Blog POPLOAD

Arquivo : novembro 2012

Tudo Tudo!
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Lúcio Ribeiro

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* Everything Everything é uma curiosa banda de Manchester cujo falsete não é um artifícil vocal. É o normal das canções do grupo. Outra das curiosidades é que o quarteto, pelo menos seus dois líderes, são formados em Música Popular na universidade. Os conhecimentos teóricos são aplicados no indie inglês, veja bem. Banda de múltiplos artifícios musicais, citam como referências de Nirvana a Rihanna. Faz ideia do espectro em que trabalham?

Dito isso, vale dizer que o Everything Everything está lançando no começo de janeiro seu mais novo single, “Kemosabe”, segunda canção tirada do segundo disco cheio da banda, “Arc” (capa em foto, acima), a chegar às lojas uma semana depois. O primeiro single, “Cough Cough”, não tão bom quanto “Kemosabe” mas também de uso rasgado do falsete de Jonathan Higgs, saiu tem dois meses e chegou bem no Top 40 britânico.

O interessante são os vídeos Everything Everything feitos por eles mesmos, por não terem grana, nos computadores da faculdade, do jeito que dá e sob o que eles desenvolvem na aula. Do primeiro álbum, editado, em 2010, a música “Photoshop Handsome” é o que tem um impacto visual mais… mais… educativo. Quando puder, dá uma olhada nesse. Porque aqui a gente vai com os dois singles novos em vídeo. “Kemosabe”, o fresquíssimo, e “Cough Cough”, de agosto/setembro.

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O Natal “dark” do Mark Lanegan
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Lúcio Ribeiro

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* Depois do Natal de mil músicas do Sufjan Stevens, vem o Mark Lanegan e…

* O ex-vocalista do lendário Screaming Trees e uma das vozes mais imediatamente reconhecíveis da música, mister Mark Lanegan bota sua rouquidão das cavernas para funcionar na direção sentimental(óide) do Natal. O cantor americano fez um álbum de Natal para seus fãs e só para eles. Entitulado “Dark Mark Does Christmas 2012”, o disco está sendo vendido em apresentações ao vivo que Lanegan anda fazendo pela Europa, com shows quase diários até praticamente o meio de dezembro. Lanegan vai até se apresentar na acalorada Israel (Tel Aviv, dia 10/12).

Não tenho ideia se nesses concertos ele esteja cantando algumas dessas canções de Natal. O fato é que o CD, com seis músicas (uma delas, a última, uma cover do genial Roky Erickson (13th Floor Elevators), está sendo vendido em lojinhas de merchan nos shows dele, que até vai lá depois das apresentações para assinar este disco, os dele, os do Screaming Trees, assinar pôsteres, tirar fotos. Tipo como ele fez no Cine Joia, em POPLOAD GIG deste ano, em abril. Um bom “velhinho”.

Ah, a primeira música do disco, “The Cherry-Tree Carol”, é uma tradicionalíssima canção natalina sobre José, a Virgem Maria e a Galileia, composta no século 15. Ok? Um contraponto com a do Erickson, que fecha o álbum, que fala de vampiros, esqueletos e fantasmas, haha.

Bom, você não precisa ir até os shows do Lanegan na Europa para ter esse CD de Natal e ouvi-lo. Ele está na internet para download. E pode ser conferido aqui embaixo, inteirinho.

As músicas de “Dark Mark Does Christmas 2012”:
– The Cherry Tree Carol
– Down In Yon Forest
– O Holy Night
– We Three Kings
– Coventry Carol
– Burn the Flames

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Tame Impala mostra elefantes coloridos voadores aos ingleses
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Lúcio Ribeiro

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* Como a gente nunca fala da banda australiana Tame Impala, achei um bom motivo agora. O grupo do especialíssimo moleque psicodélico Kevin Parker foi ontem à noite ao programa do especialíssimo apresentador e músico britânico Jools Holland, na BBC (2). Aos ingleses, o Tame Impala foi mostrar sua “Elephant”, brilhante faixa de “Lonerism”, disco recém-lançado e fácil um dos grandes álbuns de 2012. Ritmo, letra, teclado, bateria, guitarra, vocal, baixão. Alguns ingleses da velha guarda devem ter lembrado um pouco de um misto de Led Zeppelin, Pink Floyd e Deep Purple, tudo junto. Incrível essa banda.

