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Arquivo : SWU

Balanço SWU: o que deu certo e o que não rolou em 2011
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Lúcio Ribeiro

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Sustentabilidade é isso: reaproveitar camiseta da edição passada

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>> Acabou. Último post SWU até 2012 _ ou não, sempre pode aparecer algum vídeo bizarro aqui e ali. Mas passado o cansaço e depois que a lama (das botas) secou, sobram as listas, os vídeos, as fotos, os elogios, as críticas… O festival SWU entra na categoria “haters gonna hate”, como todo festival de música. Nunca um line-up vai agradar 60 mil pessoas simultaneamente, o deste ano estava esquizofrênico, mas é tentando que se chega lá. Não vamos entrar no mérito sustentabilidade ou criticar a alienação do público em relação à causa ambiental, porque por mais que a proposta seja válida, ainda não é o motivo principal que nos faz ir até Paulínia com previsão de trovoadas. Principalmente quando ela é imposta, como uma “publicidade”.

É difícil dizer se a segunda edição do festival foi melhor que a primeira. Foram bem diferentes. Visualmente, o SWU de Itu era mais “friendly”, tinha mais cara de festival no campo. O deste ano, parecia um festival dentro da Cidade Universitária. Por outro lado, o festival deste ano pareceu mais organizado (*ver listinha abaixo) e a ideia dos palcos um de frente pro outro é MUITO melhor que a do ano passado, onde os palcos ficavam colados, tinha a área VIP estúpida na frente deles e o público não tinha como se locomover. Para nós da Popload (ou para quem acompanha o blog) faltaram bandas mais atuais, que estão despontando, mas que já têm músicas suficientes para serem incluídas em festivais como esse. O palco New Stage é sempre o melhor lugar para apresentar o que há de novo, como o nome diz, mas falta dar a ele um line-up mais… ousado. De repente, para outras edições, um palco “médio” poderia ser a alternativa entre o palco New Stage (para bandas novas-novas tipo Lana Del Rey hehe) e o palco gigantesco das atrações principais. Neste palco médio caberiam ASH, BRMC e Sonic Youth, por exemplo, bandas grandes para um palco pequeno (e sem telão!), mas que se perdem em um palco gigante e com público disperso.

Enfim, com os principais shows sendo transmitidos ao vivo na TV (o palco New Stage tinha transmissão online) e twitter funcionando como caixa de comentários real-time, não dá nem para dizer que você “não estava lá”.

Para a Popload, este foi o balanço SWU, abaixo.

Certamente deixamos passar muita coisa, mas você também pode contribuir com esta lista nos comentários. O que deu certo? O que fracassou? Quais foram as melhores apresentações? E as piores?

A maior varanda VIP do mundo?>> ROLOU:

* Para quem ficou em casa, a cobertura-guerrilha do Multishow chegou quase a ser melhor que o festival em si. E não sei se isso deve ficar na parte do WIN ou do Fail.
* A área VIP finalmente saiu da cara do palco e da frente dos fãs e foi para a lateral. Provavelmente a maior área VIP do mundo, eu acho, mas pelo menos não atrapalhou ninguém (foto acima).
* A divisão por gêneros funcinonou bem, evitando o “cadê o rock?”, que perseguiu o Rock In Rio durante os 32 dias de festival (*rs).
* A “segregração de estilos” também dividiu o público e quase não houve brigas ou bandas sendo expulsas com vaias. Pelo menos fora do palco (já dentro dele…). E olha que na segunda-feira rolou o Testosterona Stage, mas o público só tinha CARA de mal.
* Tyler the Creator/Odd Future talvez não tenha feito um show excepcional. Porque eles não fazem mesmo shows excepcionais. Mas, ter no evento um nome da “nova geração” ainda em ascensão, faz diferença. Antes Tyler hoje que amanhã.
* Chris Cornell conseguindo segurar umas 40 mil pessoas só no violãozinho.
* O show foi cancelado, mas Modest Mouse está em SP até amanhã. Soltinhos. Com instrumentos. Galera envolvida com casa de shows, manifeste-se.
* Praça de alimentação Veggie: aprovada!
* Não havia muitas filas para banheiro e bebida. Já a praça de alimentação estava sempre lotada, mas o atendimento foi tranqüilo.
* Pelas camisetas do público, o Iron Maiden precisaria de um festival só pra ele. Foi (quer dizer, sempre é) a camiseta oficial do SWU-metal. lml
* Courtney Love doidona, bagaceira, sem voz, fazendo um karaokê de Hole intercalado com stand-up-tragicomedy. Foi divertido, vai. Quando teve música, foi bem bom.
* A cena “simbólica” das guitarras e baixo do Sonic Youth no palco, no final do show, no final da banda (?), depois de “Teen Age Riot”. Pode acabar agora, Sonic Youth.
* Mike Patton vestido de Zé Pilintra, com terreiro no palco, CORAL DE CRIANCINHAS, cantando cafonamente em português e com discurso pré e pós show. Se com tudo isso ele não levou garrafinha pet na cabeça, temos um novo Bono.
* Finalmente a camiseta P*RRA C*R*LHO, sendo vendida por 80 reais na barraca de merchan oficial do SWU, fez sentido.


