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Maaaaais tributo a Lou Reed. Arcade Fire e Twin Shadow evocam “Perfect Day”
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Lúcio Ribeiro

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* Enquanto eu não tomo coragem de fazer uma versão minha para “Here She Comes Right Now”, acho que minha canção favorita que envolve Lou Reed em letra e vocal, outros tributos ao músico americano vão surgindo sem parar, de várias cenas diferentes.

Screen Shot 2013-10-29 at 9.04.47 AM

Vamos tomar como exemplos a maravilhosa “Perfect Day”, canção composta por Lou Reed em 1972 e que entrou no seminal “Transformer”, seu segundo disco depois da saída do Velvet Underground. Essa música já ganhou cover de David Bowie, Bono, Duran Duran, Suede, Elton John, apareceu no famoso filme “Trainspotting” e, agora, sem Lou Reed para ver, ganham vida nas interpretações de Arcade Fire e Twin Shadow.

* A do Arcade Fire, por enquanto, precisa ser ouvida aqui no meio da performance de uma hora que a banda fez ontem à noite, ao vivo, para a NPR americana, o conglomerado de rádios indies. O material quase total é do disco novo, “Reflektor”, que sai hoje oficialmente nos EUA. A “Perfect Day” do Arcade Fire é curtinha, uma menção. Está no minuto 17, mais ou menos, e foi “acoplada” à Supersymmetry”, música do álbum novo do AF. Veja como ficou.

* A do Twin Shadow tem vídeo estiloso e é diferentona, climática. Mas a letra “Just a perfect day / drink Sangria in the park/ And then later/ when it gets dark, we go home” está lá, linda.

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Arctic Monkeys dando volta no lado selvagem – banda faz tributo a Lou Reed
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Lúcio Ribeiro

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* Doo do doo do doo do do do doo.

Screen Shot 2013-10-29 at 8.12.03 AM

* A morte de Lou Reed no último domingo segue emocionando o rock, não importa quão longe na idade está o ex-músico do Velvet Underground de quem se presta a fazer tocantes tributos a ele. Ontem à noite, durante show da banda Artic Monkeys em Liverpool, o guitarrista e vocalista Alex Turner puxou uma linda versão, ali ao vivo, quando a banda voltou para o bis, para “Walk on the Wild Side”, uma da mais marcantes músicas do imediatamente já bastante saudoso Lou Reed. O guitarrista Bill Ryder-Jones, ex-The Coral, brother do Alex, estava no palco ajudando na homenagem. Olha só que “momentum”.

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Oh Lou, why did you leave us this way? O rock já sente a falta de Lou Reed
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Lúcio Ribeiro

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O grande Lou Reed, ícone da cultura pop que “left the building” ontem, aos 71 anos, segue ganhando homenagens honestas. A mais nova que chega é de outro grupo ícone, o Pearl Jam, que em seu show na cidade de Baltimore na noite de ontem pagou tributo ao lendário músico, tocando a clássica “I’m Waiting For The Man”, um dos pontos altos do discaço de estreia “The Velvet Underground & Nico”, de 1967.

Canta, Eddie.

* Até agora, entre as diversas manifestações que vão tomando conta da mídia e redes sociais, destaque para muitos artistas que de certa forma tiveram algum tipo de ligação com o ex-Velvet Underground, seja como amigo próximo ou apenas como uma fonte de inspiração. Neil Young, por exemplo, reuniu Elvis Costello, Jenny Lewis e a banda My Morning Jacket durante seu evento beneficente, The Bridge School, e juntos mandaram “Oh Sweet Nuthin”.

* Em sua conta oficial no Facebook, David Bowie botou uma foto ao lado de Lou, seguida da mensagem: “He was a master”.

* No Twitter, gente de todas as épocas do rock deixaram seus dizeres…

* Morrissey e seu ex-parceiro John Cale deixaram mensagens singelas e emocionantes:

“‘Oh Lou / why did you leave us this way?’

No words to express the sadness at the death of Lou Reed. He had been there all of my life. He will always be pressed to my heart. Thank God for those, like Lou, who move within their own laws, otherwise imagine how dull the world would be. I knew the Lou of recent years and he was always full of good heart. His music will outlive time itself.

We are all timebound, but today, with the loss of liberating Lou, life is a pigsty.

’7 glasses used to be
called for six good mates and me
now we only call for three’

-Patrick MacGill”
Morrissey


“The news I feared the most, pales in comparison to the lump in my throat and the hollow in my stomach. Two kids have a chance meeting and 47 years later we fight and love the same way —losing either one is incomprehensible. No replacement value, no digital or virtual fill…broken now, for all time. Unlike so many with similar stories—we have the best of our fury laid out on vinyl, for the world to catch a glimpse. The laughs we shared just a few weeks ago, will forever remind me of all that was good between us.”

John Cale

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Lou Reed, em bom português: “O primeiro punk, o primeiro alternativo”
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Lúcio Ribeiro

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* Duas homenagens em português a Lou Reed, o músico que “left the building” ontem, aos 71 anos.