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GRRR! Aos 50, Stones voltam explosivos, sexy e com a Lisbeth Salander “sueca”
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Lúcio Ribeiro

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Gente mega é outra coisa. Comemorando “apenas” seus 50 anos de carreira, uma das maiores bandas da história da música continua dando seu recado em alto e ótimo som (e vídeo).

Os Rolling Stones divulgaram na noite de ontem o “lado visual” de “Doom and Gloom”, uma das músicas inéditas lançadas por eles mês passado para bombar a divulgação da coletânea “GRRR! Greatest Hits 1962-2012”. A faixa, praticamente punk com riffs estridentes e vocal rasgado do Mick, ganhou um vídeo à altura, interpretado especialmente pela atriz Noomi Rapace, famosa por viver no cinema a hacker bissexual Lisbeth Salander, na trilogia “Millenium”, em suas versões sueco-dinamarquesas. Vale lembrar que neste ano foi lançada a versão “americanizada” com a Rooney Mara fazendo o papel. Outros papos da mesma coisa.

No vídeo dos Stones, Noomi aparece toda louquinha, faz gestos obscenos, caras e bocas, poses sexy, toca bateria, substitui o Mick Jagger e ainda paga um peitinho rápido.

“Doom and Gloom” marcou o retorno dos Stones após sete anos sem lançar músicas inéditas. Nesta comemoração pelos 50 anos de carreira, a banda inglesa marcou apenas cinco shows para este ano, sendo dois em Londres, um no Brooklyn e dois em Newark. O último show da série, que tem apresentações com duração prevista de três horas, será no Neward Prudencial Center, dia 15 de novembro, e terá transmissão ao vivo para o Brasil pelo canal Multishow, a partir da meia-noite.

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#Chatiada: Fiona Apple cancela shows na América do Sul por causa da doença de sua pitbull
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Lúcio Ribeiro

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* OH NO!

Mais uma baixa importantíssima no mercado de shows na América do Sul, Brasil incluído. A louquinha e ótima cantora Fiona Apple anunciou em seu Facebook que não virá mais para o continente porque sua cachorra, Janet, está muito doente.

No extenso texto escrito à mão e scaneado para o Facebook, Fiona informou que sua pitbull de 14 anos está debilitada há dois (com um raro tumor no pulmão) e, por estar piorando, não pode viajar com ela ou para deixá-la, pois está precisando de “cuidados especiais” seus. “Não posso largá-la agora assim, por favor entendam”, falou ela. Eu superentendo.

A cantora, pelo texto, foi muito sincera e tocante. “Ela adorava brincar, agora nem vontade de sair para andar ela tem mais”, contou Fiona. “Às vezes eu me atrapalho uns 20 minutos botando meias para dormir. Mas essa decisão foi rápida. Essas são escolhas que fazemos, que nos define. Não sou mulher que põe sua carreira na frente de amor e amizade. Sou mulher que fica em casa e assa um peixe para minha mais querida e mais antiga amiga.”

Fiona Apple tinha três apresentações agendadas no país no final deste mês. Ela iria subir ao palco em Porto Alegre (27), São Paulo (29) e Rio de Janeiro (30). Esta é a segunda baixa de shows da gigante Time For Fun nos últimos dias. Na sexta passada, o Coldplay anunciou que a turnê marcada para a América Latina em fevereiro está adiada.

Provavelmente pega de surpresa com o anúncio pessoal de Apple, a produtora T4F ainda não se pronunciou sobre o cancelamento dos shows.