Popload Na Moda. No último dia só deram elas: camisa xadrez e camiseta metaaaaal.

>> NÃO-ROLOU

* Falta de sinalização (e de funcionário capacitado a dar informação) para os estacionamentos na chegada do festival
* A discotecagem estufa-lingüiça do Black Eyed Peas. Que papagaiada foi aquela? Parecia festa de formatura de colegial. Em salão de prédio.
* Se você reclama do “excesso de músicas cover” da dupla Miranda Kassin & André Frastechi, também tem que reclamar dos três ‘covers’ que a Courtney fez e do Michael Jackson versão Vila Madalena do Chris Cornell (ele ainda cortou um cover do Beatles e outro do John Lennon que estavam no setlist original). A “regra” vale para todo mundo. Mas, no fim, who cares.
* O show sem-banquinho e (só) com violão do Chris Cornell… Bonito e tal, mas para um festival ficou bizarro. O Cornell mesmo disse isso no show.
* BRMC tocando de dia, no palco principal. Não há jaqueta de couro e óculos escuros que sustentem o look. O mesmo vale para o ASH, que praticamente abriu o palco New Stage na segunda-feira.
* Modest Mouse contratar uma empresa particular, ficar sem instrumentos e não tocar. Mico do ano. Se é que foi isso mesmo.
* Crystal Castles também com problemas com equipamento, começou com uma Alice Glass se mataaando e se descabelando de tanto gritar. Pena que a gente não ouvia a voz dela.
* A gang do celular: até quando?
* Falta de indicação para os palcos, para a lista dos shows e dos horários. Quem não era jornalista e tinha acesso à sala de imprensa, não sabia quem tocava onde. O público do Chris Cornell, que esperava no palco do Duran Duran, teve que sair correndo quando percebeu que estava do lado errado.
* Isso dificultou ainda mais a vida dos “iniciados” que tentaram conhecer bandas novas no palco New Stage. Teve gente que a-do-rou o Is Tropical, mas era !!!. E que viu Miyavi achando que estava vendo Crystal Castles, cantando em japonês. Não, não tinha nem telão para facilitar.
* Meninas de salto alto (muito alto) na lama: até quando?
* Peter Gabriel x Roger. Roger x Chris Cornell. Roger no Twitter. Peter Gabriel ligando para o Roger. E todo mundo dando bola para isso.
* O show do Peter Gabrielzzzzz.
* Camisetas oficiais do evento por 80 reais?
* Água sendo VEN-DI-DA (5 reais) aos fãs espremidos e com sede, colados na grade.
* Sustentabilidade também depende de lixeiras em pontos estratégicos. Era difícil encontrar uma.
* Não tem como fugir da lama em festival desse porte. Mas dá para tentar evitar esse perrengue nos estacionamentos. Enfrentar carro atolado depois de doze horas tomando chuva é penitência, não diversão.

* Em 2012 estaremos de novo em Paulínia.

* Equipe POPLOAD no SWU: Alisson Guimarães (base), Ana Carolina (Bean) Monteiro, Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro (textos, Paulínia) e Fabricio Vianna (foto, Paulínia)

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O Melhor do Twitter: edição especial #SWU dia 3 – “O Terreiro Épico”
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Lúcio Ribeiro

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Para quaaaaaase fechar o “assunto SWU”, vamos ao olhar do Twitter sobre o ecofestival que acabou ontem encharcado. Custava ter comprado os serviços do Cacique Cobra Coral, como faz o Rock in Rio e o Planeta Terra?

GERAL

@gustavomiller Fato: das bandas de hoje no SWU, só o Primus não rima com o grito “olê, olê, olê” #faitê #alicê #soniquê #stonê #megadethê

@pittyleone Hoje: feriado do dia mundial das siglas. vem ni mim FNM, SY, AIC, STP no SWU!

@ChuckHipolitho BRMC e Down. É o que eu quero tentar ver hoje e por isso eu vim de preto.

@upfelipe BRMC é muito 2008.

MEGADETH

@marcusdejean ESSE VOCALISTA DO MEGADETH TA PARECENDO A ROGÉRIA

@leandrojmp quando que o ovelha entrou pro megadeth?

@pablomiyazawa Quando vejo o Megadeth ao vivo, recordo de minha banda de cover na adolescência, a NegaBeth.

@edutestosterona Pena que o Megadeth acabou em 1997

@RMotti Crystal Castles melhor show que ninguém viu. Vai pra lenda igual Mars Volta em 2004.

STP

@rlevino Scott Weiland não deixa dúvida: heroína é o novo formol.