A primeira é uma cover paulistana para a fantástica “Candy Says”, feita pelo Guilherme Eddino, indie daqui que lidera a banda Diesel Pop Drink. Eddino costuma também se apresentar como Thom Yorke na noite paulistana, fazendo umas bonitas viagens radioheadianas. E, aqui, ele deixa um tributo “desleixado” e pianinho a Lou Reed. Tocante.

* Tem um blog português a que sigo cá, chamado lá de Independanças, escrito por Tiago Pereira. O texto eu trago aqui abaixo. Leia sem tomar fôlego, até o fim. Eu o queria ter escrito.

“Havia um tipo lá na rua que tinha uma doença chamada Lou Reed. Perguntávamos todos o mesmo: porquê? Depois alguém apareceu com o disco que fez o favor de esclarecer os comuns mortais. Tinha uma banana na capa e dava camisolas bonitas – coisa engraçada, que divertido, mas quem o ouviu com tempo e entrega tramou-se para a vida. Cantar com a voz pequena mas com mania de gigante em cada nota. Falar com calma, sem pressas, sem nervos, e ainda assim assustar meio mundo e seduzir a outra metade. E em cima disso usar óculos escuros, deixar de usar, camisa engomada, depois o cabedal, no casaco e nas calças, o cabelo louro quando ontem era escuro. Contas feitas: mais que tudo, Lou Reed dedicou-se a mudar a história da música popular. Transformar contos de vida na cidade em canções maiores que todos os que as ouviam. Dizer que menos é mais, para que o mundo ouvisse e tentasse fazer o mesmo, cada um à sua medida. O primeiro punk. O primeiro alternativo. O primeiro a experimentar o que havia para experimentar. O primeiro underground que vestia veludo. Era dar-lhe uma guitarra e ele havia de nos dar uma rua inteira de Nova Iorque transformada num hino negro, da cabeça aos pés. Lou Reed podia isto tudo e conseguiu isto tudo, com o disco da banana e todos os que se seguiram. Nós só tivemos que nos deixar encantar por um génio irrepetível, que não podia ter decidido sair de cena sem aviso, não se faz. Agora sim, dizer que o rock morreu é coisa justa. Dia 27 de Outubro. Alguém o vai transformar em feriado, se não for o tipo lá da rua será outro – este que assina isto é uma hipótese.”

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Hey, babe! Lou Reed acabou de deixar o prédio
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Lúcio Ribeiro

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* Nenhum post aqui, por mais longo que seja, pode expressar em linhas, em volume de texto o que Lou Reed representou para esse tipo de música que a gente gosta. O marcante cantor e guitarrista americano, fundador do icônico Velvet Underground, um dos grupos mais importantes da história do rock, foi dado oficialmente como morto neste domingo de manhã, sunday morning.

Cada um com sua idade, mas posso dizer que, minha história particular com a música independente começou meeeesmo no ano de 1981, acho. E, dependendo da idade que você tem, a morte de Lou Reed pode chocar em intensidades diferentes. A mim, neste ponto em que me encontro, é uma morte tão triste e pesada quanto foram a de Joe Strummer (Clash) e Joey Ramone.

Não pela morte em si, porque afinal, veja bem, todo mundo morre. E a morte de alguém de 71 anos como Reed, teoricamente, tende a ser mais “aceita” do que a de um sujeito como Kurt Cobain, por exemplo, que se foi aos 27 anos. Mas o negócio que dói é o que representa essa “página virada”.

Por todas as ondas musicais pelas quais eu surfei na minha vida, punk, new wave, pós punk inglês, rock alternativo americano dos 80, Nirvana, britpop, novo rock, sei lá quais mais, quando você, interessado, quer estudar e se aprofundar mais no gênero/estilo/pegada, de um modo ou de outro o nome de Lou Reed sempre foi ou é ou será referencial. Seja por seu trabalho solo, seja pelo serviço prestado ao rock com o surgimento de sua Velvet Underground, a banda que fundou com John Cale no meio dos anos 60.

A voz e a guitarra de Reed, usando o VU como veículo, lá no meio dos anos 60, deram o caráter urbano ao rock. Fez o rock virar cosmopolita na efervescente Nova York, nos efervescentes EUA da época. O gênero deixou de ser jeca ou de ter “apenas” franjinhas (Beatles). E, ao fincar a bandeira do rock em cidade grande, fez o estilo entrar pelo lado certo, ou MUITO ERRADO graças a Deus: o lado garagem, marginal, underground, alternativo. Fez o rock caminhar pelo lado selvagem. E urbano. E associando a experimentalismos, à arte, pela sua relação com o artista Andy Warhol ou com gente “doida” tipo David Bowie. Lou Reed, por um acaso do destino, nasceu no Brooklyn, uma abençoada terra para o novo rock, experimentalista e artístico até hoje. Talvez seja assim até hoje muito por causa dele.

