do grupo Inspiral Carpets (Madchester) para entrar na banda do irmão Liam, que ele nem sabia que cantava em uma banda.

Gravadas no pequeno estúdio Out of the Blue, em Manchester, duas dessas três faixas ninguém conhecia ainda. Até agora. São elas ''Alice'' e ''Reminice''. Junto, tem ''Take Me'', som que nunca foi editado para lançamento, mas que boa parte dos fãs já conhece faz tempo. Todas as três canções foram compostas por Liam e o guitarrista Paul Bonehead Arthurs, um dos fundadores da banda, que ficou no Oasis até o fim da década de 90 e fez parte dos tempos áureos da banda.

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As músicas surgiram de uma fita K7 leiloada por um fã inglês e foram disponibilizadas na rede. A gente desconfia que esse possa ser o primeiro registro gravado com Noel Gallagher fazendo parte da banda. Tanto que na descrição da fita original, Noel aparece apenas como ''guitarrista base''. O que aconteceu depois, todo mundo sabe.

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Lykke Li e seu lesbo-hit, ao vivo na Inglaterra
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Lúcio Ribeiro

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* A cantora sueca Lykke Li foi outro nome bom a participar do delicioso festival da BBC 6 Music, que aconteceu sexta e sábado passados em Manchester. Ela acabou de lançar disco novo, ''I Never Learn'', mas ainda curte uma fama acidental grande por causa de uma música sua no filme ''Azul É a Cor Mais Quente'', encantador drama amoroso de duas garotas francesas, em mais de três horas de duração.

A canção ''I Follow Rivers'', de Lykke Li, é parte integrante do filme que ganhou Cannes e tem uma algo perturbadora (em vários sentidos) cena de amor de nove minutos entre as protagonistas. A música, que teve uma recepção mais ou menos quando lançada, virou febre de rádio e pistas depois que o filme entrou em cartaz na Europa no meio do ano passado.

Mas, a ''I Follow Rivers'' que embala uma longa e linda cena no filme não entrou na versão do disco de Li, mas sim em um remix lado B de single que acabou mais famoso que a original, batizado de The Magician Remix, eletronicamente mais suingada, menos dramática, mais arrebatadora.

No último final de semana, Lykke Li tocou a canção no show do festival da rádio inglesa, num arranjo que ficou no meio do caminho entre a versão do disco e a do filme. Dá sua olhada.

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A nova música da Lorde que não é nova nem é da Lorde
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Lúcio Ribeiro

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A festejada menina Lorde não para. A neozelandesa está envolvida agora com um novo projeto do Son Lux (Ryan Lott), cantor e produtor norte-americano que ela adora. Em shows recentes, a Lorde tem cantado a faixa ''Easy'', um dos pequenos sucessos do Son Lux, ele nascido em Denver e radicado em Nova York, que faz um som que cruza o hip hop com o post-rock.

O gosto da cantora pelo som rendeu uma reedição oficial da faixa, que vai sair no EP ''Alternate Worlds'', em 27 de maio, mas já disponível para audição gratuita.

Com a parceria Son Lux/Lorde, a faixa virou ''Easy Switch''. E ficou bem boa, talvez até melhor que a original, que já era boa também.

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Phantogram e o dia em que você morreu. No Letterman
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Lúcio Ribeiro

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* Estamos na vibe psicodélica, percebe?

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O duo norte-americano Phantogram continua no gás com a divulgação de seu novo disco, ''Voices'', lançado mês passado. No trabalho de promoção do álbum, Sarah Barthel e Josh Carter têm aparecido em programas de TV. A mais recente parada da dupla foi no Late Show de David Letterman, na noite de ontem.

''Voices'' foi produzido por John Hill, que ao longo da carreira já trabalhou com nomes tipo M.I.A. e Santigold. ''É o segundo álbum do duo de synth-heavy indie. O de estreia, ''Eyelid Movies'', saiu há quatro anos.

No Letterman, o Phantogram mandou a boa ''The Day You Died''.

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