@romani83 Scott Weiland é influenciado por Ney Matogrosso”. MICHELETTI, Luisa (a versão feminina de LEE, Beto)

@rodrigosalem “Que showzação do STP. A banda está superensaiada. Só sucessos como…. pausa para ler a lista no papel”. ahahhahaha

@romani83 Aposto que 50% da plateia confunde Alice in Chains e Stone Temple Pilots, e tava esperando “Man in the box” em vez de “Plush”.

SY & ALICE IN CHAINS

@superoito O show do Sonic Youth tá tão empolgante que até o meu cachorro saiu da sala e foi roer um osso no canto frio do banheiro

@juniorpassini O Sonic Youth sem vontade é melhor que o SWU inteiro. Pelo menos isso.

@l_o Ao vivo do swu: kim gordon toca de aliança <////3 #sonicyouth

@tocamamberti Meu amigo Simoninha tá cantando mto no Alice in Chains!

@vyktorb Alice in chains chegando de guardachuvinha CADE O ESPIRITO SUJO DO ROCK AND ROLL?

@Saueia A Didi anunciou a transmissão do Lulapalloza ano que vem. Palocci de headdliner no primeiro dia e Zé Dirceu no segundo?

@raulportugal Pra Didi, ano que vem tem Lula Pa Lusa. Companheiros, todos ao Canindé.

@BartBarbosa Podiam aproveitar q o Beto Lee jà tá pagando mico de óculos escuros e botar um teleprompter pra ele ler (e parar de improvisar baboseira)

@superoito “Seattle é uma cidade, porra, bicho, extremamente musical, tem nem o que falar sobre essa cidade” LEE, Beto

@rodrigosalem “Os Cara, Galera, abrange geral, moçada, delírio, djimais” – Saudade do vocabulário das coberturas de festivais do Multishow.

@tmaranhao  Chamar banda de “os caras”, até quando?

@brunodias “Stone Temple Pilots eh grunge pra meninas”. ãham, senta lah luisa

@rodrigosalem “ALICE IN CHAINS QUE É TIDO COMO GRANDE INFLUÊNCIA DO METALLICA” – Mader, Erica.

@yadayadayada “A gente não tem autorização pra falar com a banda e… HEY WILLIAM, SAY ‘HI’!!!”

FNM

@superoito Backstage do #SWU, essa praça de guerra onde as repórteres do Multishow arriscam a vida a serviço da notícia

@tocamamberti Tudo branco no palco! É Faith No More Racional?

@ninamarcs Se eu fosse o mike patton chegava VCS QUEREM MAAAIS??? e a galera SIIIIIM e eu VCS NÃO MERECEEEEM BJOCASS

@oimperador Imagina se a Record compra os direitos do SWU e rola essa macumbada.

@leodiaspereira Painho Maico Patão #FNM #SWU

@lobaoeletrico FNM…exu caveira agradece!!

@karencunsolo Mike Patton cantando Evidências

@cesinha Travestido de Zé Pilintra e com esse nome de banda, aham.. tá certinho.

@thiagotat2 UM TERREIRO ÉPICO

@marianadem YOU URINOL BUT U CANT HAVE IT

@thiagotat2 ESSA CRIANÇADA DEVE SER TUDO FILHO DO MIKE PATTON

@elgroucho Cara na real fora o patton acho que só o bowie dominou os códigos do rock desse tanto

@yadayadayada No aguardo das resenhas do show do Faith No More dizendo que baixou o santo nos integrantes da banda.

@carloscalmona Estacionamento SWU: 5 horas para sair depois de atolado… Uns 100 carros atolados, inclusive os guinchos do resgate. #swuestacionamentofail

@cecilialeite Cheguei em casa quase nove da manhã porque fiquei atolada no estacionamento oficial do swu AGORA PODE CHORAR


P**ra, car**ho! Faith No More monta terreiro no palco e fecha o SWU com chave de ouro
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Lúcio Ribeiro

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Onde vai parar a loucura desse Mike Patton? Já nos acréscimos do SWU, o vocalista-gênio-tresloucado garantiu um show memorável para o ecofestival que parou Paulínia nos últimos três dias.

Com visual de pai de santo, Mike Patton fez todas as suas estripulias, caras e bocas possíveis. Com a potência de sua voz em dia, cantou desde Burt Bacharach a “Easy”, música-chiclete que é um dos maiores sucessos do catálogo do Faith No More.

A banda, que veio ao Brasil há cerca de dois anos _ e Patton, há dois meses _, não se importou com a chuva e brindou quem ainda teve pique para acompanhar os últimos minutos do SWU. Teve espaço para participações do coral de crianças do Instituto Bacarelli e do poeta pernambucano Cacau Gomes. Uma vibe meio Sting, só que ao contrário.

A Popload separou alguns vídeos do show e algumas fotos impagáveis de Mr. Mike Patton, que a todo momento parecia encarnar uma entidade santa (ou demoníaca) diferente. As fotos são de Fabricio Vianna.


SWU, dia 3 – Bem-vindo aos anos 90
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Lúcio Ribeiro

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Fique ligado. Durante o feriadão tem mais SWU na Popload.