E, no domingo de manhã, o transformador Lou Reed foi dado como morto. E parte do u(U)nderground foi com ele. De novo, numa sunday morning.

Assim que foi anunciada, a morte de Lou Reed trouxe à internet um monte de textos em homenagens a ele. Gostei mais de um escrito para o site inglês The Arts Desk (.com) pelo grande Peter Culshaw, que também publica seus trabalhos no “Guardian” e no “Observer”. Curti mais pelo jeito como foi escrito do que pelas obviedades naturais de obituários desse tipo. Vale a lida.

Chama em título o Lou Reed como o Sumo Sacerdote do rock (“Lou Reed, High Priest of Rock: 1942-2013”). E, num significativo sub-título, em inglês, disse tudo: “One of rock’s greatest songwriters and visionaries has left the building”.

Mistura Lou Reed, Lester Bangs, o disco “Transformer”, doenças, putas, heroína e uma entrevista feita com o músico há dez anos. Vou poupar cliques trazendo aqui pelo menos o começo do texto de Culshaw, em inglês, para não ferir a escrita com traduções:

We had heard he was ill, and had a recent liver transplant, but then he always seemed to be off colour. When Lester Bangs interviewed him in 1973 for Let It Rock he seemed ill then. When Bangs met him he had just had his greatest hit album Transformer, and seemed to be immediately blowing his new-found fame. Bangs talked of a “vaguely unpleasant fat man” who said “I can create a vibe without saying anything, just by being in the room.”

But if rock music from the time of Elvis’ first records was a religion with Elvis a Messiah, Lou Reed became a High Priest. In the late sixties, when rock was becoming hippy, fey and prog, Lou Reed brought rock back to its trangressive, sexually expressive roots, writing about drag queens and heroin.

The Velvet Underground albums, although not commercially successful at the time, may be the most influential records ever made. At a time people were increasing playing around with complex time signatures and beginning to sing about Tolkeinesque subjects, Lou proved it was possible to be minimal, sexy and make a significant artistic statement . “One chord is fine,” as he put it. “Two chords are pushing it. Three chords and you’re into jazz.”

R.I.P, L.R.

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R.I.P. – Lou Reed
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Lúcio Ribeiro

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* Caraca. A gente aqui nāo é muito papa-defunto, mas essa chocou. Morre Lou Reed, aos 71 anos, informa a “Rolling Stone” americana.

Porta com pôster de Lou Reed cuja imagem foi postada nesta manhã na conta oficial de Twitter do músico, algumas horas antes de sua morte (ou pelo menos quem alimentava a conta ainda não estava sabendo da morte)

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Saiu!!!! Phoenix, Red Hot Chili Peppers e dobradinha britânica puxam fila de atrações do gigante Coachella Festival
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Lúcio Ribeiro

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* Oi, alguém aí? São “só” duas e meia da manhã. Já posso dar parabéns para SP? E para o Coachella?

Saiu agora pela madrugada (daqui) o lineup oficial do seminal Coachella, o festival amado por 10 a cada 10 fãs de música mundo afora por ser na Califórnia, perto de LA, visual incrível, astral master e, ainda por cima, ter pencas de bandas boas tocano. Seguindo o exemplo do ano passado, o evento realizado no deserto da Califórnia vai acontecer durante dois finais de semana, entre os dias 12-14 e 19-21 de abril.

Para a edição 2013, talvez as grandes surpresas do festival sejam a canonização do Phoenix como headliner aos sábados – lembrando que a banda foi anunciada também como headliner do Primavera Sound – e a presença do Stone Roses com o status de atração principal, mesmo eles não tendo “vingado” em solo americano quando despontaram.

Além das outras “atrações principais” Red Hot Chili Peppers e Blur, o festival de Indio ainda tem em sua programação nomes como The XX, Yeah Yeah Yeahs, o nosso Grizzly Bear (Popload Gig, 3 de fevereiro), Nick Cave & The Bad Seeds, The Postal Service, New Order, Lou Reed, Modest Mouse, Hot Chip, Franz Ferdinand, Father John Misty e Tame Impala. Só para citar ALGUNS.

A lista completa, com o já famoso pôster, está abaixo.

Vamos?

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Não, 2011, seu álbum mais bizarro é “Lulu”
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Lúcio Ribeiro

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* Sai dia 31 de outubro (UK), 1º de novembro (US), vazou inteiro ontem. Ou seja, já saiu o disco “Lulu”. Lou Reed mais Metallica. Lou Reed falando, não cantando. Metallica em “inspirado” heavy metal, às vezes thrash, em cima de “spoken words” de um velho-do-asilo-Arkham incorporado por mister Lou Reed. Músicas de DEZENOVE minutos, outras de 11, outras de 10. Tem mais tranquilas, de seis, sete.

Tem até uma música “normal”, a rockona “Iced Honey”. Mas a que deixamos aqui, mesmo, é “Pumping Blood”.

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