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Tags : fiona apple


#Chatiado: Mark E. Smith nervoso com a bagunça do Mumford & Sons
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Lúcio Ribeiro

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Um dos principais nomes da “cena” no momento, o Mumford & Sons tem feito sucesso com seu indie-folk “libertador”. Recentemente, o grupo jogou na praça “Babel”, seu segundo álbum. Para quem não sabe, o M&S era uma tradicional banda de bar. Conheci eles em Londres, em 2006, num bar (!!), pós-balada de um show catártico do Bonde do Rolê. Hoje o grupo vende mais de meio milhão de discos em semana de estreia nos Estados Unidos e alcançou o topo das paradas com esse “Babel”.

Acontece que o termo “banda de bar” não é corroborado por todos. O dândi Mark E. Smith, líder do seminal The Fall, andou dizendo poucas e boas sobre os meninos. Em entrevista ao site The List, repercutindo agora no mundo todo, Mark disse que o M&S é uma banda “folk irlandesa mongolóide”. Tudo porque o vocalista não curtiu os caras quando esbarrou com eles em um festival. “Conversei com meu amigo organizador do festival e falei que ele estava de brincadeira, nos colocando para tocar junto com eles. Ele retrucou dizendo que eles eram #1 nas paradas do país. Pensei que ele estava brincando. Aí vi que a banda estava cantando e dançando em cima das mesas no camarim. Mandei eles calarem a boca”, contou o nervoso líder do The Fall.

Longe do Mark E. Smith, o Mumford & Sons participou da deliciosa e tradicional série de programas Austin City Limits, que foi ao ar nesse fim de semana. No set, músicas do primeiro e do segundo disco. Na edição, teve também o Flogging Molly.

Watch Mumford & Sons / Flogging Molly on PBS. See more from Austin City Limits.


Ouça com atenção: o Captain Murphy vai falar. Mas quem é Captain Murphy?
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Lúcio Ribeiro

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Faz algum tempo, a Popload reverberou um mistério que tem tomado conta da música nos últimos tempos. Uma nova cara apareceu no novo rap, com um hip hop bem alternativo, de vanguarda. Captain Murphy, na verdade, não tem uma cara. Tem só um nome, até porque ninguém ainda descobriu quem é ou o que é. Nem os bambas sites gringos Pitchfork e Gorilla VS. Bear, redutos indies bem informados, sabem ao certo quem está por trás do projeto de forma oficial.

Fato é que, mesmo sem lançar um EP, o Captain Murphy começou a intrigar todo mundo no meio do ano. Foram lançandos apenas vídeos-cascata para suas músicas em seu canal no YouTube, um deles com a canção “The Killing Joke”, criada a partir do sample de “Ave Lúcifer”, d’Os Mutantes. Muito começou a se especular se o CM não era o Tyler the Creator, o Flying Lotus, os dois, nenhum dos dois ou um desconhecido. A hipótese de que seja um combo também é sempre levantada. Diante dessa polêmica toda, ele zoou com todo mundo em forma de música. “Speculating my identity / Good luck, you’ll never find me”; “I never wanna rule the world / I only wanna watch it burn”, diz ele na “The Killing Joke”.

Depois de todo esse mistério, o CM lançou sua primeira mixtape, acompanhada de um vídeo. Durante 35 minutos, as músicas com conteúdo NSFW aumentam ainda mais a curiosidade em cima do projeto, que em algum momento contou com participações de Flying Lotus, Madlib, Clams Casino, TNGHT, Just Blaze, Jeremiah Jae, Teebs e Samiyam, todos eles artistas do cast do selo do Flying Lotus. Mas nem ouse pensar que o CM é o Flying Lotus, como fez um curioso.

“Duality” (ou Du∆lity), a mixtape, está no ar desde o último final de semana e é bem boa. Ao que tudo indica, o CM se resume a uma forte e incrível parceria entre Tyler e FlyLo. Enquanto a identidade não é revelada – se é que será – a gente confere aqui.