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* 2h00 – O terreiro do Faith No More

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* 1h20 – Se o desvairado Mike Patton não aprontar alguma surpresa, o setlist do Faith No More, que encerra oficialmente o SWU 2011, será este.

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* 1h10
O Indie andou jogando contra o relógio no SWU. Depois do cancelamento do Modest Mouse no domingo, outra banda que passou por apuros com seus equipamentos foi o Crystal Castles. O atraso no New Stage, que já era de 30 minutos, passou para uma hora porque a aparelhagem da banda chegou em cima da hora. Fora isso, o CC foi o único grupo que não liberou transmissão por parte do Multishow (nem pela TV, nem pelo site). Mesmo assim, a voz endemoniada de Alice Glass marcou a apresentação encurtada do grupo, embora a gente nem tenha ouvido a voz dela direito.

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* 0h45 – Com desfile de hits, o Alice In Chains segurou bem o público com boa performance de William DuVall.

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* 0h15 – Scott Weiland, com visual comportado, se mostrou em boa forma e garantiu um show agradável do STP na noite de encerramento do SWU.

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* 23h50Algumas curiosidades do último dia do SWU.
1 – Hoje estavam distribuindo água sem cobrar para quem estava espremido na grade.
2 – Seguranças estavam proibindo que pessoas subissem nos ombros de outras. Alegram que apenas estavam cumprindo ordens.
3 – Fischer informou que, “para fugir da chuva”, o SWU 2012 deverá acontecer em setembro ou outubro.

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* 23h15 – Stone Temple Pilots fazendo show honesto e pesado por aqui.

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* 22h10 – O setlist programado para o show do Alice In Chains.

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* 21h30 – Sonic Youth

Com o famoso símbolo da máquina de lavar no fundo do palco, enquanto o público era lavado pela chuva em Paulínia, a banda americana Sonic Youth fez uma apresentação sem concessões no festival SWU, em outra passagem pelo Brasil.

Naquela que pode ser sua última apresentação no país e uma das últimas de sua gloriosa carreira independente –o futuro da banda é incerto, uma vez que o casal líder Thurston Moore e Kim Gordon anunciaram o divórcio–, o cardápio oferecido aos ardorosos fãs dos 30 anos do seminal grupo, e aos muitos que na verdade não tinham para onde ir na chuva, foi microfonia e água. Poucos hits para fãs não iniciados.

A apresentação foi irregular, assistir ao show foi uma experiência irregular, dada as circunstâncias climáticas e o vai-e-vem de capas de chuva impedindo a maior integração costumeira com a barulheira promovida por uma das principais bandas da história do rock alternativo.

Pelo menos a parte final, com chuva e tudo, foi gloriosa, com “Sugar Kane” e “Teen Age Riot”, duas de suas pérolas principais, a primeira dos 90, a segunda dos 80. E um simbólico passeio de microfonia no palco de Thurston e Kim, que antecedeu o fim mesmo. O fim mesmo?

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* 20h40

A maioria das bandas nos palcos principais do último dia do SWU tem em comum o sucesso que fizeram nos anos 90 _ e o fato de ficarem irritadas quando são lembradas disso pela imprensa brasileira. Apesar das diferenças de gêneros musicais, tiveram seu auge da fama de 1990 a 1995, com Primus, Megadeth, Stone Temple Pilots, Alice In Chains e Faith No More todos lançando discos “clássicos” no período. Até Duff McKagan fez o mesmo com o Guns N’ Roses, e o Phil Anselmo com o Pantera, à época – agora, o primeiro toca com sua banda Loaded, e o segundo com o Down. Ah, e o Raimundos e o 311 existiam nessa época também…

– Shows:

Duff McKagan foi extremamente simpático, até descendo ao nível da platéia para tocar uma música, escondendo levemente o material morno do grupo com uma cover de “It’s So Easy” (GNR) no final. Já o Black Rebel Motorcycle Club foi o oposto: um ótimo show, mas a banda parecia não se importar muito em estar ali. Enquanto Duff McKagan falou uns 20 “SÃO PAULOOO” e até incluiu “Brazilians” em algumas letras, o BRMC esperou até a penúltima música para se comunicar com o público, e, na última, o baixista Peter Hayes descer à platéia também.

No New Stage, o psicodélico The Black Angels foi um dos destaques do dia, uma perfeita alternativa para o genérico 311. Apesar do ótimo show, que relembra o melhor do The Jefferson Airplane, os fãs de Simple Plan guardando lugar na grade para o show que ocorreria mais tarde foram incapazes de aplaudir uma música sequer. Felizmente, o resto da platéia respondeu bem. Os vídeos antigos e desbotados no telão foram provavelmente o melhor acompanhamento visual de qualquer show.

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* 19h00 – O setlist do (talvez) último show do Sonic Youth.