Olha o passarinho do Kevin Barnes
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Lúcio Ribeiro

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* Não é isso bem isso que você está pensando…

O todo luxuoso e colorido Kevin Barnes, distinto líder do Of Montreal, um dos responsáveis por um dos shows do ano no Popload Gig pouco tempo atrás, andou “brincando” com seus ídolos esses dias.

Barnes, que sempre cita em entrevistas sua admiração pelo clássico Beach Boys, resolver pegar um violão e fazer sua própria versão para “Little Bird”, boa e discreta música da discografia do grupo do Brian Wilson, lançada no álbum “Friends”, em 1968.

Seguindo a linha colorida e lisérgica dos clipes do próprio Of Montreal, Barnes fez um “amateur video” para mostrar a canção, com uma mistura de imagens dele tocando e paisagens aleatórias. De tão simples, ficou bom.


Jarvis Cocker à Popload: sobre São Paulo, a importância do britpop, a treta com Michael Jackson, Lana del Rey e “Common People”
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Lúcio Ribeiro

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* Saiu publicada hoje na “Folha de S.Paulo” a entrevista que eu fiz semana passada com o grande Jarvis Cocker, vocalista falador dândi da banda inglesa Pulp, que faz show único no país semana que vem, aqui em São Paulo. Havíamos, Popload e Folha, soltado um teaser da entrevista com a história real e ficcional do maior hino da banda, a maravilhosa “Common People”. Agora a entrevista está completa. Até mais completa do que a que saiu na “Ilustrada”, porque não tem limite de espaço. Tem o que Jarvis falando de São Paulo, de por que o Pulp nunca veio para cá, sobre o legado do britpop e a respeito da maior confusão de sua vida: a treta com o Michael Jackson, transmitida ao vivo pela TV inglesa.
Bom, lê aí.

Era só o que faltava. Ou, melhor, era só quem faltava.
Quase 20 anos depois de fazer parte do último grande movimento musical inglês, a banda Pulp, liderada pelo dândi Jarvis Cocker, se apresenta pela primeira vez no Brasil agora em novembro. O show, único no país, acontece no dia 28, semana que vem, na Via Funchal, em SP.

Da trinca de ouro do britpop, que vendeu milhões de discos na metade dos anos 90 e frequentou tanto a parada de sucessos quanto os tablóides, o Oasis já veio quatro vezes. O Blur esteve aqui em uma oportunidade, lá em 1999.
“Eu estive em 2008 na Argentina e Chile, para shows de minha carreira solo. Estávamos acertados para ir ao Brasil, mas algo de última hora aconteceu e acabamos não indo”, disse à Folha o vocalista do Pulp, Jarvis Cocker, em entrevista por telefone de Paris, onde mora “parte do tempo” [Jarvis tem um filho francês].
“O Pulp não fazia grandes turnês fora da Inglaterra, então talvez não fizesse sentido na época incluir a América do Sul em nossa rota de shows.”

Cocker, famoso por ser mais um contador de histórias do que propriamente um cantor, diz estar ansioso por tocar em São Paulo. Não necessariamente para ter o primeiro contato com os fãs brasileiros da banda. “Eu tenho uma amiga inglesa que negocia arte e vive viajando a São Paulo, para visitar galerias. Ela me fala tanto que a cidade é viva, interessante, que agora quero muito conhecê-la”, contou.

O Pulp tem sete discos lançados, três na abastada era do britpop. O último deles produzido há quase 12 anos. Ao todo, a banda vendeu mais de 10 milhões de cópias. Em 2002, o grupo acabou. Cocker chegou a dizer que não se via mais tocando na banda aos 40 anos. No ano passado, quase aos 48 anos e dentro dessa grande onda de ressurreição de bandas acabadas , ele botou o Pulp novamente na ativa. Sem disco novo, músicas novas. E o teste da popularidade inabalada foi logo o acerto de shows gigantes no Hyde Park, no Reading Festival, no Glastonbury, entre outros.
“Bom, eu disse aquilo dos 40 anos. Mas o fato é que, mesmo agora, não me sinto um adulto propriamente dito, então tudo bem. Tinha um certo medo da velhice”, afirmou Cocker.
“No começo fiquei incomodado de a banda voltar. Aí chamei todo mundo, nos trancamos num estúdio frio em Sheffield e eu disse: ‘Se tocarmos as velhas canções de um modo minimamente decente, a gente volta’. Daí eu percebi que tinha passado toda minha juventude no Pulp. E não tinha sido uma perda de tempo. Então dava para tocar aquelas músicas de novo.”

E, aos 49 anos, como o senhor Jarvis Cocker vê hoje o que se deu na música inglesa há cerca de 20 anos, a febre do britpop e o resgate da auto-estima sonora britânica diante da “invasão” americana protagonizada pelo grunge.
“O britpop foi muito importante para a Inglaterra até socialmente. Não sei se fez diferença fora dali. Ajudou a dar força à história do ‘Cool Britannia’ que fez os jovens como a gente voltar a ter orgulho de ser inglês, principalmente culturalmente”, definiu o líder do Pulp.
“Mas acho que a melhor contribuição mesmo foi botar a música independente no mesmo patamar do mainstream. Chegar a jornais, rádios e TVs de modo que nunca havia chegado. Mas no fim, hoje dá para falar, o britpop não mudou tanto como queríamos. Ou como a gente achou que poderia mudar.”

Chegar aos jornais, mais especialmente aos tablóides, no caso específico do Pulp, deu fama nacional ao Pulp, mas também teve um lado amargo para Jarvis Cocker.
Numa importante premiação da música inglesa, o Brit Awards de 1996, no auge do britpop, Jarvis saiu da plateia para protestar invadindo o palco onde se apresentava o astro pop americano Michael Jackson. Era o indie britânico testando sua força contra o pop ianque.

Michael Jackson estava na premiação para receber o título de “Artista de uma Geração” e aproveitou para tocar seu sucesso na época, o single “Earth Song”, e entrou em cena vestido tal qual um Jesus Cristo, acompanhado por um rebanho de criancinhas.
Ao vivo para a Inglaterra e Europa, Jarvis furou o bloqueio de seguranças, foi ao palco e mostrou seu traseiro para o público e principalmente para Michael Jackson. Acabou preso. Mas acabou extrafamoso.
“Aquilo foi um protesto que fazia sentido à época. A gente dominando a música e a indústria bajulando um artista vestido de Cristo e ‘curando’ criancinhas. Veja, eu adoro Michael Jackson e sei da importância dele na música e…. Isso foi há muitos anos… Deixa para lá.”

Pouco antes da entrevista, Jarvis estava gravando seu programa semanal para o BBC Radio 6 Music, que apresenta aos domingos. O “Sunday Service”, que tem duas horas de duração e vai ao ar às tardes dominicais na internet. “É o mais próximo que cheguei de um trabalho ‘normal'”, disse o líder do Pulp, que no programa lê poesias, trechos de livros, fala de cinema e ATÉ toca música, nova e antiga, pop e jazz, clássico e trilhas sonoras de filmes. Às vezes ao vivo, às vezes gravado. “Acho que o mais novo que eu toquei foi ‘Video Games’, da Lana del Rey. Gosto muito dela. Acho seu disco irregular, algumas coisas boas, outras nem tanto. Mas essa ‘Video Games’ é maravilhosa.”

Quanto a sua ocupação principal de um trabalho não-normal, o de cantor do Pulp, no show de semana que vem em São Paulo certamente Jarvis Cocker vai lidar com a expectativa de fãs brasileiros esperando a banda tocar aqui ao vivo uma das mais marcantes músicas dos anos 90, o hino “Common People”, um dos singles que catapultaram o grupo ao sucesso no Reino Unido e no mundo e que está no milionário álbum “Different Class”, de 1995.
À Folha, Cocker revelou que a famosa letra da menina grega rica que foi estudar artes na Inglaterra, se apaixonou pelo modo de vida da classe operária inglesa e queria então ser uma “pessoa comum”(viver como uma pessoa comum e dormir com uma pessoa comum) é verdadeira, mas “em partes”.