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* 18h30

Dia de programação mais longa do SWU e que pode se tornar histórico, já que o Sonic Youth pode encerrar suas atividades hoje, no início da noite, aqui no ecofestival de Paulínia. O (ex) casal orgulho indie Kim Gordon e Thurston Moore pode pisar em um mesmo palco pela última vez (pelo menos no Brasil).

Fora toda a comoção pelo Sonic Youth, o último dia do SWU chega com um revival dos anos 90, década de ouro da música. Passam por aqui Stone Temple Pilots, Alice In Chains e Faith No More, por exemplo. Mas isso é assunto para mais tarde.

Os destaques até agora foram duas das atrações mais esperadas pelos indies: a veterena banda irlandesa Ash e a galera dark da Black Rebel Motorcycle Club. Os dois grupos tocaram em horários similares. Enquanto o Ash fazia show animado no New Stage, a BRMC apresentava show que dividiu opiniões no palco Energia. Só sei que em ambos os shows rolou muita música boa.

Outro ponto de destaque é o mau tempo que recepciona quem chega ao parque Brasil 500. A galera precisou se virar mais cedo para enfrentar a chuva e a lama. Esse é o nosso Glastonbury (?!), nas lentes de Fabrício Vianna.

* EQUIPE POPLOAD
Lúcio Ribeiro, Ana Bean, Fernando Filho, Fabrício Vianna, Alisson Guimarães.

* Setlists via Multishow


SWU, dia 2 – O Melhor do Twitter
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Lúcio Ribeiro

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* É o melhor do Twitter. O que não necessariamente implica em “O Melhor do Festival”, néam?

@gi_bedendo Meu resumo SWU dia 13: Cheguei achando que tinha perdido o show do Ultrage a Rigor, acabei vendo o Is Tropical achando que era o !!!…

@leleolele Alguém que tenha a manha da cultura “indie” sabe me dizer se essa banda !!! é indie? #SWU

@superoito Galvão Bueno narra a briga entre roadies do Ultraje e do Chris Cornell, é isso mesmo?

@diegomaia Roger do Ultraje x Chris Cornell. Juro que prefiro Ivetão x Claudinha

@jnflesch SWU news: gafe do ano: Roger entra, fala com o publico, olha pra tras e pergunta “ue, cade a banda?”

@_Merteuil Já desconfiava. Quando vi o Roger do Ultraje reclamar de não ser citado na chamada do SWU, já previ que ele ia dar um jeito de aparecer

@marceloadnet0 Que deselegante!!!! / RT@LuizThunderbird Aqui a entrevista do Roger
@roxmo após o show:http://glo.bo/u98kPO

@jsebba O Chris Cornell gravou “Billie Jean” no disco Scream. Se vocês estão achando ruim, precisavam ouvir as outras músicas desse disco

@MarcoBezzi Num boteco, esse show do Chris Cornell seria um arraso

@Biancovic Pelo jeito, mais uma informação errada: não foi o equipamento do Modest Mouse que não chegou, foi o do Chris Cornell

@rlevino Chris Cornell em um show Emerson Nogueira grunge. Sensacional. So que ao contrario

@GabrieLouback SWU, esse festival que te faz querer ir pra ver o Neil Young não tocando e briga de roadie.

@lucasdalpra Um minuto de silêncio em memória aos peitos da Courtney Love

@janessacamargo Amo mto a courtney love. É uma louca, magoada, histerica, demonia, colocada. Tudo que uma canceriana é sem a terapia e tarja preta. Parabens

@rodrigosalem Melhor show sem música da história: Hole! Melhor q o CQC e Zorra Total juntos!

@Bruno_Dias
Esse show do Hole tá tão ruim tão ruim mas tão ruim que já deu a volta completa e ficou genial

@superoito O show do Hole tá tão ruim que tá bom, e se bobear é a terceira melhor coisa do SWU (1: repórter do Multishow 2: briga dos roadies)

@claraaverbuck Não tô sacando qualé a das modelinhos rebolandinho no palco. serão elas virgens para sacrifício? #swu

@lucianalobato Courtney Love deve dormir com uma foto do Dave Grohl dentro da calcinha #TeamDave

@karinamarigold
OTIMA ENTREVISTA DA LOVE PARA O FANTASTICO HAHAHA http://glo.bo/sAv8nB

@Amanda_Brochini
Courtney Love esquece de tomar antidepressivo e vai fazer show no swu

@katylene A-M-O duran duran, mas eles tão parecendo uma banda de cabeleireiros #SWUÓ

@mcferla
E pra tanto botox! RT @Odairbrazjr: E o Duran Duran mandando bala em um hit atrás do outro. O show é pequeno pra tanto sucesso. #DuranDuran

@AndreBarcinski Por que não botaram o Neil Young pra tocar na noite do Skynyrd, e o Peter Gabriel pra palestrar?

@Biancovic Saio pra jantar e quando volto já terminou o show do Peter Gabriel. Se fosse nos bons tempos, ainda ia estar na mesma música. 🙁

@AndreBarcinski Platéia vibra. Será com o Lynyrd Skynyrd ou o fim do Peter Gabriel?

@alisson10 Cadê o @Roxmo pra invadir o palco do Peter Gabriel e poupar a gente disso tudo?

@lisebing Peter Gabriel está fazendo um bem pro planeta: milhares de televisões estão sendo desligadas neste momento

@odildavid Meuzamigo, esse show do Peter Gabriel ta mais chato que transcrever entrevista do Suplicy

@alison_oi Brasileiro ñ gosta de romance. RT@UOLHomepage Show romântico de Peter Gabriel faz público deixar SWU http://uol.com/bscgXQ

@flaviadurante Fãs de Peter Gabriel: quem são, onde vivem. No próximo Domingo Espetacular

@LucasLvp
Se ele solar “Free Bird” na íntegra, esse show vai acabar mais tarde que o do Guns N’ Roses no Rock in Rio

@jsebba Enquanto isso, o Neil Young tá comendo um Bauru no Ponto Chic

***Foto: Fabricio Vianna/Popload


Courtney F*king Love
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Lúcio Ribeiro

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O show avacalhado e bom do Hole foi um dos grandes destaques do SWU no domingo. Do SWU até agora, incluindo o sábado. Fale o que quiser de Courtney Love, mas ela ainda encara as coisas como se ainda fosse o último show da vida. Ou seja: ela não dá a mínima haha. Igualzinho ao show porco e ótimo que ela fez em 91, abrindo para o Mudhoney no Astoria. Igualzinho ao que ela fez no palco principal do Reading Festival em 1994, poucos meses após a morte do marido famoso. Igualzinho ao do Sxsw de 2009, na “volta do Hole”. Craze shit!

No show do Hole de ontem, que teve até música do Hole, Courtney pagou peitinho e tentou mostrar para o mundo que o Dave Grohl não é tão legal assim, como o planeta acha. Foi vaiada no discurso ressentido, aplaudida no show bagaceira, quando botava sua voz rouca para cantar. E ela fez também sua versão para “Bad Romance”, da Lady Gaga. A letra foi um “pouquinho” trocada, hehe.

A Popload separou alguns momentos da Courtney F*king Love no Brasil.

Oun


SWU dia 2 – Foi t(r)eeeeeeta
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Lúcio Ribeiro

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Segundo dia agitado no SWU. O que estava se encaminhando para um dia xoxo, de repente teve briga, ameaças de bastidores, chuva, cancelamentos, confusões nos horários e Courtney Love.

Courtney Fucking Love. Desde a entrevista que fiz com ela (ou o contrário) semana passada, fiquei esperando um costumeiro show caótico dela no SWU. Não deu outra. Tal qual na entrevista, sobrou pro Dave Grohl, pro Billy Corgan, muita falação, peitinho de fora, Lady Gaga, tretinha com fã com foto do Cobain… E o “Foo Fighters is gay”!

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Nic Offer, do !!!, apareceu no SWU como quem tivesse acabado de acordar


E, lógico, fez a apresentação enérgica de sempre e se jogou na galera


Depois de toda a confusão no show do Ultraje, Chris Cornell segurou bem o público com sua voz marcante. Mas o melhor momento do show foi quando ele anunciou que volta com o Soundgarden em 2012

 

***** A GALERA

* O fotógrafo Fabrício Vianna flagrou a galera se preparando para enfrentar a chuva que marcou o início do SWU neste domingo.

***** OS VÍDEOS

Só eu não acho vídeo do !!!?


SWU, dia 1 – Tyler The Creator vira Tyler The DJ. Snoop Dogg samba. Kanye esnoba. A Fergie e o Will.I.Was… O dia pop do ecofestival
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Lúcio Ribeiro

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Primeiro dia de SWU mais voltado ao pop, mas com um estranho no ninho. O rapper-problema-sensação Tyler The Creator trouxe parte de seu coletivo Odd Future Wolfgang Kill Them All para uma apresentação no início da noite no New Stage. Pouca gente viu. Pouca gente do OFWFTKA veio também, tanto que um dos desfalques foi o DJ, fato que fez com que Tyler The Creator se tornasse Tyler The DJ. “Serei o DJ esta noite”, avisou logo no início. “Sou uma merda de DJ”, disse minutos depois, quando fez uma entrada errada, haha.


Tyler, The DJ

Left Brain, um dos “cabeças” do Odd Future, chegou a perguntar se a galera presente fumava maconha. Tyler, contido, mandou retirar todas as garrafas de água (brasileira) do palco após não curtir muito uma delas. Em pouco mais de 50 minutos, o termo utilizado por quem assistiu foi “morno”, já que as apresentações do coletivo costumam ser recheadas de tensão e confusão.


Don’t believe the hype: faltou empolgação e público no show do Odd Future

* Ainda no hip hop… Kanye West apareceu cheio de marra, mandou o Multishow desligar a câmera, fez show que seria bom se não durasse duas horas. Talvez nem uma.