“Conheci mesmo na vida real uma garota assim na Saint Martins College of Art and Design, em Londres. Ela era mesmo grega. O pai dela era mesmo rico. Ela queria mesmo viver uma vida mais ‘normal’. Mas, diferentemente do que eu narro na música, ela nunca disse que queria dormir com uma pessoa comum como eu”, contou Cocker. 

“Eu tinha atração por ela, ela não tinha atração por mim. Mas o mais engraçado de tudo foi que a canção fez sucesso dez anos depois desse encontro. Como artista, mudei um pouco a letra para mudar o final e tornar a história mais feliz para o meu lado. E dez anos depois do sucesso recebi uma ligação dela, comentando a música e dizendo que na época ela até teria dormido comigo. Mas eu acho que não, no fim. Ela nunca conseguiu ser uma ‘pessoa comum’.

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“Dave”: David Bowie ganha sua maior homenagem
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Lúcio Ribeiro

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* Acho que é uma das homenagens em vida mais bonitas que eu vi para um astro do rock. A dupla belga electroindie 2ManyDJs botou todo seu brilhante talento de engenheiros dos mixes para construir, mesclar, costurar em uma hora de duração cerca de 35 músicas do sempre incrível cantor inglês David Bowie, 65 anos, contendo originais, versões, covers etc. Uma maravilha.

Junto com a obra-prima sonora, o 2ManyDJs soltou um filme produzido por um amigo deles, Wim Reygaert, que conta a história da carreira de David Bowie através de personagens simulados, que contém uma Bowie mulher e sósias de Iggy Pop, Freddie Mercury, William Burroughs, Ziggy Stardust etc. O jeito que o vídeo recria as capas dos discos de Bowie é genial.

Filme e remix do 2ManyDJs tem no Vimeo e pode ser baixado ou ouvido/assistido em iPhone, iPad, Android, Apple TV através do app Radio Soulwax. Ou no site radiosoulwax.com. Ou aqui embaixo mesmo.

Emocionante.

RSWX presents Dave from Radio Soulwax on Vimeo.

Todas as músicas de “Dave”:

01. David Bowie – Fame
02. David Bowie – Starman
03. David Bowie – Always Crashing In The Same Car
04. David Bowie – Sound And Vision
05. Iggy Pop – Sister Midnight
06. David Bowie – Red Money
07. David Bowie – Golden Years (Soulwax Remix)
08. David Bowie – Fashion
09. David Bowie – DJ (I liked this segue too)
10. David Bowie – Let’s Dance (Soulwax Edit)
11. David Bowie – Never Let Me Down (Soulwax Edit)
12. David Bowie – TVC 15
13. David Bowie – Changes
14. Queen Feat. David Bowie – Under Pressure
15. David Bowie – Heroes / Héros / Heiden
16. David Bowie – Absolute Beginners
17. David Bowie – 1984
18. Lulu – The Man Who Sold The World
19. Lou Reed – Vicious
20. David Bowie – Boys Keep Swinging
21. David Bowie – Blue Jean
22. Iggy Pop – China Girl
23. David Bowie – Ashes To Ashes
24. David Bowie – Speed Of Life (“Stage” version)
(segue: David Bowie – Diamond Dogs)
25. David Bowie – Rebel Rebel (Soulwax Edit)
26. David Bowie – Kooks
27. David Bowie & Brian Eno – Look Back In Anger
28. David Bowie – The Jean Genie
29. David Bowie – Space Oddity / Ragazzo solo, ragazza sola
30. David Bowie – Queen Bitch
31. David Bowie – Chilly Down / Warszawa
32. David Bowie – Five Years
33. David Bowie – Ziggy Stardust
34. David Bowie – Young Americans
35. Mott the Hoople – All The Young Dudes

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