* Por outro lado, o boa praça Snoop Dogg, em fase meio peace & love, esbanjou sua famosa malandragem. E até arriscou uns passos de samba!?

* THIS IS INDIE – Nem só de pop viveu o SWU em seu primeiro dia. A explosiva dupla Matt & Kim – atração do primeiro Popload Gig lá em 2009 – e os curitibanos do Copabacana Club representaram.

* BLACK EYED PEAS – Não vamos falar de música até que saia o vídeo pout-pourri de Nirvana e Blur. Para registro, pegamos três fotos da Fergie, no talvez show mais chato de todos os tempos em qualquer lugar do planeta. O problema maior é que eles prometeram que não vão acabar. E mais: vão voltar ao Brasil.

* PREÇO DA SUSTENTABILIDADE – Copinho d’água: R$ 5. (Será que é da mesma que o Tyler a-d-o-r-o-u?)

* A Popload, através das lentes de Fabrício Vianna, flagrou a chegada da galera no ecofestival que acontece em Paulínia até a próxima segunda-feira.

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Popload Session apresenta… BANDA CRUZ
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Lúcio Ribeiro

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Semana SWU.

* Você sabe bem, a Popload Session é um espaço semanal para as bandas indies nacionais (não só, não é Teenage Fanclub e The Cribs?) se apresentarem em duas performances gravadas e produzidas pelas próprias, onde elas quiserem: com uma música própria e com cover de um nome para elas representativa.

A session desta semana está nas mãos da Banda Cruz, formada por brasileiros, mas que reside fora do país, em Los Angeles. Neste episódio, a Banda Cruz toca sua “It’s Over” e faz uma versão bem rock para “I Shot The Sheriff”, de Bob Marley.

A Banda Cruz é formada por cinco paulistanos: Enrico Minelli (vocal), José Orlando (baixo), Daniel Pampuri (bateria), Filipe Pampuri e Rafael Kumelys (guitarras).

O grupo foi descoberto pelo produtor Jay Baumgardner (Evanscence, Linkin Park, No Doubt), que ouviu um CD demo do grupo em 2008, gravado no seu NRG Recording Studios. Na época, a Banda Cruz viajou para os EUA com dinheiro emprestado pelos familiares.

As influências do grupo vão de Beatles a Led Zeppelin, passando por Nirvana e Pearl Jam. A Cruz venceu o concurso Update or Die e terá as honras de abrir oficialmente o SWU, neste sábado, em Paulínia.

Confira então os vídeos de “It’s Over” e “I Shot The Sheriff”, exclusivos para a Popload Session.


Courtney Love: longer, bigger, uncut. A segunda parte da entrevista com a atração do SWU: sobre drogas, quem o Cobain queria no Nirvana e a vez em que ela foi VOCALISTA DO FAITH NO MORE
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Lúcio Ribeiro

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* Faaaaaala, Courtney. Faaaaaaala!
Parte 2 da entrevista que a viúva de Kurt Cobain, cantora do Hole, atriz doida de Hollywood e atração do festival SWU concedeu a este blogueiro, na condição de jornalista da Folha, em texto que saiu publicado ontem, quarta-feira. Em destaque: o caminho das drogas nos EUA, o fim da cocaína, o dinheiro que vai para ela das músicas do Nirvana e um gosto-não gosto de algumas das atrações do SWU. Ah, e Courtney lembra de quando foi VOCALISTA DO FAITH NO MORE! Courtney vocalista do Faith No More! Essa eu juro que não sabia e abri o wikipedia na hora da entrevista para ver se era verdade, enquanto ela falava.

* Courtney, o “Nirvana ideal” e as drogas – “O Kurt sempre quis mais gente no Nirvana. Ele queria o J Mascis [Dinosaur Jr] de baterista. Essa eu nunca entendi. Ele queria o Matt Lukin [baixista do Melvins, depois Mudhoney]. E, principalmente, ele queria o Dale Crover na bateria [baterista do Melvins, que quebrou o galho no Nirvana por uns tempos, antes do Dave Grohl entrar].

“Mas o Buzz {Buzz Osborne, guitarrista e vocalista do Melvis, amigo de colégio e da banda pré-Nirvana de Cobain] nunca levou o Kurt a sério e o tratava como merda. Acho péssimo que até hoje o Buzz… Bom, não o vejo desde o natal de 1992… Sou de San Francisco, e tem essa loja, Gump’s, que eu ia lá com minha avó. Em 92 [pode ser 1982, Courtney usou as duas datas na entrevista, pode ter se confundido] estou saindo da loja e vejo o Buzz usando heroína com a filha da Shirley Temple, que tinha virado uma junkie gótica…

“Naquela época, heroína era “the thing”. Ninguém mais usa heroína neste país hoje em dia. Agora eles preferem oxycodone [analgésico duas vezes mais potente que a morfina]. Não tem mais heroína aqui! Os jovens usam ketamina também. Eu jamais usaria isso. Nunca tomei nem ecstasy… Então nem sei como é. Mas tive essa fase heroína e foi antes do Kurt! Estou te explicando porque você não é americano, mas a gente usava heroína aqui porque TINHA que usar. Ou então, você não era cool o suficiente. Era como jazz! Mas eu nunca tive uma doença! Essas cidades portuárias da costa oeste, tipo São Francico, Los Angeles, Portland, Seattle, e, no Canadá, Vancouver… A heroína chegava pesado em Seattle e Portland, daí para o resto do país. E heróina é muito ruim! E em San Francisco a heroína era boa e vinha de lugares diferentes. Em Vancouver tinhas as da China… A de Los Angeles era péssima e ninguém se viciava de tão ruim que era. Qual é o maior problema com droga no Brasil?

* Courtney, o Lula, a presidente do Brasil Cristina Kirchner e o beijo do Hugo Chaves – “Em 2009, eu vi o filme ‘Ao Sul da Fronteira’, do Oliver Stone, que é meu amigo. Era uma première em NYC e estava ao lado do Lula, da Cristina Kirchner, um bispo, o presidente boliviano e o Hugo Chavez. Você deve ter visto fotos minhas com o Hugo nessa ocasião. E o Oliver Stone vai e me bota na porra da primeira fila! Era Fashion Week e estava com um vestidinho e sapato vermelho. O Chavez deve ter achado que eu era uma prostituta… Eu não sabia! Ele é um cara ruim? Porque eu gosto dele, achei que ele é um cara legal, tendo a ver o melhor nas pessoas… Bem, ele gosta de celebridades, né? E daí a presidente de vocês [Achando que a presidente do Brasil era a Kirchner] não tirava o olho da minha bunda pensando ‘quem é essa puta?’. E o Chavez vai e beija a minha boca. French kiss, mesmo. Foi engraçado como a mídia divulgou isso. Virou um incidente internacional.

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ÁUDIO: Ouça Courtney Love falando sobre Kurt Cobain e a ex, Tobi Vail, do grupo de meninas Bikini Kill. Cobain, na paixão por Tobi, escreveu a maior parte das músicas do “Nevermind” para ela. Aí o Dave Grohl, que começou a sair com a Kathleen Hanna, também do Bikini Kill, salvou Cobain daquelas gordas retardadas. Foi mais ou menos isso.

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* Courtney e o download – “Ninguém consegue fazer dinheiro com download! O compositor até faz pouco dinheiro, no caso o Kurt, que agora é meu e da Frances [Filha de Love e Cobain]. Tem a porcentagem do iTunes, da gravadora Universal, disso e daquilo. Daí que num download de uma música, que custa 99 centavos de dólar, no final acaba vindo 9 cents para o compositor. No caso, para mim e France dividirmos.

* Courtney e o SWU – Quem vai tocar nesse festival, comigo? Minha empresária não quer me dizer! Eu desisti de um festival na Austrália porque ia ter o Van Halen, Limp Bizkit. Eu disse: ‘Não vou’. Não ligo para o dinheiro, é um ‘NO’… O Stone Temple Pilots vai tocar no festival, não vai? Sonic Youth? Meu Deus. Eu até gosto do Thurston Moore, mas não gosto da Kim Gordon. E essa separação deles agora. Eles pareciam papai e mamãe quando falavam. Papai e mamãe bem esquisitos. Em que posição estou na escalação? [é dito: a principal atração no domingo do palco secundário]. Quem vai estar tocando no mesmo horário no palco principal? Peter Gabriel? Ok. Quem mais toca? Black Eyed Peas? Agora ficou bizarro. Snoop Doog? Yaaaay! Adoro ele! Nunca fumei maconha com ele porque não fumo maconha, mas eu o amo. Kanye West? Conheço Kanye. Ele é fantástico. É um crianção no bom sentido. Parece que tem 9 anos. Não tem ninguém novo nesse festival, tirando esse Tyler the Fucking Destroyer [Tyler the Creator] que você citou? Crystal Castles, ok, eu gosto deles. Quem mais? FAITH NO MORE VAI TOCAR? Minha primeira banda…

* Courtney no Faith No More – O Roddy [tecladista do Faith No More] é um dos meus melhores amigos. Eu fui a última namorada dele, antes de ele virar gay. Ele é padrinho da minha filha Frances. Ele, o Michael Stipe [REM] e o Bono [U2]. Implorei para entrar na banda, tipo 1983, eu devia ter 18 anos e era bem louca, colocava fogo no cabelo, me cortava no palco, fazia umas coisas bem estranhas, para desabafar. Disse que ia torná-los famosos. Fui só vocalista, não me deixaram tocar guitarra. Mas acabei expulsa do grupo antes de eles começarem a gravar o disco [1984]. A banda foi ficando grande e o Billy Gould [baixista e fundador do FNM] não conseguia se conformar em ter uma menina como vocalista da banda dele. Eles queriam fazer do Faith No More uma banda de ‘macho’. “